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História The Guerrillas - Mina


Escrita por: sharkissm

Notas do Autor


Nem demorei né, depois de séculos uma atualização depois da outra

Capítulo 14 - Mina


Passo o dia assinando aqueles malditos papéis, quando meu expediente finalmente acaba, lembro que hoje já é dia vinte. Merda. Odeio Dias do Poder.

Saio do prédio do trabalho e Seonghwa me acompanha até em casa, no caminho explico para ele sobre o grupo, e ele parece interessado em saber mais. As pessoas estão nas ruas, saindo de seus trabalhos e indo para casa se arrumar ao máximo que podem para o Dia do Poder, sinto vontade de revirar os olhos por isso, quem em sã consciência gostaria de ver pessoas sendo decapitadas em Estádios enormes? Bando de babacas.

Avisto minha casa e me despeço de Seonghwa, depois apresso o passo para chegar mais rápido, destranco a porta e entro rápido, ainda quero ir para o covil e me encontrar com Hongjoong, espero que ele esteja lá.  Vou para o meu quarto para trocar essa saia, ela está incomodando para caralho, então só troco ela por uma calça de alfaiataria velha e saio do pequeno cômodo. A pergunta do Kim volta a martelar nos meus pensamentos: "E você? Como perdeu sua irmã Yoona?" porra, o que eu deveria responder? A verdade? Mas isso poderia me desmascarar! Mas eu não sou assim tão boa com mentiras, mas eu já estou mentindo para ele, mais uma não faria mal, não é? Puta merda, eu não sei o que fazer, acho melhor deixar para lá e deixar a minha eu do futuro resolver isso.

Ando em passos lentos pelas ruas agora um pouco mais vazias, coloco as mãos nos bolsos da calça cinza antiga, se de manhã o clima estava chuvoso, agora ele está congelante, mas isso não é o maior problema, já que não só eu, mas a maioria das pessoas já se acostumaram com essas temperaturas, porquê não temos casacos o suficiente ou, quando temos, eles são finos e antigos e estão provavelmente mofados. 



Avisto de longe o prédio do covil — ainda estou meio incerta se deveria chamar ele assim, já que os irmãos Kang moram lá — e entro de fininho, indo em direção a casa de Eunchae e Yeosang. Bato de leve na porta, e alguns instantes depois, Yeosang a abre e anuncia a minha chegada, sinto cheiro de tteokbokki no ar e meu estômago ronca de leve, não como desde quando sai para o trabalho. 

— Aí, porra! Minha coxa, desgraça! — San quase grita.

— O que foi? — Yeosang pergunta

— Nada, não... — a irmã dele responde, rindo meio forçado e ele a olha desconfiado.

— Quem é ele? 

— Ah, é um amigo meu, Yunho. — Hongjoong me responde e coloca a mão no ombro do cara alto ao lado dele, se eu fico baixa do lado do Kim, perto de Yunho eu pareço uma formiga, quase sinto vontade de rir, mas contenho isso.

— Hm, e o que ele tá fazendo aqui? — entro no cômodo, e me sento no braço do sofá, apoiando minhas mãos.

Hongjoong está bonito hoje, mais do que ele geralmente está, será que é por causa do Dia do Poder? Ou esse terno é a roupa de trabalho dele?  

— Tava falando com o resto se tudo bem pra eles se o Yunho entrasse para o grupo, e quando você chegasse eu iria te perguntar também. — o rapaz me tira do meu transe, eu apenas balanço a cabeça, afirmando. Eu fiquei no mundo da Lua por quanto tempo? 

— Se ele for de confiança por mim tudo bem. — levanto meus ombros. — Aliás, Hongjoong, quer ir no Dia do Poder comigo? Odeio ir lá sozinha. — enrugo o nariz, fazendo uma careta e os olhos do Kim brilham.

— Ah, é! Hoje é o Dia do Poder! Eunchae, se você não for nesse vão te chamar pra falar com o Congresso, acho melhor você ir. — Yeosang fala com a irmã, e ela cruza os braços como sempre e mostra a língua. Sinto saudades da minha irmã, quando vejo eles lembro de nós.

— Quem mostra a língua pede beijo, hein! — Eunchae da um tapa estalado no pescoço de San, acho que eles estão melhores agora então.

— Ah, vai se foder, San! Você é insuportável em! — ela junta as sobrancelhas, com uma cara de brava.

— Sou mesmo, vai fazer o que? Mostrar a língua pra mim!? Porquê se sim, eu te beijo, viu! — o Choi brinca.

— Eu vou te dar 5 segundos para começar a correr, um... Dois... Três... — ela começa a contagem, San corre como se a vida dele dependese disso e calça os sapatos numa ligeireza que eu nunca vi antes  — Quatro... — San sai pela porta e Eunchae se levanta, apoiando as mãos na mesa — Cinco, aí vou eu seu desgraçado! — e ela vai atrás dele depois de calçar os próprios sapatos sem nem amarrar os cadarços velhos. Ai ai, esses dois!

— E aí? Quer ir comigo ou não? — Hongjoong volta a me olhar quando me levanto e vou até ele.

— De eu disser não, o que você vai fazer? — cruzo os braços igual Eunchae faz.

— Aí eu não vou! 

— Certo, então eu vou com você! — rio por causa da expressão que Hongjoong fez: um sorriso de lado que o fez parecer um doido.

— Os dois pombinhos vão num encontro, ui! — os outros dois na sala riem, e eu acabo rindo também.

— Cala a boca, vai! — quando paro de rir, vejo Hongjoong me encarando com aqueles olhos brilhantes de antes. 

— Ai, Hongjoong? — o Kang o chama.

— Hm? 

— Para de babar na coitada da Yoona, daqui a pouco você assusta ela! — Eu, Yeosang e Yunho rimos de novo, acabo jogando a cabeça para trás e uma lágrima escorre pelo meu rosto, rapidamente a limpo.

— Vocês me fazem chorar de rir! Nunca vi isso! — coloco a mão na barriga que dói de fome e de tanto rir.

— E só pra constar: eu não tava babando! 

— Cala a boca, Joong, tava sim que eu vi! — O Kim da um tapa na nuca de Yunho, e que apelido é esse? Joong? Hm, gostei, vou chamar ele assim também.

— Yunho se você der mais um pio eu juro no nome do meu irmão que você tá morto! 

— Ihh, o tampinha ficou irritadinho! Ui ui ui, vai fazer o que? Chutar minha canela? — Yunho ri do amigo, e acaba levando nós 3 a rirmos também. Olho para o relógio que de tão velho está todo descascado, e nossa, o tempo voou, já está quase na hora do Dia do Poder começar.

— Ai, Hongjoong? — ele me olha — Já está quase na hora, vamos? 




Quando chegamos em um dos Estádios da Glória, a multidão já está lá, mal dava para andar no local de tanta gente presente. Me coloco na frente de Hongjoong e dou cotoveladas nas pessoas para podermos passar, nossas mãos estão entrelaçadas e posso sentir o calor de sua pele. 

Dois militares vestidos de preto da cabeça aos pés aparecem no "palco" do Estádio, eles carregam uma pessoa encapuzada. Uma adolescente. Posso ver mechas de cabelo azul e roxo saindo pelo saco preto em sua cabeça, como caralhos alguém tem coragem de ver uma pessoa tão jovem morrer assim!? Olho para Joong e ele parece tão irritado quanto eu.

Os telões mostram a garota se debatendo nos braços dos homens fortes, quando, derepente, um tiro pode ser escutado, depois outro, e com isso os guardas estavam no chão. Mortos. A garota tira o saco preto da cabeça e sai correndo pela multidão.



Notas Finais


👀


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