1. Spirit Fanfics >
  2. The Husband >
  3. A Good Wife vs. A Good Friend

História The Husband - A Good Wife vs. A Good Friend


Escrita por: atmistletoe

Notas do Autor


Boa leitura ♥

Capítulo 28 - A Good Wife vs. A Good Friend


"Matt, você não pode me proteger para sempre" eu disse, a irritação presente em minha voz. 

"Depois a gente conversa" o próximo som que ouvi foi o da ligação sendo encerrada. Ótimo, mais um problema para resolver.

Tentei ignorar o que havia acontecido e me focar no papel de esposa apaixonada que eu deveria desempenhar. Eu havia perguntado ao Justin o que eu deveria vestir, mas ele manteve sigilo sobre o lugar do qual nos iríamos. Era dia, já tínhamos almoçado e ele não era o tipo de cara que me levaria a um museu. Então coloquei um vestido verde-claro de tecido leve e uma rasteirinha preta. Ondulei as pontas do cabelo e o deixei solto, apesar do calor. De maquiagem apenas uma passada de rímel. Se ele reclamasse, teria de me dizer onde iríamos. 

Desci as escadas. Justin estava sentado no sofá balançando a chave do carro; a inquietação evidente. Ele estava ansioso.

"Justin?" eu chamei sua atenção. "Está bom assim?" eu olhei para minha roupa.

"Você está ótima" ele se levantou e me analisou por um instante, os olhos me despindo despudoradamente.  "Vamos?" 

 

 

 

Poucas horas mais tarde estávamos estacionados na frente da Elliesburg Beach.

"Você nos trouxe à praia?" eu o olhei surpresa. "Você deveria ter me dito! Eu não tenho biquíni, protetor solar, toalhas... nada!" voltei meu olhar para a areia. 

Justin riu com a minha preocupação. 

"Olha para o banco de trás" ele apontou com o queixo. "Está tudo ali naquela mochila. Espero que eu tenha acertado o seu tamanho"

Sorri abobalhada com a situação. Ele havia organizado tudo. 

Justin sorriu ao me ver sorrir e então segurou o meu queixo. Olhei em seus olhos admirada com a profundidade deles. O louro se aproximou do meu rosto, o sorriso ainda mais brilhante, os olhos ainda nos meus. Então me beijou sem pressa. Nós tínhamos a vida toda.

 

 

 

"Só tinha de limão, mas acho que você vai gostar" Justin sentou ao meu lado com dois picolés.

Eu vestia um biquíni listrado. Azul marinho e branco. Uma canga laranja me separava da areia e chinelos sujos descansavam ao meu lado. Atrás de um óculos escuro retrô, eu admirava o pôr-do-sol. Justin havia tirado a camiseta e vestia apenas bermuda e chinelos. Uma brisa deliciosa beijava nossa pele, o mar estava calmo, a praia estava vazia. Eu não poderia ter escolhido lugar melhor. 

"Está dizendo que eu sou azeda?" me virei para ele, meu cabelo totalmente rebelde sendo levado pelo vento. 

"Eu não disse nada" o louro deu de ombros brincalhão e me deu o sorvete. 

"Adoro o seu senso de humor" tirei a embalagem do sorvete e o lambi. "Realmente adoro"

"Eu diria o mesmo se você tivesse um" ele mordeu meu braço.

Revirei os olhos.

"Vou te ignorar e prestar atenção no pôr-do-sol" olhei para o horizonte, meu braço doía. "Bem mais útil"

Justin sorriu. 

"Eu prefiro ficar olhando para você" o louro me encarou. "Bem mais útil" ele repetiu minhas palavras, a voz baixa.

"Justin, para" eu cobri meu rosto com a mão. "Eu não gosto disso!" senti minhas bochechas corarem. Eu odiava quando ele me analisava. 

"É exatamente por isso que eu faço" explicou. "Você tira essa máscara de durona e eu consigo ver quem você realmente é" ele continuava a me analisar.

Inclinei meu rosto para longe dele e continuei a cobri-lo. Eu não pretendia voltar a olhá-lo até que ele parasse. Então senti Justin se levantar e dois segundos mais tarde eu resolvi ver onde ele estava. Sua mão estendida no ar, oferecia-se para me levantar. Permiti que ele me ajudasse. 

"Parou?" eu questionei, o sorvete derretendo em minha mão.

"Não" ele livrou a minha mão do picolé, jogando-o junto com o nosso lixo. Depois pegou minhas mãos e as entrelaçou em seu pescoço. "Eu não quero parar"

"Você é abusado" limpei minhas mãos em suas costas.

"Eu sou abusado?" ele perguntou e eu fiz que sim com a cabeça. "Então espera para ver isso"

Justin me pegou no colo e correu para o mar. Eu balançava assustada, as unhas fincadas em seu pescoço. O medo de cair me aterrorizando cada vez mais. Ele ria descontroladamente, gostava de adrenalina. E eu só queria descer.

O louro entrou comigo mar adentro e mergulhou comigo na água. Prendi minha respiração quase tarde demais. Então submergimos à superfície, eu ainda estava no colo dele, agora um pouco mais relaxada. Justin sorriu para mim como se dissesse Ei, está tudo bem! e eu me tranquilizei. Apoiei a testa em sua clavícula e ri da situação, em seguida o rapaz permitiu que eu descesse de seu colo e beijou o meu pescoço. Eu devia estar um pouco salgada. Tirei o óculos do meu rosto e o prendi entre os seios, na tira do meu biquíni. O olhar de Justin me acompanhou interessado. Balancei a cabeça como Você não tem jeito mesmo! e ele me puxou para me beijar.

O pior de tudo é que eu adorava cada detalhe.

Entreguei-me sem medo ao que me deveria ser proibido. As ondas vinham e nos arrastavam, quebravam e depois voltavam a se formar. Mas nós não ligávamos. Tinha algo muito mais interessante acontecendo ali. 

 

 

 

"Dois cachorros-quentes e duas coca-colas" eu pedi no quiosque. "Tem canudinho?" perguntei assim que os refrigerantes me foram servidos.

A senhora de meia-idade e cabelos castanhos apontou os canudos com o queixo. Assenti estendendo-me para pegá-los.

"Eu ainda preferia ir em um belo restaurante" disse Justin, os braços envoltos em minha cintura, a voz baixa e rouca próxima à minha orelha. 

"Eu gosto de cachorro-quente" no mesmo instante a senhora entregou os lanches. Justin me soltou para pagá-los e eu parei de pé, de costas para o balcão. Quando ele voltou, ficou de frente para mim. Meu quadril encostando no seu, suas pernas envolvendo as minhas. "Está uma delícia!" 

"Melhor do que a minha comida?" ele indagou ofendido, então mordeu o seu lanche. 

"Bom..." eu fingi pensar e o rapaz cerrou os cílios indignado. "Tudo bem, ninguém ganha do Chef Bieber" eu disse de boca cheia.

"Está sendo irônica?" ele tomou um gole do refrigerante e então o colocou novamente no balcão atrás de mim. 

"Nunca" eu disse, o sarcasmo evidente. Justin riu.

A noite já havia caído. Eu havia recolocado o meu vestido e Justin, sua camiseta. O tempo estava maravilhoso, tinha um grupo de jovens tocando raggae perto de nós e o vento soprava calmo. 

"Vamos procurar um hotel para passar a noite?" Justin sugeriu limpando a boca com um guardanapo. "Não quero voltar para casa hoje"

"Não tem que trabalhar amanhã?" eu o lembrei.

Na verdade, eu sabia que não poderia fugir de Matt no dia seguinte. Tínhamos que conversar. Tanto sobre o trabalho, quanto sobre o que sabíamos.

 "Não se você não quiser" ele me olhou sugestivo.

"É melhor você ir, não acha?" eu disse de boca cheia. "Não queremos problemas com o seu pai" eu disse e Justin assentiu em silêncio.

"Podemos voltar aqui outra vez e ficar alguns dias" Justin jogou metade de seu lanche no lixo. Esse negócio de fast food o tempo todo não era com ele. "Eu te levaria a lugares que você nunca esteve antes, seria incrível" enquanto falava, um brilho em seus olhos me chamava a atenção.

Ele gostava mesmo de mim ou o quê?

"Eu adoraria" eu disse segundos mais tarde, uma angústia repentina formando-se em meu peito.

"Ei, o que há de errado? Se você não gosta muito de praia, podemos ir para qualquer outro lugar" o cenho franzido de preocupação. 

"Acho que foi o cachorro-quente que não caiu bem. Vamos para casa?" menti com facilidade.

Era estranho estar ao seu lado somente por interesse. Era estranho saber tanta coisa ruim e não poder falar nada. Olhando-o assim eu sequer podia lembrar de que ele não era digno de minha confiança. 

***

"Matt, eu sei que você está em casa. Eu fui na lanchonete e estava tudo fechado" eu disse impaciente, a mão fixa na campainha.

"Oi, Lizzie" ele finalmente abriu a porta, a cara de ressaca evidente. 

"Você bebeu?!" eu falei rápido, a surpresa notória em minha voz. "O que você fez?"

"Eu saí para me divertir, 'tá legal?" ele colocou a mão sobre a testa numa tentativa vã de impedir que a dor se manifestasse. 

"A gente já fala sobre isso. Mariah está em casa?" eu olhei por sobre seu ombro.

"Não" ele negou com a cabeça. "Eu terminei com ela assim como você me disse para fazer" ele disse como Eu faço o que você manda, mas você ignora o que eu peço para você fazer.

Passei por ele sem dizer mais nada. Seria desnecessário contestar. O meu amigo fechou a porta atrás de si e me seguiu até o sofá onde se deitou. Ele não parecia estar apto para conversar, mas mesmo assim eu não estava disposta a recuar.

"Estamos de férias, se é isso que você quer saber" suspirou cansado. 

"Danem-se as férias. Eu quero saber como você está"

"Eu estou de ressaca, não vê?" ironizou. 

"Isso seria comum se você fosse do tipo que bebe" cruzei as pernas na poltrona de frente para ele. "O que há com você?"

"Lizzie, eu só quis dar um tempo! Minha cabeça está confusa"

"Quis dar um tempo de quem? De mim?" indaguei ofendida.

 Levantei-me e caminhei até a cozinha. Matt precisava de um café e eu de um calmante. O dia seria longo. O meu amigo me seguiu um segundo mais tarde, respondendo-me:

"E não foi isso que você fez ontem?" o olhar incisivo. Em seguida abriu uma gaveta e pegou um analgésico. 

"Esqueça isso, não funciona com você"  eu peguei o remédio da mão dele e joguei fora. "E eu estou fingindo estar apaixonada pelo Justin para conseguir informações!"

Matt sacudiu a cabeça.

"E ontem você descobriu o quê?" 

Eu não esperava por aquela pergunta. Parei para pensar, mas demorei demais. Ele tinha razão. Eu não estava focada em descobrir coisa alguma, eu simplesmente queria estar perto do Justin e usufruir de sua companhia. 

"Eu já sabia" disse conformado, sentando-se na mesa de café; o queixo sobre um punho cerrado.

"Matt, se eu ficar brigada com ele vai ser pior!" comecei, "Nesse tempo todo em que nós mal nos falávamos, eu sequer sabia para onde ele ia e com quem ele estava. Se eu estiver com Justin, estarei assinando meus direitos de qualquer satisfação sobre sua vida. Entende?"

"Está sendo muito fácil para você, não é?" perguntou e me soou retórico. "Ele gosta de você, Lizzie?"

Engoli seco.

"E-eu não sei. Acho que sim" eu disse, a voz baixa, o olhar desfocado. "Realmente não sei" e não saber isso dói. 

Eu me questionava sobre isso todos os dias. Saber se o Justin realmente era apaixonado por mim ou não, era uma dúvida que me consumia incansavelmente. Se eu cedesse, ele faria de mim mais uma ou nós levaríamos isso a sério? Essa era uma das vantagens de fingir ser a boa esposa. Mas algo na maneira com que aquilo estava acontecendo me intrigava. Eu sentia que o louro queria me manter sob vigilância o tempo todo. Como se quisesse me... proteger. Mas do quê? Ou de quem? 

"Lizzie, é tão óbvio que você gosta desse cara que chega a doer" disse Matt enquanto eu ligava a máquina de café. "Assume logo"

"É tão óbvio assim?" eu parei por um segundo. Droga. 

"Sim, Lizzie" ele afirmou e eu desliguei a máquina de café. "E se quer um conselho: é melhor parar. Bieber é..."

"Eu sei o que ele é, ok?" eu o servi com uma xícara de café. "E eu não pretendo levar isso para frente. Vou ser estritamente profissional"

"Se você está dizendo..." deu de ombros focando-se no café. "Quantos cubos de açúcar?"

Matt se limitou a sorrir. 

"Dois" respondi entediada. "Nem muito doce, nem muito amargo. 50 ml de leite e 150 ml de café"

O sorriso dele se alargou.

"Como sabia o lance do remédio?" ainda ousou perguntar.

"Eu sei como cuidar de você" retribuí o sorriso. 

"Você sabe como fazer muita coisa. Tipo me preocupar" ele deu um gole no café.

"Você não tem que se preocupar" o assegurei. "E então, como foi com a Mariah?" perguntei finalmente.

"Ela chorou, eu chorei. Ela disse que era para eu procurar ela quando estivesse de cabeça fria e, bem, isso não vai acontecer" seu semblante caiu. 

"Você ainda gosta dela?" eu deslizei meu polegar pelo seu rosto. 

"Eu ainda me sinto ressentido por tudo o que houve. Fui traído de uma forma desumana, Lizzie" ele dizia e eu me sentia cada vez mais culpada. Eu deveria estar do lado dele quando ele precisou. "É difícil"

Eu não conseguia imaginar por tudo o que ele passou sozinho. A lanchonete estava em crise, Mariah fazia serviços para o Ryan. Roubou dinheiro dele dizendo que sua irmã havia morrido e abusara friamente do bom coração de Matt. O meu amigo passara cada segundo daquela situação completamente sozinho e eu não estava por perto. 

Eu me sentia patética.

"Estou aqui com você agora" inclinei-me e o abracei. 


Notas Finais


salve salve leitoras
jizzie também frequenta praia grande HAUAHAUHA (piadinha paulista de verão)
"Eu sei como cuidar de você" meu coração de mizzie shipper não aguenta!
galerinha, desculpa a demora e o tamanho do capítulo. tive um bloqueio criativo do tamanho da testa do ryan.
Fiquem na paz, até o próximo capítulo xx


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...