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História The Hope - Park Jimin - Chapter Eleven


Escrita por: myjooles

Capítulo 11 - Chapter Eleven


Um Motivo

* * *

Eu acabara de encerrar a chamada que estava com a minha mãe, ela gostaria de saber se estava tudo bem e se eu estava me cuidando adequadamente, após tranquilizá-la deixei o celular de volta em cima da cômoda ao lado da cama e voltei para o banheiro. Me perguntei onde Jimin poderia estar e olhei em volta, não creio que ele conseguiria se levantar da banheira sozinho e ter passado por mim sem que eu percebesse, acabei tomando um susto quando ele saiu debaixo da água repentinamente, ele desviou o olhar para mim, coloquei a mão sobre o peito e respirei fundo.

— Céus!  – Ele riu enquanto encostava suas costas na banheira.

— Assustei você? – Me aproximei da banheira e me agachei ao lado.

— Se essa era sua intenção, conseguiu.

— Missão concluída. – Revirei os olhos.

— Não acha que está na hora de sair? Seus dedos já estão ficando enrugados.

— Você fala comigo como se eu fosse uma criança, sabia?

— Bem, as vezes você realmente se parece com uma. Venha, melhor você vestir algo e ir deitar.

— Você seria uma ótima mãe. – Sorri.

— Obrigada. Agora vamos.

Eu ajudei Jimin a levantar e peguei a toalha, logo entregando para o mais velho, tentando o tempo inteiro não olhar para baixo e ouvindo sua risada baixa por meu ato de não querer ver nada mais íntimo seu. Park a enrolou em sua cintura e voltamos para seu quarto, onde eu o deixei sentado e comecei a procurar uma roupa em seu closet.

Todos os seus ternos estavam bem passados e pendurados, haviam vários e todos aparentemente eram de marcas, sem contar que pareciam caros e bem cuidados. Eu peguei uma camisa e um short, além da cueca e um par de meias, porque tenho em mente que Jimin sente muito frio nos pés durante a noite.

— Você tem uma variedade de ternos, não? – Falei me aproximando dele.

— Usava no tribunal, quando estava defendendo alguém.

— Soube que você é um ótimo advogado. – Ele soltou uma risada leve.

— Ora, você está falando com o ‘Advogado do Diabo’, tenho que ser bom nisso. – Acabei rindo.

— Se eu me meter em alguma encrenca, irei contratá-lo.

— Isso, continue esperta assim. Sinto falta de estudar processos jurídicos.

— Você ama o que faz, certo? – Jimin assentiu.

— Não é um trabalho fácil, não é apenas chegar no tribunal e dizer que meu cliente é inocente, mas eu gosto do que faço.

— Deve ser algo complicado.

Após terminar de ajudá-lo a se vestir, voltei para o banheiro, onde eu esvaziei a banheira e desliguei as luzes. Eu havia tomado banho momentos antes de Jimin, então, apenas me deitei ao seu lado e verifiquei sua temperatura. Aparentemente ele não queria vestir as meias agora, disse que poderia vesti-las mais tarde, quando realmente estivesse com frio.

Park me puxou para perto dele com cuidado e não demorou para que estivéssemos nos beijando suavemente, no entanto, algo chamou minha atenção e de certa forma me deixou com o coração agitado, nervosa com seu ato, ele estava me puxando cada vez mais para cima dele, para que eu subisse em seu colo.

— Espera… – Disse encerrando o contato de nossas bocas.

— Algum problema?

— Eu não acho que seja uma boa ideia eu ficar por cima de você. – Jimin soltou uma risada leve.

— Tem medo que algo aconteça?

— Não… Quer dizer, também. – Ele passou a língua nos lábios.

— Você não quer?

— Isso não parece ser errado para você?

— Por que seria? – O mais velho colocou uma mecha do meu cabelo para trás de minha orelha.

— A resposta é óbvia, Jimin. – Soltei uma risada nasalau. – Apenas tenho medo que você esteja fraco demais.

— Eu posso aguentar. – Fiquei calada por um momento. – Não sente vontade de fazer sexo comigo?

— A questão não é essa. Fico preocupada de você ter alguma coisa durante. – Park riu. – Eu estou falando sério, não ria.

— Tenho câncer de pâncreas, não o coração fraco. Eu não terei uma parada cardíaca, caso esteja em dúvida… Você é médica, deveria saber disso, Doutora. – Revirei os olhos.

— Engraçadinho. – Ele me fez inclinar novamente, ficando com nossos rostos próximos.

— Se não quiser pode me falar, não ficarei chateado.

Eu nunca tive relações sexuais com outro homem além de Hoseok, ele foi o meu primeiro e último, tenho medo de não ser experiente o suficiente para conseguir dar conta de Jimin, este que teve algumas namoradas e era mulherengo antigamente. Apesar de eu estar nervosa, juntei nossas bocas, sentindo um sorriso se formar em seus lábios durante nosso ósculo, acabou que eu cedi e sentei em seu colo como ele tanto queria. 

Eu posso ajudar Jimin no banho, mas nunca ousei olhar para sua parte íntima ou ajudá-lo a lavar, ele podia fazer isto sozinho ao meu ver, então, não tenho noção do seu tamanho, o que me fez sentir um frio na barriga e não que eu me importasse com isso, somente tenho medo que seja mais avantajado do que eu espero.

— Tenho em mente que você se relacionou apenas com um homem na vida, tudo bem, não precisa ficar nervosa.

— Está óbvio assim? – Assentiu. – Desculpe.

— É normal, não se preocupe. Esqueça ele por um momento, foque na gente e no agora, está bem?

— Tudo bem.

As mãos de Park deslizaram para minha cintura e apertaram o local, sem muito demora ele me ajudou a tirar a camisa e o sorriso em seus lábios me deixou tímida, contudo, eu queria que aproveitássemos nosso momento juntos e não me deixei abalar. Embora sinta como se fosse minha primeira vez, eu já fiz antes, não há segredo algum.

Eu acabei engolindo a seco quando senti o membro enrijecido de Jimin, ele notou e abriu um sorriso sacana, este que conheço muito bem e que um dia disse não causar nenhum um efeito sobre mim, agora percebo que fui muito ingênua de falar isso. O homem segurou meu quadril e fez com que eu me remexesse em cima dele, fazendo nossas partes se roçarem uma na outra.

— Vamos, Doutora… Me mostre o que sabe fazer. – Não pude deixar de sorrir pelo modo que me chamou em um momento como este.

Eu me inclinei sobre ele e comecei a deixar selares úmidos em seu pescoço, ouvindo suas arfadas baixas e logo suas mãos foram de encontro com o fecho do meu sutiã, deixando-os livre do tecido e assim puderam ser apertados por Jimin. Acabei deixando uma chupada em seu pescoço, escutando sua risada leve em seguida.

— Tire esse short, hm? – Passei minha língua onde estava deixando selares momentos antes.

— Você precisa ser paciente, Park. – Fiquei com minha postura ereta.

— Desculpe, princesa, mas eu estou a cinco meses sem transar com ninguém, cheguei ao meu limite. – Suas mãos pararam no fecho do meu short. – Além de que sentir sua língua está me deixando ainda mais excitado.

Antes que eu tirasse meu short, tirei sua camisa e passei os dedos em sua tatuagem delicadamente. Jimin trocou as posições e eu me perguntei de onde ele tirou forças para fazer tal ato, quando ele mal tinha forças para andar sem apoiar-se em alguma coisa.

— Estou começando a achar que você tem forças o suficiente para fazer seus afazeres sozinho. – Ele riu levemente.

— Aqui é outro assunto, tenho que ser forte para conseguir satisfazê-la, Doutora.

Park abriu o botão do meu short e em seguida o zíper, fazendo-me sentir borboletas no estômago, logo estava livre de vestimentas mais pesadas e usava somente minha peça íntima de baixo. O mais velho passou suas mãos por meu corpo suavemente e quando chegou minha coxa, deu um tapa na lateral.

— Você é realmente linda, S/n. – Se inclinou sobre mim.

— Não é para tanto. – Ele sorriu de ladinho e começou a deixar uma trilha de beijos que iam da minha mandíbula, até meus seios.

— A mulher mais linda que conheci e a mais linda que irei foder. – Me estremeci por sua fala.

Tinha em mente que Jimin poderia ser obsceno em suas falas, certa vez o escutei sem querer falando ao telefone com um amigo e a maneira vulgar de dizer algumas palavras me deixou surpresa por ter uma visão diferente dele. Acredito que ele converse assim em certos momentos, talvez hoje ocorra assim.

O meu seio começou a ser chupado como uma chupeta por ele, o que me fez arrepiar por inteiro e arfar baixinho pela minha sensibilidade. Jimin subiu as chupadas para meu pescoço, ali deixando algumas marcas antes de simular uma estocada em mim, me fazendo prender a respiração por um momento e a soltar gradualmente.

Eu segurei as laterais do seu rosto e o puxei para um beijo, este que se tornou algo intenso e cheio de desejo por parte de ambos, o restante de timidez que estava sentindo até o momento não me afetava mais e eu somente queria sentir o homem que estava me tocando de maneira tão delicada, mas que não deixava de ser excitante.

— Você precisa ser paciente, Doutora. – Repetiu minha fala.

— Cale a boca. – Juntei nossos lábios novamente e enrolei minhas pernas no quadril dele.

O barulho de tapa e em seguida a ardência em minha coxa me fizeram pensar que Jimin podia ser um homem bruto, quando ele mordeu meu lábio inferior e logo senti o gosto de sangue, minhas dúvidas foram esclarecidas. Ele se esticou e abriu a gaveta de sua cômoda, desta que ele tirou uma embalagem de preservativo.

Eu fiquei me perguntando em que momento da minha vida eu decidi engravidar de um paciente do hospital em que eu trabalho, transar e estar cogitando me apaixonar por ele. A minha vida se tornou muito diferente depois que conheci Jimin e eu estou prestes a fazer com ele, o que nunca pensei que um dia faria com alguém que estivesse em meus cuidados.

Apesar de no começo eu ter ficado tímida e nervosa, agora eu somente quero senti-lo dentro de mim e me fazendo dele. Park ficou com a postura ereta e continuou entre minhas pernas, quando ele colocou seu membro enrijecido para fora de suas vestimentas que ainda o cobriam, me faltou um pouco de ar. Ele era mais dotado do que eu imaginava e quando ergui o olhar para ver seu rosto, um sorriso canteiro estava formado em seus lábios.

— Você parece estar surpresa. – Disse abrindo a embalagem de preservativo e a jogando no chão, logo colocando a camisinha em seu comprimento.

— B-Bem… – Engoli a seco.

— O caralho do seu ex não era como o meu?

— Ele não era pequeno, mas…

— Creio que tenha entendido. – A minha calcinha foi deslizada por minhas pernas e jogada no chão por Jimin, que logo voltou a se inclinar sobre meu corpo. – Eu gosto de transar com luzes apagadas, mas hoje quero foder você com elas acesas, assim guardarei esse momento em minha memória.

O meu rosto se esquentou e uma risada escapou de Park. Ele deixou seu rosto ao lado do meu, eu chupei o lóbulo de sua orelha devagar e mordi levemente. 

— Espero que tenhamos uma outra oportunidade para que eu sinta essa sua boquinha chupando meu pau. – Soltei uma risada leve. – Gosta de transar devagar, paixão?

— Irá me foder devagar, Park? – Ele voltou a me olhar.

— Apenas se você pedir, amor. – Assim que senti o falo de Jimin entrar em mim com brutalidade, mordi o lábio inferior com força. – Opa… Esqueci de avisar. – Sorriu divertido.

— Po-… Porra… – Soltei o ar que acabei prendendo.

— Ouvi-la xingando é minha nova coisa favorita. – Ele começou a movimentar seu quadril, indo fundo e bruto. – Depois de sentir sua buceta, claro.

Eu não sabia o que responder, Hoseok nunca me elogiou desta maneira ou alguma vez disse coisas desses tipo durante nossas relações, ouvir outro homem dizer tais frases me deixa envergonhada.

Jimin começou a meter cada vez mais rápido, o que estava fazendo meus gemidos se tornarem altos e cada vez mais presentes. Embora eu estivesse gemendo alto, Park gemia baixo e perto do meu ouvido, enquanto me elogiava de maneira obscena e soltava risadas leves. Ele estava se divertindo.

Era um sensação estranha, após quase dez anos estar com a mesma pessoa, tendo noites apenas com ela, fazer isso com outro alguém podia ser um pouco diferente. Não que isso fosse algo ruim, era um diferente bom, principalmente quando era com um homem que estava fazendo de maneira tão gostosa. 

Eu acabei arranhando as costas de Jimin e logo ele voltou a me olhar, o que me deixou constrangida por estar sendo olhada daquela maneira, Park juntou nossos lábios em um beijo desesperado e desengonçado.

O som das nossas pélvis de chocando, os gemidos, o ranger da cama no chão e a cabeceira batendo contra a parede deixava tudo ainda mais erótico, além do barulho dos tapas que estava recebendo nas laterais das minhas coxas.

— Amor… Geme meu nome bem manhosinho? – Jimin disse após separarmos nossas bocas.

Ele mordeu o lábio inferior levemente e levou seu rosto até meu ombro, deixando ali selares úmidos e mordidas, estes que foram subindo para meu pescoço, fazendo-me sentir sua língua quente em contato com a minha pele. Acabou que eu realmente gemi seu nome sem que fosse algo intencional, o que serviu para que Park fosse ainda mais fundo em suas estocadas.

Confesso que não esperava algo assim, achei que ele iria com calma, ou que pediria que eu ficasse por cima, por sentir-se fraco demais e não querer fazer muito esforço, contudo, ele estava por cima e metendo em mim como se nada mais importasse além desse momento entre a gente.

Os seus gemidos agora estavam mais audíveis e admito estar adorando ouvi-los de maneira tão clara, escutando os dele se misturando com os meus e ambos preenchendo seu quarto.

O nosso momento havia demorado um pouco mais do que o esperado, Jimin alternava entre socadas rápidas e lentas, fazendo com que durasse ainda mais porque de acordo com ele, queria aproveitar o máximo possível. Ambos estávamos suados e ofegantes, chegamos em nossos orgasmos juntos e após mais algumas estocadas, Park se deitou ao meu lado e tirou o preservativo de seu falo, dando-lhe um nó e o jogando no chão do quarto.

Nos cobrimos com um lençol fino branco e eu o abracei, enquanto dedilhava seu peitoral. Jimin deixou um selar no topo da minha cabeça e ficou fazendo carícias em meu cabelo.

— Você gostou? – Perguntei.

— Sim, foi incrível. – Sorri e me aconcheguei nele. – Eu gosto mesmo de você, S/n. – Ergui a cabeça e deixei um selinho em seus lábios.

— Eu quero mesmo gostar de você, não desista do que podemos ter. – Ele sorriu.

— Irei tentar. Agora precisamos de um belo banho.

— Tenho que concordar. – Soltei uma risada leve. – Obrigada por hoje, você superou minhas expectativas, Park Jimin.

— Superei, é? – Assenti. – Fico contente por isso.

— Levamos o ‘me ame por curtos minutos’ para outro nível. – O mais velho riu.

— Fomos de curtos minutos para meia-hora. Acredito que se eu estivesse melhor, faríamos a noite inteira.

— A noite inteira são muitas horas.

— Você aguentaria. – Revirei os olhos. – O que é gostoso deve ser aproveitado, certo?

— Sim, você tem toda a razão, mas podemos aproveitar em outro momento, temos que tomar banho.

Dois Dias Para a Cirurgia

* * *

A minha noite com S/n foi bastante especialmente para mim, diferente de todas as mulheres com quem me envolvi um dia, com exceção das que eu cheguei a namorar, o que estávamos fazendo não era apenas sexo, algo casual, havia um sentimento mais profundo, ao menos para mim havia.

No momento que eu mergulhei na água da banheira, uma série de momentos passou em minha mente e me fizeram levantar, claro que não falei para S/n sobre minha possível tentativa de suicídio, apenas fingi que era para dar-lhe um susto, contar a verdade não seria nada legal, além de que ela se sentiria culpada por ter me deixado sozinho.

A manhã havia chego, o clima estava frio, mas não deixava ser agradável. Ainda estávamos em minha casa, eu estava observando S/n preparar nosso café da manhã, ontem eu gastei todas minhas energias e forças, mesmo que queira ajudá-la com isso, me sinto fraco demais, sem contar que ela não iria permitir.

O que estava acontecendo agora, esta cena, me deixou pensativo, gostaria de acordar todas os dias e tê-la em minha casa, ambos fazendo nosso café da manhã e conversando sobre algum assunto que gostássemos. Acredito que pensar em um futuro está me fazendo desistir da desistência da cirurgia.

— Sabe… – Iniciei minha fala. – Eu estava pensando em algo.

— No que? – Me olhou de relance.

— Se eu ficasse doente para sempre, ainda iria querer se apaixonar por mim?

— Hm… Sim, mas eu teria muito medo de perdê-lo.

— E se eu tivesse que depender de você?

— Acredito que seria um pouco difícil, mas eu iria cuidaria de você, não me importaria de passar boa parte do meu tempo ajudando-o com algumas coisas.

— Está sendo sincera nessas respostas?

— Acha que eu possa estar mentindo?

— Somente não quero que me responda o que achar melhor e algo que não me fará ficar chateado, quero sua sinceridade. 

— Confie em mim, estou sendo sincera.

— Irei confiar e acreditar em você. Acha que a cirurgia pode dar certo?

— Dará certo, basta você deixar essa ideia de desistir de lado.

— E se eu falar que cheguei em minha conclusão? – S/n parou o que estava fazendo e desligou o fogão, logo me olhando.

— Então? – Eu pude ver o momento que ela engoliu a seco.

— Acha que eu sou um caso perdido?

— Não, não acho. Saiba que estou sendo sincera.

— O que pensaria de mim se eu dissesse que irei desistir da cirurgia?

— Você irá?

— Me responda primeiro. – A mais nova soltou um suspiro.

— Eu pensaria que você se precipitou demais. Park, eu tenho em mente que as coisas não são fáceis para você, que tem medo de não melhorar após tudo isso que passou, que de alguma maneira já aceitou sua morte que sequer chegou, mas apenas arriscando saberá das coisas. Digo, nem tentamos fazer você melhorar e você quer desistir assim, sem nem ter certeza de que é o certo a se fazer.

— Apenas quero deixar de ser um peso para as pessoas.

— E morrer é a solução para você? – Abaixei a cabeça. 

— Está com raiva?

— Não, apenas quero entender o porquê você não quer se dar uma chance.

— Porque eu não tenho um motivo para isso! – Voltei a olhá-la e acabei alterando o tom de voz. 

— Querer um futuro comigo não é um bom motivo?

— Eu gosto de você, mas quem pode garantir que ficaremos juntos depois de tudo isso?

— Eu posso garantir que ficaremos! – Me respondeu da mesma maneira de antes, de tom alterado.

— Apenas por que transamos? O que fizemos não pode garantir nada! Sexo não pode garantir a porra do nosso futuro. Sem contar que você ainda ama seu ex. – S/n assentiu.

— Tudo bem, se quer morrer, quem sou eu para dizer o contrário? Se eu fosse realmente importante para você, teria em mente que isso que tanto quer me machuca, saber que você não quer ter uma segunda chance dói!

— Me dê um motivo para querer viver, vamos, diga!

— Você ainda quer a porcaria de um motivo? – Sua voz saiu trêmula.

— Sim, vá em frente, se quer tanto que eu viva me diga um! – Ela saiu da cozinha e eu respirei fundo tentando me acalmar, o que deveria ser apenas uma conversa acabou se tornando uma discussão. S/n voltou e deixou um papel sobre a mesa. – O que é isso? 

— Eu estou grávida! – Ela secou as lágrimas do seu rosto que acabaram escorrendo e eu permaneci calado. – O seu filho cresce em meu ventre e você quer morrer, por isso dói tanto, Jimin.

— O que…? – Eu peguei o papel e comecei a ler, quando ela colocou um teste de gravidez em cima da mesa, o peguei rapidamente, deixando o papel de lado.

— Fiz a inseminação. Você doou seu esperma e eu usei. – Os meus olhos se encheram de lágrimas. – Teremos um filho, caramba… – O seu choro me fez ficar com o coração apertado.

— S/n-…

— Você queria tanto um motivo. Agora está satisfeito?

— Me perdoe ter gritado com você. – Nos olhamos, mas logo ela desviou. – Eu fiquei irritado sem motivo, desculpe. – Eu não contive minhas lágrimas e com muito esforço me coloquei de pé, me aproximando dela e fazendo-a me olhar. – Perdão… Não queria que discutíssemos.

— Está tudo bem, não precisa pedir perdão. – Ela secou minhas lágrimas. – Me desculpe também.

— Realmente está grávida? – Ela assentiu e abaixei a cabeça, voltando a chorar. – Desculpe, por favor… Me perdoe ter pensado deixar vocês sozinhos. – A abracei. – Eu fui muito egoista, me perdoe.

— Não tem pelo o que você pedir perdão, está tudo bem, você apenas estava com medo. – S/n fez com que eu a olhasse e ajeitou minha touca. – Eu preciso que você viva, seus pais precisam, seu filho precisa… Você não é um peso para ninguém, acredite, apenas queremos seu bem.

— Eu pensei apenas em mim, sou um ser-humano desprezível, não sou?

— Não, você não é, nunca foi e nunca será. Você é alguém adorável e que por medo, incerteza, teve pensansamentos extremos.

Eu estou me sentindo péssimo por diversas coisas, ainda mais todas terem o mesmo tema, tinha certeza quando disse que era alguém digo de pena, alguém que realmente merece morrer por ser incapaz de agradecer por ainda estar vivo, pensei apenas em mim e não olhei em volta. As coisas que S/n me disse abriram meus olhos e agora com a notícia de que terei um filho, tudo me deixou ainda mais pensativo em como fui extremo demais. Eu poderia ter cometido um erro enorme ontem.

A mulher que está em minha frente nesse momento é o motivo de eu pensar em continuar vivendo, é o motivo de eu estar mudando meus pensamentos e vendo que independente da situação, ela ficaria ao meu lado.



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