... -Senti saudades. - Ela fala, e nos beijamos.
-Eu também senti saudades, Lolo.
-Fiquei pensando em você o dia inteiro... - Ela fica em silêncio por alguns instantes. - Camz, não irei poder jantar com você.
-Por que?
-Preciso ir visitar meus pais. Minha irmã está trancada no quarto, ninguém está conseguindo tirá-la de lá.
-Saudades de você?
-Provavelmente alguém deve ter à magoado. - Ela fecha a cara. - Ela se abrirá só comigo. Se algum garoto tiver feito alguma coisa à ela, ele irá se arrepender.
-Você é um irmã super protetora.
-Bastante. Desculpa Camz, por está te fazendo desmarcar.
-Tudo bem Lolo. Podemos marcar pra outro dia.
-Ok! Tenho que ir. - Ela segura minha cintura. Olhamos nos olhos uma da outra, e selamos nossos lábios... - Tchau Camz.
-Tchau Lolo. - À olho até ela está bem distante. Entro em casa e as meninas me encaram com sorrisos maliciosos no rosto. Dinah começa a fazer gesto com as mãos e falar:
-"Ai Camz"... "Ai Lolo"... - Ela faz barulho de beijo com a boca. - "Senti saudades Camz"...
-Para Dinah.
-Só estou brincando Chan. Vocês formam um casal fofo.
-Ouviram a conversa toda?
-Claro. - Dinah fala.
-Até você Ally?!
-Desculpa Mila, fiquei curiosa. Adiou o cinema com o garoto a toa. O que ele respondeu?
-Sabe que nem vi. Só mandei a mensagem, deixei o celular no quarto e fui falar com a Lauren. Depois vejo isso. Vou dormir. Boa noite meninas.
-Boa noite! - Elas falam juntas.
[...]
No dia seguinte. Levantei cedo e fui dá uma volta na pracinha. No caminho pra lá, encontro com Shawn, que vinha de bicicleta. Ele morava no mesmo bairro que eu.
-Mila...
-Oi Shawn. - Ele me dá um beijo no rosto.
-Não respondeu minha mensagem.
-Desculpa Shawn. Esqueci de olhar o celular depois.
-Por que não vai poder ir ao cinema hoje?
-Tinha acontecido um imprevisto. Mas, estou livre. - Ele abre um sorriso.
-Então você irá poder ir?
-Se você ainda quiser ir.
-É claro que eu quero Mila. Eu passo aqui pra te pegar, tá bom?
-Tá ok! - Ele beija as costas de minha mão.
-Até mais tarde Mila. - Despede. Ao começar a pedalar ele acaba caindo no chão. Vou até ele pra ajudá-lo.
-Você está bem? Se machucou? - Ele só me olha.
-Não machuquei não. Desequilibrei.
-Que bom então. - Ele pega em minha mão.
-Você é tão linda Camila. - Fala olhando em meus olhos.
-Shawn...
-Tá, já sei, somos só amigos. - Ele revira os olhos. - 20hrs eu passo aqui. Tchau Mila. - Fala e vai.
~POV LAUREN~
Chego ao instituto pela passagem. Havia avisado Sinu de minha ida até lá. Quando chego, acabo tendo uma surpresa. O avó de Camila que estava na entrada da passagem.
-Olá Sr. Cabello. - Estendo minha mão em sua direção. Ele aperta me comprimentando.
-Como vai Lauren?
-Bem, senhor.
-Como está indo sua missão de proteger a minha neta?
-Tranquila.
-Isso é uma ótima notícia. - Sinu entra no quarto.
-Oi querida! - Ela me abraça.
-Olá Sinu.
-Está tudo bem com a Camila, não está?!
-Sim, tudo tranquilo. Já consegui me aproximar dela. Assim posso ficar mais perto dela.
-Só não esqueça que está lá como protetora dela. - O avó de Camila fala. - Sei dos seus gostos sexuais, Lauren.
-Papai. - Sinu o repreende.
-Isso não quer dizer que irei agarrar sua neta.
-Não estou dizendo que você vai. Mas... - Sinu o interrompe.
-Chega papai. Lauren precisa ir, não é Lauren?
-Sim. Com licença. - Sinu me acompanha.
-Desculpa Lauren. Meu pai passa dos limites as vezes.
-Tudo bem. Voltarei mais tarde.
-Ok! Tchau.
Estava morrendo de saudades de meus pais, dos meus irmãos, das minhas maluquinhas preferidas. E olha que foi só uma semana fora. Creio que está todo mundo em casa. Entro em casa, e estava certa. Estavam todos na sala, menos Tay.
-Oi família!
-Filha! - Minha mãe vem até mim me abraçando. - Lauren, você está muita pálida. Tem se alimentado direito?
-Tenho sim mãe.
-Estou achando que não. - Ela insistia.
-Pegando no pé da menina, Clara!? - Meu pai me abraça.
-Não estou pegando no pé. É preocupação de mãe.
-Estou ótima mãe, não se preocupe. E você maninho, aprontou muito essa semana?
-Você sabe que eu não apronto né Laur, sou um santo.
-Sei.
-Só que agora pelo menos, você não está roubando todas as garotas de mim. - Finjo está ofendida.
-Pra começar, nenhuma era sua. E eu não tenho culpa de fazer tanto sucesso com as mulheres. Mas não ficava com nenhuma delas.
-Eu sei. Era tão fiel à Keana.
-E a conversa chegou ao diabo. Mudando de assunto. O que aconteceu com a Tay?
-E quem disse que ela quis me contar. Está lá no quarto. Não está querendo nem se alimentar. - Minha mãe fala em um tom de preocupação.
-Vou ir lá falar com ela. - Subo até o quarto de Tay. Bato na porta.
-Tay? - Rapidamente ela abre a porta, me dá um abraço. Chorava.
-Laur... - Afago seus cabelos. Deito com ela na cama.
-Me conta o que aconteceu.
-Erick, queria ficar comigo.
-Aquele garoto.
-Eu disse pra ele que não queria ficar com ele. Mas...
-Mas? - Eu já estava com a mão fechada em punho.
-Ele tentou me agarrar a força.
-Eu vou matar ele.
-Se uma amiga não tivesse chegado... Eu fiquei com tanto medo Laur.
-Esse garoto vai se arrepender.
-Esquece. Não vale a pena. Deixa pra lá.
-Como deixa pra lá? Não dá pra deixar pra lá isso Tay. Esse muleque tem que aprender uma lição.
-Laur, só preciso de você aqui comigo, tá bom. Eu mesma quero resolver isso.
-Taylor...
-Por favor. - Respiro fundo.
-Tá bom. - Acabo concordando, sem querer.
-EI SAPATA... - Vero grita de lá de baixo. Taylor e eu rimos.
-Vamos lá. - Falo. Nos levantamos e descemos.
-Tay está ficando mais bonita que você coisa pálida.
-Mas eu sou mais bonita. - Tay fala.
-Isso é um complô contra mim. Lucy você vai deixar?
-Não, eu fico do seu lado Laur.
-Não acredito que você vai ficar contra mim Lu.
-E contra mim amor.
-Tá, eu fico encima do muro.
-Ataque de cosquinhas nela. - Falo, e jogamos Lucy no sofá fazendo cosquinhas nela.
-Tá bom né, já pegaram bastante na minha mulher. - Vero fala, tirando Tay e eu de perto de Lucy.
-Preciso ir no banheiro. - Lucy fala.
-Vamos lá no do meu quarto. - Tay e ela sobem.
-Agora sapata, vai me contando todas as novidades.
-Vero, acho que estou me apaixonando.
-Oi? Quem foi que disse que estava correndo de relacionamentos mesmo, de problemas?
-Eu não sabia que iria acabar me atraindo pela Camila.
-Hummm... a protegidinha é?! Ela deve ser muito gata pra ter mexido tanto com Lauren Jauregui a ponto de te fazer se apaixonar.
-A primeira vez dela foi comigo.
-Ahhhh SAPATA, você já levou a garota pra cama?! Você foi rápida em.
-Foi muito especial Vero. Isso mexeu tanto comigo. Ela confiou em mim. Estou me apaixonando por ela de verdade.
-Gente, eu preciso conhecer essa Camila.
-Então, porque você e a Lucy não vão lá pra casa. Fiquem uma semana lá. Ou o tempo que vocês quiserem.
-Eu aceito. - Lucy desce as escadas.
-Aceitamos. - Vero fala.
-Ok.
-Precisamos pegar nossas coisas. Vamos com a gente lá em casa. - Vero pergunta.
-Vou ficar pra matar um pouco a saudade da família. Vou ir a noite. Umas 19hrs, vê se não atrasem.
-Não se preocupe sapata. Vamos amor... - Ela pega na mão da Lucy. - Até mais tarde.
-Tchau Laur.
-Tchau.
Aproveitei a tarde inteira com meus pais e meus irmãos. Brincamos, rimos... Era tão bom ficar com eles. Mais tarde, Lucy e Vero vieram assim como o combinado. E despedi denovo de minha família. Que coisa mais chata, e triste, é a despedida.
Passamos pelo mesmo local. Claro que tive que conversar com Sinu sobre minhas amigas. Não poderia esconder algo tão importante à elas, que fazem parte de minha família.
Quando paramos em frente a casa, as meninas ficaram com a boca aberta.
-Esse casarão é seu? - Vero nem acreditava. - Bem que a Sinu poderia ter outra filha, e pedir a mim para protege-la né.
-Não seja boba Vero.
-Não seja mesmo. - Lucy fica brava. Vero à abraça por trás dando um beijo em seu pescoço.
-Desculpa amor. Só estava brincando.
-Vamos entrar meninas. - Fomos pra dentro. - Fiquem à vontade. Ontem comprei uma outra cama. Parece que eu adivinhei que vocês viriam pra cá.
-Só se for isso. Porque quando a Camila vem pra cá, ela deita é na sua né.
-Que história é essa?
-Pode deixar que te contarei tudo Lu.
-E outra coisa. Quase não dormimos, você sabe disso. - Vero fala.
-Eu sei bem. - Sorrio maliciosa.
-Não estou falando de sexo sapata. Apesar que eu iria amar fazer amor com a Lucy 24 horas por dia.
-Vero.
-Ué, você não ia querer não amor?
-Não irei te responder isso. Quero tomar um banho.
-Tem banheiro no quarto onde vocês vão ficar. Vamos lá... - Subimos até o quarto de hóspedes. - Aqui está. Também vou tomar um banho. Com licença. - Falo e saio. Eu queria ver Camila mais tarde.
~POV CAMILA~
Faltam menos de dez minutos pras 20 horas. Houvo uma buzina de moto na porta de casa. Saio.
-Shawn?
-Oi Mila. - Ele desce da moto vindo até mim. - Como é capaz você ficar ainda mais linda do que já é?
Eu usava um vestido branco, um pouco acima do joelho, meio rodado. - Shawn beija minha mão.
-Obrigada! Mas, uma coisinha. Vamos na moto?
-Sim! Meu carro está no concerto, e o trânsito não deve está muito bom a essa hora, e de moto é melhor.
-Eu morro de medo de motos. E... estou de vestido.
-Não precisa, eu vou estar com você pra não deixar que você se machuque. Irei com cuidado. - Ele olha pras minhas pernas. - Não está ventando muito hoje.
-Então vamos pra lá. - Ele sobe, e me ajuda. Pega minhas duas mãos e envolve em sua barriga.
-Segura firme. Você não irá cair. Confia em mim. - Eu estava tão insegura.
[...]
Decidimos assistir um filme de comédia romântica. Em alguns instantes percebia olhares de Shawn sobre mim. Teve um momento em que ele colocou sua mão sobre a minha, mas desviei.
Quando íamos saindo do shopping, demos de cara com alguns colegas da faculdade.
-Olha, olha. Camila e Shawn. Temos um novo casal no pedaço? - Um amigo de Shawn fala.
-Não... - Shawn me interrompe.
-Talvez. - Olho incrédula pra ele.
-Torcemos pelo casal.
-Obrigado. - Como Shawn tem a cara de pau.
-Tchau casal. - Eles saem. Saio apressada na frente dele com muita raiva. Ele vem atrás de mim pegando em meu braço.
-Ei Mila, espera.
-Como você é um idiota Shawn. Por que inventou aquilo? Não temos nada, e nunca vamos ter.
-Desculpa, Mila. Eles iam acabar inventando que temos alguma coisa.
-Mas não temos. E você não deveria ter dito "talvez". - Faço as aspas com os dedos.
-Desculpa.
-Me leva pra casa Shawn.
Fomos calados o caminho todo. Eu estava muito irritada. Shawn não tinha esse direito.
Chegamos na porta de minha casa. Ele desce e vai pra me ajudar a descer. Vou pra tirar o capacete...
-Deixa que eu te ajudo. - Ele me ajuda à tirá-lo, e o coloca na moto. - Desculpa novamente.
-Esquece. Tenho que entrar. - Viro de costas, ele pega em minha mão. - Camila... você sabe que eu gosto muito de você, e não escondo isso. Queria tanto que você pudesse me dar uma chance.
-Não posso Shawn. - Ele se aproxima de mim. Dou um passo pra trás, me afastando. Ele se aproxima novamente.
-Você não senti nada por mim? Nem uma pequena atração. - Balanço a cabeça negativamente.
-Desculpa Shawn. - Ele coloca a mão em meu cabelo.
-Nem se eu fizer isso... - Ele cola seus lábios aos meus, fico sem reação.
-Camila? - Tomo um susto, me afasto de Shawn. E olho pra direção daquela voz... Lauren! Droga. A última pessoa que deveria ter visto isso.
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