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História The Heir Of The Crime - Capítulo 15-My spirit's sleeping somewhere cold


Escrita por: Juliemikaelson

Notas do Autor


Oi,meus amores. Eu quero agradecer pelos comentários e favoritos. Espero que vocês gostem do capítulo, eu sei que ele está curto, mas eu estava sem ideias.
A fanfic vai passar pôr mudanças no próximo capítulo. Então meninas, eu espero que vocês gostem. Boa leitura.

Capítulo 16 - Capítulo 15-My spirit's sleeping somewhere cold


Fanfic / Fanfiction The Heir Of The Crime - Capítulo 15-My spirit's sleeping somewhere cold

            

HARRY

— ONDE ELA ESTÁ?— Gritei em plena fúria assim que adentro em casa. Selina e Alfred vinham atrás de mim na tentativa de me conterem de avançar em meu pai. — Você me enganou! Me deixou ir vê-la apenas para me distrair e poder agir contra as minhas costas.

— Não, eu não te enganei. Apenas fiz o que havíamos combinado. Afinal, era você que pretendia me enganar e fugir com a garota. — Sua voz era calma enquanto ele estava em frente à lareira observando as chamas. 

— Vou perguntar apenas uma vez. Onde ela está? Se você sente qualquer tipo de amor por mim, então me conte a verdade. 

— Eu a entreguei para Amanda Waller. Onde ela ficará segura e será devidamente tratada. Não me peça para revelar para onde ela levou a garota porque não irei te dizer. 

— Ela só tem 15 anos! É uma adolescente como eu! E você está a tratando como se ela fosse uma criminosa. Você deve estar mais louco que o próprio Joker!

— Uma adolescente que consegue curar a amiga de um coma irreversível apenas utilizando magia. — Eu o olho incrédulo diante de tal revelação. 

— Magia? Como assim? 

— A sua namorada tem poderes, meu filho. Poderes que foram desbloqueados quando o Joker a jogou em um tanque de químicos. E ela é bastante poderosa. Foi por isso que eu a entreguei para Waller. 

— Você está escutando o que está dizendo? Ela precisa de ajuda, tranca-la em uma prisão de segurança máxima não vai ajudá-la a controlar esses poderes. 

— Você é muito jovem para entender o mundo, Harry.  Um dia você irá entender que o que eu fiz foi a melhor opção para essa menina. — Suspirando aproximou-se de mim, parando apenas alguns centímetros de distância, ele então pôs a mão em meu ombro.  

— Sou velho o suficiente para entender o mundo. Acho que você deveria se lembrar que essa mesma menina esteve comigo quando você me deixou sozinho enfrentando a morte da minha mãe. — Afasto a sua mão de meu ombro .— A verdade é que você não consegue entender o meu coração cheio de amor por ela. As coisas que ela fez não importam, o amor que Hope e eu sentimos um pelo outro é maior do que eu poderia imaginar encontrar em toda a minha vida. Eu nem sabia que isso era possível. A única coisa errada em nossa relação é você tentando bancar o herói de uma coisa que eu não preciso proteção. — Falo seriamente o olhando mortalmente e noto um breve olhar incrédulo de meu pai. Aquela era a primeira vez que eu estava o enfrentando. — E  não adianta você tentar acabar com esse relacionamento, porque eu já amo Hope Napier Quinzel com todo o meu coração e eu não quero viver sem ela. Então eu vou deixar avisado que eu irei até o inferno atrás dela, com ou sem você no meu caminho. — Aviso antes de virar as costas para ele, indo em direção à Bat-caverna. Havia trabalho a fazer. Aguarde Hope estou indo te salvar. 

 

      HOPE

                 

— Adorei seu perfume. Qual é o nome "Aroma da morte"— Perguntei rindo quando a mulher em frente apenas revirou os olhos. — Hope Quinn. Prazer, amiguinha. — Sorrindo estendendo minha mão. 

— Eu sei extremamente quem é você. Hope Naiper Quinzel, filha de Harleen Quinzel e Joker. Nascida em um hospital clandestino em Gotham e criada por Elizabeth Quinzel e seu marido Josh Banner em Falls Church. Você parece chocada em me conhecer.

— O que você quer comigo? — Perguntei, desfazendo o sorriso e a olhando mortalmente. Ela me olha atentamente deixando um sorriso de satisfação aparecer em seu rosto.

— Oh, que adorável! — Sussurrou, me olhando com admiração?

— O que quer comigo? — Perguntei novamente aumentando meu tom de voz. 

— Shh, fique calma querida. Não se de uma enxaqueca desnecessária. Ainda temos trabalho à fazer. Respondendo sua pergunta, como você sabe. Sua mãe fazia parte do Esquadrão suicida, ou Força tarefa X. Só que o seu querido pai ajudou-a fugir, e os outros membros conseguiram fugir. Eu preciso de pessoas competentes para fazer trabalhos pesados. 

— E o que eu tenho haver com isso? Se não percebeu, sou apenas uma adolescente normal que não sabe lutar e muito menos lutar.— Falo, empinando meu rosto e a olhando com um sorriso debochado. Ela apenas riu e se sentou em uma cadeira de metal na minha frente. 

— Oh, querida. Você realmente pensa que eu não sei sobre seus poderes?

Sua revelação me pegou de surpresa me fazendo desfazer o sorriso.

— Não sei do que está falando. 

— Sabe sim. Desde o incidente na qual você curou sua amiga de um coma. Por algum motivo desconhecido ainda para mim, o morcego estava te monitorando, e ele descobriu coisas à seu respeito que você nem imagina. 

Liberte-se...

Me liberte...

— Do que você está falando? 

— Você é uma meta-humana, ou melhor dizendo, uma bruxa e muito poderosa por sinal. E Enchanchess, por incrível que pareça sabia da sua existência, quando entrou na mente de sua mãe. Ela sentiu através do seu sangue um potencial para o caos que você nunca viu. Quando fomos analisar o quarto onde sua amiga estava detectamos duas energias sobrepondo uma sob a outra, como uma onda. Acredito que de algum jeito, ela transferiu um pequeno fragmento de sua alma para seu corpo. — Respondeu Amanda totalmente concentrada em mim.

— Isso é mentira! Eu sou uma garota normal, não sou uma bruxa! É impossível... — Retruquei irritada com todas as coisas que estava ouvindo.

— Vamos Hope! Você sabe que é a verdade. Desde que seu pai a jogou em um tanque de químicos coisas estranhas começaram a acontecer, não é verdade?— Perguntou arqueando uma sombrancelha. Quando eu não a respondi ela continuou. — A voz em sua cabeça, às enxaquecas, insônia, os surtos... Você consegue sentir que há algo dentro de você que anseia ser livre. 

— VOCÊ NÃO SABE NADA SOBRE MIM!— Gritei furiosa levantando da cama, tentei utilizar aquela energia mas a sinto enfraquecida dentro de mim.

— Se olhe no espelho e veja por si mesma.— Falou seriamente ainda sentada na cadeira e apontou na direção de um pequeno espelho na parede atrás de mim. Ao me virar acabo me surpreendendo diante do meu reflexo. Meus olhos antes azuis acinzentados agora brilhavam em um tom de verde intenso.

— O que fez comigo?— Perguntei assustada ainda me olhando no espelho aos poucos meus olhos voltaram ao normal. 

— Nada, isso é apenas uma fração do seu poder. Olhe ao redor, está vendo esses símbolos em sua volta?— Perguntou e eu começo a reparar melhor aquela cela, realmente havia símbolos estranhos sob as paredes.  — Agradeça ao morcego. Ele conseguiu uma bruxa apenas para fazê-los para você. Ele diz que é um feitiço básico de proteção. Sua magia está enfraquecida aqui.

Eu irei matar esse Morceguinho pessoalmente...

— Você ainda não respondeu o que realmente quer comigo. 

— O morcego pretendia te deixar sob minha responsabilidade para que fosse devidamente tratada de sua condição e mantê-la longe da insanidade de seu pai. Mas eu tenho outros planos para você, com um treinamento adequado e com seu poder não será necessário uma nova força tarefa X. Então, a partir de hoje você será minha arma. — Amanda explicou, olhando para mim séria, me fazendo rir.

— Se você encostar um dedo em mim... Você sabe quem vai vir matar você.—  Falei a olhando com um sorriso diabolicamente.

— Quem? Seu paizinho? Ele não vai achar você. 

—  Querida. Não subestime meu pai.

— Oh, eu não o subestimo. Por enquanto, se você quiser tomar banho é só chamar os guardas, suas refeições virão duas vezes por dia. —  Amanda anunciou se levantando da cadeira com os braços atrás das costas. —  Você tem algum desejo?

— Te matar seria meu primeiro desejo, mas como estou incapacitada no momento, eu gostaria de ter meu anel devolvido e um rádio de música. —  A respondi sorrindo, se era para eu ficar ali, eu queria me divertir.

—  Podemos providenciar. Até logo Quinzel!

Respondeu antes de sair da cela. Olhando ao redor de minha cela com mais atenção, o pequeno recinto se assemelhava à um quarto de hospital só que sem o luxo e conforto. Havia ao todo cerca de quatro câmeras em cada canto da parede e é claro os estranhos símbolos gravados nas paredes ao lado das câmeras. Me aproximo lentamente de um e estendo meu braço, levando minha mão a figura, mas rapidamente a afasto ao sentir uma queimação em meus dedos, com certeza aquilo estava enfeitiçado. E provavelmente havia guardas armados nos corredores me vigiando.

Liberte-me...

Me ouça...

Levo as mãos aos meus cabelos, deixando um longo suspiro escapar. Tudo naquele lugar cheirava a armadilha. Havia uma grande escolha em minhas mãos. Eu tinha poder para sair daqui, mas também havia uma grande chance de ser morta tentando. Precisava entrar em contato com meu pai, ele definitivamente iria dar um jeito de vir ao meu encontro e me salvar, eu sei disso. 

Ou talvez ele achasse vantagem em se livrar de você...

Me ouça...

—  Cale a boca! —  Rosnei irritada para a voz em minha cabeça. Minha atenção é rapidamente atraída ao escutar sons de passos fortes atrás da porta. Viro-me na direção da mesma na mesma hora que ela é aberta e cerca de quatro guardas, três homens e uma mulher com armas apontadas em minha direção entram na cela. 

—   Bonequinha, vire-se e mantenha as mãos para cima! —  Manda a mulher que parecia ser novata e eu notei um par de algemas e uma coleira estranha em suas mãos.

— Está bem! — Me viro estendendo as mãos para cima. Com um plano em minha mente. Sinto a mesmo se aproximando e colocando meus braços atrás das costas, algemando meus pulsos. Em seguida, a mesma agarrou meus cabelos com força colocando aquela coleira apertada em meu pescoço.

— Vamos! — Me empurrou em direção à saída. Logo dois guardas segurando meus braços começaram a me guiar pelos corredores.

— Para onde vocês estão me levando?

— Para o vestiário. Waller quer que você se banhe e troque esse vestidinho de princesa. 

Era a minha chance...

— Onde está meu anel?  Amanda me disse que ele iria ser devolvido. — Perguntei inocentemente enquanto caminhava pelos corredores.

— Provavelmente no escritório da Waller. Agora cale a boca! — Mandou com rispidez a guarda ao meu lado. 

— Vocês tem medo de mim, não é? Todos vocês me temem porque sabem do que eu sou capaz. 

Escutei risadas dos dois guardas atrás de mim.

— Você está muito zoada menina! 

— Então por que não tiram essas algemas e essa coleira? — Perguntei sorrindo então as risadas cessaram. — Ué, que foi? Estão com medo? 

— Eu estou entediada, por favor, brinca comigo.  — Peço quando não obtive respostas, fazendo um bico.

— Cala a boca, garota. Quer uma mordaça nessa boca? — Perguntou a guarda e então me empurrou para dentro do vestiário vazio. Ela entrou e fechou a porta atrás de nós. 

— O uniforme está ali junto com sabonete e shampoo. — Retirou as algemas de meu pulso e apontou para uma sacola em cima de uma pia. 

— Você poderia me ajudar a tirar esse vestido? Não consigo sozinha. — Falo tentando retirar o vestido. 

— Sério piralha?

— Por favor, estou tentando ser legal! Eu realmente não consigo alcançar o fecho. 

— Está bem. Não ouse se mexer senão eu irei atirar em você. — Falou e eu apenas assenti ficando quieta a deixando se aproximar. Com cuidado e sem que ela perceba, consigo retirar a faca em seu cinto. 

Assim que ela termina de abrir o fecho, me viro com rapidez e corto seu pescoço. Ela me olha com os olhos arregalados enquanto o sangue jorrava de seu pescoço. Rapidamente levo minha mão à sua boca para abafar qualquer som, enquanto observava com um sorriso em meus lábios a guarda morrendo lentamente em meus braços.

Depois que finalmente ela parou de respirar deixo seu corpo no chão. Vou em direção ao chuveiro e ligo o registro deixando a água cair no chão. Limpo meus braços ensanguentados e novamente caminho em direção ao cadáver da guarda. Peguei a chave da coleira em seu bolso e sem dificuldade, consigo tirar essa coisa apertada do meu pescoço a colocando no pescoço rasgado da guarda. Rapidamente tirei o seu uniforme o colocando em mim, escondi meu cabelo no capacete e peguei suas armas.

 Em seguida, arrasto o corpo para dentro do box do banheiro que estava com o chuveiro ligado, por fim, aproveitei e cortei as bochechas da guarda fazendo um sorriso. Sorrio com meu resultado, então me viro na direção da porta, estendendo as mãos e fecho os olhos me concentrando naquela energia. 

Me ajude a sair daqui...

Seja meu guia...

Peço em minha cabeça, ainda me concentrando. Sinto aquele poder sair de minhas mãos e em seguida consigo de alguma maneira entrar na mente dos guardas. Consigo escutar tudo em suas mentes, elas eram como minhas marionetes.

Entrem no vestiário

Abro meus olhos sorrindo quando sussurrei em suas mentes, não demorou muito para obedecerem meu comando. Depois dos três pararem em minha frente, faço um novo comando. 

Você corte o pescoço do seu colega ao lado.

Ele me obedece avançando com rapidez e sem hesitar contra o outro guarda ao seu lado, cortando seu pescoço da mesma forma que eu fiz. Enquanto seu colega agonizava em sua frente os guardas restantes apenas me observavam seriamente esperando a próxima ordem. 

Agora me levem até o escritório da Waller.

Saio do vestiário com os dois me seguindo  lado a lado pelo corredor estava vazio. Com um discreto movimento de mão, consigo fazer as câmeras desligarem enquanto caminhávamos tranquilamente.

Quando finalmente paramos em frente a porta do escritório de Waller, que para minha sorte estava vazio, entrei junto com os guardas e tranquei a porta.

Revirei o local em busca do meu anel até que encontrei uma caixa marrom em cima da mesma, caminhei até a mesma a abrindo encontrando meu anel ao lado do meu pingente que ganhei de minha mãe. Abaixo deles havia uma ficha com informações minhas. 

— Em que lugar estamos, querido?— Perguntei ao guarda na porta enquanto terminava de colocar o pingente em meu pescoço. 

— Estamos em uma prisão de segurança máxima na Louisiana. — Respondeu e na mesma hora um alarme com uma luz vermelha começou a soar pela prisão. Haviam descoberto minha fuga, não tenho muito tempo. 

— Ótimo. Me façam um favor? Assim que eu sair por essa porta quero que atirem um no outro. 

Falo sorrindo antes de sair do escritório. Quando estava no corredor escutei barulho de disparos. 

Me liberte...

Me liberte...

 Enquanto caminhava pelo corredor, tentando ser discreta para passar pelos guardas sem ser percebida. Matando qualquer um que aparecer no meu caminho tentando me impedir, até que finalmente consigo sair por uma saída que dava para floresta. Retirei aquele capacete deixando meus cabelos soltos e começo a correr mata adentro tentando fugir. Eu só precisava encontrar um lugar para me esconder e com um telefone. Mas parecia que eu estava em lugar nenhum, apenas árvores. Escutei barulhos de vários passos na mata, provavelmente guardas correndo atrás mim e barulhos de pneus.

Me liberte...

Me deixe te ajudar, doce criança...

Ignorei as vozes sussurrando em minha mente até que eu parei em frente a um penhasco que dava para o mar. Olhei ao redor em desespero, tentando pensar no que fazer em seguida. Tinha duas opções, deixar a voz em minha mente assumir e peder o controle absoluto do meu corpo ou pular do penhasco, seria uma queda enorme e a maré estava forte, definitivamente eu não sairia viva, afinal eu não sabia nadar. 

Escolhas. Por que tão difíceis?...

— Hope desista! Você está cercada! — Escutei a voz da Amanda. Olhei para trás e a encontrei, me olhando há poucos metros de distância com um monte de soldados apontando suas armas para mim. — Se der qualquer movimento falso iremos atirar em você. 

Mesmo assustada não deixo de sorrir, passo o dedo sob o anel em meu dedo anelar direto me lembro das palavras de Kol.

"Dizem que se estiver em perigo ou triste passe o dedo sob a pedra e te trará segurança e felicidade."

 Naquele momento eu soube exatamente o que precisava fazer. Só havia uma chance de sair dessa situação. 

Me desculpe mãe...

— Vejo vocês no inferno! — Sorrindo abro meus braços e me jogo do penhasco de costas sem qualquer medo. Sinto o vento bater em meus cabelos fazendo-o chicotear contra meu rosto, era uma sensação de liberdade. Meu corpo cai na água fria e funda com brutalidade, não luto para ir para a superfície. Apenas deixo meu corpo afundar em meio as ondas fortes, o ar acabando enquanto meus pulmões queimavam para buscar ar. Aos poucos sinto a escuridão me dominar. Sorrio permitindo toda a dor, tristeza, raiva saírem de mim. Deixando a minha mente em paz, sinto o alívio em meio a escuridão que me encontrava. 

Flashes começaram a passar em minha mente, era do garoto de olhos verdes. E, finalmente, pude ver seu rosto! As memórias me atingem como uma bala. E pude me lembrar de seu nome, Harry Wayne e ele era meu namorado. Agora eu poderia morrer em paz.

“Se eu pudesse imaginar que estes seriam os últimos dias da minha vida, ou melhor, da vida com a qual estava acostumada, faria alguma diferença?”

Meus olhos foram se fechando aos poucos e logo eu estava em uma profunda escuridão.

We were running out, through the storms, through the night

Nós estávamos fora, durante as tempestades, durante a noite

We were running in the dark, we were following our hearts

Nós estávamos correndo no escuro, estávamos seguindo nossos corações

And we would fall down and we would slowly fall apart

E nós caíamos e nós lentamente desmoronamos

We would slowly fall into the dark

Nós lentamente desaparecemos na escuridão

The cold times arise

E os tempos frios surgem


 Ainda não acabamos doce criança...

(•••)

Sou despertada bruscamente, com a respiração ofegante. Sinto um alívio ao sentir o ar entrar em meus pulmões. Espera... Era para eu estar morta! Onde estou? Com diversas perguntas passando em minha cabeça consigo me sentar e olhar ao meu redor. Parecia ser uma caverna coberta por símbolos estranhos parecidos com os da minha cela, e no centro havia uma espécie de altar e nele havia uma mulher desconhecida de cabelos longos escuros, pele coberta de um pó preto e símbolos. Vestindo apenas um top preto e uma longa saia com fendas nos dois lados.

— Que bom que acordou! 

— Quem é você? — Perguntei me levantando lentamente olhando para a mulher com muita concentração.

Nada, apenas silêncio...

— E quem é você? Não tente ler meus pensamentos, eles não estão disponíveis para você no momento. Você deve ter ouvido falar de mim. Sou Enchanchess. 

— Eu deveria estar morta! 

— Deveria, mas você realmente pensa que eu iria deixar tamanho poder desprotegido? Antes de ser derrotada fiz um feitiço irreversível de proteção em você. Parabéns, você agora é imortal. Então, nesse momento, Amanda deve estar retirando seu corpo do mar e a levando de volta.

— O quê? Isso é impossível...Não pode ser verdade. 

— Acredite, doce criança. Nada é impossível para mulheres como nós. — Se aproximando lentamente de mim, a bruxa parou na minha frente. 

— Você é a voz da minha cabeça... Como conseguiu sobreviver?

— Eu vi você quando entrei na mente quebrada da sua mãe. Eu senti o cheiro do seu poder mesmo longe. Então transferi um fragmento da minha alma para você. — Respondeu com um sorriso de lado enquanto levava a mão preta ao meu cabelo. 

— Eu passei mal durante aquela noite inteira com dores no corpo e febre. Precisei ser levada a emergência com urgência, mas os médicos não conseguiam explicar o motivo da minha doença. Agora sei que foi você. — Falei me afastando de seu toque. 

— Um pequeno efeito colateral. Todos esses anos. Eu fui tão paciente, esperando que despertasse sua verdadeira forma. Adormecida em sua mente, tentando fazê-la acordar. O banho de químicos foi uma pequena fagulha. Cheguei perto com a Alice, mas foi besteira. 

— Então foi você...

— Não fui literalmente eu. Fui apenas a sua guia. Depois que despertou seus poderes, consegui ter mais acesso à sua mente. — Respondeu dando um rápido sorriso antes de começar a caminhar em volta de mim. — Tentei manipular você com a fake Alice para te despertar da fantasia insana que seu pai a colocou. Mas você estava tão travada em suas inseguranças que acreditou naquele palhaço. 

— Não... — Piscava excessivamente enquanto a olhava boquiaberta tentando assimilar todas as informações que ela estava contando. 

— Oh, sim, doce criança. Em pouco tempo você conseguiu fazer coisas que levariam anos de treinamento para qualquer outra bruxa. Controle da mente. Um clássico! Basta concentração e mente fraca e tudo pronto. Você conseguiu pôr aqueles guardas sob seu controle sem dificuldades. E, é claro, feitiço de cura, um encantamento rápido e transferência de energia vital. Curou sua amiga de um coma irreversível apenas a tocando. Aquilo foi bem especial, a propósito. Magia em pleno piloto automático. Nunca perguntou a si mesma a origem de seus poderes?

— Eu não fiz nada disso! Não sou uma bruxa... — Rosnei mas sou interrompida quando sou jogada em uma parede com força. Solto um gemido de dor levando a mão à minha cabeça, sentindo algo quente em minha testa. 

— Pare com isso! Sou eu que tenho as rédeas agora. Foi divertido brincar de faz de conta com seu pai. Mas, cansei de te cutucar para sair desta fantasia que você mesma criou, mas você prefere desmoronar do que encarar a verdade. 

— É porque não há verdade! É impossível eu ter nascido uma meta humana. — Argumentei a olhando mortalmente enquanto me levantava novamente. 

— Sabe o que eu vejo quando olho para você? Uma bruxa bebê, obcecada por palhaços. Que não consegue enxergar aquilo que está bem diante dos seus olhos. Você não me dá escolha, Hope. — Lamentou então estendendo a mão sou arrastada pela caverna até parar de joelhos em frente à bruxa. Enchanchess se ajoelhou para ficar ao meu tamanho e segurou meu queixo fazendo-me olhar diretamente para seus olhos esverdeados. — Não temos muito tempo... Vamos recapitular tudo que aconteceu na sua vida recentemente. Deixe-me ver, tios mortos, pais psicopatas e namorado perdido. O que acontecerá quando você não tiver ninguém para salvá-la escuridão que tanto a atormenta?

Fecho meus olhos enquanto deixo apenas uma lágrima solitária cair de meus olhos. 

— Eu sei o que você é. E você não tem ideia do quanto é perigosa. Sua família materna vem de uma linhagem de bruxas bastante poderosos que foram perdendo sua magia até você nascer. Há uma profecia sobre você, um ser capaz de destruição e criação espontânea. A única bruxa, além de mim, capaz de manipular magia sombria. O que a faz de você, rainha das bruxas. Não se preocupe, doce criança. Estarei com você a ensinando tudo que é necessário...

(...)

Acordo assustada, respirando fundo sentindo o alívio do ar entrando em meus pulmões. Ainda meio zonza, percebi que estava deitada sob a mesma cama de solteiro, ao meu lado havia um monitor cardíaco. Ao invés do uniforme de guarda, vestia uma camisola cinza de mangas que batia um pouco abaixo do joelho. Notei que estava na mesma cela, mas que havia mudado algumas coisas. As paredes de concreto com os símbolos enfeitiçados, só que havia uma estante com livros em um canto. Ao lado havia a cadeira de ferro com duas cadeiras, em cima da mesa estava um velho rádio de música. E por fim, pregados no teto havia uma barra de ferro que dava para eu me pendurar.

— Oh, você acordou. Bela adormecida!— Escutei a voz da maldita Waller. Olho para ela sinto uma forte dor de cabeça. 

— O que aconteceu? — Perguntei ainda cansada.

— Você caiu, conseguimos tirar você da água. Pensávamos que estava morta mas para nossa grande surpresa, depois de algum tempo sua pulsação voltou. Então trouxemos você de volta e ficamos monitorando seu progresso. 

— Que ótimo... — Sussurrei apertando meus olhos ao me lembrar da conversa com Enchanchess  

— Você nos deu um trabalho e tanto. Agora sei que não devo subestima-la. Você terá treinamento, estudo e acompanhamento psiquiatra se for boazinha. E a partir de hoje para que não ocorra mais incidentes, usará a coleira anti poderes sempre que sair desta cela, as chaves ficarão comigo. E mesmo que consiga se livrar da coleira implantei uma bomba em seu pescoço, igual eu fiz com o Esquadrão suicida. Se tentar qualquer gracinha, terei o prazer de explodir sua cabeça, Quinzel. Seu treinamento começará amanhã. —Anunciou seriamente antes de caminhar em direção a saída. 

— Waller? 

— Sim? — Perguntou parando na porta da cela e se virando para mim.

— Por quanto tempo fiquei inconsciente?

— Dois dias. — Respondeu e se retirou me deixando sozinha naquele lugar. Notei que ainda estava com meu anel, passo o dedo pela esmeralda e sinto as lágrimas salgadas em meus olhos mas não me permito chorar. Um dia eu irei sair daqui! 


HARRY 

Estava na Bat-caverna em frente aos computadores, em busca de qualquer sinal de Hope. Mas não havia nada, era como se ela tivesse desaparecido do mapa. E sem a ajuda do meu pai, as coisas ficaram complicadas. Até que Alfred apareceu e me entregou uma carta de Amanda Waller. 

“ Estou com a posse de sua amiga Hope Quinzel. Como já deve saber ela é muito importante, ela tem potencial, com a magia em seu sangue. Ela é responsabilidade do governo. Em respeito ao seu pai, garanto que ela será nem cuidada sob minha responsabilidade. Ela será minha nova soldada, minha criação, então eu sugiro que você desista de procurar por ela, porque você não vai encontrá-la. E se você tentar me enfrentar, eu não tenho medo de morcego.

 Amanda Waller.”

Eu amassei o papel em minha mão então soquei a mesa não me importando com a dor em minha mão. Aquela mulher iria pagar caro por roubá-la de mim. Hope não merecia isso!  Quando eu a encontrar eu vou torturar ela da pior maneira possível. Com esses pensamentos eu não me controlei e comecei a rir.

  

3 anos depois...


Notas Finais


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