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História The Kids Are Alright - AU Drarry mpreg - The "Quiet" Day


Escrita por: nyymeria

Notas do Autor


Boa leitura, mores :)

Capítulo 3 - The "Quiet" Day


Suas crianças estavam acordadas, Harry sabia pelo barulho recorrente nas escadas seguido da tv sendo ligada e de James reclamando com Lily para não incomodar Albus. Um barulhinho como se fosse uma sirene apitou acima de sua cabeça, todos os pais tinham isso. Era um sétimo sentido que complementava o sexto. Se Albus precisava não ser incomodado algo de errado naquela casa estava acontecendo.  

Harry abriu os olhos, tudo borrado, sua mão tentou alcançar os óculos do outro lado da cama, porém seus dedos tocaram em algo fofo e... Cabeludo. 

- Meu Deus do céu, Teddy! Como você foi parar aí?!  

O adolescente se virou sonolento, sorrindo para o padrinho, o agarrando pelo pescoço em um abraço.  

- Vovó me odeia... Só você me ama, Papa, só você. - Disse com a voz arrastada, quando ele sempre fazia desde de criança. Se o drama precisasse de um nome, com certeza seria Teddy Lupin.  

- O que você aprontou dessa vez? - Harry bocejou, empurrando o afilhado contra o colchão novamente.  

O moreno esperou o garoto dizer, mas ele apenas se escondeu debaixo das cobertas. Estava claro que algo tinha acontecido porque era sempre dessa maneira. Teddy era um pouco rebelde, sempre se metendo alguma confusão deixando sua avó louca. No início todos pensavam que era pelo passado. A mãe do garoto, faleceu no seu nascimento, ele foi criado pelo pai e pelo padrinho de Harry, Sirius, até os 10 anos quando os dois resolveram viajar o mundo com uma mochila nas costas e Teddy não quis acompanhar, ficando então com a sua avó materna Andrômeda. Que por sinal, é também tia de Draco. Suas famílias, assim como seus sentimentos sempre estiveram ligados.   

Quando Teddy nasceu, Remus deu a ele a dádiva e a maldição de ser padrinho do seu filho. O que dava carta branca para o garoto fugir para perto do mais velho todas as vezes que entrava em confusão.  

- Não venha com Papa pra cima de mim, Teddy. O que você fez? - Insistiu.  

- Eu só fiz uma festinha... - Respondeu, os dedos mexendo na barra do edredom.  

Harry abriu a boca para descobrir mais sobre o que havia acontecido e foi interrompido por Albus entrando no quarto, tossindo, a mão massageando o peito levemente. James veio logo atrás com Lily em seu habitual pijama de unicórnio. Harry pensou que já estava na hora de abrir as caixas com as roupas "normais" de sua filha caçula.  

- Não me sinto bem... - Resmungou Albus.  

- Tem algo de importante no colégio hoje? - Perguntou, pousando a mão em sua testa procurando algum sinal de febre. Nenhum.  

Albus balançou a cabeça novamente, respirando fundo, talvez ele tenha aproveitado a sua condição para fingir crises e escapar do colégio. Uma ou duas vezes, talvez quase toda semana. Por isso era normal ele passar pela inspeção Potter antes de escutar que ele ficaria em casa.  

James que estava sentado, grudado, ao lado de Teddy enquanto colocava os cachos ruivos da irmã tentando inventar um penteado que não fosse rabo de cavalo, mas os fios grossos de lily não ajudavam na pouca criatividade do seu irmão.  

- Ele dormiu a noite inteira com a janela aberta. - Disse distraidamente, amarrando os fios da mais nova, que pulou com o grito de Albus que veio em seguida.  

- Cala a boca, James! Será que você não consegue ficar uma vez sem ser fofoqueiro?!  

- Me respeita, eu sou o irmão mais velho! - Gritou de volta. 

- Eu te detesto, você tem que ser adotado. Você não pode ser dessa família! - Respirou com chiado. 

James fez uma careta e seu irmão do meio tentou batê-lo com a mão, mas foi segurado por seu pai que pensava o que ele havia merecido para aguentar dois filhos de personalidades tão fortes. 

- CHEGA! James por favor se arruma e ajuda a sua irmã a se vestir para irem para escola. - Suspirou coçando os olhos, se lembrando que ainda não havia achado os óculos.  

- Escola? Pai, já são dez horas da manhã. - Riu James. 

Harry encarou o filho que agora segurava os lábios juntos, com cara de culpado.  

- Você quem disse que não era preciso usarmos despertador, porque sempre vai nos acordar na hora certa. - Se apressou em dizer, imitando a voz no final da frase. 

- E desde quando você escuta o que eu digo James Sirius? - O encarou com os olhos diminuídos enquanto seu filho deu de ombros. - Bom, todos vocês sabem como o dia silencioso funciona. Eu tenho que trabalhar, Albus de descanso, os outros três estão convidados a ficarem fora da casa, ou em silêncio aqui dentro.  

- Por isso que se chama dia silencioso? - Perguntou Teddy, a cabeça enterrada no travesseiro.  

James e Albus reviraram os olhos, deixando quarto, Teddy escorregou para fora do colchão, caindo para o chão e se arrastando até próximo a porta antes de se levantar nos dois pés e acompanhar os primos. Drama boy, como só ele consegue ser.  

Só sobraram Harry e Lily.  

- Acho que eu preciso de alguns beijos mágicos da fadinha Lils. - Disse em beicinho. 

A pequena se apressou em pular em cima de seu pai, pousando seguidos beijos molhados por todo seu rosto, o fazendo rir. Lily era a melhor em beijos e abraços de toda a casa, e a única que conseguia fazer papai desmanchar a cara de bravo.  

- Conhece as regras, certo? Albus precisa de paz e silêncio para melhorar, consegue ser boazinha hoje?  

- Sim!! - Gritou com os braços para o alto.  

-x- 

Lily amava Albus, do sol até a terra e um pouco mais além, por isso ela daria o seu melhor para se comportar e seguir as regras. Albie precisava da atenção do seu pai, o que ele faria muito bem porque sabia que ele faria o bichinho que machuca o peito do seu irmão ir embora. Ele podia fazer qualquer coisa, afinal.  

De início, Lily tentou ajudar um pouco. Deu comida para as suas amigas galinhas junto com Teddy, porque papai disse que se eles fossem ficar em casa teriam que fazer as tarefas. Depois tentou colocar o ne-boo-rizador na boca de Albus, mas papai explicou que não era a hora ainda, ao invés disso o maior injetou na boca do irmão uma seringa de plástico cheia de um liquido laranja. Parecia muito gostoso, por isso Lily ficou confusa quando Albie reclamou e fez careta com a substância.  

Lily deu o seu melhor para brincar em silêncio. Ela brincou com os dinossauros, com a casa de bonecas, fez o almoço de seu pai com Play-Dooh, que ele não comeu de verdade, mas seu pai era muito bom em brincar de faz-de-conta. Ele ainda elogiou Lily por estar sendo tão boazinha e se comportando. A garotinha estava pegando o jeito da coisa.  

Durante o dia, Harry se aconchegou com Albus no sofá, digitando coisas no computador ou apenas o abraçando para que se sentisse melhor. Infelizmente Lily começou  se sentir inquieta, ela queria estar lá fora com James e Teddy, mas seu irmão mais velho disse que ele tinha coisas de garotos grandes para fazer com o primo e Lily não podia estar junto. 

Por um tempo, a garota ficou entretida quando Harry se sentou no chão com ela para lerem um de seus livros enquanto Albus dormia e a TV precisava estar desligada. Lily repetiu os números, apontou as cores e imitou todos os sons que os animais da fazenda faziam. Mas então o bichinho de Albus o machucou de novo e Harry precisou ajudá-lo.  

Enquanto isso, Lily foi deixada para se entreter sozinha. Então ela se esgueirou até a janela e viu seu irmão deitado na grama junto com Teddy, estava sol e os dois estavam rindo e conversando, talvez sua boneca Pérola fosse gostar de no calor também, pensou. 

- Pai? Posso brincar lá fora? - Pediu, já segurando a boneca de cabelos pintados com canetinha. Foi um ótimo trabalho, Lily mesmo que fez.  

 Harry que estava ajudando Albus com o nebulizador, o garoto havia piorado um pouco, talvez sem Lily pela casa ele conseguiria descansar melhor. Odiaria ter que correr com o filho para o hospital, uma vez que era muito longe de onde eles estavam e não tinha ninguém para olhar os outros menores.  

Havia Teddy, mas era capaz dele armar um rodeio quando ele estivesse de volta. 

Então concordou que Lily fosse brincar lá fora, enquanto ele deixava Albus no quarto dormindo e faria coisas aleatórias da casa.  

Uma vez do lado de fora, Lily avistou Scorpius arrastando sua mochila e correu para cumprimentá-lo. Ela amava o garoto porque ele era amigo Albie e assim o irmão não ficava brigando por causa da tv ou dos brinquedos. Alem do mais, hoje Albus precisava de distração por causa do bichinho no peito e Scorp era a distração perfeita! 

- Hey Lily! - As bochechas do garoto subiram com o sorriso 

- Vem! - Respondeu sem deixar que o garoto terminasse de falar - Albie está dodói e papai precisa de ajuda, só você consegue.  

Scorpius se deixou arrastar pela pequena até a porta, onde foi largado lá sozinho enquanto a outra voltava para o quintal. Ele se sentiu nervoso, porque não havia ninguém nos cômodos daquele andar e além do mais, ele nem havia avisado seu pai que tinha chegado da escola, muito menos que ficaria com os Potter até hora do jantar. O barulho de passos nas escadas fez o garoto se encolher um pouco.  

- Oh, oi Scorpius. - Cumprimentou Harry docemente.  

- Olá, Sr. Potter. - Respondeu tímido, as bochechas coradas. Harry pensou se Draco apertava ou mordia aquelas bochechas fofas, porque se Scorpius fosse filho dele, claramente aquilo aconteceria todos os dias. - Ham... Vim falar com o Albus. 

- Albus não está se sentindo bem hoje, então não posso deixá-lo brincar lá fora. - Mordeu o lábio com a face imediatamente caída de Scorpius. - Mas você pode ficar com ele lá em cima, se quiser, ele está acordado agora.  

O rosto de Scorpius se iluminou, concordando com a cabeça seguidas vezes. Ele deixou que Harry guardasse sua mochila e lhe servisse um copo d'água, pois estava fazendo realmente calor lá fora. Quando ele estava subindo as escadas, se lembrou em pedir: 

- Pode avisar meu pai que estou aqui, por favor?  

- C-Claro, eu aviso sim. - Harry disse nervoso, imediatamente pensando em como começar uma conversa com Draco sem parecer um imbecil como da última vez. 

Mas vamos lá, ele só precisava pegar o telefone e ligar para o numero que Scorpius deu. Avisar que o garotinho estava lá e que Harry o levaria mais tarde, não que tivesse muito perigo nos poucos metros até a casa dos Malfoy. Era simples. Harry decidiu que responderia mais alguns e-mails e em vinte minutos faria a ligação.  

Do lado de fora, Lily estava cansada de assistir Teddy e James escutando aquelas musicas chatas, nenhum dos dois queria brincar de boneca, nem de corda, nem de esconde-esconde, muito menos ajudá-la a subir no cavalo para uma caminhada. A garotinha arrastou sua boneca até a porta de casa, deu uma pequena espiada em seu pai que lia concentrando, mordendo o mindinho, em seguida encarou James mexendo nos cabelos coloridos de Teddy e deu de ombros, se ela não tinha companhia iria se divertir sozinha. Seus pequenos pés tomaram o caminho terreno abaixo, onde estavam os animais da fazenda. A boneca caiu no chão assim que Lily viu os mini-porcos no chiqueiro. Ela já sabia o que ia fazer! 

Perto dali, do outro lado da cerca, Draco estava ligando para todos os números possíveis do seu celular, o coração na boca. Scorpius estava mais do que atrasado, ele deveria estar em casa há 3 horas atrás e já estava escurecendo. Na escola haviam dito que ele entrou no ônibus e foi embora no horário correto, o garoto não fazia nenhuma atividade extracurricular, era estranho ele não estar em casa.  

O seu dedo parou no nome de Astoria, não seria possível seria? Se houvesse algo de errado, ele seria o primeiro a ser contatado, não a mãe de Scorpius, além do mais, ela morava a quilômetros dali, o que riscava a possibilidade do filho ter ido atrás dela. Onde Scorp teria ido, afinal? No auge da sua preocupação, Draco pensou em chamar a policia, foi quando as luzes da casa vizinhas o fizeram ter um estalo.  

Ele respirou aliviado com o pensamento de que se filho pudesse estar naquele cômodo.  

O loiro pulou a cerca e atravessou o quintal da casa do Potter, pensando em tocar a campainha mas a porta estava aberta e do que saia dela fez Draco pensar que estava em meio ao um pandemônio.  

Harry jurava que sua cabeça iria explodir em pouco minutos ou então que James o faria ter um ataque cardíaco com aquela discussão. Tudo começou com a ligação de Andrômeda, pedindo para que o rapaz levasse Teddy de volta para casa, quando o filho mais velho ficou sabendo da noticia teve praticamente um surto, porque ele e o afilhado de Harry haviam planejado coisas para a noite inteira.  

Em meio a tudo isso Lily havia ficado sem nenhum tipo de supervisão, entrando no chiqueiro e se cobrindo de lama. E acredite, ela tentou se limpar antes que seu pai visse a situação, mas infelizmente ao invés de abrir a torneira, fechou o registro que abastece a casa.  

- Você deveria estar olhando a sua irmã! - Harry gritou irritado.  

- Eu não tenho obrigação alguma de cuidar dela, pai! Ela é sua filha! - James apontou o dedo para o pai nervoso. Não era justo toda a responsabilidade cair em suas costas. 

- Preciso da sua ajuda, seu irmão está doente! 

- Albus está sempre doente e essa garota é uma peste! - Esbravejou. 

- Não importa qual são as condições ou personalidade, eles são os seus irmãos, eu preciso de você, James! - Harry tentou, mas seu filho mais velho era um poço de teimosia sem tamanho. 

- Harry... Eu posso te ajudar, até a hora de ir embora. - Teddy estava se sentindo culpado, ele deveria ter deixado para se gabar de sua vida agitada para encantar James depois, porque seu padrinho precisava de ajuda. A veia em sua testa estava saltada e ele já estava perdendo a voz de nervoso por causa de James, por causa dele mesmo. 

- Não. Você vai pegar as suas coisas enquanto eu arrumo um jeito para que você volte para casa. Agora, Teddy. - O rapaz correu para cima, ele não ousava em desobedecer uma ordem de seu padrinho naquele estado. 

- Eu não vou ficar com Albus nem Lily enquanto você estiver indo levar Teddy. - James sabia como ser cansativo. 

- James Sirius Potter. Você está me tirando do sério! 

- EU NÃO ME IMPORTO! ELES SÃO SEUS FILHOS! NÃO TEM NEM ÁGUA PRA LIMPAR LILY! 

- E O QUE VOCÊ QUER QUE EU FAÇA, MEU FILHO?  

- JOGA ELA DENTRO DE UM POÇO! 

Lily abriu a boca em susto. Ela geralmente não ligava para as brigas constantes entre seu pai e seu irmão mas, por que Jamie queria jogá-la dentro de um poço?  

- GAROTO! 

Duas batidas fortes na porta foram o suficiente para os dois Potter pararem de berrar um com o outro. Draco não só estava horrorizado com a cena a sua frente, como sabia que se não impedisse algo pior aconteceria.  

Ao bater os olhos em Draco, Harry cobriu o rosto com as mãos, querendo morrer. Ele havia se esquecido completamente de avisá-lo sobre Scorpius.  

- Ah não... Draco, Scorpius está lá em cima com Albus. É tudo culpa minha, eu realmente me esqueci.  

Ele estava se preparando para responder quando Lily abraçou suas pernas, o sujando de lama. Harry agora realmente queria morrer. James soltou um risinho.  

- OI! - Gritou Lily para Draco. O loiro não teve nem oportunidade de ficar bravo por suas roupas terem se sujado, porque aquele sorrisinho de criança perdoava qualquer coisa.  

- Olá, o que aconteceu com você?  

- Eu estava tomando banho de lama. - Respondeu simplesmente.  

Draco riu, encarando Harry que estava mortificado. Se ele não fazia a si mesmo um tonto na frente de Malfoy, seus filhos ajudavam.  

- Me desculpe, Lily, venha, preciso achar um jeito de limpar você. - E se virando para James, demandou. - Você sobe para o quarto, conversamos depois. 

James saiu pisando duro pelas escadas, deixando Harry com o coração pesado no andar debaixo, ele odiava discutir com o filho daquele jeito.  

- Acho que cheguei em um mau momento... - Lily havia soltado suas pernas e agora segurava sua mão. 

- Não, eu quem deveria ter levado Scorpius ou te avisado. - Respondeu, massageando a têmpora com os dedos. 

- Enxaqueca? - Draco perguntou baixo. As dores de cabeça que Harry sentia desde os 12 sempre vinham quando ele passava por alguma situação de nervoso. O moreno respondeu afirmando com a cabeça. - Eu... Posso te ajudar, em algo, se precisar.  

Os olhos de Harry se expandiram com a oferta. Para Draco, entretanto, não conseguia evitar em não estender a mão ao moreno. Era tão natural quando respirar, quando desse conta, já estava fazendo. Mas o orgulho de Harry sempre falava mais alto. 

- Eu não posso aceitar, está tudo bem. Vou chamar Scorpius, dizer que você está aqui.  

- Sério, Potter. Você não está aguentando nem a si próprio. Agora sei de onde James tirou a teimosia. - Provocou Draco, fazendo Harry suspirar e revirar os olhos. Lily balançava a mão de Draco, rindo e concordando com o que o loiro dizia.  

- Ele sabe como me enlouquecer, mas ainda do que já estou. - A mão voltou para têmpora.  

- Certo, - Começou pegando Lily pelo braço para levá-la até o banho. - O que precisamos fazer primeiro?  

- Ham... Lily, ela precisa de um banho, mas estamos sem água.  

- E como isso aconteceu?  

- A mocinha que está segurando desligou o registro. - Apontou Harry, a garota fez beicinho se sentindo culpada. 

- E você já pensou em religar a água, Harry? - Riu. Harry abriu a boca surpreso, porque aquela solução óbvia não havia passado pela sua cabeça. - Tudo bem, e o que mais?  

- Preciso levar Teddy para casa, ou até a estação de trem. - Suspirou. Draco pensou um pouco.  

- Existe um ponto de ônibus aqui perto... Mas está meio tarde para vocês irem até lá. Talvez eu possa falar com a tia Andrômeda, dizer que quero passar um tempo com Teddy. - Piscou. A cara de intrigado de Harry o surpreendeu. - O que, foi?  

- Como você consegue, resolveu a toda a situação em menos de 5 minutos! 

- Eu só dei as soluções óbvias, Harry, que você estava nervoso demais para enxergar. - Disse, puxando Lily com ele escada acima, como se morasse na casa há anos.  

Para Harry era como se fosse, Draco nunca havia deixado a casa dentro dele, de qualquer forma. Ele amou Ginny em todos aqueles anos, mas era como sempre faltasse algo. Algo que o loiro que cantava com sua filha no banheiro enquanto dava banho nela, conseguia preencher apenas de olhar para Potter.  

Momentos depois, Teddy estava na sala quase adormecido, Albus se sentia melhor com os cuidados do pai e a companhia de Scorpius e ambos caíram no sono capotados na barraca de lençóis que eles fizeram durante a tarde. Harry estava sentado no chão, em frente ao quarto dos filhos, as costas encostada na parede e Lily enroscada em seu colo. Ele apenas estava cansado demais para se levantar, mas precisaria fazer isso em breve antes que suas costas começassem a doer.  

- Conseguiu acordá-lo? - Sorriu ao ver a silhueta de Draco chegando sozinho e se sentando ao seu lado no chão. 

- Não, acho que vou precisar carregá-lo até em casa. - Suspirou.  

- Ele e Albus são muito próximos... - Harry divagou.  

- Sim, nós nos aproximamos com a mesma idade deles. - Draco se lembrou, virando o rosto para Harry que abriu um sorriso maior concordando.  

- Mas seus pais não deixavam você ficar em casa.  

- Por isso que eu fugia. - Harry gargalhou e Lily se remexeu em seus braços. Draco tocou seus cachos. - Ela é uma garotinha incrível. 

- Eu sei. - Respondeu ao loiro, continuando o carinho. - E se apega fácil, então não fique surpreso se ela querer sempre ficar perto de você, agora.  

- Não vou me importar.  

Harry encarou as orbes cinzas de Draco, lambeu os lábios. Ele pensou se caso eles se beijassem agora, sentiria a mesma emoção de quando tinham 16.  

- Preciso ir. - Disse quebrando o encanto. 

- Claro, tudo bem. - Respondeu, pigarreando. Draco sorriu. 

- Estarei do outro lado da cerca se precisar de mim. - Lembrou, se levantando do chão para ir buscar seu filho no quarto da frente.  

- Ainda bem. - Sussurrou. 

Afinal Harry sempre precisa de Draco. 


Notas Finais


*heavy breathing*


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