História The Hybrid - Me deixa em paz...

   P.O.V CAMILA~

  Quando chegamos em casa, as preguiçosas da Mani e da Dinah trataram logo de pularem no sofá. Fui pra cozinha junto com Ally pra prepararmos algo pra comermos. Apesar que as meninas encheram a cara de besteiras. Pois é, compramos tantas guloseimas. E sobre nossa ida ao supermercado... ou melhor na volta, quando chegamos na porta de casa, senti como se alguém estivesse me observando, foi como se meus sentidos me dissesse isso, até olhei para o telhado da casa em frente, mas não vi nada. Deve ser só coisa da minha cabeça. Eu em.

-Terra chamando Camila, terra chamando Camila. - Desperto dos meus pensamentos com a voz suave de Ally me chamando com aquele olhar curioso. - Estava pensando em quê Mila? Alguma pessoa em especial?

-Pessoa? Não. Estava só lembrando de uma sensação que eu tive alguns instantes antes. Mas esquece.

-Hum sei... Mila, já pensou em arrumar um namorado? - Ally fala guardando algumas frutas na geladeira.

-Ai Ally, ainda não encontrei alguém que mexesse comigo. - Falo lavando algumas verduras.

-Você ainda vai encontrar Mila.

-Não tenho pressa.

-Somos duas. - Rimos e continuamos a terminar o jantar. Decidimos fazer uma macarronada italiana.

-Vou tomar um banho e já volta.

-Vai mesmo. Vou terminar de arrumar tudo aqui pra jantarmos.

-Ok! Depois vamos botar as duas folgadas para lavarem a louça.

-Com certeza.

  Fui pro meu quarto. Tomei um banho relaxante, e me veio a mente alguns trabalhos da faculdade pra essa semana. Nunca pensei que a faculdade fosse tão complicada, mas me esforço pra caramba, e por isso não tenho tempo pra pensar em namoro. Namorado pode ser bom talvez num sábado a noite abraçadinhos no sofá, assistindo um filme, mas isso tem o lado ruim também, não tem a mesma liberdade de um solteiro, e eu estou muito bem do jeito que estou. Sem contar que todos os caras que eu conheço são uns insuportáveis, metidos, que se acham demais, não me atraio por nenhum deles, e confesso, acho isso muito estranho. Até porque, todas as garotas que não sentem atração por meninos, gostam de meninas. Não sou contra, muito pelo contrário. Tenho até quase certeza que Dinah e Mani ficam se pegando. Tenho curiosidade de saber como é. Mas é melhor esquecer isso...

P.O.V LAUREN~

-Caraca Laur você é maluca?! - Vero olhava pra mim com reprovação. - Você sabe que isso é perigoso né?!

-Não tem nada de perigoso Vero.

-Como não?! Você está indo protejer uma garota que está sendo caçada por lobisomens, e como se não bastasse aqueles vampiros, os quais querem a extinção de todos seus inimigos, no caso nós.

-Fique tranquila Vero. - Falo dando de ombros.

-Quanto tempo irá ficar lá?

-Fica aonde? - Pergunta Taylor descendo as escadas juntamente com Lucy.

-Oi Laur! - Lucy se aproxima me comprimentando com um abraço e beijo no rosto sentando em seguida ao lado de Vero à dando um selinho. Taylor estava com os braços cruzados olhando pra mim.

-Lauren... ficar onde?

-Tay, senta aqui... - Pego em suas mãos a fazendo sentar-se do meu lado. - Estou indo passar um tempo fora.

-Está indo viajar?

-Não! Digamos que estou indo a trabalho.

-Mas que trabalho? Você não precisa trabalhar, temos dinheiro... - Ela falava tudo rapidamente. A interrompo..

-Deixa eu explicar... - Solto um suspiro pesado. - Estou indo protejer uma pessoa. Ficarei morando na cidade.

-Proteger?! Desde quando você trabalha protegendo alguém?

-Foi um pedido de uma pessoa, e eu aceitei.

-Não acredito que você irá embora. - Seu tom era triste.

-Tay, irei sempre visitar vocês quando eu puder. Vou está ali no centro de Miami.

-Irá demorar esse trabalho?

-Ainda não sei. Não fique triste vai. Levarei vocês pra conhecerem minha nova casa.

-Prefiro você aqui, mesmo que pegue no meu pé sempre.

-Nem está parecendo aquela Taylor que vive falando que já não é mais uma criança e sim uma mocinha quase adulta...

-Não seja idiota. - Ela fala ainda com o sembrante triste. A abraço, dando um beijo em sua bochecha.

-Laur, isso sim é uma surpresa.

-Pois é Lu, mas será uma boa experiência.

-Promete que irá vim nos visitar.

-Eu prometo sim. E irei levá-las pra me visitar também. Gente, por favor, ninguém mais pode saber. Sinu acredita que tem algum traídor passando informações.

-Claro que não né coisa pálida. Agora toma cuidado.

-Eu vou tomar. Bom, tenho que ir pra casa. Ainda tenho que contar pros meus pais.

-Tia Clara não irá gostar.

-Eu sei bem Vero, terei uma longa conversa com dona Clara. Amo vocês. Não demorarei vim visitá-las. - Falo abraçando Lucy e em seguida Vero.

-Se cuida Laur. - Lucy fala.

-Pode deixar.

-Coisa pálida, por favor, novamente, tome muito cuidado.

-Já disse, não se preocupe, fique tranquila. - Falo e deposito um beijo no rosto dela.

-Tay, eu e a Lucy vamos está sempre aqui tá bom. A Laur não irá demorar tanto.

-Espero que não. Até depois Vero. - Taylor a abraça. - Tchau Lu. - Em seguida faz o mesmo com Lucy.

-Tchau pequena. - Lucy dá um beijo em seu rosto.

 Saimos... Taylor ficou boa parte do caminho calada, e aquilo estava me agonizando. Tay e eu nunca ficamos tanto tempo longe uma da outra, lembro que quando ela tinha oito anos e foi passar uma semana com nossos avós, eu acabei não indo, e ela passou mal a semana inteira sentindo a minha falta. Ela não me via só como a irmã mais velha, e protetora, mas também como sua melhor amiga. Sei que pego muito no pé dela as vezes, mas é preciso, não quero que nada de mau aconteça a ela, e a ninguém que eu amo.

-Vai ficar bem? - Pergunto quebrando o silêncio entre nós.

-Você sabe que não.

-Tay, agora quero que você me mostre que já é grande o suficiente pra ser responsável. Um dia eu ia ter que ir embora de qualquer maneira, mais cedo ou mais tarde.

-Eu sei... Ok! o jeito é aceitar não é?!

-É o jeito Tay. - Falo à abraçando. - Agora vamos, ainda tenho que ver a reação dos coroas. - Rimos e continuamos seguindo pra casa.

  Tay e eu decidimos apostar corrida, sem usarmos nossos dons, claro.

-Vai falar pra Keana? - Taylor me pergunta. Já estavámos no jardim de casa.

-Ficou maluca?! Ela é a última pessoa do mundo que eu contaria. Estou querendo distância dela.

-Laur... já pensou em arrumar outra namorada?

-Não sei Tay, estou querendo ficar longe de problemas, e namoro é problema!

-Falou a garota que está indo proteger uma menina que está ameaçada de morte, e a pobre nem sabe. Isso não é um problema Lauren?

-Tá igual a Vero. E Tay, ninguém mais pode saber disso.

-Saber o que meu amor? - Eis que tomo um susto com Keana surgindo do nada atrás de mim e de Tay.

-Com licença. - Tay fala, indo pra dentro.

-O que está fazendo aqui Keana? - A olho com cara de poucos amigos.

-Vim te ver.

-Pois perdeu seu tempo. - Falo virando as costas pra ela, indo em direção a porta. Ela logo me puxa pelo braço.

-Para de fugir de mim. Pocha meu amor... - A interrompo.

-Não me chama de amor.

-Estou sentindo sua falta.

-Me poupe das suas ladainhas, e tempo também, porque você está me fazendo perder ele.

-Laur, eu te amo. Se voltarmos eu juro que não fazerei denovo.

-Você acha que eu sou trouxa?! Pera, você me fez de uma. Não foi fácil ter pego a minha namorada beijando um assassino.

-Eu não queria, já te expliquei. Ele me beijou a força.

-Acredito tanto em você, que estou querendo até distância. - Falo irônicamente.

-Me perdoa Lauren. - Dou de ombros.

-Sabe qual é a porra do problema depois disso tudo?! É que você não entende o significado da palavra a-ca-bou. - Falo a última palavra pausadamente. - Me deixa em paz Keana. Já estou gostando de outra pessoa. - Minto. Sua expressão se transforma totalmente. Raiva?! É o que ela tinha, me fuzilava com os olhos.

-Isso é mentira... você ainda me ama, só está querendo negar.

-Entenda como quiser. Pra falar a verdade, eu nunca te amei. Quer saber mais?! Eu te superei tão rápido quanto o vento que bate em nossa face agora assopra. - Falo com tom de desprezo.

-Pois escuta uma coisa. Posso destruir tudo que te faz bem, devastar sua vida, com esse mesmo vento que assopra agora. - Solto uma gargalhada irônica.

-Isso é uma ameaça!? Fique a vontade. - Viro as costas novamente pra ela, rindo sarcasticamente. Dessa vez ela não foi atrás de mim, continuou no mesmo lugar, e quando eu subia os degraus para chegar à porta, ela fala num tom mais alto.

-Se você não for minha... não será de mais niguém. - A ignoro. Mas que frase mais antiga, nunca muda. Agora a questão é; quando irei me livrar desse tormento. Ficar na cidade vai me fazer bem.

  Entro em casa. Meus pais e meus irmãos logo resolvem inventarem um assunto, como se eu não soubesse que eles estavam escutando minha discursão com Keana.

-Ainda não acostumaram com minhas discursões com Keana?!

-Oi filhota! - Minha mãe levanta-se do sofá vindo até mim, beijando meu rosto. - Aquela garota é muito insistente né filha. Nunca fui com a cara dela, mas como era sua namorada, tinha que aceitar.

-Somos dois. - Meu pai fala. - E estávamos certos. Olha com quem ela foi se evolver, Eron. - Minha mãe dá uma pinicada do braço de meu pai. - Aii! Por quê fez isso? - Ele pergunta esfregando o lugar, depois se tocando do que falara. Na boa, quando peguei Keana me traindo, óbvio que fiquei decepcionada. Mas não sofri tanto, por isso não acredito que à amava. Mas ela me fez de trouxa, e isso nunca vou esquecer.

-Desculpa filha.

-Pai, tudo bem, não importo. Bom, vamos esquecer assunto Keana, por favor. Preciso lhes dar um comunicado importante.

-Quem é a namorada da vez maninha? - Chris fala rindo.

-Chris, fica quieto.

-Importante filha? - Minha mãe pergunta.

-Sim! Sabia da filha de Sinu? - Pergunto à ela, que arregala os olhos.

-Como você sabe... - A interrompo.

-A própria Sinu me contou. Estou indo proteger a filha dela. - Todos fazem uma cara de espanto, menos Tay que já sabia.

-Como é que é?!

-Isso mesmo que você escutou mãe.

-Você ficou louca Lauren? São inimigos poderosos. Por quê Sinu fez isso?!

-Mãe... Sinu estava desesperada. Me fez essa proposta por puro ato de confiança. E eu aceitei tá legal.

-Mas eu não quero você no meio dessa história. Sinu é minha amiga, mas a questão aqui é você, e isso é perigoso.

-Sua mãe está certa filha.

-Será que dá pra mim apoiarem... Prometo que não irá acontecer nada comigo.

-Eu te apoio Laur. - Chris fala, e meus pais o lança um olhar de reprovação. - Que foi gente? A lauren é super capaz. Ela sabe se cuidar.

-Obrigada maninho! Mãe, pai... ?

-Acho que minha pequena está ficando cada vez mais adulta. - Meu pai fala. O abraço.

-Pai, está exagerando.

-Eu te apoio, sempre filha.

-Obrigada pai. - Falo o dando um beijo em seu rosto.

-Filha, você e seus irmãos, são os tesouros mais importantes pra mim e pro seu pai.

-Eu sei mãe.

-Se acontecer algo a vocês, eu morro. Eu não concordo que você vá, mas como sempre, irei aceitar, ou pelo menos tentar. - A abraço.

-Obrigada mãe. Escutem, irei visitar vocês o quanto eu puder. Irei lavá-los para conhecer a minha nova casa, assim que estiver tudo arrumado.

-Casa? - Todos perguntam juntos.

-Sinu me deu uma casa linda. A filha dela realmente é tudo pra ela. - Falo mais pra mim mesma. - Viu, com isso vou estar muito bem lá. Agora vou tomar um banho relaxante, e arrumar minhas coisas. Não fiquem com essas caras por favor. - Abraço minha mãe, chamando os outros para se juntarem a mim...

~CAMILA~

  Depois que tomei meu banho, vesti uma roupa bem leve, coloquei meu enorme moletom vermelho, o usando como vestido. E fui ajudar Ally a terminar de colocar a mesa. Mani e DJ continuavam no sofá conversando.

-Hei preguiçosas, vamos jantar. - As chamo. - Vocês irão lava a louça.

-A não Chan, hoje estou com muita falta de disposição. A Normani lava.

-Mas você é folgada em Dinah, nós duas iremos lavar. Tá bom mandona.

-Ok! - Falo rindo indo até a cozinha e Mani e DJ atrás.

  Jantamos, conversamos, brincamos... Sempre era assim. Não sabia quem eram os meus pais, mas nunca poderia dizer que não tinha uma família...