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História The Kids Are Alright - AU Drarry mpreg - Mommy's gone and daddy's doing his best


Escrita por: nyymeria

Notas do Autor


Happy sunday! 🌈💖

Capítulo 11 - Mommy's gone and daddy's doing his best


Harry se lembrava da primeira vez que Albus teve uma crise séria de asma. Ele havia se escondido embaixo da cama empoeirada na casa dos avós, estava fugindo de James que queria morder o seu corpo gordinho. Ele tinha dois anos. Quando Harry o encontrou ele não estava respirando. Os médicos disseram que se demorassem mais alguns minutos ele e Ginny teriam perdido seu filho. 

Desde então, Harry cuidava para que isso não acontecesse de novo. Ele checava a respiração do filho todos os dias ao acordar, e enquanto ele dormia. Era um hábito acordar no meio da madrugada para certificar se o filho estava respirando. Ele não deixava que Albus corresse por muito tempo, ou fizesse qualquer atividade que desencadeasse aquela maldita falta de ar. Mas infelizmente ele havia se esquecido que quanto mais o garoto crescia, mais independente do pai ficava e foi exatamente o que aconteceu hoje. Albus não achava que era tão claustrofóbico, ele ficava sufocado em lugares fechados, mas era controlado. Nada comparado com o que estava sentindo agora. Ele tentava não chorar porque sabia que isso só pioraria o chiado em seu peito. 

Do lado de fora os gritos de James chamaram atenção de uma multidão, crianças e adultos que aproveitavam o festival se aglomeraram em frente ao brinquedo esperando o desfecho do incidente. 

Harry se espremia por entre as pessoas em completo desespero, flashes daquele dia de primavera há oito anos atras, pipocavam em sua cabeça. Ele não podia ter a ameaça de perder seu filho de novo, havia prometido a Ginny que cuidaria das crianças, que seria o melhor que conseguisse. Isso não podia estar acontecendo. 

O segurança reconheceu Harry pela semelhança entre o garoto histérico a sua frente e o menor preso na casa de espelhos. 

- MEU FILHO NÃO PODE FICAR MAIS UM SEGUNDO LÁ DENTRO! – Berrou ao ser impedindo de tentar abrir a porta. O segurança tentou explicar a Harry que estavam fazendo o melhor que podia, mas a porta de saída estava travada e que havia outras pessoas no labirinto igualmente presas. 

O rapaz segurava a cabeça com as mãos, em completo desespero, todo seu corpo estava tenso e ele não conseguia tirar os olhos dos homens que tentavam abrir a porta. 

Draco queria passar pelo portão, tentar acalmar Harry de alguma forma, mas não era  possível com todas aquelas pessoas atrapalhando sua visão e ainda precisava manter Lily no colo. 

- Eu quero ficar com o meu pai. Eu quero. – Esperneou levemente, um choramingo longo e manhoso se intensificou quando Draco a segurou com mais firmeza nos braços. – Não! Deixa eu ficar com o meu papai!  

- Tudo bem, Lils. Calma. – Draco murmurava na orelha da garotinha que choramingava, esfregando o punho nos olhos. – Papai está bem ali, está vendo? Ele foi buscar o Al. 

Lily acenou com a cabeça para aonde Draco apontava. Ela estava enxergando seu pai de costas, mas ele parecia triste, Lily não queria que seu pai ficasse triste como antes. Seu choramingo estava aos poucos se transformando em um choro real. 

- Quero meu pai e Albie. – Scorpius que estava no colo de Teddy, pediu para que o garoto o soltasse, indo para de junto do pai. Lily pareceu se acalmar um pouco mais com o garoto por perto, ele abraçou o quadril do pai e consequentemente estava abraçando as pernas da menina. 

O som de algo se quebrando deu um susto na maioria das pessoas mas em Harry e James foi o verdadeiro som de alívio. A porta finalmente tinha sido arrombada. O homem correu para dentro da casa de espelhos, encontrando Albus muito próximo a porta de saída, sentado, claramente com dificuldade para respirar. 

Foi tudo muito rápido, ele já estava sentindo um cansaço extremo e ficava cada vez mais difícil se manter respirando devagar. Sentia muita dor nas costas também. De repente se sentiu puxado pelos braços, suas mãos seguraram o pescoço de alguém e ele pode sentir a textura dos cabelos da nuca. Ele sabia quem era, as mãos em suas costas massageando em círculos, a voz dizendo que ele estava bem, para continuar respirando. Era seu pai, ele ficaria bem. Se permitiu fechar os olhos. 

Harry entrou em pânico quando Albus ficou mole em seus braços. Ele sacudiu o garoto levemente, não tendo em retorno nenhum tipo de reação. 

- Albie, por favor, por favor, não faz isso comigo. – Sussurrava enquanto corria para fora do parque, onde o guiaram em direção a uma ambulância de plantão. 

No momento em que estava na ambulância, tentaram tirar o garoto de seus braços para por na maca. Harry não permitiu, ele não soltaria Albus, não enquanto ele não acordasse. O paramédico  cansado de brigar inutilmente com o rapaz, colocou o equipamento de oxigênio em Albus no colo mesmo. Por todo o caminho Harry conversava com Albus tentando fazer com que o garoto escutasse e acordasse. 

Era inútil os paramédicos dizerem a Harry que ele estava apenas desmaiado, que estava tudo bem. Ele não conseguia fazer as imagens inventadas pela sua cabeça. 

Draco conseguiu chegar no hospital ao mesmo tempo que a ambulância. Teddy se ofereceu a ficar com Lily e Scorpius enquanto ele e James corriam atrás de notícias de Albus. Encontraram Harry do lado de fora de uma das salas para exame. O loiro abraçou o rapaz no instante em que se olharam. 

- Ok, ok, ele está em boas mãos agora. – Consolava, encarando os olhos julgadores de James a sua frente. Harry se afastou. 

- Ele terá que ficar em observação por essa noite. Pode levá-los para casa, por favor? – Pediu para Draco que acenou com a cabeça, enquanto ajeitava os cabelos de Harry em um carinho. 

- Eu fico. – James se pronunciou. Harry suspirou, torcendo para que o filho não fizesse uma cena. 

- Jay, eu quero que você vá para casa e fique com Lily, sim? Draco estará lá com vocês. – Explicou ao filho. James encarou o pai no olhos, e foi o suficiente para entender que Harry não estava tentando entrar em um acordo, era o que havia dito e ponto final. 

Ficou combinado que iriam embora assim que Albus fosse para o quarto. O garoto acordou durante um dos exames assustado, o que dificultou e demorou um pouco mais do que o previsto. Após algumas horas, Teddy, Lily e James já estavam cansados o suficiente para cochilarem na ala de espera, enquanto Scorpius estava sentado em uma cadeira, o corpo levemente inclinado sobre a cama de Al. 

- Hey petit, allez. – Draco chamou suavemente, a mão em um dos braços do filho. Scorpius balançou a cabeça se negando. 

- Vamos, Scorp. Albus ficará bem, amanhã nós voltamos para buscar ele e Harry. Vem, vamos para casa dormir. 

- Quero ficar, pai. – Respondeu calmamente, puxando seu braço da mão de Draco, e se debruçando em cima do colchão novamente. Os dois adultos se encararam preocupados. 

- Deixe-o ficar, Draco. – Harry disse. – Eu preciso de companhia, de qualquer forma. 

O moreno piscou para o menor que lhe retribuiu com um sorrisinho. Draco pensou por um momento antes de se curvar para um beijo estalado no pequeno. 

- Se quiser voltar para casa, peça a Harry para me chamar. Combinado? – O garoto acenou com a cabeça em resposta. 

- Nós vamos ficar bem. – Garantiu Harry, após ganhar o seu beijo de despedida do lado de fora do quarto fechado. – Obrigado. 

- Até amanhã, doce. 

Draco sapecou um de seus beijos no olho, fazendo o rapaz rir. Ele o acompanhou saindo de vista voltando depois para o quarto onde estava seu filho. 

Scorpius nunca havia estado em um hospital, pelo menos não naquela área onde as pessoas ficavam internadas. Ele e seu pai quase nunca ficavam doentes, então era assustador ver Al naquele estado. Havia uma tv com pequenas linhas que subiam e desciam fazendo um barulho de pipipi seguidamente, colocaram um caninho no seu braço que se ligava com uma bolsa de líquido transparente que pingava muito, muito devagar. E apesar dele estar respirando melhor do que antes, seu rosto ainda parecia muito pálido. Scorpius se sentiu arrepiar, ele só queria que Al acordasse, conversasse com ele sobre a última edição do X-Men que eles leram juntos, sobre qualquer coisa esquisita que o moreno gostava. Ele suspirou, apoiando sua cabeça nos braços. Se sentia cansado e suas costas estavam doendo por estar naquela cadeira, ele não queria dormir, porém seu corpo estava começando a reagir de forma diferente da sua vontade. 

- Scorp? – Harry o chamou. Sua cabeça se levantou, o rapaz riu dos olhos sonolentos da criança. – Vem aqui. 

Harry estava sentado na única poltrona do quarto. Não era a mais confortável do mundo, mas reclinava e era larga o suficiente para causar a impressão. 

Quando Scorpius estava perto, Harry o pegou pelos braços e o deitou em seu colo. A criança estava tão esgotada que não rejeitou a atitude, se encolhendo no peito do rapaz, sua testa encostada no pescoço do moreno. Ele o abraçou, fazendo o garoto rir por dentro. Albus e Harry tinham o mesmo abraço protetor e quentinho. 

- Para que serve aquilo? – Aproveitou para perguntar da TV com o barulho irritante. 

- Aquilo é um monitor cardíaco. Serve para saber se o coração do Al está batendo certinho. – Respondeu calmamente. 

- E porque ele precisa desse tubo no braço? – Perguntou quase sussurrando. Harry estava fazendo círculos em suas costas, deixando-o cada vez mais sonolento. 

- É por onde passa o soro, para mantê-lo hidratado. 

- Dá medo. 

Harry concordou, puxando o garoto para mais perto de si. 

- Vo-você acha que-que é minha culpa? – Gaguejou após um tempo. Harry o olhou intrigado. 

- Do que está falando, querido? 

- Se foi minha culpa... eu poderia esperado ele, mas eu encontrei a saída mais rápido e ele ficou para trás. – Fungou, sua voz embargando. – Se eu não tivesse o abandonado, ele não teria perdido ficado preso. 

- Oh não, não, Scorp. – Disse Harry, embalando a criança que fungava baixinho. – Albie ficou trancado para dentro, ele já estava na porta da saída. Não foi de forma alguma culpa sua, ok? 

Scorpius respirou fundo, um pouco mais convencido de que não teve nada a ver com o acontecido. Harry ainda o embalava para frente e para trás, acariciando suas costas. 

- Não quero que pense nisso nem mais um minuto. – Repetiu mais uma vez antes de começar a murmurar uma canção de ninar, que foi o limite em conseguir se manter de olhos abertos. Quando percebeu, a mão que segurava a camiseta de Harry se soltou e estava dormindo um sono pesado. 

-x- 

Albus não gostava de ficar doente. Quem gosta, afinal? Ele acordou em um quarto que não era dele, sua garganta estava seca e seu corpo levemente dolorido. Ele já havia ficado internado antes, mas isso foi há anos, a sensação ainda era ruim. Seu pai estava dormindo com sentado com Scorpius no colo, mas com o mínimo de barulho feito pelo garoto, fez o homem acordar atento. 

Ele precisou ser examinado, tomar mais alguns medicamentos antes de finalmente ser liberado. Draco e James vieram buscá-los e essa era a parte positiva de ficar doente, toda atenção que ele recebia. James o levou de cavalinho até o carro e ainda o deixou escolher qual música escutariam no caminho de casa. Isso quase nunca acontecia, o irmão mais velho sempre monopolizava o rádio do carro. 

Enquanto ainda estavam na estrada, Albus avistou o pequeno planetário da cidade. Ele e Scorpius se encararam rapidamente, se lembrando da história em dar o nome de sua mãe a uma estrela. 

Scorpius gritou.

- PARE ESTE CARRO. 

Draco assustado, manobrou o carro, o freando rapidamente. Ele encarou o filho com olhos enormes, não sabia se era a convivência com os Potter que estava fazendo seu filho ter o costume em chamar a atenção com gritos. 

Harry se virou para Albus que parecia estar mais do que bem. 

- O que aconteceu?! – Perguntou. 

- Ai que susto, garoto! - Reclamou James, tirando um dos fone do ouvido.

- Nós precisamos entrar no planetário! É questão de vida ou morte! – Exagerou Albus. Ele precisava fazer o pai entender. 

Harry fechou os olhos, respirando fundo. 

- Albus, nós precisamos ir para casa, filho. Você ainda está de repouso. – Explicou, sentindo um nó pela carinha triste do menor.

- Por favor, Harry! Vai ser bem rapidinho! Pai? – Scorpius quicava em agitação. Draco encarou Harry mordendo o lábio. 

Harry entortou a cabeça para Draco. Ele sabia que era uma espécie de troco por o ter convencido na noite deixar Scorp passar a noite com ele no hospital. Suspirou derrotado. 

- Tudo bem... Mas tem que ser rápido. – Gritos de comemoração foram soltados e em pouco tempo, todos eles estavam caminhando pelos corredores do planetário. 

Os dois menores arrastaram James para uma sala com alguns computadores, onde havia uma placa escrito “Cadastramento de Estrelas” enquanto os dois pais ficaram para trás. Draco parecia uma criança ao alcançar um dos telescópios do lugar. 

- O que você está vendo? – Harry perguntou, olhando para a janela a sua frente. Era uma visão realmente bonita do céu e de toda a cidade. 

- Hum... Não muita coisa, está muito claro ainda. – Disse, a voz claramente decepcionada, se afastando. – Eu preciso de um desses em casa. Olha! O mapa das estrelas. 

Harry o seguiu até uma outra parte da sala aonde tinha um enorme mapa azul escuro com todas as constelações e estreladas, cada uma delas nomeadas. O moreno apontou para uma conhecida.

- Olha sua constelação bem ali. – Disse. Draco acenou sorrindo. – Como que inventaram que ela tem a forma de uma dragão? 

- Não foi uma invenção, Potter. Esse é o dragão que guardava as maçãs de ouro do Jardim das Hespérides, num dos episódios dos 12 trabalhos de Hércules. Ele conseguiu matar o dragão e colher as maçãs, então, a deusa Hera colocou a imagem dele no céu. 

Harry levou uma das mãos a boca. 

- Oh meu deus, você é tão inteligente. O que seria de mim sem o seu cérebro gigantesco? – Riu. 

- Idiota. Cala a boca. – Respondeu, o empurrando devagar e voltando sua atenção para o mapa de novo. Um sorriso no canto do rosto. 

Ali perto, Albus encarava com adoração o pedaço de papel onde se lia o nome de sua mãe ligado a uma estrela. Era um documento oficial, com as coordenadas da localização da estrela. Ele não podia estar mais feliz. Porém, essa não era a única estrela que ele queria adotar no céu. 

- Uma nossa? – Scorpius perguntou com olhos arregalados. 

- É! Só precisamos de um nome. 

James que estava ajudando os dois a cadastrar as estrelas, observava quebrarem a cabeça para encontrar um nome. Albus se lamentou.

- Nenhum parece bom! 

O mais velho entornou a boca e digitou algo no espaço em branco.

- O que vocês acham desse?

Os rostos das duas crianças se iluminaram, era perfeito. Exatamente o nome que deveria ter a estrela deles. 

Scorbus. 

Eles se encararam com um sorriso. 

-x- 

- Você não deveria estar tirando a roupa, assim, na minha frente. – Draco disse mais tarde, quando estavam no quarto de Harry e as crianças no andar debaixo comendo. 

O moreno deu de ombros, continuou a se despir, ficando completamente nu caminhando até o banheiro ligado ao seu quarto. Ele olhou por cima do ombro, dando uma risadinha. 

- Acho que você precisa de um banho, também. – Disse. 

Draco balançou a cabeça, se levantando da cama para seguir Harry até o cômodo. Enquanto o outro se despia, ele ajustava a temperatura  intensidade da água. Alcançou uma embalagem azul de shampoo, entregando a Draco que se juntava a ele dentro d’água. 

- Lava meu cabelo? – Pediu. Draco espalmou a mão com o líquido nas mãos, passando pelos cachos do rapaz, que mantinha seus olhos fechados enquanto tinha o couro cabeludo massageado suavemente. 

Draco inclinou sua cabeça levemente para a água quente, enxaguando toda o sabão. Os dedos longos tirando a espuma do seu rosto para que não caísse nos olhos. Harry os abriu, se aproximando do rosto do outro para beijá-lo demoradamente. Os corpos molhados se pressionavam um no outro. Harry suspirou entre o beijo.

- Nós podemos ficar apenas no banho? Estou tão cansado que não conseguiria fazer nada. – Riu. Draco espalhou beijos por todo o rosto do moreno embaixo d'Água. 

- Ok, doce. Então agora é a minha vez. – Ele se agachou para pegar a embalagem azul do chão e passar para Harry. 

Entre beijos e bolhas, e mãos bobas debaixo da água quente, levavam para o ralo todo o estresse e angústia do dia anterior. Harry não poderia estar mais agradecido em ter aquela âncora que o segurava firme. 


Notas Finais


❤️


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