A garota se encontrava na cabana, revirando tudo, ela tinha mais ambição que o resto do time de Die, era isso que a fazia especial.
Depois de abrir o colchão, revirar a cama, tirar para fora todas as gavetas e procurar em todos os lugares, ela bufa, ligando as bocas do fogão velho e imundo que tinha no lugar, e em seguida vai para a frente do espelho esperando que o gás se espalhasse enquanto sorria de lado para o seu reflexo. Depois de um tempo, ela pega um fósforo e vai para o lado de fora, escutando um barulho que ela apenas ignorou, e assim que está um pouco longe, acende o fósforo e o joga rapidamente dentro da cabana através da janela, e na primeira tentativa o fogo se inicia junto a uma explosão, que tomou conta do lugar enquanto ela corria para mais longe.
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Léo andava de um lado para o outro em seu quarto de hotel, estava sofrendo um conflito interno, ele realmente não estava tão interessado no caso aponto de arriscar sua vida, mas o fato de Die ter o desafiado atiçou sua vontade de descobrir sua identidade e acabar com ele.
Julie se locomovia em passos rápidos para a casa quando avistou de longe Dylan com um enorme pote de açaí e um sorriso enorme no rosto.
- Olha que safado... Então era essa a emergência que o fez sair antes que os outros da casa da Mari!- Ela dá meia volta e decide cortar caminho pela floresta para evitá-lo já que os ânimos entre os dois não estavam uma maravilha, mas quando começa a adentrar a floresta, avista de longe uma pessoa usando máscara e um capuz preto correr para dentro da mata.
- Dylan!- Ela grita e o garoto no susto, derruba o pote no chão.
- Puta que pariu! O que você está fazendo aí?- Ele grita assustado levando a mão até o peito.
- Corre!- Ela sai correndo atrás do capuz preto e Dylan nem pensa em hesitar, apenas segue ela.
Noah decidiu ficar na casa da Mari com ela e sua mãe por um tempo, para se certificar de que elas ficassem bem.
- Não estou conseguindo falar com a Alexa...- Ele suspira, guardando o celular no bolso.
- Por que está tão preocupado? Ela deve estar em casa com o celular descarregado- Mari estava jogada no sofá, enquanto destruía uma flor de um dos buquês que mandaram com os idênticos bilhetinhos em cada um; "Meus pesâmes pela sua perda, eu realmente sinto muito", era como se todos tivesssem combinado de escrever a mesma coisa para fingir que se importavam com a dor das duas.
- Não, ela não está em casa, ela e meu pai tiveram uma breve discussão ontem a noite e ela simplesmente saiu e não voltou ainda- Ele se senta no sofá de frente para ela.
- Não se preocupe ela vai voltar, dê um tempo pra ela, o tempo que você e minha mãe não querem me dar- Ela bufa em seguida ao escutar o barulho do salto de sua mãe enquanto a mulher desce as escadas.
- Vou preparar um lanche para vocês, é realmente muito legal da sua parte estar preocupado com minha filha- A senhora Rivers diz para Noah, ignorando o que a filha disse. A ponta de seu nariz estava vermelha e seu rosto inchado, mas ela continuava incrivelmente bonita.
Assim que ela se retira da sala, deixando os dois a sós, Mari se manifesta.
- Noah- Ela chama a atenção do garoto, e assim que ele a olha, ela faz sinal com a mão para que ele viesse até ela.
- Naquela hora você me disse que se eu viesse para a casa, você me contaria qual é a do documento...- Ela responde arqueando uma das sobrancelhas e ele respirou fundo.
- Eu imaginei que tocaria nesse assunto o mais rápido possível... Bom, há uns dias atrás seu pai bateu na minha porta, ele estava estranho, eu diria que assustado. Me entregou um envelope e me fez prometer que eu só o entregaria para você caso algo acontecesse com ele-
- Então Die tinha certeza que esse envelope estava com meu pai, por isso me torturou, e por isso o matou, mas na verdade ele estava com você...- Ela murmura e se levanta atordoada.
- E pior que seu pai sabia que algo lhe aconteceria... Eu só não entendo o porquê dele ter dado a vida por esse envelope, e o porquê de Die ter matado por esse envelope- Noah diz tirando-o do bolso, o envelope estava intacto.
- Ele nem deveria saber o que tinha aí, mas mesmo assim apostou toda as fichas de que isso poderia nos ajudar- A morena murmura com os olhos marejados, mas lutava para não se entregar as suas fraquezas.
- Aconteceu algo com seu pai, então... Aqui está- Ele pega a mão dela e coloca o envelope nela.
Mari abre o mesmo rapidamente e Noah se aproxima para ver do que se tratava.
- É uma página de uma espécie de caderno de um psicólogo, sabe? Aquele aonde ele anota seus pacientes e os problemas deles...- Ela informa e ele assente, lendo as anotações.
- " A primeira sessão foi um sucesso, consegui falar apenas com o paciente, ele é gentil, um pouco perdido e confuso, mas em nenhum momento se quer demonstrou indicíos de violência. Já na segunda, sob um pouco de pressão, ele assumiu por completo a sua segunda personalidade e confesso que me senti um pouco intimidado, era como se ele houvesse se tornado uma outra pessoa, perversa, fria e calculista, posso dizer com toda a certeza que essa personalidade o domina, o que o torna um perigo para a sociedade".- Noah lê tudo em voz baixa, mas alta o suficiente para que Mari o acompanha-se.
- O doutor deixa claro que queria pedir a internação do paciente, será que essa internação chegou a acontecer?- Mari observa e Noah passa a língua pelos lábios.
- Está faltando o nome do paciente- Ele murmura desapontado.
- Geralmente eles não colocam o nome do paciente para manter tudo em absoluto sigilo, colocam apenas a numeração dele... 98531290-
- Esse paciente só pode ser Die! É o único motivo cabível para ele estar tão desesperado atrás disso, talvez tenha um método de descobrirmos a identidade do paciente, e por isso ele tem tanto medo, que Die era perigoso, nós já sabíamos, mas agora sabemos que ele pode ser qualquer um, até mesmo a pessoa mais inofensiva que conhecemos- Mari concorda com o que ele diz, sorrindo de lado.
- Meu pai nos deixou a nossa maior pista! Finalmente estamos um passo na frente de Die!- Ela exclama e ele sorri também por ver que isso tinha deixado ela animada.
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- Eu não aguento mais! Minhas pernas doem!- Julie resmunga se jogando no meio da rua e Dylan faz o mesmo.
- Agora eu tenho mais do que certeza que o Flash não é o homem mais rápido do mundo!- Ele exclama enquanto os dois respiram ofegantes, tentando recuperar o ar, jogados no meio da estrada debaixo do sol quente.
- Mas espera, por que estávamos o perseguindo? Não tinhamos combinado de não se importar com os capangas de Die? Lembra que eu até citei a cena da história da pequena sereia, aquela parte que a bruxa fala que quer o peixe maior e tudo mais?- Dylan questiona se sentando.
- Estávamos sendo discretos, ele não sabia que nós o seguiamos e iria nos levar até o covil de Die sem nem perceber! E mano, você mandou bem citando a pequena sereia, ter bancado a babá da sua sobrinha foi ótimo para você, ter conhecimentos dos filmes da disney te fez um cara maduro!- Ela responde erguendo a mão e ele bate nela, fazendo o toque e então a baixinha se levanta do chão e dá a mão para ele, o ajudando a levantar.
- Ah! E te corrigindo, eu- Ele dá ênfase no "eu"- Estava sendo discreto, você pulou em cima de um carro e andou no capô dele enquanto corria e gritava "Eu te pego desgraçado"-
- Não exagera- Ela revira os olhos e ri em seguida.
- Eu não estou exagerando, estou até amenizando, não citei a hora em que você tentou acertá-lo com um pedra e acertou apenas o vento por causa da sua pontaria horrível- Ele debocha e recebe um empurrão.
-Dá pra você focar no fato de termos falhado?...- Ela murmura e ele olha para o chão e vê que o capanga havia deixado rastros de pegadas de lama na estrada.
- Julie? Parece que aquela poça de lama desnecessária na qual eu quase te afundei no caminho acabou se tornando necessária!- E então ele aponta para as pegadas e ela sorri.
- Vamos, temos um mini peixe que vai nos levar ao peixe maior- Ela diz o puxando pelo braço e os dois voltam a correr.
.........
- Até que enfim estou saindo desse hospital- O pai de Naty reclamava da comida e do banheiro enquanto eles cruzavam a saída.
- Deixa eu te perguntar pai... Die não voltou para te visitar, não é?- A loira o interrompe, aflita.
- Não, ele disse que não iria mais voltar porquê estava ocupado com os jogos- Ele dá de ombros e ela suspira aliviada.
- Que tal irmos almoçar em um restaurante? Para compensar os dias que teve que comer essa comida horrível?- Ela pergunta sorrindo e ele assente, animado.
- Por que não permitem visitas? Isso é ridículo! E se estiverem maltratando ela?- Selly reclamava com seu pai.
- Selly, ela precisa se recuperar, disseram que a visita só irá ser permitida depois de uns dois meses de tratamento, assim não iremos atrapalhar nada- Ele explica calmamente.
- Continuo achando isso um absurdo- Ela responde e abre a porta de casa, saindo em seguida, e acaba trombando com Sam e Peter na rua.
- Aonde vocês estão indo?- Ela pergunta.
- No hospital, quero checar quais serão os dias que farei estágio essa semana, pra ver se posso ficar de porre algum dia- Sam responde rindo e não estava brincando.
- Eu vou com vocês- Ela sugere.
- Só se você não estiver com nada melhor para fazer- Peter diz e os três começam a andar.
- Sam, eu falei com a Julie, e tenho certeza que ela está afim de você- A ruiva diz animada.
- O que? Pois eu tenho certeza de ter ouvido a Mari e a Nanda falando que ela está afim do Dylan- Peter responde franzino o cenho.
- Não! Nada disso, é do Sam que ela está afim!- Os dois começam uma pequena discussão.
- Hey! Parem com isso! Não importa de quem ela está afim, quer dizer, sim importa, principalmente se for de mim, mas só estou dizendo que... Vocês deveriam parar de gritar para a rua inteira, estão todos olhando para nós- Sam tinha um jeitinho de falar que era o ponto forte do seu charme, e seu estilo "Não gosto de chamar a atenção", sempre acabava chamando a atenção.
- Okay... o que ele veio fazer nessa cabana?- Dylan pergunta confuso enquanto os dois se escondem atrás de uma árvore que estava longe o bastante.
- Eu tenho quase certeza que não é ele e sim ela, você prestou atenção na bunda? É totalmente feminina, mesmo que apertada naquela calça- Julie faz uma pequena observação- E tenho certeza de mais uma coisa, Die não está escondido aí, a não ser que ele curta uns ratos andando por cima da cabeça, comparado a casa que ele estava e explodiu quando descobrimos, isso aqui é nada... E fica muito perto de nós, Die quer estar perto, mas acredito que não tão perto, afinal, ele pod estar um passo a frente, nós não- Ela diz saindo de trás da árvore depois de uns dez minutos que a garota havia entrado na cabana.
- Acho melhor irmos embora então- Ele sai também.
- Tem razão, não temos que nos preocupar com uma serva de Die perambulando pela mata- Os dois viram de costas e se assustam com uma explosão, e sem pensar duas vezes, saem correndo desesperados, tropeçando na garota, que havia se jogado no chão ao fugir da explosão.
- E como faremos para descobrir quem é o paciente? Vou ao hospital psiquiátrico? Posso achar o nome dele...- Mari começa a andar em direção a porta e Noah segura seu braço.
- Mari, não acha que precisa relaxar um pouco?- Ele pergunta calmamente.
- Eu preciso relaxar sim, mas só depois que eu relaxar minha mão na cara do desgraçado que matou meu pai e levou minha amiga!- Ela grita fechando as mãos.
- Vamos fazer da seguinte forma, eu te levo para sair, e depois, nós vamos ao hospital psiquiátrico para que possamod descobrir a identidade de Die- Ele responde e ela parecia gostar do acordo.
- Por que quer me ajudar com isso?- Ela pergunta.
- Na verdade eu não quero, pra ser sincero eu estou cagando nas calças só de imaginar nós dois dentro de um lugar de doidos e eles perceberem que você pertence a aquele lugar e não te deixarem sair!- Ele brinca e consegue finalmente arrancar uma risada dela.
Dylan se levanta com dificuldade e ergue a mão para a Julie, mas assim que ela vê que a garota misteriosa está se levantando para fugir, ela pula em cima dela e as duas iniciam uma mini luta no chão.
Julie a prende com suas pernas.
- Aonde pensa que vai? Deixou a panela no fogo ou está com medo que eu tire sua máscara?- E no mesmo instante ela arranca a máscara da garota, exibindo o rosto dela.
- Puta merda!- Dylan exclama.
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