História The Heir Of The Crime - Capítulo 2-It's not your fault I ruin everything

"Eu sei que você é errado para mim

E não é sua culpa eu estragar tudo

Não é sua culpa que eu não sou o que você precisa

Amor, anjos como você não podem voar para o inferno comigo"

 HARLEY 

Quando ele terminou a ligação, eu deixei o celular cair no chão do banheiro, meu coração acelerou, minhas mãos começaram a suar. Sai do meu transe e peguei o celular caído no chão, nem liguei para ver se tinha quebrado, pois já estava correndo do banheiro e indo até a mesa de Hope.

— VOCÊS PRECISAM SAIR DAQUI AGORA! — Gritei assustando todos na mesa que me olharam sem entender, imediatamente, Ivy percebeu o que se tratava, pois logo se levantou da cadeira também caminhando até a porta do estabelecimento para ficar em alerta.

— Por que,Mamãe? — Hope perguntou confusa.

— Querida, é uma longa história. Mas agora preciso que você e seus tios corram o mais rápido possível! — Eu falei tentando esconder meu nervosismo vendo a carinha de Hope ficar triste. – Mas a mamãe promete que daqui alguns meses eu vou voltar. – Completei sorrindo então ela deixou algumas lágrimas caírem.

— Mãe, o que está acontecendo? 

— A mamãe não pode falar agora. Eu te amo,querida. 

— Eu também te amo,mamãe. — Respondeu e me abraçou, correspondi o abraço desejando que as coisas não fossem assim.

— Vamos Hope! — Minha irmã falou pegando a mão de Hope e saindo do restaurante correndo junto com meu cunhado.

Minha filha olhou para trás e acenou para mim, foi então que a Lamborghini roxa parou na frente do restaurante. Joker saiu do carro com uma metralhadora na mão. As pessoas começaram a gritar e a se esconderem. Puddin apenas sorriu ao ver o terror até que ele ficou frente a frente com Hope, e o meu corpo gelou na hora em que ele a olhou estranho. Eles ficaram se encarando por um tempinho, trocando olhares estranhos até que minha irmã colocou Hope atrás dela, impedindo a visão do Joker sobre ela.

Eu precisava agir e foi isso que eu fiz. Disfarcei meu medo e corri até o palhaço, o surpreendendo com um abraço, chamando sua atenção.

— Puddin! — Eu falei sorrindo tentando esconder meu nervosismo.

— Quem é essa menina? — Apontou para Hope que estava agarrada em Elizabeth, me ignorando.

— Uma menina qualquer. Por quê? — Eu perguntei mentindo dando de ombros.

— Por que ela acenou para você? 

— Ela deve ter acenado para outra pessoa. — Comentei fingindo não dar importância enquanto internamente tentava me manter calma para não estragar a mentira.

— E por que você está chorando? — Questionou levando a mão em meu queixo o segurando com um pouco de força e  reparando no meu rosto vermelho.

— Eu não estou chorando. 

— Harley Quinn, não minta para mim. — Rosnou com o semblante sério forçando seu aperto em meu rosto, aquilo estava me machucando.

— Eu estava chorando,Puddin... Porque você quebrou sua promessa. Eu queria ficar mais tempo com a Ivy. — Eu falei inventando a primeira coisa que veio na minha cabeça.

Ele me olhou desconfiado ainda segurando meu rosto, ele parecia tentar me estudar, mas eu não iria deixa-lo descobrir meu segredo.

— Joker, solta a Harley agora! — Ivy andou atrás de mim, puddin olhou para Hera dando um sorriso psicopata me soltando.

— Fica na sua, Erva daninha. — Retrucou me soltando e olhando para Ivy com raiva.

Olhei discretamente para trás e Elizabeth já tinha levado Hope para longe, fiquei aliviada, mas ainda sim com medo. Será que ela ouviu o puddin me chamando de Harley Quinn?

— Só quando você, seu palhaço horroroso, deixar a minha amiga em paz! — Ivy falou dando um chute no puddin jogando uma espécie de sementes no chão o que fez criar um monte de raízes no chão impedindo Puddin de passar. Ivy aproveitou e pegou minha mão me levando correndo até o meu carro que estava estacionado no fim da rua.

— Ivy, o pudim! — Eu falei olhando para trás não vendo mais Joker, mas eu sabia que ele estava vindo atrás de nós.

— Harley, esquece um pouco aquele palhaço! Ele quase descobriu sobre sua filha! 

— Ela ouviu alguma coisa? — Perguntei preocupada.

— Não. Elizabeth a levou quando ele perguntou se você estava chorando. — Ela respondeu minha pergunta me fazendo respirar aliviada por Hope estar segura e não ter descoberto nada.

— Ivy, eu preciso voltar para o Mister J, ele vai vir atrás de mim! —  Comentei olhando para a ruiva que dirigia rápido pelas ruas de Washington.

— Nem morta eu vou deixar que você volte para aquele palhaço. 

Na mesma hora, um carro preto entrou na nossa frente fazendo Ivy frear o carro bruscamente  e de dentro do carro saíram um monte de homens fantasiados e armados apontando as armas para nós. Eram os capangas de Joker. Vi no retrovisor a Lamborghini roxa parando bem atrás de nós.

— HARLEY! — Joker gritou saindo do carro.

— Ele veio me buscar! — Falei para Hera sorrindo então eu abri a porta do carro olhando para o Puddin sorrindo.

— Eu estou aqui,Mister J.

— Vem babe, vamos para casa! — Ele falou sorrindo abrindo os braços, eu corri até Joker me jogando em seus braços.

Eu sorri então eu fui até a mala do carro abrindo e tirando minhas sacolas, uns capangas as pegaram de mim e levaram para o carro do Mister J colocando no porta malas. 

— Red,obrigada por tudo, mas eu preciso ir será melhor para todos. — Sussurrei em seu ouvido me referindo a Hope enquanto a abraçava.  —  Você pode ficar com o meu carro. 

— Qualquer coisa é só me ligar. — Ivy falou me soltando então Mister J segurou meu braço me levando até seu carro e me fazendo entrar com brutalidade.

JOKER

Quando chegamos em casa, Harley subiu para nosso quarto para guardar suas malditas roupas. Enquanto eu fui para o meu escritório, enchi um copo com whisky e olhei para meus planos contra o Batman expostos na mesa, mas meus pensamentos se voltaram para a hora do restaurante.

Quando eu vi aquela menina que parecia ter cerca de 11 anos acenar sorrindo para Harley ainda dentro do restaurante, algo que deixou intrigado. E quando a mesma menina se virou para mim assustada e eu pude vê-la, a menina me pareceu ser bem familiar e o que me chamou atenção foi sua pele extremamente pálida e os seus cabelos loiros quase platinados e com pontas verdes.

"Os jovens de hoje em dia vivem pintando os cabelos"

Escutei a voz na minha cabeça.

Aff! Ela só deve ser uma pirralha qualquer, deixe de paranoia...

             HOPE

                ...

Depois que aquele homem de cabelos verdes segurou minha mãe, minha tia me levou embora, mas eu estava com muito medo do que ele podia fazer com ela. Quando cheguei em casa, corri até meu quarto, trancando a porta e acendi a luz. Meu quarto era simples ele ficava no sótão, eu sempre fugia para lá quando estava irritada, então eu me mudei para cá. Ele era branco e tinha dois andares. O primeiro tinha uma cama que tinha uma janela. O segundo era de madeira e no meio do quarto tinha uma escada, também de madeira, que dava para a parte de cima, onde tinha uma pequena prateleira com meus livros, dois pufs e ao lado havia as minhas barras de ginástica onde dentro dela tinha uns panos brancos.

(N/A: Gente imagine a cena em que a Harley se pendura nas barras)

Era aonde eu gostava de me alongar e na parte de baixo tinha um banheiro e meu guarda roupa. Peguei meu celular colocando no volume mais alto, então fui até minhas barras me pendurando nelas foi então que começou a tocar Elastic Heart. Era minha música favorita e fiquei ali de cabeça para baixo por horas, até que cansei desci dos lençóis indo até meu celular desligando a música.

Fui até meu guarda roupa e escolhi um pijama qualquer e entrei no banheiro. Tirei minha roupa entrando no chuveiro deixando a água quente molhar meus cabelos compridos. Eu os amava. Eles eram diferentes e únicos. Então eu me lembrei da cena do cara de cabelos verdes iguais aos meus. Senti uma sensação estranha era como se eu conhecesse ele há tempos. Eu queria saber quem era ele. E por que minha mãe correu e o chamou de puddin? Será que ele era namorado dela? Eu não conheço minha mãe. A única coisa que eu sei é que seu nome é Harleen Francis Quinzel, ela era psiquiatra e trabalhava muito e por isso ela não podia ficar comigo. Eu não sei sobre meu pai, ela nunca me contou isso e também pouco me importava, mas a minha mãe era estranha. Quando ela está comigo ela tentava controlar algo e também me escondia algo, mas eu nunca liguei. Eu me perguntava o porquê das suas tatuagens, o porquê da sua pele tão branca, porque seus cabelos eram num tom tão branco, mas ainda sim pareciam loiros e por que suas pontas eram coloridas iguais as minhas. Com esses pensamentos percebi que fiquei muito tempo no chuveiro, meus dedos estavam começando a enrugar.

Desliguei o chuveiro me enrolando na toalha, depois vesti minhas roupas íntimas então coloquei o pijama, sequei meus cabelos, escovei os dentes e então fui para o quarto.

Como a noite não estava fria em Falls Church deixei a janela aberta. Então eu me deitei na cama e liguei a TV. Ainda não estava com sono, fiquei um tempo vendo um filme qualquer então quando deu duas e meia da madrugada minha barriga roncou.

Eu desci as escadas indo até a cozinha e peguei uns cupcakes que estavam guardados, eu os fiz hoje de manhã. Quando eu terminei de comer coloquei o prato na pia, voltei para a cama desligando a TV e não demorou muito para eu dormir.

           (...)

Enquanto Hope dormia mal sabia ela que ela estava sendo vigiada por três meninas que estavam escondidas na floresta.

— É agora meninas. Ela já desligou a TV vamos nos vingar daquela esquisita por ela ter roubado meu solo. — Melissa falou dando um sorriso maldoso para suas amigas, elas concordaram rindo baixinho.

Então pegaram a escada que trouxe e colocaram em frente à janela da menina. Uma por uma elas foram subindo os degraus até entrarem no quarto de Hope que dormia profundamente.

— Até que é um quarto bonitinho. — Bella falou olhando em volta, Melissa lançou um olhar raivoso para ela.

— Vamos meninas, não temos tempo para ficarmos brincando. — Falou Melissa pegando uma tesoura da sua bolsa e se aproximando da cama de Hope.

— Agora você vai ficar tão feia, mais do que você já é. Você deveria estar num circo de horrores. — Melissa falou olhando Hope ainda dormindo, então pegou algumas mechas do cabelo dela e começou a cortar deixando um corte mal feito que ia até os ombros da menina. Quando terminou, sorriu satisfeita com o resultado então foi embora, mas não antes de deixar um recadinho para Hope.

          NA MANHÃ SEGUINTE.

                     (...)

Hope acordou com os raios de sol batendo em seu rosto, ela sorriu bem disposta e então se sentou na cama passou a mão em seus cabelos, foi então que notou a falta dos fios longos. Passou a mão novamente medindo a altura, e percebeu que ele estava todo picotado olhou para trás e viu as mechas do seu cabelo no travesseiro.

— AHHHHHHHHHHHHHHHH! — Hope gritou deixando lágrimas caírem pelo seu rosto e pegando as mechas que antes eram seus cabelos.

Ela olhou para o criado mudo e tinha um bilhete.

"Gostou esquisita? É um presentinho para você, agora nunca mais roube o que é meu. 

Ass: Melissa”.

Hope não sabia o que fazer se sentia raiva ou tristeza.

Então a porta do seu quarto foi aberta entrando Elizabeth e John desesperados. Vendo o estado da menina, Elizabeth colocou as mãos na boca horrorizada.

— O que aconteceu,querida? — John perguntou correndo indo abraçar Hope junto com Elizabeth.

— Foi a Melissa... Tio... Ela... Ela... Entrou no meu quarto... Enquanto... Eu... Eu... Estava dormindo e cortou meus cabelos! —Hope falou soluçando sendo abraçada por Elizabeth.

— Eu vou ligar para a polícia isso é invasão de domicílio e para a família da Melissa! — John falou saindo do quarto pegando seu celular.

— Vai ficar tudo bem,querida. — Elizabeth falou passando a mão pelos cabelos mal cortados de Hope tentando acalmar a menina.

—Tia, por que todo mundo me odeia? Eu não fiz nada. Por que eu nasci desse jeito diferente? — Hope perguntou chorando olhando a tia.

— Hope, você não é diferente, você é especial igual sua mãe! — Elisabeth falou dando um sorriso.

Depois de alguns minutos a polícia estava na sala conversando com John junto com o pai de Melissa. Hope já tinha se acalmado.

— Vamos, eu posso dar um jeito no seu cabelo, ele vai crescer de novo querida ele é igual uma flor se você corta, uma outra nascerá mais bonita. Não se esqueça querida, as pessoas vão querer te derrubar mais isso só vai fazer você uma mulher mais forte. —Elizabeth falou segurando o rosto da sobrinha delicadamente.

Hope sorriu com a fala então ela a levou para o banheiro, lavou seus cabelos novamente então a colocou em frente ao espelho. Pegou uma tesoura para cortar os cabelos e foi aos poucos cortando os da sobrinha deixando eles alinhado. Aproveitou e fez uma franjinha. Quando terminou Hope olhou maravilhada com o resultado, não tinha mais as pontas verdes, mas estavam lindos seus cabelos.

— Eu não falei que ficaria lindo! —Elizabeth falou sorrindo limpando os restos de cabelos que estavam no chão.

— Tia Elizabeth, ficou lindo. Obrigada. — Hope agradeceu sorrindo para a tia.

Então as duas ouviram uma batida na porta.

— Entra! — Hope falou então a porta se abriu mostrando Alice envergonhada com uma sacola na mão.

— Oi. O seu tio ligou para mim pedindo para eu vir ver você. Ele me contou o que aconteceu. Nossa! O seu cabelo está lindo! —Alice falou indo até Hope.

— Foi a tia Elizabeth que ajeitou. — Hope falou passada a mão em seus cabelos.

— Ficou lindo! — Alice falou.

— Bem. Eu vou deixar vocês sozinhas. —Elizabeth falou saindo do quarto deixando Hope e Alice sozinhas.

— Que raiva daquela patricinha. — Alice falou se sentando do lado de Hope no puf.

— Apesar de ela fazer isso comigo, eu não estou com mais raiva. — Hope falou cruzando os braços.

— Ahhh, qual é Hope? — Alice perguntou incrédula.

— Tá bom. Eu estou sentindo só um pouquinho de raiva. — Hope respondeu fazendo as duas rirem.

— Eu trouxe bolachas. — Alice falou mostrando o saco com suas bolachas. Ela deu uma para Hope e ficou com a outra.

As duas comeram as bolachas rindo de alguns assuntos aleatórios e por um momento Hope esqueceu o que Melissa fez, mas ela prometeu para si mesma que nunca mais iria deixar alguém fazer isso com ela.

Continua...