História The (im)possible crush - O Acordar

"salva-me, eu preciso do teu amor antes de eu cair..." .

Ao ter dito aquelas palavras, sinto um pequeno aperto na minha mão. Arregalei os olhos e a Beatriz havia acordado, nunca tinha ficado tão feliz na minha vida. Larguei levemente a sua mão e fui a correr até ao médico que se encontrava fora do quarto.

-A Beatriz acordou! Por favor, venha. - disse eu.

Peguei o senhor pelo pulso e conduzio-o até ao quarto em passos apressados.

P.O.V. Beatriz

Abri os olhos calmamente, estava dentro de uma sala branca, era um hospital. Podia observar máquinas ligadas ao meu corpo, eu não estava a perceber aquela situação. Olho para o lado para conseguir analisar o espaço onde eu me encontrava e deparo-me com dois homens a vir na minha direção, pude identificar os dois de imediato, um deles era Tae e o outro era um senhor já mais velho, vestido com uma bata branca, calculei que fosse um médico.

-O que se passa? - pergunto eu, ainda meio atordoada.

O médico explicou-me o que havia acontecido, o Tae ficou a ouvir atentamente as palavras do médico sem dizer uma única palavra. Dava para ver a felicidade que o Taehyung estava a sentir naquele momento através dos seus olhos, eu não percebia o porquê daquela felicidade, eu não dormi apenas uma noite? Enquanto o médico falava, eu interrompio.

-Desculpa interromper, mas eu dormi por quanto tempo?

-Você entrou em coma durante dois meses, hoje, caso não acordasse, iriamos desligar as máquinas que a possibilitavam de respirar. - respondeu o médico.

Após ter ouvido aquelas palavras, engoli de seco. Naquele momento entendi o motivo da felicidade do Tae, caso eu não acordasse naquele momento iriam desligar as máquinas e a minha vida iria terminar.

O médico disse-me que eu iria ter que ficar mais três dias no hospital, passados uns minutos ele saiu do quarto e eu e o Tae estávamos sozinhos.

-Não imaginas o quanto senti a tua falta. – disse o Tae.

Ele veio na minha direção e abraçou-me com força, Tae colocou o seu rosto na curva do meu pescoço. Eu podia sentir a sua respiração quente no meu pescoço, o que me fez arfar. Aconcheguei-me no seu abraço, gostava do contacto do seu corpo contra o meu, sentia-me protegida. Quando nos separámos o Tae selou os nossos lábios rapidamente.

-Tae, onde é que estão os outros? – perguntei eu.

-Eles já foram para a Coreia, o Hoseok ficou cá comigo. Quando tiveres alta vens connosco, se quiseres é claro. – respondeu ele.

-Claro que quero.

-Bem, vou ligar-lhes…eles estão preocupados. – disse o Tae.

Ele tirou o seu telemóvel do bolso traseiro das calças e ligou para Jin. Tiveram uma longa conversa, estavam todos bastante felizes por eu ter acordado, de seguida o Tae ligou para Hoseok que se encontrava em casa e informou-o que eu já tinha acordado.

(Pausa de tempo de três dias)

Hoje era o dia em que tinha alta. O Tae passou cá cedo para me deixar uma muda de roupa. Dirigi-me até à casa de banho que havia no quarto, tirei a camisa de hospital que eu estava a usar e entrei dentro da banheira. Tomei um duche demorado e fiz as minhas higienes, mas não gostei de como o meu rosto se encontrava, estava sem maquilhagem, por isso, não me sentia bem. Mesmo assim, saí da casa de banho e fui vestir as roupas que o Tae me tinha deixado sobre a cama, ele tinha escolhido uma calças jeans pretas, uma camisola larga preta com a frase “C’est un vogue”, roupa interior, uns ténis da Nike e um gorro preto. Após ter acabado de me vestir, olho para a minha mão e vejo o anel que o Tae me havia dado há uns meses atrás quando me tinha pedido em namoro, o que me fez lembrar os bons e poucos momentos que tínhamos passado juntos.

A porta do quarto foi aberta, era Tae.

-Estás pronta princesa? – perguntou.

-E-Estou… - disse eu envergonhada, não estava habituada a ser chamada de princesa.

-Não tenhas vergonha sua tola! – disse o Tae, rindo.

-Preciso de ir à receção antes de irmos embora. – disse eu.

Peguei na mão de Tae e dirigimo-nos até ao respetivo lugar. Ao lá chegarmos o médico deu-me a medicação que eu tinha que ir tomando e fomos para casa no carro de Tae.

(No carro)

-Ah…é verdade, eu fui à tua casa e arrumei as tuas coisas em malas. – disse o Tae.

-Para quê? – questionei eu confusa.

-Vamos hoje para Seul ter com os outros, o nosso voou é daqui a duas horas.

Fomos até à casa do Tae para irmos buscar as malas com os nossos pertences, o Hoseok foi connosco. Chegámos ao aeroporto e embarcamos no nosso avião que era mais pequeno do que outros, devido ao facto de ser privado. Eu e o Tae sentámo-nos nos lugares do fundo e o Hoseok como não nos incomodar, foi para os lugares da frente. Até que de repente…