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História The Joker - Not so weak


Escrita por: lxQuinn

Notas do Autor


Eeeeeee o carnaval tá vindo aeeeeee
E a fanfic vou atualizaaaaar
Bloquinho é o car*#$!
Eu tenho história pra contaaaar!!!!!!


Em tempo recorde, eu diria! Não se acostumem hahahah

Amei escrever esse cap, espero que gostem assim como eu.

Capítulo 28 - Not so weak


Fanfic / Fanfiction The Joker - Not so weak

Minha respiração era ofegante e descompassada assim que eu caí ao seu lado na cama. Meu corpo inteiro formigava, resultado dos múltiplos orgasmos que havia alcançado, tombei a cabeça para o lado fitando sua beleza estonteante, era inegável, por mais que odiasse Justin Bieber ele era incrivelmente atraente, mesmo que por dentro não fosse nem um pouco bonito.

Justin tinha os olhos fechados e vez ou outra umidecia seus lábios avermelhados -resultado dos beijos nem um pouco sutís que trocamos- uma fina camada de suor cobria seu corpo nu e algumas gotinhas ousavam escorrer por sua testa. Eu podia definir aquilo como a visão real da perdição. A visão do seu membro semi-ereto me fez morder os lábios ao lembrar da sensação que ele me proporcionava.

Respirei fundo e me ergui da cama recolhendo minhas roupas pelo chão e vestindo-as. Estava morrendo de fome e sede. Assim que terminei prendi meu cabelo molhado de suor em um coque, também estava precisando de um banho.

Calcei meus chinelos e me dirigi até a porta.

- Onde vai? – Ele ainda mantinha seus olhos fechados quando perguntou.

- Bom, apesar de não te dever satisfação algo, estou indo almoçar. – Disse irônica.

- Acho melhor falar comigo direito, não me faça ter que ir aí. – Ele disse firme. Ri fraco não dando a mínima para suas palavras.

- Quer que peça para colocarem seu prato? – Ignorei totalmente sua fala intimidadora.

- Não. – Foi tudo o que ele disse. Concordei indiferente. – Você tem 40 minutos para me encontrar no box de treinos.

Não o respondi e bati a porta, frustrada. Hoje era sexta, oficialmente 2 semanas que chegamos em Cabalabassas e 1 semana desde que meu treinamento havia iniciado. Semana que vem completaria 1 mês desde o Arkham. E minha vida agora era totalmente outra.

Prefiro não pensar nisso porém era impossível me livrar da dor que ainda sentia dentro de mim. Eu me sentia morta.

Desci as escadas em passos lentos até chegar a cozinha, lá encontrei Khalil e Lil Za almoçando.

- Olha doutora... Eu nunca fiquei tão chapado assim em toda minha vida! – Khalil disse enquanto mastigava e Lil Za riu concordando.

- Isso vai fazer um sucesso do cacete! – Lil Za falou. Ele não era de conversar muito, mas na maioria das vezes era divertido.

- Vocês planejam vender? – Perguntei surpresa e comecei a colocar o risoto de frango no meu prato. – Não imaginei que fosse algo tão bom assim... – Me sentei de frente para eles.

- Você tá brincando, doutora? – Khalil me encara. – Vocês criam algo revolucionário. – Assenti digerindo suas palavras. Nem de perto eu imaginava aquilo.

- Muito provavelmente Justin vai querer colocar isso no mercado. Principalmente agora que estamos de volta ao jogo. – Lil Za disse e bebeu um gole de seu refrigerante. – Mas não se preocupe, certamente vocês vão receber todos os créditos. – Ele completa me fazendo assentir.

- Onde estão todos? – Mudo de assunto.

- Christian, Ryan e Kendall estão em um treinamento fora da mansão. – Kendall havia começado a treinar com os meninos assim como eu.

- E sobre Shawn? – Pergunto. Fazia alguns dias que não o via.

- Saudades do príncipe encantado, doutora? – Khalil pergunta risonho e eu reviro os olhos.

- Apenas curiosidade meu caro. – Digo e ele sorri debochado.

- Vou fingir que acredito... – Ele da os ombros. – Ele não mora aqui! Shawn é nosso apoio tático, quando precisamos de atenção redobrada ou uma proteção mas eficaz, chamamos ele. – Ele diz simples e eu concordo. O esquadrão suicida de Justin definitivamente era como uma empresa. A administração e gerência eram impecáveis, aquilo tudo funcionava sem falhas ou erros.

- Bom meninos, obrigada pela companhia no almoço. – Digo me levantando e retiro meu prato. – Mas preciso treinar também. – Me lembro do aviso de Justin e suponho que já estava quase me atrasando.

Me retiro da cozinha e corro para o quarto onde visto uma legging e top preto, nos pés coloco meu Adidas Falcon. Mantenho o cabelo preso e volto ao segundo andar, saindo da mansão eu sigo pela trilha de pedras aberta no meio das árvores, que ia até os fundos da mansão, do lado oposto a estufa, havia um enorme galpão cinza com segurança de ponta. Lá era onde toda a artilharia e proteção ficavam, lá também haviam salas de treinamento, um heliporto e dois helicópteros de guerra – que foram usados para tirar Bieber do Arkham.-

Adentrei o galpão sobre os olhares dos seguranças mau encarados, mas eles não intimidavam, olhar feio até eu sabia.

Encontrei Justin na mesma sala de sempre. O ambiente era branco, e os armários e gavetas, cinzas. Havia um tatame no centro da sala, branco assim como a sala.

- Está atrasada. – Ele diz de costas. Estava organizando os equipamentos nas gavetas.

- Não é como se eu tivesse um celular para consultar as horas, e na sua casa não há muitos relógios. – Dei com os ombros. E fui até o bebedouro encher minha garrafinha.

- Isso não é problema meu. – Sua voz rude soou me fazendo revirar os olhos. Santa ignorância.

- Babaca... – Sussurrei para mim mesma.

- O que disse? – Ele pergunta entredentes.

- Vamos começar? – Sorri falsa encarando seus olhos raivosos. Hoje seria um treino e tanto.

Os treinamentos eram intensos, esgotantes e na maioria das vezes, bem doloroso. Mas eu me saia bem, não tinha dificuldades para aprender o que era passado. Mas eu adorava fingir o contrário para o Bieber. Era engraçado ver seu rosto vermelho de raiva a cada movimento errado que eu fazia. Deixar Bieber puto era uma boa diversão.

Repassamos as sequências de golpes que treinei a semana toda, vez ou outra errava os movimentos de propósito fazendo Justin bufar frustrado.

Meu soco com a mão direita foi imobilizado pelo grande braço de Bieber, me esquivei e soquei seu peito com a mão esquerda. Por descuido mantive a guarda aberta, Justin lançou um soco em minha direção e assim que desviei do mesmo, senti sua perna me passar uma rasteira. Fui de bunda no chão.

- Mantenha os braços altos. Vou ter que repetir isso toda vez? – Ele pergunta irritado, parecia tentar não gritar. – Levanta, vamos de novo. – Me levanto cansada do chão. Fazia algumas horas que estava apanhando.

Refiz todos os golpes, dessa vez atenta a cada detalhe, finalizei o movimento com poucos erros, e assim que terminamos abaixei a guarda recuperando o fôlego. E mais uma vez fui derrubada.

- MAS QUE PORRA BIEBER! – Gritei irritada, minha bunda latejava.

- Mantenha a guarda alta. – Ele diz irônico e caminha até sua garrafinha de água. Me levanto com dificuldade fazendo o mesmo em seguida, bebi praticamente a água toda sentido seu olhar sob mim. – Harley? – Ele chama.

- O que? – Digo prendendo meus cabelos que ameaçavam se soltar.

- Você toma anticoncepcional não é? – Ele pergunta sério, levemente preocupado.

- Sim. – É tudo o que digo.

- Ótimo. – Ele diz e se vira para pegar uma toalha. – Odiaria ter um filho com você. – Ele diz baixo, mas não o suficiente para evitar que eu ouça. Suas palavras me atingiram em cheio.

- Não se preocupe. Eu me mataria antes de colocar um monstro com o seu sangue no mundo. – Minha voz sai arrastada de ódio. Eu sentia uma pontada dura no peito. Justin Bieber conseguia me fazer sentir um lixo sempre que podia, era prazeroso para ele me humilhar.

- Não finja que somos diferentes! – Ele disse debochado. – Somos farinha do mesmo saco, querida. – Seu sorriso maldoso está preso em seus labios, enquanto meus olhos se enchem de água, eu estava consumida pelo ódio.

- VOCE É UM FILHO DA PUTA EGOCÊNTRICO! – Grito alto fazendo ele gargalhar. Minha cabeça doía tanto que eu estava zonza. – Você é um lixo! – Disse pausadamente sentindo a lágrima pesada escorrer pelo meu rosto. Eu não estava triste, de forma alguma, estava irada. Eu sabia muito bem que não era uma boa pessoa, mas também não merecia esse tipo de humilhação gratuito. – Não me compare a algo podre como você! – Me aproximei apontado o dedo em sua cara.

- ABAIXA A PORRA DO DEDO! – Ele grita alto e acerta um tapa forte na minha mão.

Eu vejo a raiva crescer em seus olhos no momento em que eu parto para cima dele, tento socar seu rosto mas ele rapidamente desvia. Assim que ele tenta me imobilizar eu uso todo o treinamento que tive essa semana para me defender, bloqueio dois socos dele e acerto um em seu queixo, ele não se abala nem um pouco, mas devolve um em cheio do meu olho quem deixa tonta, ele aproveita para se jogar em cima de mim tentando me derrubar. Mesmo que ainda estivesse tonta eu mordo seu ombro com toda a força que eu tinha fazendo-o urrar de dor e me largar, uso essa vantagem para passar uma rasteira forte em seus pés, jogando-o no chão assim com ele fez comigo.

- Chega de treino por hoje! – Digo sem fôlego e seco as lágrimas de ódio que escorreram durante a briga.

- Mentiu pra mim esse tempo todo? – Ele pergunta já sabendo a resposta. – Eu tenho cara de otario, Harley? – Ele estava bravo, muito bravo.

- Quer que eu responda? – Cuspo as palavras em sua direção, por mais que eu mantivesse minha postura rígida, temia por sua reação.

- Eu vou matar você, sua vadiazinha. – Ele diz com ódio.

- Sabe onde me encontrar! – Dou as costas para ele e saio da sala.

Caminho apressada até sair totalmente do galpão e me deparo com céu limpo que começava a escurecer. Adentro a mansão encontrando o silêncio, subo para o meu quarto encontrando o mesmo vazio, bato a porta com força.

Corro para o banheiro, ligando a água fria eu entro de roupa e tudo. Exausta eu me sento no chão frio do box, minha cabeça doía como nunca antes, as vozes faziam um alvoroço infernal, havia sangue escorrendo dos meus ouvidos. Eu não entendia o que estava acontecendo, mas não tinha forças para reagir. Fecho meus olhos tentando controlar aquilo mas só parece intensificar tudo.

Jogada no chão eu choro de dor e desespero. Meus músculos não reagiam e cada vez mais eu perdia meus sentidos.

A última coisa que me lembro direito eram os braços compridos de Kendall sendo estendidos para mim.

Depois disso não me lembro de mais nada.

Acordar no outro dia foi extremamente difícil, meus olhos se fecharam rapidamente ao encontrarem a luz que entrava pela janela, minha cabeça latejava e eu me sentia dolorida. Olho para mim vendo que vestia apenas um shorts e camiseta. Eu não me lembrava de nada.

Constato as horas no relógio de cabeceira vendo que estava um pouco atrasada para ir até a estufa. Me levanto com dificuldades, sentindo tudo rodar. Visto meus jeans e camiseta social branca, e jogo o jaleco por cima, calço um tênis e vou até o banheiro escovar os dentes e pentear o cabelo.

Minutos mais tarde eu desço as escadas em silêncio. Passo direto pela cozinha, eu não sentia fome. E logo estou adentrando a estufa.

- O que faz aqui? – É a primeira coisa que Kendall pergunta ao me ver.

- Eu não me lembro de muita coisa, mas estou bem. – Minto. Eu me sentia um caco.

- Eu te encontrei em estado de choque. Não reagia, não movia os olhos, só respirava. – Ela me olha preocupada. – O que houve, Harleen? – Ela pergunta e eu nego.

- Eu fiquei irritada, perdi o controle rapidamente. Não conseguia reagir a nada, só sentia dor. – Digo baixo, envergonhada da minha situação eu diria.

- Isso foi resultado de um acesso de raiva? – Ela pergunta séria e me arrasta para dentro do nosso laboratório, me obrigando a sentar.

- Acho que sim... – Mordo o lábio, eu me sentia angustiada.

- Harleen eu acho que você deve procurar um médico! – Rio sarcástica.

- E ir para a cadeia depois da consulta? Não obrigada! – Digo de forma grosseira e sinto minha cabeça latejar mais forte, me fazendo reclamar de dor.

- Justin deve conhecer alguém! – Ela diz e eu nego enquanto massageio minhas têmporas doloridas.

- Quero que Justin se foda! – Digo rude.

- Isso tem a ver com ele? – Sua pergunta soa mais como uma afirmação.

- Talvez. – Dou os ombros e me levanto indo buscar um copo de água.

- Você não precisa ficar aqui hoje se não quiser. Não tem muita coisa para ser feita. – Nego veementemente.

- Eu preciso ocupar minha mente. Vou ficar. – Digo e vou até meu computador cuidar dos gráficos diários.

- Certo... – É tudo que ela diz.

As horas de arrastam pela manhã, felizmente consigo me distrair com o trabalho, logo a dor de cabeça some me fazendo concordar que não devia ser nada demais.

Sou interrompida por Kendall que entra no laboratório acompanhada de Ryan. Estranho.

- Bom dia, doutora. – Ele sorri para mim. – Está melhor? – Eu bufo frustrada. A essa altura deveria ser o assunto da mansão.

- Todos já sabem? – Digo baixo e ele nega.

- Só eu sei... Passei pelo corredor bem na hora, ajudei Kendall a te tirar do banheiro. – Ele diz compreensivo.

- Obrigada por isso! – Digo.

- Não há de quer! – Ele sorri simples.

- Eu estou bem melhor... Foi só um acesso de raiva. – Digo sob seu olhar preocupado.

- Você deveria consultar um médico, não? – Ele pergunta e eu nego rapidamente.

- Estou ótima! – Tento soar convincente.

- Se você diz... – Ele diz. – Bom, vim te trazer isso. – Ele me estende uma pasta com papéis dentro.

- O que é isso? – Pergunto e abro a pasta não entendendo muito bem.

- Uma patente. – Kendall que até agora estava quieta diz.

- Justin mandou patentear a fórmula de Skunk, para que não seja possível ninguém copiar a criação de vocês. – Ele diz e vejo Kendall sorrir. Caramba, eu não esperava que fosse para tanto.

- Uou... – Digo e ele ri caminhando até a porta, parecia com pressa.

- Depois ele vai querer acertar sobre os valores das vendas com vocês. Mas de imediato, podem aplicar a fórmula em todas as mudas da estufa e se preparem para produzir em larga escala! – Ele diz e se retira da sala.

- Isso tá mesmo acontecendo? – Kendall pergunta me fazendo rir fraco. – Acho que nós literalmente plantamos uma galinha dos ovos de ouro. – Ela diz divertida.

- Isso vai render uma boa grana. Espero que o Bieber babaca seja justo na nossa comissão, mas não espero isso dele. – Digo enquanto folheio os documentos.

- Vamos esperar para ver! – Kendall diz. – Agora vamos trabalhar! – Ele me puxa pela mão me levando de volta até a estufa.

Point of View – Justin Bieber

Los Angeles, Calabassas.

Eu estava puto, puto pra caralho. Tinha tido uma foda maravilhosa mais cedo, mas como de costume, Harley fez questão de estragar tudo.

Aquele gênio forte e insuportável que ela tinha me fazia querer bater em sua cara a todo momento, e pra completar a desgraçada ainda teve a audácia de me enganar nos treinamentos. Eu queria mata-la.

Mas antes ia fazer questão de mostrar para ela como as coisas funcionam.

Já havia escurecido quando eu meti a mão em sua porta abrindo-a com tudo. Ela estava sozinha e eu já sabia, a vadiazinha da sua amiga estava treinando, ou melhor, dando para o Christian.

Seus olhos claros me encararam, ela não demonstrou reação alguma, havia algo diferente com ela, mas eu estava pouco me fodendo para isso.

- Levanta, vamos sair. – Fui até sua cama puxando a pelo braço.

- Não vou a lugar nenhum! – Ela bateu o pé se soltando do meu braço.

- Eu não estou pedindo, Harley! – Digo entredentes apertando seu braço de maneira mais forte.

- Deixe eu me vestir. – Ela diz e só então reparo seus trajes. A miserável vestia um short minúsculo de pano e uma regata de alcinha que marcava muito bem seus mamilos.

Gostosa pra um caralho.

- Não, você vai assim! – Tento arrasta-la para a porta mas ela resiste, me deixando mais puto ainda.

- Não porra! Tá frio lá fora. Eu vou me vestir! – Eu estava me perguntando eu qual momento eu havia me tornado um frouxo filho da puta. Eu já deveria ter batido nessa garota até ela aprender a me respeitar.

Ela da um tranco no meu braço e desaparece dentro do closet. Minutos depois ela volta, toda vestida de preto com os cabelos compridos presos em um rabo de cavalo.

Eu estaria mentindo se dissesse que meu pau não gostou da visão.

Pego-a pelo braço e saio arrastando-a para fora, descemos as escadas sob os seus protestos que eu fazia questão de ignorar. Encontramos Khalil e Lil Za na sala, assistindo algo que eu não dava a mínima.

- Onde vão? – Khalil pergunta, intrometido como sempre.

- West Coast. – Digo rude e continuo arrastando a loira para fora.

- Vamos com você! – Lil Za diz rápido e eu posso ouvir calçar seus chinelos. Eles sabiam o que eu planejava.

- Não. – Digo parando para encara-los.

- Não estamos pedindo, Bieber. – Khalil retruca me fazendo rosnar de raiva. Era só o que me faltava.

Tudo bem, pelo menos teria plateia.

Assim que chego a garagem jogo Harley dentro da minha Porsche preta e adentro o lado do motorista, logo saio da garagem cantando pneus.

Pelo retrovisor posso ver a skyline de Khalil nos seguindo. Pelo rabo do olho observo a loira que se mantém quieta observando a paisagem. O percurso dura um pouco menos de 20 minutos, pego um pouco de trânsito até sair do centro da cidade e subir para a parte alta da costa oeste.

Graças a noite tranquila consigo ouvir bem baixinho o som as ondas se quebrando com violência, nosso destino estava próximo.

- Desce do carro. – A clareira se abre em meio a escuridão causada pelas árvores e eu estaciono o carro de qualquer jeito.

- Onde estamos? – Ouço-a perguntar e continuar imóvel dentro do veículo. Com a pouca paciência que me resta eu arranco seu corpo pequeno de dentro do carro. Khalil estaciona logo atrás de mim.

- Você se acha muito esperta não é? – Pergunto debochado e empurro-a para a beira do despenhadeiro. O vento gelado chicoteia nossos corpos, lá de cima era possível ver o vasto oceano que banhava toda Los Angeles. As ondas se quebravam violentamente contra o paredão de rochas que estávamos.

- Vai me matar? – Sua voz soa como um sussurro. Ela estava com medo, eu podia sentir aquilo. Mas ela não resistia, se eu a jogasse penhasco a baixo ela simplesmente se deixaria ir. – Vamos, me mate, não faz diferença mesmo! Você já arruinou toda a vida que eu tinha. – Suas palavras me pegam em cheio, me deixando irado.

- Eu não te obriguei a nada! – Empurro-a mais ainda para a beirada, seus pés derrapam nas pedras soltas e ela se agarra ao me corpo.

- Justin, não precisa disso cara! – Ouço Khalil dizer.

- CALADO PORRA! – Grito alto e ouço o eco reagir sobre minha voz. Todos ficaram em silêncio. – Você acha que está treinada não é? – Pergunto no seu ouvido. – Acha que é boa o suficiente... – Digo, eu estava tentado a joga-la penhasco abaixo, loucamente tentado. – Então prove! – Digo e largo seu corpo deixando-a sozinha na beira do penhasco. Me afasto.

- Você quer que eu pule daqui? – Ela pergunta incrédula. Seus olhos claros me encaram.

- Consegue ver a bóia? – Aponto para o objeto laranja flutuante em meio ao oceano. Ela assente minimamente. – Lá tem uma bandeira, nada até lá, pegue a bandeira e nade de volta para a praia. – Aponto para o lado esquerdo, mostrando a orla que brilhava em meio ao escuro.

- E-eu... Eu não sei nadar! – Ela diz com a cabeça baixa me fazendo gargalhar.

- Essa é a sua melhor desculpa? – Pergunto entre minha risada. Eu já esperava, ela era fraca, covarde.

- Não é uma desculpa. – Ela diz e eu nego.

- Você não serve pra nada, Harleen Quinzel! PRA NADA! – Bato forte na sua cara fazendo a cair de joelhos. – É uma inútil, como eu sempre imaginei que fosse. – Cuspo as palavras sobre ela que ainda estava no chão. – Você é fraca! E sempre vai ser! - Me viro de costas decidido a voltar para o carro.

- HARLEEN! – Vejo Khalil gritar e me viro para trás no exato segundo em que ela se joga penhasco abaixo.

Lil za e Khalil passam correndo por mim e vão até onde Harley estava até segundos atrás. Me aproximo em passos calmos, olhando o oceano abaixo de nós. Não havia nada superfície além da espuma branca causada pela quebra das ondas.

- Za, dirija até a orla, eu vou pular. – Khalil diz afobado retirando seus tênis.

- Os dois não vão a lugar nenhum! – Digo rápido ainda encarando o mar.

- QUAL A PORRA DO SEU PROBLEMA? – Khalil grita comigo e eu o olho de maneira mortal.

- Eu estou te dando uma ordem! – Aponto o dedo em sua cara vendo-o abaixar a guarda.

- Ela vai morrer Justin! – Lil Za diz me fazendo rir fraco.

- Não cometam a mesma bobagem que eu... Não subestimem minha Arlequina. – Assim que fecho minha boca consigo ver sua cabeça loira saltar pela superfície. Sorrio.

Ela busca ar a todo instante, enquanto se debate de forma desengonçada. Seus braços começam a se debater contra a água, e da forma mais vergonhosa possível ela começa a nadar. A cada braçada uma onda jogava-a para baixo, demorava alguns segundos e voltava afoita, tentando a todo custo não afundar.

Demorou muito, muito mais do que qualquer pessoal normal faria. Mas ela conseguiu.

Nós assistimos de longe seu corpo esguio se agarrar na boia de maneira desesperada, seus braços a ajudam a subir na base larga a suficiente e lá ela passa bons minutos respirando profundamente. Eu conseguia imaginar o quão exaustivo aquilo foi, o quão cansada e abalada ela estava, mas sinceramente, não me importava. Totalmente fragilizada ela se ergue, tentando manter o equilíbrio na bóia que balançava junto a maré ela puxa a bandeirinha vermelha no topo da mesma. Vejo-a respirar fundo pela última vez e então se atira novamente ao mar.

- Eu disse... – Digo convencido e encaro os dois com um sorriso debochado em meus lábios.

- Você não precisava fazer tudo isso! – Khalil diz irritado. Ele finalmente volta a calçar seus tênis.

- Gente...

- Eu fiz porque eu posso e quero, Khalil! – Aproximo-me do seu rosto enquanto digo. – Eu sou o chefe dessa porra! Se ela quer entrar na equipe, vai ter que provar que merece.

- E ela provou? – Ele diz sínico.

- Talvez... – Sorrio sarcástico para ele.

- GENTE ELA AFUNDOU! – Lil Za grita e eu corro de volta a beirada procurando por minha Harley em meio a escuridão. – Uma onda derrubou ela e...

Antes que ele complete eu já havia me lançado pelo ar.

O impacto contra a água é forte, mas não me para, rapidamente já estou nadando em direção a onda ela estava. Nada o mais rápido que posso respirando somente quando necessário.

Eu não sabia o porquê estava fazendo isso, mas precisava. Precisava tira-la dali.

Mergulho fundo e mantenho meus olhos abertos embaixo da água, o mar era muito escuro e eu não via nada, a pouca luz que tinha era da Lua e praticamente inútil. Nado para todos os lados caçando-a pela imensidão do vasto oceano. O ar começava a me faltar e eu já estava começando a me preocupar.

Não havia nenhum sinal dela, e eu não aceitaria temer pelo pior, estava prestes a voltar pela superfície quando ouço uma voz sussurrar na minha orelha direta. Me viro rapidamente por conta do susto e consigo enxergar seus cabelos loiros e compridos afundarem lentamente, seu rosto sereno era lentamente engolido pelo mar.

Com o pouco fôlego que me restava eu parto até ela e nos arrasto para cima com toda a energia que ainda tinha.

Respirar nunca havia sido tão aliviante.

- Harley! – Chacoalho seu corpo desfalecido. – Harley acorda! – Bato em seu rosto em busca de algum sinal mas nada acontece.

Jogo seu corpo extremamente frio sobre as minhas costas e nado ritimado em direção a praia. Consigo ver os faróis dos carros nós iluminando.

- Vamos Harley, aguente só mais um pouco. – Suplico enquanto nado.

Assim que sinto o fundo arenoso tocar meus pés começo a correr arrastando-a comigo. Khalil e Za me encontrar, retirando a minha Harley dos meus braços.

Caio na areia desolado e sem ar e assisto o trabalho de resgate começar a ser feito. Khalil massageava seu peito enquanto Za assoprava ar desesperadamente por sua boca.

Nada.

- ELA NÃO ACORDA! – Khalil grita e não para com a massagem cardíaca.

Não acontecia nada. Eu não conseguia me mover apenas olhava o rosto pálido da loira, seus lábios roxos me mostravam a gravidade daquilo. Eu me sentia totalmente arrependido.

Pela primeira vez em toda minha vida.

- Justin ela não acorda.


Notas Finais


Bom carnaval pra todos vocês!!!!
Não hesitem antes de bater na cara de um macho escroto. Nos vemos em breve -ou não tão breve- mas comentem o que acharam.

E lembrem-se, desejo se torna rendição e rendição se torna poder. 🤡


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