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História The Judge - All of the problems, you're the worst of them


Escrita por: RGBSfics

Notas do Autor


N/AS: TJ ta crescendo e ficando adolescentezinha hauahaiahwua parei. Oii gent, turu bom? 🌝 Só queria agradecer ao meu bolinho Luiz (do canal "Aquele fã") por ter nos ajudado a divulgar T_T se tiver lendo, te amo hein bolinho 💕💕 e ao Camren SAC tbm, e a vcs, sempre ❤

E lá vamos nós...

PS: Aaah, Camren está demorando por culpa da Bru q n me dx escrever logo, reclamem cm ela, bjs KKKKKKKKKKKKKKA

Calúniaaaaaaaaaaa issooooooo aiiiiii ~Bru



PS²: AS FOTOS DA CAMILA CNWOAVNLKSNVAKJNVLOAJNCVLÇANSDVÇLJANSDV X.X

Capítulo 24 - All of the problems, you're the worst of them


Fanfic / Fanfiction The Judge - All of the problems, you're the worst of them



CAMILA'S POV 


Shawn havia ido nos buscar no aeroporto, mesmo eu insistindo que não havia necessidade disso e mesmo Lauren dando a sua palavra que me deixaria sã e salva em casa, lá estava ele com uma placa enorme com os nossos sobrenomes escritos nela. 


Não demonstrei muita emoção, até porque eu não estava em um dia bom para aquilo, só queria ir para casa, tentar ensaiar a música para a audição e dormir até que o outro dia clareasse. Estava tentando deixar aquilo tão na cara, mas parecia que Shawn não queria enxergar, com aquela ideia indissolúvel de que tínhamos que jantar juntos em um restaurante próximo dali a qualquer custo. 


Depois de certificá-lo de que voltaríamos em um outro dia com mais calma e com mais tempo, entramos em seu carro e deixamos primeiro Aaron em sua casa para logo depois deixar Lauren na dela. E que casa era aquela. De certa forma voltar ali me trazia algumas lembranças dos meus momentos nela, principalmente dos momentos em que passei com Jauregui. 


Tentei afastar aquelas lembranças e voltei a minha atenção para a estrada à minha frente. Fechei os olhos e os apertei, sentindo aquela mesma dor aguda de cabeça que havia sentido antes. 


— Tudo bem com você, meu anjo? 


— Tirando o fato de que a Miley resolveu regravar wrecking ball dentro da minha cabeça, tudo certo. — Respondi ainda sem olhá-lo, mas pude ouvir sua risada baixa achando graça no que eu tinha acabado de dizer. 


Chegamos em casa e a primeira coisa que eu me apressei em fazer foi tomar o meu banho rápido, sem me preocupar com mala e se havia coisas dentro dela a serem guardadas. Antes de tudo, eu precisava dormir e por o meu sono em dia. Poderia dormir até o outro dia, se fosse capaz e por mais que eu viesse sentada durante as longas horas de percurso, ainda sim me sentia exausta, como se tivesse corrido uma maratona sem parar. 


Sem esperar Mendes para que pudéssemos deitar juntos, puxei as cobertas e arrumei o travesseiro debaixo da minha cabeça, pegando no sono em seguida, sem cerimônia. 


Subi no palco com uma insegurança enorme tomando conta de mim, como se algo me dissesse que eu estava fadada a não progredir àquele dia. Mesmo assim, decidi erguer a cabeça e começar a música como o planejado, mas sentia que havia algo de errado na minha voz. 


Ela não saia. Por mais que eu me esforçasse. 


Tentei recomeçar outra vez, mas eu estava completamente muda e não sabia o porquê. Olhei para a plateia e mesma começou a me vaiar, com varias palavras ofensivas e que me deixasse pior do que eu já estava. Olhei para trás e os jurados riam, como se estivessem no melhor show de stand up comedy de suas vidas, inclusive Lauren que chorava de tanto que ria da minha cara. 


— Camila, meu Deus que merda foi essa? — Ela dizia enquanto cobria o rosto com as mãos, ainda rindo. — Desiste desse sonho, você não vai conseguir ganhar isso aqui não. 


É claro que eu iria! Eu iria e queria dizer aquilo para ela, mas as palavras não saiam da minha boca. 


Engoli em seco e larguei o microfone, que caiu no chão fazendo um estrondoso oco, antes de sair correndo dali a procura de alguém que me fizesse acordar daquele pesadelo horrível. 


Felizmente encontrei Shawn encostado na porta de saída do lugar e o abracei por trás, encostando carinhosamente o meu rosto em suas costas. O garoto se virou bruscamente e me encarou com um olhar vazio. Suas olheiras eram nítidas, sua roupa estava em um estado deplorável de sujeira e ele estava totalmente... irreconhecível. 


Me olhava feio, como se eu estivesse assassinado a sua mãe. 


— Não me olha como se estivesse com pena, Camila. — Riu sem humor e me deu as costas, voltando a me encarar segundos depois. — Na verdade, essa pessoa que você é ou se tornou, sei lá... essa sim é digna de pena. E foi por isso que eu te aguentei todos esses anos, mas agora acabou. 


Acabou? 


Eu era digna de pena? Por quê? Aliás, por que aquilo tudo estava acontecendo comigo? Por que eu não conseguia pronunciar nenhuma palavra sequer? Nem chorar eu não conseguia, era como se bloqueassem os meus sentidos e ações, era pior do que estar morta. Eu estava me sentindo mais do que invisível, me sentia vulnerável, inútil, triste e desamparada diante de tudo aquilo que havia vivenciado. 


Queria chamá-lo, mas ele havia simplesmente saído de perto de mim, sem ter dito mais nada e sem perguntar o que havia de errado comigo. 


Tirei os meus sapatos e caminhei a pé pelo meio da rua movimentada. Nem me preocupei com as buzinas dos carros ou com os palavrões que me eram ditos pelos motoristas, só precisava encontrar os meus pais e ir embora dali. Nem olharia para trás quando embarcasse de volta à Miami. Esqueceria de todos os meus sonhos como Lauren havia opinado, esqueceria de toda a minha história com Shawn e tentaria uma vida nova, onde eu jamais deveria ter saído antes. 


— Camila! 


— Mãe? — Chamei, finalmente, olhando ao meu redor, mas a mulher não se fazia presente em lugar nenhum dali. — Eu preciso de você, mãe, cadê você? 


As lágrimas já eram sentidas rolando pelo meu rosto e tudo o que eu queria e precisava era dela ali para me abraçar e dizer que tudo ficaria bem. 


— Você nos colocou na rua, sua infeliz. Nem se preocupou com o nosso bem estar, se estaríamos na rua em poucas horas ou não. 


— Diz que eu vou ficar bem, mãe. Diz que me ama... por favor... 


— Você não é ninguém agora, minha filha. Todos te viraram as costas. Você é uma fracassada, não consegue nem cantar, coisa que você fazia tão bem desde pequena... 


Suspirei ofegante, como se eu tivesse corrido dez quadras sem parar e a vontade de chorar me invadia com ainda mais força. Não podia acreditar que a minha própria mãe estava me dizendo aquelas palavras, como se não se importasse comigo e não me conhecesse. 


Como se eu fosse uma qualquer... eu não conseguia acreditar. 


" Você não é ninguém agora, minha filha... ninguém" 


Abri os meus olhos com tamanha rapidez e encarei o teto por alguns segundos, processando o pesadelo que eu acabara de ter. Não me movi, só queria me certificar de que aquilo tinha sido apenas um sonho ruim e que estava tudo bem. Tudo nos conformes. 


Suspirei e me virei para o lado, onde Shawn dormia tranquilamente, me levantei de vagar e calcei as minhas pantufas de sempre. Caminhei até a porta, abri silenciosamente para que não fizesse barulho e sai a caminho da cozinha. 


Olhei para as minhas mãos e as mesmas tremiam, como se eu tivesse vivenciado de verdade aquele sonho a minutos atrás e meu coração estava cada vez mais acelerado. Abri a geladeira e peguei uma garrafa de água gelada, logo em seguida, abri o armário onde ficava os copos e peguei um, despejando uma boa quantidade do liquido ali e adoçando bem antes de ingeri-lo. Eu precisava me manter calma para a apresentação, não poderia dar créditos à apenas um sonho besta. Não queria que isso me atrapalhasse na hora de subir no palco porque eu me conhecia bem o suficiente para saber que desistiria. Quando eu colocava uma coisa na cabeça, essa coisa se fazia lei e dificilmente eu mudava de ideia. Não queria mesmo ser a assassina dos meus próprios sonhos. 


Após lavar o copo que eu havia usado e organizar as coisas em seus devidos lugares, reservei um tempinho para que eu pudesse dar uma última ensaiada e uma hora e meia depois... eu ainda não estava pronta para duelar. Havia repassado a música umas quinhentas vezes, mas eu simplesmente não conseguia e por mais que eu quisesse muito trocar, eu não podia. 


— Eu não vou conseguir! Não. Vou. — Suspirei pesadamente e encarei o meu namorado, que desde a hora que acordara estava ali do meu lado me dando toda força necessária. 


— Tenta mais um pouco, Camila. Você vai conseguir, não desiste. 


— Já tentei por mais de uma hora e esse refrão não sai, Shawn! Se eu tentar outra vez, não vou conseguir me arrumar e vou chegar atrasada! — Exclamei, tentando reprimir o choro. — Eu vou desistir. 


— Ei, ei... olha pra mim. — O garoto pegou em meu rosto e me beijou levemente. — Você não vai desistir. O que é isso? 


— Eu vou porque eu estou com medo. E se acontecer a mesma coisa que aconteceu no sonho? E se eu... 


— Que sonho? — Mendes perguntou e eu o encarei pela primeira vez no dia. Me amaldiçoei mentalmente por ter tocado nesse assunto, do qual nem havia o contado ainda, e não estava nem um pouco a fim de lembrar daquele episodio novamente. Não por agora. 


— A gente pode falar sobre isso em uma outra hora? 


— Independente de que sonho for esse, vai dar tudo certo e aquilo foi só um sonho. Não é como se fosse se realizar, Mila... olha, eu estou do seu lado para não te deixar desistir. — Levantou-se de onde antes estava sentado e me puxou pela mão, me guiando até o quarto. — Você vai escolher agora uma roupa bem bonita,  vai se arrumar e ficar pronta antes de Ally, Lucy e Dinah chegarem. 


— Antes de que? 


— Eu queria fazer uma surpresa, mas você não consegue me deixar guardar segredo. — Olhei para o seu rosto e sorri com o seu sorriso terno. Ele era uma pessoa realmente incrível, fazia de tudo para me deixar confortável e feliz e eu só tinha a agradecer. Sempre. 


— Obrigado por tudo, viu. Mesmo quando eu não mereço, você é sempre paciente comigo e mesmo quando eu sou uma bosta de namorada. — Falei com a cabeça baixa e ouvi a sua gargalhada baixa se fazer presente no ambiente. 


— É... você pode se considerar até uma bosta, mas é uma bostinha fofa, acredite. 


— Ridículo. 


— Eu sou. E não precisa agradecer, apenas não desista de se apresentar. — Beijou as costas das minhas mãos e as segurou firme com as suas —  Eu sei que mesmo calada, o que mais te preocupa é a sua família, mas te garanto que eles estão bem. 


— Hum... como você tem certeza disso? 


— Estão melhores do que eu e você, confia em mim? 


— Hurrum. — Afirmei e dei um sorriso de leve. — Mas antes preciso ligar para eles e me certificar... 


— Nada disso. Trate de se preocupar apenas com você e com a sua audição que do resto cuido eu. — O garoto se aproximou de mim e me deu um beijo estalado na bochecha — Prometo que no fim do dia, eu deixo você falar com eles, combinado? 


— Por que isso? 


— Não disse que confiava em mim? Pois então confie. — Sorriu esperto e se afastou de mim para atender a uma chamada em seu celular. 


Dei de ombros e abri o closet para escolher as minhas roupas para o programa. Havia realmente acreditado na garantia dele de que eu não precisava me preocupar, e tudo o que eu precisava no momento era de menos problema na minha cabeça para manter o foco na audição. 
Separei o meu sobretudo preto junto ao meu vestido branco preferido em cima da cama, e tirei minhas mais novas botas de dentro da caixa para calçá-las depois. Logo após um banho demorado, que era a minha especialidade, coloquei o vestido que caiu feito uma luva em meu corpo e calcei as botas que vinham até a altura do joelho. Coloquei o sobretudo por cima e soltei os meus cabelos, organizando os fios lisos em seus devidos lugares. 


" No quarto! Ali... " Ouvi a voz de Shawn falar alto e os passos apressados ficarem cada vez mais audíveis, até que o baque da porta se abrindo se fez presente, revelando minhas três melhores amigas lado a lado uma da outra. 


— Então quer dizer que você estava quase desistindo de ir, filha da égua? — Lucy cruzou os braços e batia os pés no chão freneticamente.

 
— Ia me deixar sozinha naquela joça? Ía me abandonar mesmo? — Dinah me encarava seria, mas com o tom divertido. — Ou está com medinho de encarar a Jauregui, hein chancho? 


— Medo dela? Eu? — Gargalhei entrando na brincadeira. 


— Que nada, ela quer provocar a do olho verde. Quer deixar a Lauren excitadona com esse vestidinho ai...

 
— Ah não, Lucy! Poxa, eu disse pra você parar de falar besteira só hoje, te dei todas as jujubas que eu tinha por isso e você me prometeu. — Ally disse com os braços cruzados, interrompendo Lucy e encarando a irmã com uma cara feia. 


— Por mais que eu ame muito jujubas, falar merda é inevitável, Allysson. E você me deu porque quis. 


— Realmente, concordo com a Lucy de que é inevitável. — Dinah concordou com Vives e eu rolei os olhos. 


— Se você apostou com Ally que iria calar o bico hoje, você vai calar ou então vou te fazer vomitar todas as jujubas dela de volta. — Falei e defesa de Brooke e Dinah gargalhou. 


— Eitaaa, eu vou chamar a Lauren para te dar um jeito já já, senhorita mandadona. — Lucy disse com um olhar esperto. 


— Dá para parar de falar da Lauren? — Sussurrei e as três riram. — Até você, Ally? Acabei de te defender e fica contra mim desse jeito? 


— Mas eu só ri.  — Disse a pequena. 


— Falando em Lauren, quero saber tudo o que aconteceu nessa viagem ai. — Hansen perguntou roendo as unhas do indicador — Depois do beijo, rolou muito sexo? 


— Dinah!!! — Exclamei, ignorando a pergunta da mulher. 


— QUE BEIJO? QUE? ONDE? — Lucy perguntou alterando a voz e eu fechei bem os olhos para não ter que dar naquela carinha de bumbum de bebê que ela tinha. 


— Beijo? Você traiu o Shawn, que pecad...  — Ally sussurrou e eu respirei fundo, alto p suficiente para interrompê-la antes de encará-las. Apontei para a porta de saída e esperei até que as três marchassem enfileiradas para fora dali e fiz o mesmo. 


Shawn se ofereceu um milhão de vezes para nos levar, mas eu havia o certificado de que pegariamos um táxi e iríamos sozinhas, desta vez. Eu precisava de um tempo sozinha com as minhas amigas para por os papos em dia e fazer aquilo com ele em meu encalço, não daria muito certo. 


— Nós não saltamos a duas quadras do programa para você ficar calada, Camila. Desembucha logo que porra de beijo foi esse! — Lucy exclamou e eu revirei os olhos mais uma vez. 


— E diz logo se transou ou não com a Jauregui que eu tô me roendo por dentro viada. 


— Que transei o que, Dinah! — Falei, me virando para a mulher. — E Lucy... Foi um beijo que aconteceu, mas acabou. Eu gostei, ela também e foi só isso. Morreu. 


— Hummmmmmm, se as duas gostaram... — Vives pôs um dos dedos em seu queixo. — algo me diz que não foi só isso. 


— Sempre que fala da Lauren, ela fica com essa carinha vermelha. — Ally falou apertando as minhas bochechas enquanto andávamos. — Você gosta dela, Mila? Pode falar, o Shawn não vai saber. 


— Gente, de uma vez por todas: eu não gosto dela. Eu tenho um namorado, se é que vocês lembram. 


— Para de usar o Shawn como desculpa para tudo que envolve vocês duas, eu não aguento mais esse doce que você faz. — Dinah revirou os olhos e Lucy gargalhou alto. 


— Cuidado com a diabetes. 


— Idiotas. — Falei ignorando a brincadeira das duas. 


— A Mila fica com o rostinho ainda mais fofo quando fala da Lauren. — A menor disse com um sorrisinho no rosto e enganchou o seu braço no meu, pulando como se estivesse completamente feliz com aquilo. 


— Gente... Já falei que vocês são idiotas? — Perguntei, apressando os passos e me separando da menina. — E você, Ally, me decepcionou. 


— Eu? Mas Camila, era brincadeirinha! — A baixinha gritou com um tom divertido na voz e correu atrás de mim, seguida de Dinah e Lucy. 
Assim que pus os pés do lado de dentro do lugar, um arrepio percorreu a minha espinha e os pelos dos meus braços se eriçaram, mas não de frio. De nervosismo. 


As meninas ao meu lado brincavam, riam, conversavam e eu era a única com cara de nada, que não conseguia interagir em nada do que elas estavam fazendo. Encarei Dinah que estava super a vontade falando sobre o último livro que havia terminado de ler, estava totalmente sob controle e relaxada, como se não fosse se apresentar a qualquer momento. E eu estava com um pouco inveja dela. Queria ter pelo menos a metade da tranquilidade da minha amiga, só para poder esquecer tudo o que passei naquele sonho maldito que não saia da minha cabeça. 


— Mila... É a gente agora. — Dinah chamou minha atenção e senti o meu coração acelerar os batimentos. — Vamos! 
Por um momento eu havia me lembrado de que Dinah estava no mesmo time do que eu, e que justamente naquele dia iriamos duelar uma contra a outra. A pior coisa do mundo é você ter que bater de frente com a sua melhor amiga para uma disputa, em qualquer que fosse a circunstância. 


— Dinah, eu não... 


— Camila! — A mulher me puxou pelo braço, fazendo com que eu me levantasse da cadeira, e saiu me puxando para trás do palco principal. Juro que se não fosse ela, eu não teria coragem nem de ao menos ter me levantado. — Ei, vai dar tudo certo Chancho. Esquece tudo lá fora, foca aqui. Ouviu? — A garota parou e segurou as minhas mãos, me encarado. — Eu vou estar lá com você. Independente do resultado, temos que ficar felizes uma pela outra porque sempre vamos nos apoiar. É isso que amigas de verdade fazem e eu te amo, amiga. 


— Eu sei China, obrigado. — Falei a abraçando momentaneamente e dei-lhe um beijo na bochecha. — Eu também amo você, irmã. 


— Então vamos confundir a cabeca da Jessie? 


— Vamos! — Exclamei e soltei um sorriso Simpático, tentando convencer a mim mesma de que tudo se sairia bem. 


— É assim que se fala!!! 


De longe eu conseguia observar Ally e Lucy que faziam sinais positivos para mim e sorriam empolgadas tentando me encorajar. Acenei de volta para elas e voltei a olhar para frente, aguardando o momento em que fôssemos chamadas novamente por um dos produtores. 
Suspirei soltei o ar pela boca antes de pegar o celular de um dos bolsos do meu sobretudo e acender a tela do mesmo. Chequei as horas, coloquei no modo avião e abri a caixa de mensagens onde havia uma de mamãe enviada há cinco minutos atrás. 


" Boa sorte, minha pequenininha. Nós te amamos muito e estamos te assistindo pela TV, mandando toda energia positiva a você. Confiamos no seu talento, 
              xx, mama " 


— Awn, "pequenininha". — Dinah, que até então estava lendo a mensagem sem eu ter me dado conta, me abraçou de lado e limpou algumas lágrimas que ameaçavam rolar do meu rosto. — Você vai arrasar, viu? 


Senti a mulher beijar a minha testa e novamente o nosso nome foi chamado para que pudéssemos começar a apresentação em dupla. 


A fase era constituída por dois participantes da mesma equipe, que batalhavam um contra o outro cantando juntos a mesma música, o que era péssimo para mim ter que batalhar justo com ela. Dinah era uma participante forte, conseguia alcançar bem as suas notas e sustentar por longo tempo a sua voz perfeitamente afinada. De certa forma, ter que subir àquele palco junto à ela me causava um certo medo, mas eu ficaria feliz com qualquer que fosse o resultado, afinal, ela também era digna daquilo. 


If you're lonely 
( Se você está sozinho ) 


And need a friend 
( E precisa de um amigo ) 


And troubles seem like 
( E os problemas parecem que ) 


They never end 
( Nunca terminam ) 


Just remember to keep the faith 
( Apenas lembre-se de manter a fé ) 


And love will be there to light the way 
( E o amor estará lá para iluminar o caminho ) 


A mulher olhou para mim e entrelaçou as nossas mãos antes de começarmos o refrão. Tentei ao máximo manter o meu foco nela, sem olhar para os jurados e fechei os meus olhos tentando esquecer também os problemas que prendiam minha atenção. 


Anytime you need a friend 
( Sempre que você precisar de um amigo ) 


I will be here 
( Eu estarei aqui ) 


You'll never be alone again 
( Você nunca estará sozinho novamente ) 


So don't you fear 
( Então não tenha medo ) 


Even if you're miles away 
( Mesmo se você estiver a milhas de distância ) 


I'm by your side 
( Eu estarei a seu lado )  


So don't you ever be lonely 
( Então você nunca mais estará sozinho ) 


Tentei pegar o máximo de folego que consegui para a ultima frase e me concentrei. Essa parte era definitivamente a mais difícil. 


Love will make it alright 
( O amor fará tudo ficar bem ) 


Mais confiante, elevei o meu olhar aos jurados que assistiam atentamente a cada detalhe da canção cantada e segurei o microfone com as duas mãos antes de entrar em minha parte solo. 


Eu precisava dar o meu melhor e aquele era o melhor momento. 


When the shadows are closing in 
( Quando as sombras se aproximam ) 


And your spirit diminishing 
( E seu espírito diminui ) 


Just remember you're not alone 
( Apenas lembre que não está sozinho ) 


And love will be there 
( E o amor estará lá ) 


To guide you... home 
( Para te guiar para casa ) 


Fechei novamente os olhos envergonhada por ter quase errado a letra e rezei mentalmente pra que ninguém tivesse percebido esse deslize enorme. Quando abri, Lauren balançava negativamente a cabeça e Jessie mantinha o seu olhar fixo em Dinah, com as mãos no queixo estudando entre a minha performance e a da mulher. 


Anytime you need a friend 
( Sempre que você precisar de um amigo ) 


I will be here 
( Eu estarei aqui ) 


You'll never be alone again 
( Você nunca estará sozinho novamente ) 


So don't you fear 
( Então não tenha medo ) 


Even if you're miles away 
( Mesmo se você estiver a milhas de distância ) 


I'm by your side... 
( Eu estarei a seu lado )  


Parei de repente e desisti de dar continuidade à música sozinha, talvez insegura demais pelo que aconteceu segundos atrás e eu jamais me perdoaria por isso também. 


— O que houve, Mila? — Dinah perguntou e eu não respondi. Não conseguia responder, estava praticamente em pânico diante daquela chuva de desgraça que estava acontecendo comigo. 


Encarei todos ali com os olhos fixos sobre mim e o mesmo medo que eu lembrava de ter sentido em meu sonho, se fez presente, me deixando ainda mais perdida e sem o que fazer naquele momento. Dinah me cutucou esperando que eu a respondesse, mas tudo o que eu fiz foi chorar, me dando conta da grande burrada que eu havia acabado de cometer. 


Abracei a minha amiga na tentativa de me esconder de todo mundo e desabei decepcionada comigo mesma, mas não surpresa com a minha atitude. De certa forma, eu sabia de que ia dar mole nessa música por não ter me preparado o suficiente e por não estar segura de que me sairia bem nessa apresentação. Mas diante de tudo o que eu imaginei, eu havia me saído muito pior do que o esperado. 


Minhas pernas bambearam e se não fosse Dinah ali para me segurar, eu teria caído de nervosismo. Meu corpo tremia bastante, minha boca começava a salivar de uma forma desesperadora e meu estomago embrulhava. 


Por pouco não coloquei todo o café da manhã para fora ali em transmissão ao vivo. 


— É sério, de todos que entraram aqui hoje o look de vocês realmente é o melhor. — Adam aplaudiu fortemente o nosso look, tentando amenizar o constrangimento, e os outros jurados o acompanharam fazendo o mesmo, atraindo gritos positivos da plateia que assistia. 


— Não só o Look, mas o cabelo... Show. — Blake Shelton fingiu jogar os cabelos, fazendo com que os colegas rissem, e eu abracei ainda mais forte a mulher em meu lado.  


— A gente arrasa né, obrigado. — Dinah respondeu, o que fez com que os jurados rissem novamente. Menos eu que estava nervosa demais para aquilo. Não conseguia sequer me mexer, estava estática encarando a minha jurada que estava calada até demais. 


— Bom, vocês estão lindas meninas. Estão não, são e têm muito talento, é perceptível isso em cada uma, mas vejo que a Camila Cabello não se mostrou boa o suficiente quanto se mostrava em nossos ensaios oficiais. — Senti os meus batimentos cardíacos quase saírem pela boca, mas me recompus. Eu precisava ouvir aquilo até o final e viva. — Agora na Dinah Jane eu percebi um progresso grande. Tanto na voz, quanto na presença de palco, foi lindo, meus parabéns. 


— Obrigada. — Dinah respondeu e eu já sentia o nó em minha garganta crescer cada vez mais com a vontade de chorar tudo o que estava guardado em mim. 


— Para ser sincera, não houve um equilíbrio entre ambas as partes e isso foi ruim, principalmente pra você... Camila. Eu vou ficar com a Dinah por hoje. 

LAUREN'S POV 


Camila e Dinah entraram no palco lado a lado, tão juntas que pareciam querer se fundir a qualquer momento e eu não duvidava que aquilo pudesse realmente acontecer. 


Cruzei as minhas pernas aguardando a música começar e me surpreendi com a voz de Dinah começando de repente. É, era uma bela voz e uma concorrente bastante perigosa para qualquer participante ali. 


Hansen começou bem. Gesticulava muito enquanto cantava a sua parte, estava bem segura do que estava fazendo e isso me levou a crer de que estava se saindo melhor do que na apresentação anterior. Camila entrou no refrão e eu percebi o seu nervosismo aparente, tanto que fechou os olhos na tentativa de se manter calma e aquilo pareceu ter adiantado por um momento. 


Eu sabia que por mais que ela estivesse ali, a mente dela estava na família em Miami e isso estava a atrapalhando bastante. Eu era a única ali, além de Dinah, que sabia e entendia sua situação, por mais que ela cantasse bem e que sua apresentação passada estivesse entre as melhores, Dinah estava a um passo largo de sair ganhando. 


Ao final do seu estrofe solo, a menina cometeu um deslize grave ao sair do tom e quase errar a letra, fazendo com que Blake e Adam se entreolhassem e cochichassem algo entre si do qual não fui capaz de compreender. Balancei a cabeça negativamente por alguns segundos, rezando pra que ela não se deixasse levar e piorasse de vez sua situação. 


— Porra, Camila... — Sussurrei estalando a língua, frustrada, ao final da frase e batuquei os dedos freneticamente nas pernas ao observar detalhadamente a garota. 


Como jurada e com a porcentagem que eu entendia de música, Camila havia feito uma péssima apresentação naquele dia. Eu sentia muito em ter que admitir isso. 


O refrão foi cantado normalmente por ambas as duas, isso porque a voz de Hansen sustentava perfeitamente a de Camila, mas a menor ainda se matinha em um estado de calamidade total com toda aquela desafinação na voz, principalmente ao fazer os high notes. 


O que diabos estava acontecendo com Cabello? Nem mesmo no ensaio horrendo em que a peguei de surpresa no hotel ela havia ido tão péssima assim. Lembrava-me perfeitamente da sua voz maravilhosa cantando Dope no carro, quando voltávamos do The late late show e ao vê-la regredir-se tanto daquela forma era totalmente inacreditável. 


Bufei desacreditada ao perceber que ela havia desistido do final da canção. Aquela não podia ser ela, de jeito nenhum. 


Ao vê-la daquela forma frágil antes de recorrer ao abraço de Hansen, um sentimento de pena me atingiu, me fazendo desejar, mais do que tudo, ser o seu suporte naquele momento desastroso. 


Ela tremia de uma maneira assustadora e eu temia que ela passasse mal a qualquer momento, sem que eu pudesse ajudar. Tinha que me mostrar jurada o tempo todo, sem pistas de que éramos intimas ou a situação se complicaria ainda mais e aquilo era a tarefa mais difícil que eu tinha que realizar. 


— É sério, de todos que entraram aqui hoje o look de vocês realmente é o melhor. — Adam aplaudiu o look das meninas e o resto dos jurados, inclusive eu, aplaudimos com entusiasmo contagiando a plateia. 


— Não só o Look, mas o cabelo... Show. — Shelton soou engraçado, fingindo jogar os cabelos, fazendo com que rissemos ao ver a cena. 


— A gente arrasa né, obrigado. — Dinah respondeu, entrando na brincadeira, mas eu realmente não conseguia tirar os meus olhos de Camila, preocupada com o bem estar da menina. 


— Bom, vocês estão lindas meninas. Estão não, são e têm muito talento, é perceptível isso em cada uma, mas vejo que a Camila Cabello não se mostrou boa o suficiente quanto se mostrava em nossos ensaios oficiais. — encarei a minha colega de trabalho concordando, infelizmente, com as suas palavras ditas — Agora na Dinah Jane eu percebi um progresso grande. Tanto na voz, quanto na presença de palco, foi lindo, meus parabéns. 


— Obrigada. — A mais alta agradeceu. 


— Para ser sincera, não houve um equilíbrio entre ambas as partes e isso foi ruim, principalmente pra você... Camila. Eu vou ficar com a Dinah por hoje. 


Cabello se derramou em prantos novamente ao abraçar pela milésima vez a amiga, e sussurrou algo no ouvido da mesma que concordou com um riso fraco em meio as lagrimas. 


Aquela cena comoveu a todos nós, com certeza, porque em toda a história do programa, nenhuma tinha sido tão... lamentável como aquela. Os jurados sempre ficavam presos a uma duvida interminável sobre com quem ficar, mas naquele dia, todos nós já tínhamos convicção de que Dinah conquistaria Jessie de qualquer jeito. 


— Eu... quero agradecer à todos, primeiramente a Deus por ter me concedido a essa chance. Queria dizer que desde que eu te conheci aqui — Dinah olhou para Camila, que a encarou de volta — Você tem se tornado uma das pessoas mais importantes que eu tenho na vida hoje e tudo o que eu fizer daqui por diante nesse programa, é por você Chancho. Obrigada. 


E mais uma vez as meninas se abraçaram, antes do apresentador pegar o microfone e estender à Camila que preferiu não se pronunciar até então. 


— Realmente, Dinah é a nossa Beyoncé com essa voz brilhante. Até eu me emocionei ali no cantinho... — Daly dramatizou, tentando esconder o resto atrás do microfone, o que era impossível, é claro, antes de continuar. — Brincadeiras a parte. Então... algum dos nossos jurados aceitam resgatar a nossa Camilita? 


Olhei para a direita e Adam balançava a cabeça negativamente e mantinha estampada na cara a feição de quem soltaria um "Nem pensar" a qualquer minuto. Olhei para Blake e deduzi a mesma coisa, sua expressão facial não era a das mais agradáveis e aquilo significaria apenas uma coisa: Camila havia se saido tão péssima que nem para uma repescagem servia. 


— Alguém? Não? — O apresentador insistiu e a garota ao seu lado suspirou, aceitando totalmente a derrota para si. — Então... 


Apertei o botão para aceitá-la em meu time e todos ali me encararam confusos com a minha atitude, talvez sem entender o porque de eu ter a aceitado em sua pior apresentação.


— Eu quero. 


Cabello abriu um sorriso tão largo que eu era capaz de congelar o tempo, apenas para observar a felicidade gritando um "ola" saindo de seu rosto. 


" Só pode estar louca, credo" Um grito ecoou de dentro da plateia, mas eu não queria saber e nem estava interessada em quem havia dito aquilo. 


— Eu sei que você não se saiu tão bem quanto eu e todos aqui esperávamos, mas... — cocei levemente a cabeça e encarei a garota que limpava as lagrimas, agora, com um sorriso no rosto — Você tem um potencial enorme, Cabello, eu vejo isso em você e qualquer um que te ouvir cantar vai perceber isso também. Então, não deixe que te digam que você não é boa o suficiente para o que você quer alcançar, eu sempre digo isso. Levante a cabeça e faça com que as suas suas lagrimas regue sempre os seus sonhos. 


Soltei um sorriso breve para a garota e recebi aplausos, quer dizer, muitos aplausos pelas minhas... "belas palavras" poéticas das quais eu era 'expert em improvisá-las. 


Pois bem, a garota me agradeceu, primeiramente, e depois fez alguns outros agradecimentos breves sem estender muito suas palavras. Saiu dali nas nuvens com Dinah e eu não pude deixar de rir da cara de besta que adotara desde que eu havia a aceitado em meu time. 


Depois de mais algumas longas horas sentada ali, escolhendo pessoas que realmente me pareciam dignas de ganhar aquilo, arrumei as minhas coisas e fui embora sem perder mais o meu precioso tempo. 


Caminhei apressada pelo estacionamento a procura de um motorista que já deveria estar ali para me levar embora, mas não encontrei em lugar algum. 


Ah, mas eu mataria um! Odiava chegar atrasada em um compromisso importante. 


Dei meia volta e caminhei até a saída, onde esperaria impacientemente por um táxi debaixo de um sol escaldante e correndo risco de ser assaltada ou surpreendida a qualquer momento por um ladrão ou um fã em busca sedenta por um autógrafo. 


— Laur! — Franzi o cenho reconhecendo a voz e me virei para trás, encontrando a figura do meu melhor amigo no volante de um carro. — Entra aqui. 


— Curly? Mas, meu Deus! — Corri até onde o carro de Harry estava e esperei até que ele saísse para pular exageradamente em seus braços. — Viado, eu estava com tanta saudade, mas tanta... 


— Quem vê assim, pensa que me ama. 


— Mas eu amo! 


— Ou então pensa que passei um ano fora. — O garoto comentou e beijou minhas bochechas. — E ai, tudo bem? 


— A gente pode ir conversando no carro? Estou mega atrasada, tenho uma viagem marcada pra hoje ainda,  mas preciso resolver umas coisas em casa antes. — Dei a volta no veiculo e entrei pela porta do carona, Harry fez o mesmo voltando para onde estava e deu partida logo em seguida. — E você vai viajar comigo! 


— Sem chances, Lord! Tenho ensaio marcado com as meninas, Normani está me esperando, tenho uma novinha pra pegar mais tarde...

 
— O QUÊ? — Falei de um jeito escandaloso e logo cai na real, lhe dando um tapa no ombro. — Ah, deixa de ser idiota, eu quase acreditei. 


— O dia que você me ver com uma mulher, pode ter certeza de que minha mãe é cem por cento virgem. — Falou divertido e eu o encarei com uma cara tristonha — Não adianta me olhar com essa cara de cão arrependido, Laur. 


— Curly... desmarca tudo! Vamos comigo, por favorzinho, hein? — Pedi, fazendo voz de criança e ele negou novamente com a cabeça. — Te pago um lanche! 


— Ai eu vi vantagem... 


— Interesseiro da porra. — Falei, revirando os olhos e ele jogou a cabeça para trás gargalhando. 


— Eu vou! Mas começa me contando tudo o que houve nessa tal viagem para Londres que eu sei que Camila também foi. Teve sexo na frente do Shawn? 


— Espera, Iglesias te contou? 


— Então teve sexo? 


— Cala a boca, Harry. Foi Iglesias, não foi? — Insisti na pergunta e o vi afirmar lentamente. — Que vadia. 


— Não era pra eu ficar sabendo? Fora do meu carro agora, sapateira falsa! — O garoto freiou bruscamente e eu arregalei os olhos assustada. 


— HARRY, PORRA! 


— Pra você aprender a me contar as coisas antes de sair fofocando tudo para a Iglesias! — Revirou os olhos e voltou a dirigir. — Quem é que está sempre contigo mais do que literalmente? 


— Você. 


— E que você tem um apelido individual? 


— Você! 


— E quem é o seu melhor amigo de todos? 


— O Shawn! — Afirmei e ele me olhou com uma cara falsa de espanto. 


— O QUÊ? 


— VOCÊ! Você! — Me apressei em responder e ele pigarreou satisfeito. — Tinha me esquecido do quão besta você consegue ser, por Deus. Aliás, de quem é esse Porsche? 


— Meu, por quê? Não acha que também sou digno de ter um Porsche só meu? 


— Não que você não seja digno... Mas é mão de vaca para comprar e adora usar as coisas dos outros, vulgo, MINHAS COISAS. 


— Amigo é pra essas coisas, oras. — Sorriu convencido antes de virar em uma curva. — Ah, E não mude de assunto! Me conta agora o que aconteceu na viagem. Já sinto o cheiro de couro se atracando das duas... 


— Mas não houve nada! Eu vou contar o que se não houve nada? — O garoto me olhou tão sério que eu só achei que não havia o convencido o suficiente com aquelas palavras. — É serio, não houve nada. 


— Para de mentir pra mim, Jauregui. Quando começa a repetir muito as palavras eu já sei que está tentando me enganar. 


— Você é um viado, Harry! 


— Tente me ofender de outra forma, querida. Ser viado é sempre um prazer. — Sorriu convencido mais uma vez e eu bufei irritada em ter que contar tudo a ele naquele momento. Não que eu não quisesse contar, mas sempre que eu tinha algo a falar para ele, Vero e Mani, esperava um momento em que todos estivéssemos reunidos para não ter que tagarelar três vezes as mesmas coisas para um e outro. Arght. Me sentia um disco velho e arranhado. 

 

CAMILA'S POV 


Eu estava indignada em não conseguir achá-la nos bastidores. Estava nervosa com aquilo tudo e com uma duvida interminável na cabeça sobre Lauren ter me dado mais uma chance de continuar no The Voice. Por que ela faria aquilo? Eu fui um fiasco, uma derrota, por que céus ela havia apertado o botão para mim? Depois que as audições acabaram e os jurados saíram de cena, eu me apressei em procurar a mulher para conversar, mesmo que eu não soubesse o que falar e como começar, mas eu precisava ter aquela conversa com ela de qualquer jeito. 


Aquelas palavras foram de enorme importância para mim naquele momento em que eu me encontrava tão sem chão e queria agradecer, de verdade e por iniciativa própria. Me sentia na obrigação de ser grata a ela, mas, não sei por qual motivo ela havia tomado um chá de sumiço e desaparecido do lugar. Ninguém sabia onde ela havia se metido, na verdade a única coisa que sabiam dela era que estava com muita pressa e havia saído sem sequer falar com os funcionários. 


Chegamos em minha casa exaustas e, depois de cumprimentar Shawn, nos trancamos direto no quarto, onde elas engataram em uma conversa qualquer e pela milésima vez no dia, eu não me senti nem um pouco afim de interagir. 


Será que  ligava ou não para Jauregui? 


— Quem diria que eu estaria shippando a minha crush com a minha melhor amiga... Que macumba é essa? 


— Não se refira à macumba como algo ruim, Lucy. Lembre-se que de se eu quiser me vingar de você algum dia, por exemplo, é lá que eu vou. — Dinah lixou as unhas, mostrando-se tranquila, e Brooke arregalou os olhos. 


— Sangue de Cristo, Dinah. Credo. 


— Graças a Deus sou católica e praga de gente ruim não me pega porque eu creio em Jesus Cristo. — Lucy sorriu convencida e olhou desafiadora para Dinah. 


— VOCÊ? DA IGREJA? — Dinah se exaltou e gargalhou quase caindo da cadeira em que estava, se segurando em busca de ar. — Com as merdas que você fala? Se Jesus permitir a sua entrada no céu, eu vou reivindicar os meus direitos também.  


— Mas se Ele me jogar no inferno, eu puxo as três comigo. — Lucy apontou para nós três e Ally se benzeu, enquanto Dinah se acabava de rir da baixinha.  — Por que estás calada por tanto tempo, senhorita Camila Cabello? 


— Pensando na noite que teve com a Lauren... 


— Dinah, isso já está chato. Que tal tirar essa ideia ridícula da cabeça, hein? — Perguntei exatamente na hora em que a campainha tocou e eu agradeci mentalmente por aquilo ser um motivo perfeito para escapar dali. 


— Ah, me desculpe, Chancho. Mas você me liga toda feliz depois de um baita beijão em Londres, ela te resgata no programa, mesmo depois daquele desastre que foi você cantando E VOCÊ QUER MESMO QUE EU ACREDITE QUE VOCÊS NÃO TRANSARAM? Não me conformo. 


— Vou atender a porta. — Ignorei a histeria da mulher e me levantei seguindo até a porta e abrindo-a com rapidez. 


— Ah, e se for a Laur aproveita para transarem agora que estão no mesmo time, "nenão"?!  já que você insiste em dizer que "I nim trinsin! I nim trinzin quim Liurin"  — Dinah gesticulava com a voz fina, fazendo caretas nada engraçadas, por sinal, enquanto eu apenas revirei os olhos e me voltei à ela. 


— Vai se foder, Dinah! — E dizendo isso, fechei a porta com força ouvindo as gargalhadas altas das meninas. 


Corri com pressa pelo corredor e tombei com Shawn no celular, que se desculpou e pediu pra que eu atendesse a porta, pois ele estava em uma chamada super importante que não podia ser desligada. 


Claro que eu atenderia, não precisava nem gastar a vossa saliva para me fazer esse pedido, querido namorado


Me aproximei da porta principal com cautela e observei pelo olho mágico a imagem da mulher séria e bem vestida que Lauren estava. Respirei fundo e abri a porta, me pondo para fora em tempo suficiente para não deixá-la entrar e fechei-a em seguida atrás de mim. 


— Camz, cadê o Shawn? — Perguntou com a voz suave e eu umedeci os lábios antes de me pronunciar. 


Céus, como é que se agradecia mesmo? 


— Laur, eu queria que você me ouvisse um pouquinho antes... 


— Tudo bem, desde que seja rápido. — Alisou as mãos em seu vestido preto e voltou a cruzar os braços, me encarando. — E ai...? 


— É que... bem, eu queria só agradecer por hoje. Por ter me ajudado. — Pausei um segundo pensando em como continuar — Não precisava se sentir obrigada a fazer aquilo. 


— Eu não me senti obrigada. 


— Eu sei... — Pisquei algumas vezes tentando reorganizar as minhas ideias e passei as mãos em meus cabelos que se desgrenhavam com o vento. — Espero que não seja por pena e nem pelo Shawn. 


A mulher mordeu levemente os lábios inferiores e me encarou nos olhos, antes de soltar um risinho meio sem graça. 


— Entenda uma coisa, eu sou justa. Se te escolhi, foi porque sei que você tem talento, só que cagou nele na apresentação de hoje. Enfim...

 
— É... 


— Foi uma merda. — A mulher declarou ainda me encarando e eu concordei levemente com a cabeça. 


— Eu sei. 


— Bom, e cadê o Shawn? — Lauren perguntou novamente e eu apontei para o lado de dentro, lhe dando passagem na porta e entrando logo atrás.  


O encontramos na cozinha em altos papos com as minhas amigas que quase choravam de rir do que o garoto supostamente havia contado a elas. Assim que avistou a amiga, parou imediatamente o que estava fazendo e seguiu ao seu encontro. 


— Lauren, até que enfim. — Cumprimentou a mulher e lhe deu um beijo estalado na bochecha — Aceita uma água ou... 


— Não precisa se incomodar, Peter. — Lauren sorriu amarelo — Harry está nos esperando no carro para nos levar até o local do embarque. 


— Espera, que embarque? — Me pronunciei pela primeira vez entre os dois e as minhas amigas os olharam com curiosidade. 


— Eu ainda não contei a ela. — O garoto riu e a amiga balançou negativamente a cabeça. — Estamos indo para Miami, você não queria falar com os seus pais? 


— Pessoalmente??? — Perguntei surpresa, com um sorriso largo no rosto e o garoto concordou. — E a Lauren vai por quê? 


— Porque é ela quem nos cedeu o voo, oras. 


— Pois então as minhas amigas também vao! — Respondi radiando de felicidade e o garoto deu de ombros, alegando que não havia problemas. 


— Eu queria muito ir, Chancho, mas tenho um encontro com meu pai mais tarde. Hoje ele está de folga e tenho que aproveitar enquanto ele largou um pouco aquele hospital para me dar atenção. — Dinah revirou os olhos e se despediu de todos nós com um beijo no rosto. — Não fique chateada, eu tenho mesmo que ir. 


— Não vou, China, não bse preocupe. Obrigado por hoje.


— Não há de que. — E dizendo isso, a mulher acenou mais uma vez se despedindo e saiu da casa. 


Lucy pigarreou querendo chamar a nossa atenção e então a encaramos confusos. 


— Ela não vai, mas eu quero ir com certeza! É de graça a passagem e a comida, né? 


— Lucy, deixa de ser inconveniente! — Ally sussurrou pegando nos braços da irmã e a outra reclamou baixo. — A gente agradece, mas não podemos ir não. 


— Ally... por favor! Não tem problema nenhum! Minha mãe é como se fosse a mãe de vocês tembém, poxa. Vamos comigo? — Implorei para a baixinha e Vives a sacudiu, induzindo-a a aceitar. 


— Tá bom, mas é só por que eu estou com saudades do tio Ale e da tia Sinu. E de Sofia. — Se corrigiu e eu comemorei, me enfiando entre as duas e enganchando os braços nos delas. — Vamos logo, pelo amor de Deus! — Encarei Shawn e Lauren que riram de mim e rumamos para onde Harry nos esperava. 


~  


Primeiro, eu havia me espantado com o tamanho do Chrysler de sete lugares que nos aguardava do lado de fora da minha casa e lamentei por não ter passado nem quinze minutos dentro dele, infelizmente.  Segundo, viajar naquele jatinho simplesmente magnífico havia sido uma das melhores coisas já acontecida em toda a minha humilde vida. Aquilo não era um jatinho, era mais do que uma casa 100% completa e muito mais. Eu poderia viver ali dentro a minha vida inteira e mesmo assim, jamais reclamaria dela. Só aquela mesa de jantar e aquele sofá na área da TV, eram maior do que a minha casa, sem brincadeira. 


Era brincadeira. 


Desci da aeronave, com um olhar tristonho por ter que deixá-la, e segui junto aos outros para a Land Rover que nos aguardava linda e vazia com lugar suficiente para nós seis. Eu não poderia estar mais feliz do que eu estava naquele dia. 


— A rua dos meus pais é pra lá... — Apontei para o lado oposto em que Harry havia virado e ele se virou para Lauren que o induziu para que continuasse. 


— A gente tem uma surpresa para você, amor. Relaxa. — Shawn passou as mãos em minha cabeça e eu franzi o cenho em confusão. 


— Eu não estou gostando disso. 


— Mas tenho certeza de que vai gostar, espere mais um pouco. — O garoto disse e eu bufei já de saco cheio daquela demora toda e daquele rodeio interminável para me contar o que estava acontecendo. 

LAUREN'S POV 


— Espera, Curly, acho que erramos o caminho... — Falei olhando no GPS do qual indicava o caminho certo. 


— Você é lerda pra caralho, Laur. Melhor colocar esse GPS na minha frente, porque eu sei ver o certo, e calar essa boquinha. 


— Está me chamando de burra? — Encarei o garoto que gargalhou e tomou o celular da minha mão, encaixando no espaço ao lado do volante. 


— Volta a rua e entra na primeira a esquerda, "Curly" — Shawn se pronunciou e afinou mais a voz ao dizer a última palavra. 


— Ah, cale a boca você também, Mendes. 


— Afinal, o que ele está fazendo aqui, alguém pode me dizer? — Ouvi a voz de Peter novamente e as meninas, que conversavam entre elas até então, gargalharam com a pergunta do menino. 


— Não acredito que você está com ciumes a uma hora dessas, Shawn. — Me virei para trás e o encarei com a expressão divertida no rosto.

 
— O quê? Quem, mesmo? 


— Idiota. — Ri e voltei a minha atenção para a estrada a minha frente. 


Não demoramos nem vinte minutos de estrada e já havíamos chegado em nosso destino. 


Tudo bem, com umas meia hora de atraso. 


Do carro mesmo, antes de saltar, já havia percebido a presença de Dona Sinu, de seu marido e da pequena Sofia em frente a casa nova. Camila não se conteve e se virou imediatamente para trás e acenou para a família. 


— MÃE! — A latina berrou, se livrando do sinto de segurança e desceu do carro completamente desesperada para abraçar a mãe. 


Ally e Lucy não tardaram fazer o mesmo e num piscar de olhos, já estavam chorando de emoção ao lado dos tios. 


— Laur, pelo amor de Deus, eu disse algo simples. — Mendes chamou minha atenção e eu encarei a casa com um sorriso esperto, antes de me virar para ele novamente. 


— Então... mais simples do que isso é impossível. — Falei e ouvi o garoto reclamar no banco de trás antes de sair junto à mim para que Harry pudesse manobrar o veículo. 


— Lauren! — A mulher de óculos se aproximou de mim e beijou o meu rosto com ternura, segurando-o e continuando. — Obrigado por isso, filha. 


— A senhora já me agradeceu tantas vezes. — Sorri baixinho e beijei suas bochechas. — Fiz de coração, não há de que. 


Segundos depois me afastei dela e cumprimentei a irmãzinha de Camila, que estava um tanto tímida com a minha presença, mas me parecia ser um Amorzinho de criança. 


— Lauren! Meu Deus, eu não tenho palavras pra agradecer. — Alejandro me abraçou fortemente, me tirando do chão, inclusive, e beijou a minha testa com a mesma gratidão que a mulher mantinha em seu rosto. 


— Que nada, foi um prazer. De verdade. — Sorri amarelo e suspirei, esperando que alguém, pelo amor de Deus, abrisse logo essas portas. 


Não podia negar que estava morrendo de ansiedade para ver a carinha de felicidade deles ao ver a casa por dentro, mas apenas esperei e esperaria o tempo que fosse para que eles estivesse preparar para aquilo. 


— Espera... O que estamos fazendo aqui? — Camila perguntou, parando de repente, e observou a casa inteira de fora pela primeira vez. 


— Ganhamos uma casa, Kaki. Vem morar com a gente!!! — Sofia disse, abrindo um largo sorriso e eu gargalhei com a pequena, a pegando em meus braços. 


— Eu não consigo aguentar de fofura, sabe? — Beijei a bochechinha da pequena, que sorriu com o meu ato repentino. 


— Ganharam como assim? Isso é verdade? — Os pais concordaram e a menina sorriu, derramando algumas lágrimas de felicidade. — Nossa... É linda! Foi você, não foi amor? — A garota perguntou e Shawn me olhou cúmplice, com um sorriso de agradecimento no rosto. — Obrigado, mil vezes obrigado por ter feito isso por mim. — A garota beijou o namorado e eu abaixei o olhar, antes de voltar minha atenção para Sofi em meus braços. 


— Coisa de gente rica, isso aqui... Tio Ale entrou numa boa, hein. — Lucy comentou, partindo para o lado do tio que abria o portão principal da casa, e deu alguns tapinhas de leve em seu ombro. 


Não demorou muito para que entrássemos e, a partir daí, tivemos uma imagem melhor da parte externa da casa. Realmente, era linda e eles não estava exagerando. 


Já havia visto o imóvel mais de um milhão de vezes, mas nada se comparava ao estar ao vivo, frente a frente com ela e dedicá-la a uma familia que realmente valia a pena. Meu coração se enchia de alegria a cada comentário positivo e aquilo me fez querer dar várias outras casas como essa a eles novamente, só para ouvir aqueles elogios outra vez. 


Soltei Sofia e a pequena saiu correndo pelo jardim ao lado do caminho de pedras que levava até à porta amadeirada da casa. Todas as janelas que eram compostas de vidros, mantinham uma resistência suficiente à quedas fortes e rachaduras, o que prolongava ainda mais sua duração. 


Fiquei tanto tempo observando a casa por fora, que nem havia me dado conta de que todo mundo já havia sumido, provavelmente estavam a observando inteira por dentro. 


Dei de ombros e entrei, encontrando a metade deles na sala, incluindo Shawn e Camila que observavam tudo nos mínimos detalhes. 


— Tudo isso é vontade de comer a menina? — Styles surgiu atrás de mim e eu arregalei os olhos quando o Mendes de Cabello acenaram brevemente percebendo a nossa presença. 


— Cala boca Harry, ela nem sabe. 


— Aaah, então você quer comer mesmo. Com certeza. — Sussurrou em meu ouvido antes de se afastar e continuar o seu tour pelo lugar. 


Diferente de todo mundo, eu não estava muito a fim de gastar as minhas energias andando de um lado para o outro, já que conhecia aquilo como a palma da minha mão mesmo que só a tinha visto por fotos. 


Caminhei lentamente até uma segunda porta da sala, que agora dava acesso à área da piscina, e me aproximei do pequeno gramado, sentando ali em seguida, e observei o movimento das águas com o vento. 


Cruzei minhas pernas e senti duas mãos tamparem os meus olhos de repente, me fazendo soltar um pequeno sorriso desconfiado. 


— Adivinha quem é. 


— Camz Camz. — Falei, reconhecendo a voz e a garota deu a volta, se sentando do meu lado. — Não vai conhecer o resto da casa com o pessoal? 


— Eu tenho bastante tempo pra isso ainda. — Disse a mais nova arrancando alguns matinhos ao redor de seu corpo. — Queria saber como o Shawn descobriu isso aqui. É incrível. 


— Ham... — Pensei por alguns segundos. — A mãe dele não é corretora de imóveis? Pois então... 


— Pois é. Depois tenho que me lembrar de agradecê-lá também. 


— E eu? Não vai me agradecer por hoje? — Arqueei uma das sobrancelhas e a garota gargalhou, jogando as pequenas gramas em mim. 


— Eu já agradeci lá em casa, lembra? 


— Aquilo foi antes de eu te trazer até aqui, lembra? — Perguntei no mesmo tom de voz e ela estalou a língua, divertida. 


— Muito obrigado pelo jantinho maravilhoso, Laur. Eu amei a viajem. 


Mordi o meu lábio inferior e observei a garota ainda entretida no gramado ao seu lado, como se não tivesse nada de mais importante para se fazer comigo ao lado. 


— Então me mostra. 


— Mostrar o que? 


Sem perda de tempo, a surpreendi com um beijo caloroso e repentino, fazendo com que ela relutasse de inicio, mas se rendesse ao longo que íamos nos acostumando, uma com o ritmo da outra. 


Não demorei em pedir passagem com a língua, que ela rapidamente autorizou e aproveitei a deixa para aprofundar ainda mais aquilo que já estava me viciando aos poucos, sem que eu me desse conta. Segurei o seu rosto com as duas mãos e a senti franzir o cenho, provavelmente confusa com o que estava acontecendo. 


— Camila... Laur, o que vocês estão fazendo? 


Paralisei ao me afastar imediatamente da garota. Me virei para trás, ouvindo os seus passos cada vez mais próximo de nós e fechei os olhos querendo me teletransportar para longe dali o mais rápido possível, de preferência antes que Shawn pudesse nos alcançar. 
 


Notas Finais


EEE aiiii??? Como estamos????

:)


~RGBS


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