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História The Judge - Me, my boy and his girl


Escrita por: RGBSfics

Notas do Autor


Olááááá amores nossos ♡♡♡♡♡ cansamos de nos desculpar pelos atrasos da fic, somos duas filhas da mãe msm kkkkkkkkkkkkk mas está ai mais um cap. pra nos redimir. Aproveitem viu? Agr fica bão a coisa hauahauahaua 3:)

Capítulo 20 - Me, my boy and his girl


Fanfic / Fanfiction The Judge - Me, my boy and his girl


LAUREN'S POV

 

  Eu estava tão "tanto faz" para aquele programa que já me sentia culpada. Não sei se era aquele dia, que nem havia amanhecido direito e estava completamente chato, ou se eu estava em uma daquelas épocas de "cansei dessa rotina". 

  Se fosse a uns dias atrás eu estaria surtando com aquilo tudo, mas eu já havia me desanimado totalmente. Estava exausta de tudo, confusa e sem disposição para aguentar aqueles mimimi's todos da mídia.

— O que eu queria mesmo era tirar pausa de tudo isso aqui, Aaron. — Comentei bufando, enquanto dirigia.

Havia passado lá pelas seis da manhã na casa de Aaron para que o tédio de ir sozinha até o aeroporto não me preenchesse.

— E me deixar desempregado? Não mesmo, Lord Jauregui, nem pense numa coisa dessas.

— Pois é, já estou pensando.

— O que houve com você? — Ele perguntou — Está distante desde aquela "social" na sua mansão.

— Estou? Estou nada! — Garanti. — "Social" essa que você não foi por qual motivo?

— Ah, você sabe... algumas complicações com os bebês...

— COMPLICAÇÕES COM OS BEBÊS? — Exaltei, com os olhos arregalados e ele sorriu exausto.

— Não, quer dizer... não como você está pensando. Na verdade, a complicação era com a gente mesmo, pais de primeira viagem de gêmeos é complicado. Se de um já é, você vai saber quando engravidar.

— O que?! Não, eu não pretendo.

— Não pretende ter filhos? — Perguntou e eu desviei meu olhar do dele.
Que porra de pergunta era aquela no cú da manhã, Aaron?

— Ah sim, óbvio. Qual é a mulher que não pretende ser mãe? — Sorri amarelo e ele continuou a me encarar — Mas eu prefiro que a minha parceira faça isso, entende? Acho que eu não teria paciência para enjoos, desejos, mal estar, ver minha barriga imensa, ter que cancelar compromissos e o pior: depois de nove meses ter que abrir a minha vagina para vários médicos vasculharem o que tem lá dentro.

— E qual é o problema? É uma obra divina, natural...

— Quantas e quantas vaginas eles já não devem ter visto? — Perguntei.

— Por isso mesmo, Lauren. A sua não vai ser a primeira e nem a última, por tanto eles não vão nem lembrar.

— Ah, mas na hora de bater "uma" sozinho, tenho certeza que lembram. — Retruquei naturalmente e só depois de alguns segundos a ficha do que eu tinha falado caiu, fazendo com que eu gargalhasse alto. — Não acredito que eu disse isso.

— Não acredito MESMO que você falou isso na minha presença. — Abriu a boca em choque — Cara, Lauren... Desnecessário, que merda você falou.

— Esquece isso, Aaron. Esqueci que você também é homem, que merda. — Bati no volante tentando recuperar meu fôlego e me perguntei o que diabos o meu acessor tinha na cabeça que não conseguiu rir com aquilo.

Não muito tempo depois de ter chegado, fizemos o check in na recepção, tiramos algumas dúvidas sobre o voo e sentamo-nos a espera de Shawn e sua... namorada.

Será que ela viria?

Arght, óbvio que não. Queira Deus que não.

Chequei no relógio e o mesmo apontava seis e quarenta da madrugada. Sim, madrugada por que a essa hora eu gostaria de estar com a minha bundinha para o alto e dormindo até às duas da tarde.

— O voo é às sete e meia...

— Pois é, eu já informei ao Shawn, se ele chegar um minuto atrasado eu arranco os órgãos dele com as unhas. — Fiz um gesto um pouco monstruoso com as mãos e Aaron fez uma careta feia.

— Credo Jauregui, você tá impossível hoje!

— Impossível? Tô é boazinha demais ultimamente. — Dei um sorriso convencido e balancei os pés freneticamente no chão, observando Aaron dar de ombros e ignorar meus atos.

 

CAMILA'S POV

 

— Mila? Levanta daí, vai. Não acredito que você dormiu nesse chão. — Ouvi a voz de Shawn soar levemente e abri os olhos devagar, me acostumando aos poucos com a claridade.
Ele se ajoelhou até onde eu estava e suspirou pesadamente, com uma feição preocupada e, ao mesmo tempo, arrependida.

Senti seus braços me acolherem, formando um abraço inesperado, de certa forma, e o mesmo aperto em meu peito do dia anterior pareceu ter voltado.

— Eu me sinto...

— Shh. — O garoto me interrompeu, dando um selinho em meus lábios. — Não precisa falar nada.

— Mas eu vou falar. Você tem toda razão, Shawn. Eu me sinto culpada por tudo de ruim que tem acontecido com a gente, eu fui infantil, fui idiota...

— Mila, eu disse que você era infantil no calor do momento...

— Não, não foi! — O interrompi — Você achava aquilo, eu só não esperava ter saido daquela forma. Enfim, eu não quero parecer uma vitimazinha, eu só... sou muito frágil para enfrentar certas situações e isso dos meus pais tem me deixado um pouco perturbada, de certo modo.

— Eu te entendo. De verdade. E vamos dar um jeito nisso juntos, ok? — Perguntou entrelaçando nossas mãos.

— Ok. — Tentei um sorrisinho e ele me acompanhou, me ajudando a levantar daquele chão gelado.

Depois de horas sendo convencida de que ir àquela viagem seria um momento perfeito para acalmar os meus nervos, separei algumas mudas de roupa e joguei de qualquer jeito na mala, nem um pouco a fim de organizar tudo. Na verdade, uma já estava até pronta, então nem tive muito o que me preocupar com roupas.

Depois de tomar um banho rápido e fazer minha higiene matinal, coloquei uma calça jeans justa e clarinha, que contornava bem as minhas curvas, e um cropped de crochê que eu havia ganhado da tia Susan.
Que saudade da minha família. Até da chatona da minha tia Susan.

— Já podemos ir amor? — Shawn perguntou com uma das sobrancelhas arqueadas e eu dei um pulinho para trás, despertando dos meus pensamentos.

— Claro, eu vou só... — prendi os meus cabelos em um coque firme no topo da cabeça e passei um batom vermelho nos lábios antes de sorrir fraco. — Agora sim.

 

~

 

— Até que enfim seus putos!!!

A mulher correu em direção ao Shawn, que a girou nos braços com um beijo demorado em sua bochecha. Arght, que ceninha ridicula. A falsiane e o babão boca aberta.

— Tudo bem, Camz? — Me cumprimentou com dois beijos no rosto, mas eu nem fiz questão de lhe responder. Seria um pouco demais.

Fizemos hora ali até entrarmos no avião com destino à Londres. Pelo que eu já havia visto por imagens e ouvido falar, era uma cidade bastante bonita e um tanto quanto "chique". As pessoas me pareciam muito formais, mais até do que os americanos e os seus costumes, como o de tomar chá no fim da tarde, me causava um certo interesse em saber se aquilo era mesmo verdade, ou conversa de pescador.

Para falar a verdade, nunca fui de confiar muito no que as pessoas diziam. Eu preferia ir e ver as coisas com os meus próprios olhos e, para a minha surpresa, não precisei ficar rica para realizar tal desejo.

— Você está nervosa? — Shawn perguntou-me com as mãos grudadas as minhas, soando frio.

— Eu não tenho medo de avião amor, já você... — Arqueei as sobrancelhas e gargalhei, pondo sua cabeça em meu ombro.

— Não, eu não tenho. Tenho medo da altura, é diferente.

— Não é não.

— Claro que é. — Insistiu e eu estalei a lingua, ignorando aquela conversinha chata. — Eu te amo.

— Eu também... — Olhei para o banco ao lado e Lauren encarava-nos com uma cara de merda, revirando os olhos. — Te amo.

A garota levantou-se e seguiu para o fundo do avião, o que me fez dar um sorrisinho malicioso. Eu amava vê-la incomodada com aquilo. Amava ver o desgosto em seu olhar toda vez que eu reagia a uma demonstração de carinho do seu amigo. Gostava de deixar bem claro em atos que ele tinha o que ela queria.

 

LAUREN'S POV

 

Quero sim. Quero que ela se foda.

Se tinha uma coisa que eu mais odiava em uma garota era cinismo. Ela era... sonsa. Essa era a palavra. Shawn não sabia com quem ele estava lidando. Do jeito que aquela garota o engana, já deve ter metido uns 500 chifres na cabeça dele e ele não deve nem ter se dado conta daquilo.
Peguei pesado.

Ok, talvez ela não tivesse metido um par de gaia na testa do meu amigo, mas se ela amava fazê-lo de trouxa, ah isso amava.

Enchi um copo de água e bebi de uma vez só — também não sei o por que, então nem me perguntem — formulando, ou melhor, tramando, alguma coisa que alegrasse aquele voo entediante. Talvez se eu me divertisse um pouco com a cara da Camilinha, eu conseguiria ficar pelo menos alguns milímetros satisfeita.

Joguei o copo no lixo ao lado do bebedouro e voltei para o lugar onde eu estava, só que dessa vez me sentando em um banco mais próximo ao casalzinho feliz.

— Ham... tudo bem por aqui? — Perguntei, percebendo a intrusa inconveniente que eu estava sendo.

Era essa a intenção mesmo!

— Estamos ótimos, nunca estivemos melhor! — Camila disse se afastando dos braços do namorado e se sentando ereta em seu banco.

— Camila, não fale assim com a Laur! — Shawn se aproximou da namorada, depositando um beijo em sua bochecha.

— É... — Estalei a lingua pensando em algum jeito de começar aquilo. — Já lhes informaram do procedimento que deve ser feito quando o avião está prestes a... cair? — Perguntei observando o meu amigo engolir em seco e a garota ao lado sorrindo irônica.

— Como é que é?

— É, ué. — encarei-os. — Vocês devem ficar desse jeito assim, olha... — abaixei minha cabeça e abracei meus joelhos — Manter suas cabeças para baixo e abraçar para o impacto.

— Vem cá, você não tem o que fazer? Que brincadeira de mal gosto é essa que eu não estou entendendo? Que palhaçada! — A menor revirou os olhos, se levantou da poltrona e meus olhos acompanharam inocentemente o seu rebolado até o banheiro da aeronave.

I-NO-CEN-TE-MEN-TE.

Dei de ombros e voltei a me sentar normalmente no banco. Ela não sabia brincar. Garota mais sem humor, meu Deus.

Mas não! Eu precisava formular outro jeito de conseguir enganá-los e fazer parecer que o avião iria cair a qualquer momento. Queria ver o pavor estampado no olhar dos dois, eu precisava me divertir com alguma coisa, PRECISAVA TROLAR ALGUÉM OU ENTÃO MORRERIA EM UM TÉDIO PROFUNDO.

— Já voltou, meu amor? — Shawn perguntou para a garota que voltava a se sentar em seu lugar.

— Sim, fui apenas lavar o rosto, nada demais. — A latina me olhou de soslaio e eu sorri malévola, como alguem que estava prestes a cometer um ato inteligente.

Durante os vinte minutos que se passaram naquela mesma lenga-lenga nojenta dos dois, resolvi colocar meu novo plano em ação e atacar. Okay, não planejava explodir a casa branca e nem nada do tipo, mas naquele momento era como se fosse. Iria ser épico. Não tinha como falhar desta vez.

— Vocês sentiram esse solavanco? — Perguntei com o dedo indicador para cima.

— Outra vez não! — Camila disse revirando os olhos.

— Que solavanco? Eu também senti! — Shawn perguntou com o medo nascendo em sua face e isso já era o sinal suficiente para que eu continuasse.

Caozeiro. Olha o que o medo fazia com o psicologico da criança...

— Isso não é normal. Se o avião cair...

— O avião pode cair com isso? — O garoto me interrompeu, olhando da namorada para mim.

— Amor, isso é mentira, não está vendo que ela está de b...

— OUTRO! Sentiram? — Perguntei novamente e Aaron me olhou cúmplice, finalmente entrando na brincadeira.

— Gente, isso é serio. Se protejam do jeito que a Laur mostrou! — O acessor disse abraçando os joelhos e Shawn rapidamente copiou o ato, rezando silenciosamente com os olhos fechado.

— Lauren, se você estiver zoando, quem vai se espatifar lá embaixo é você porque eu mesma vou te chutar daqui...

— Camila quer calar essa boca e fazer o que eu mandei?! — desviei meus olhos dela para o chão e percebi que ela iria falar algo protestando, mas desistiu em seguida.

— Espera, o que você está fazendo? — Aaron sussurrou ao meu lado.

— Trollando os dois, não deu pra perceber? — Sussurrei de volta ainda com a cabeça baixa.
O homem estreitou os olhos e balançou a cabeça negativamente.

— Ah não Laur, isso não se faz. O Shawn está cheio de medo... não, não se faz uma coisa des...

— Você está igualzinho o viado do Harry. — Revirei os olhos e bufei baixo.

— Mas isso é coisa séria! — O acessor abaixou sua cabeça, para que pudéssemos dialogar melhor.

— É só uma zoeirinha besta com os amigos. Ah, vá se ferrar Aaron, pior que o Styles... — Virei para o outro lado e ele me deu um esbarrão para que eu me voltasse à ele.

— Isso vai sobrar pra mim!

— Mais cagão do que você é só o Shawn com medo dessa porra aqui cair, misericórdia. — Revirei os olhos impaciente.

— Laur, você está bem? — Shawn perguntou com um olhar piedoso.

— Não, besta! O avião, este avião aquiiiii está prestes a cair lá embaixo... — bati uma mão na outra, gesticulando a queda do avião — e você pergunta se eu estou bem?

— O AVIÃO VAI CAIR? — Mendes deu um grito parecendo finalmente entender o que estava acontecendo, o que me fez dar um pulinho de susto no banco.

— Shawn, amor fica calmo... — A menor abraçava o namorado, que com os olhos marejados, sussurrava algumas coisas inaudíveis, como se estivesse rezando.

— EU QUERO SAIR DAQUI LAUR, ME TIRA DAQUI PORRA... PUTA QUE PARIU EU VOU MORRER MANO, EU VOU... — Meu amigo se levantou e começou a andar de um lado para o outro em desespero.

Reprimi uma gargalhada e me mantive abraçada aos meus joelhos, como se a aeronave estivesse realmente prestes a cair.

— MOTORISTA!!!

— Amor, faz o que a Laur está mandando, por favor. Não adianta chamar ninguém. — Camila se sacudia de um lado para o outro na poltrona, como se algo estivesse realmente a incomodando.

De repente Aaron começou a se debater, como se estivesse tendo uma convulsão e revirou os olhos de uma forma extremamente preocupante.

— O Aaron está passando mal, a gente precisa fazer alguma coisa! — Exclamei falsamente, observando Camila correr para o fundo do avião e voltar com um copo nas mãos.

Deus, como eu queria rir daquilo e estava morrendo por não poder.

— EU QUERO SAIR DAQUI! —Ouvimos um grito de Shawn que estava sentado em um dos bancos, abraçando os joelhos. — Pai nosso que estás no céu...

— Laur o que a gente faz agora? — Camila me perguntou, como se nunca tivesse uma rixa comigo antes, fungando o nariz, segurando a cabeça de Aaron em seu colo.

— Fazemos igual ao Shawn. Rezamos para sairmos vivos dessa, o que é bem impossível, se é que me entende. — Segurei uma das mãos do meu acessor e fingi um choro silencioso. — Quando um avião cai, a possibilidade de alguém escapar da morte é minima...

— O q-que? Lauren, não quero morrer... — A latina disse com as suas mãos grudadas nas minhas e com o rosto encharcado de tanto que chorava. — A minha família...

Senti as mãos de Aaron sendo tirada das minha e logo abri os olhos, limpando as lagrimas que eu finalmente havia conseguido arrancar para aquela encenação toda.

— Olha Lauren, eu cansei viu. Olha o estado dos bichinhos, isso não se faz. — O homem se sentou em sua poltrona de antes e apertou o cinto se segurança, enquanto Camila me olhava sem entender e Shawn continuava rezando de cabeça baixa.

— Caralho Aaron, você é muito frouxo mesmo. — Revirei os olhos e arranquei minhas mãos das de Camila com uma certa brutalidade — Não sabe nem fazer a encenação direito. Ficou tudo uma bosta.

— Você queria que eu fizesse o que? — O homem perguntou, estalando a língua.

— A única cena que valeu a pena foi o desespero do Shawn tentando chamar o "motorista" — Me joguei para trás e gargalhei, sendo seguida pelo meu acessor que não se aguentou e riu junto.

— MAS QUE PORRA É ESSA??? — Camila se exaltou e eu engoli em seco devido ao pequeno susto. — QUE SACANAGEM. É. ESSA ?

— O avião não vai cair?

— MAS É OBVIO QUE NÃO, SHAWN. O QUE EU TE DISSE SOBRE A SUA AMIGUINHA ESTAR DE PALHAÇADA COM A NOSSA CARA...

— Calma mulher... — Interrompi Cabello, com as mãos levantadas em rendimento.

— CALMA? DEPOIS DISSO VOCÊ ME PEDE CALMA, SUA FILHA DE UMA PUTA?

—Você não xinga a minha mãe. — Falei séria, mas me divertindo com aquilo tudo.

— Camila, calma menina, quer um copo d'água? — Aaron se aproximou da menina com um copo de plástico nas mãos.

— SABE O QUE EU FAÇO COM ISSO? — Pegou o copo das mãos do homem e jogou todo o conteúdo dele na minha cara. — E SE EU QUISER EU XINGO ATÉ A SUA DÉCIMA QUINTA GERAÇÃO, SUA IMBECIL DE MERDA!

— Shawn, você não vai fazer nada? — Aaron perguntou e eu automaticamente olhei para o garoto que se segurava estático em uma poltrona.

— E-eu não sei se fico assustado com essa história do avião cair ou... com isso...

— Segura a sua namorada, Shawn! — O acessor gritou enquanto segurava os braços da latina para que ela não avançasse em mim.

— QUANTOS AQUI ESTAVAM DE CUMPLICIDADE COM ELA PARA ME FAZER DE BESTA? SHAWN! — A garota o fuzilou, completamente descontrolada.

— Eu não tenho nada a ver com isso. Fiquei realmente assustado, mas já passou Mila, pelo amor de Deus!

— Já passou? — A garota riu irônica — Ela fez uma sacanagem contigo, Mendes. Ela sabe que você tem medo...

— Eu sei, vamos esquecer isso? Eu já estou bem, viu? — Sorriu para a mesma que ignorou o ato.

Eu? Eu estava quieta, me divertindo ainda mais com cada novo ataque da garota.

— Você é calmo demais, lento demais e isso me irrita! Puta que pariu, eu quero destruir a cara dessa desgraçada...

— Opa, eu ouvi isso heim! — Gritei para provocar.

— VAI TOMAR NO TEU CU!

— Shh Camila, deixa pra lá! — Shawn sentou-se novamente no banco ao lado de Camila. — Laur, dá um tempo?

— Mas eu não fiz nada...

— Por favor! — O garoto pediu novamente e eu dei de ombros, voltando minha atenção à Aaron.

— Eu sabia que isso não iria dar certo!

— Frouxo! — Revirei os olhos — Sobrou pra você? Não. Então fica quieto.

O homem franziu o cenho e resolveu se calar para poupar um diálogo maior comigo. Essas pessoas têm que entender que foi uma brincadeirinha. Uma trollagenzinha, não precisava desse show todo. Até porque a única quem manja de show sou eu, parece que nunca brincaram na vida.

Isso aqui estava um tédio. Eles ainda tinham que me agradecer por ter arranjado um jeito de divertir essa droga que estava mais quieta do que cemitério abandonado.
Não, não vou pedir desculpas.

 

CAMILA'S POV

 

Não demorou muito para embarcarmos no aeroporto de Londres, até porque quando aquela imbecil, cujo nome não quero pronunciar, fez aquela brincadeirinha tão imbecil quanto ela, já estávamos praticamente pousando. Pela graça divina.

Não precisamos nos preocupar com as malas, já que foi nos informado de que elas seriam entregues em nosso quarto de hotel. Ser rica e famosa tinha lá suas vantagens. Dei de ombros com tal pensamento e cruzei minhas mãos na do meu namorado.

— Vocês vão andando na frente e entrem na van, eu vou ficar para trás para desviar a atenção e não ser vista com Camila, ok? — Lauren explicou.

— Não entendi...

— Não precisa entender nada, vamos embora logo! — Interrompi Shawn e o puxei para longe dali o mais rápido possível.

Já longe da garota, observamos a legião de fãs que se formavam ao redor da mulher com cartazes e celulares nas mãos, gritando seu nome. Não era possível como essas pessoas não dormiam.

De repente, vários homens surgiram de diversos lados para fazer a segurança da cantora, que parecia bem acostumada com a ocasião e bem preparada para aqueles tipos de "ataques" repentinos.

Entramos no veículo e permanecemos lá a espera da mulher e de seu produtor, que ainda tentavam se desvencilhar dos fãs. Olhei para o lado e Shawn sorria abobalhado, como quem dissesse: "Essa é a minha garota, hehe". Hehe um soco na sua fuça e na dela, seu ridículo!

Revirei os olhos quando os dois abriram a porta da van e a garota praticamente se jogou em cima do banco, como se estivesse muito exausta.

— Nossa, Laur, como você consegue lidar com isso tudo sempre que põe os pés na rua? Coisa de louco. — Shawn se pronunciou e a garota sorriu de lado.

— A gente acostuma, Peter.

— Eu não conseguiria. — O garoto concluiu.

Como ele conseguia agir daquela forma? Calmo? Zen? Depois de ter vivido um terror dentro de um avião? Ele poderia ser um tremendo babaca de deixar isso barato, mas eu não.

— Vai se foder sua metida falsa! — "Voei" para o banco onde ela estava, ainda jogada, e fechei minhas duas mãos em seu pescoço. — Age como se nada estivesse acontecido.

— Você ficou louca? Me solta... — Disse enquanto tentava se defender.

— Camila...

— Shawn me solta! — Tentei puxar meu braço de suas mãos — Você não sabe o ódio que eu estou sentindo daquela cena toda, você não tem noção garota! Você é sonsa, vou te jogar pra fora dessa van em movimento...

— Solta ela Camila, eu também tive culpa... — Aaron se culpou. Será que ninguém entendia que a minha raiva era única e exclusivamente de Lauren?

— Mas foi ela a cabeça dessa armação, essa vagabunda! — Larguei a garota em minha frente e encarei meu namorado — Ela faz isso contigo porque sabe que você é um bobo de deixar, mas comigo ela não tem vez! Eu tento ser tranquila, mas as pessoas abusam da minha boa vont...

— Camila, que saco! Você poderia tornar essa viagem um pouco mais agradável, mas tudo o que você sabe fazer é avançar na Lauren! O que você tem contra ela, me diz de uma vez por todas? — Mendes alterou a voz e eu engoli em seco.

— É ela! Esse ar dela me irrita. E essa sua lerdeza também! — Bufei na intenção de colocar toda aquela raiva para fora.

— Acabou! Não quero mais saber disso! — Exclamou e ouvi uma risadinha nasalada de Jauregui, que parecia se divertir com aquela situação toda, mas ainda sim resolvi me manter calada.

— Depois vem a parte em que ela diz: "Ou a Lauren, ou eu". Bem a cara infantilzona dela...

— Lauren, a ordem vale para você também! — O garoto voltou a falar.

— Não está mais aqui quem falou.

 

~

 

Fizemos nosso check in no Hotel, antes de subir para os quartos e em todo momento eu evitava Lauren. Não que ela fizesse questão de falar comigo depois de toda aquela confusão, mas eu precisava me manter meus nervos em ordem. Mesmo que eu quisesse avançar nela ali, no meio de toda a recepção, eu estava cercada por Aaron e Shawn que em momento algum desgrudaram seus olhos de mim.

O que foi? Eu não sou nenhuma criança mais! Tá que eu estava agindo como uma, mas... foda-se. Esse era o jeito que eu encontrava para desestressar.

— As malas já estão todas aqui, Mila. Não sei onde eu enfiei o meu relógio, vou checar lá embaixo na van, acho que perdi no meio da confusão... — O garoto coçou a nuca — me espere aqui. Ouviu?

— Essas malas não são nossas...

— Ok, deixe-as ai, depois eu dou uma olhada. — Se dirigiu até a porta do quarto e a abriu prestes a sair — Já volto. — E dizendo isso, fechou-a com um baque.

Eu queria tomar o meu banho naquele exato momento e tudo o que ele fez foi me mandar esperar? Não mesmo, eu tinha coisas pessoais em minha bolsa, tinha o meu notebook para falar com a mamãe, tinha os meus pertences importantes e como eu iria esperar com a dúvida de que a minha mala tinha realmente sido entregue naquele hotel?

Me aproximei de uma que estava em pé no centro e procurei em alguma parte dela, algo que revelasse o seu dono. Logo um nome me chamou atenção em uma etiqueta pendurada, que formava "Jauregui" em letras grandes e grifadas.

Alguém com certeza tinha feito aquilo de proposito! Claro que tinham feito, queriam vé-la morta por mim, não era possível! Mas não! Eu não queria outra discussão. Não queria bancar a infantil novamente e ir lá procurá-lá em seu quarto por causa de uma bagagem.

Cruzei os braços na altura dos meus seios e encarei a bolsa de pé a minha frente. Roí o resto de unha do meu dedo mindinho e, como se tivesse um diabinho em meu ombro esquerdo me incentivando, resolvi que iria bater em seu quarto e avisar que as malas estavam trocadas. Mas para a alegria de toda nação, também havia um anjinho em meu ombro direito dizendo que essa seria uma péssima ideia a ser concluída e que era melhor eu manter a minha bundinha sentada na cama.

Ah foda-se, eu vou!

Era a minha mala que estava lá com ela! Eu tinha o direito de ir buscar.

Caminhei lentamente até a porta e a abri com uma certa dificuldade, arrastando aquele peso de mala atrás de mim. O que ela carregava ali dentro? Aposto que tinha roupas para um ano inteiro de viajem.

Dei três leves batidinhas na porta e chamei pelo seu nome, o que foi em vão, óbvio. Quem iria querer atender uma louca que queria de qualquer jeito a sua morte?

Dei de ombros e empurrei a porta, rezando para que a mesma estivesse aberta, por mais que eu soubesse que obviamente estaria fechada, mas não. Para a minha surpresa, estava aberta e eu iria entrar e ninguém iria me impedir.

Era só pegar a minha bolsa, por a dela no lugar e voltar para o meu quarto. Simples. Fácil. Só isso! Moleza.

Puxei a dela ainda com dificuldade para dentro do quarto e antes que eu pudesse fazer a troca, a mulher me sai sem blusa de sua suite, secando os cabelos com a toalha em uma das mãos.

Quando eu digo "sem blusa", me refiro ao "sem sutiã" também. Ela estava sem nada. Ela estava com a parte de cima totalmente nua e eu não conseguia parar de olhar aquela porra! Fuck!

Um sorriso sacana se formou em seus lábios, me fazendo engolir em seco e xingar aquele caralho de diabinho que havia me induzido até ali. E cadê o filho da puta para me ajudar agora?

— O que foi? Ta boa a vista? — A mulher perguntou parada de frente a mim e só o que eu 
conseguia fazer era... Eu não conseguia fazer nada.

Droga, eu queria correr o mais depressa dali. 


Notas Finais


Eee aiiiiii?? comoo estamooooos???



:)



~RGBS


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