História The Kill - Sasusaku - Never Too Late

Esse mundo nunca será
O que eu esperava
Se eu não me encaixo
Quem iria adivinhar
Eu não vou abandonar
Tudo aquilo que eu possuo
Pra fazer você sentir como se não fosse tarde demais
Nunca é tarde demais.

Depois de uma conversa nada agradável com Sasuke, Naruto foi para o escritório da Hokage. E logo após muitos dias de chuva, o tempo tinha ficado bem abafado, com um calor infernal. O loiro se apressou, pois estava ancioso para saber sobre a tal reunião. 

Sakura havia se decidido, iria tomar uma atitude quanto aquela situação. 
Pretendia falar com a Hokage e pedir uma visita ao Uchiha, porém quando chegou não pode ser atendida devido a reunião e apesar de ser errado, não pode deixar de ouvir atrás da porta. 

– Então vamos dar inicio a reunião. - Dizia Tsunade com a voz tensa e extremamente séria. – Naruto te chamei aqui para informar uma decisão que tomamos. 

– É sobre o Sasuke? - O loiro perguntou aflito, encarando a Hokage com um olhar sério. 
– Fale por favor doutor Takada. - Disse Tsunade olhando para o homem, que retirou um relatório de dentro da bolsa. Todos ficaram atentos para o que ele iria falar, e Naruto o olhou fixamente.
– De acordo com diagnóstico que fiz para o Uchiha, ele será um caso difícil. - Iniciou o homem ajeitando seus óculos, e dando uma breve pausa, aguardando algum comentário dos demais.

– Explique-se doutor. - Kakashi se pronunciou, enquanto permanecia encostado a parede com os braços cruzados. 
– Sasuke é o tipo de paciente que vive fora da realidade, além de mimado ele mesmo dificulta a recuperação. - Takada começou a falar sobre o caso do Uchiha, enquanto lia as anotações que tinha feito ao longo das consultas. 
– Mas isso significa que ele tem cura, não é? - Disse Naruto encarando fixamente o doutor nos olhos, esperando uma resposta enquanto criava expectativas. 
– Bem, isso é complicado. - O homem suspirou. – Sasuke se fechou para o mundo e não permite uma aproximação direta, e mesmo se ele tomasse remédios sua situação continuaria a mesma. O ódio dele para com as pessoas atrapalha bastante, por enquanto o que eu posso fazer é continuar com o tratamento a minha maneira. Mas temo que essa insanidade chegue ao ponto de ser irreversível como acontece em vários casos, e se isso acontecer ele se tornara um serial killer com potencial. - Após o doutor acabar de falar Naruto arregalou os olhos. 
– Isso significa que... - O loiro começou. 
– Sasuke tem uma mente muito perturbada e de alguma forma, ele esta sofrendo com isso, embora não admita. A prova disso foi a analise que Inochi fez nele, ele reprime as lembranças do passado, de alguma forma isso ainda afeta ele. - Continuou o doutor. – Se o caso não puder ser revertido, Konoha terá que. - Suspirou dando uma pausa. – Executá-lo. 
– O que! - Naruto berrou surpreso. – Não podem fazer isso, o Sasuke...

– Já parou pra pensar que talvez isso seja o melhor pra ele? - Perguntou o doutor e Naruto parou pra pensar por um instante. – Se fosse ele, não iria querer paz?
– Naruto talvez essa seja a melhor forma de acabar com o sofrimento de Sasuke, embora eu seja contra. - Disse Kakashi. 

Naquele momento Sakura sentiu suas pernas tremerem, e suas forças irem embora. Mesmo que ela tivesse tentado fazer algo parecido quando tentou matá-lo, não conseguia imaginar sua vida sem ele,Talvez por isso tenha falhado. Se tinha alguma chance de recuperá-lo não podia abandoná-lo.

– Se Sasuke não se reabilitar, então será condenado a morte. Não podemos ter um prisioneiro de seu rankingm que a qualquer momento pode escapar, até porque o presídio de Konoha não é 100% eficaz. - Disse a Hokage. 
– Espere Tsunade-sama! - Sakura entrou eufórica na sala, não havia pensado duas vezes antes de invadir o local. – De uma chance a ele, não pode condená-lo assim. 
– Sakura, mas o que esta... - Tsunade disse ficando meio pensativa. 
– Sakura-chan. - Naruto a encarou meio surpreso, viu que a garota estava determinada. – " Parece que você me ouviu no fim das contas" - Pensou o loiro. Dando um leve sorriso. 
– Deixe-me me aproximar dele, quero tentar pelo menos mais uma vez. - A Haruno disse tropeçando nas palavras, não tinha a mínima idéia do que fazia. Só sabia, que algo precisava ser feito. Não o abandonaria, não enquanto aparentemente ela pudesse fazer algo por ele. E mesmo que não fosse eficaz precisava tentar. 
– Acho que temos nossa Sakura de volta. - Tsunade sorriu vendo a determinação da pupila. – Esta de acordo doutor?
– Precisamos revisar o caso e as possibilidades. Quero falar a sós com Inochi e Kakashi, será que os dois jovens poderiam se retirar? - disse Takada educadamente e assim, Sakura e Naruto obedeceram.

Os dois esperaram alguns minutos no corredor, até que foram chamados de volta a sala. Sakura estava apreensiva, com a decisão, mordeu o lábio levemente para conter o nervosismo. 

– E então qual a decisão? - Naruto disse eufórico e perguntou no lugar da amiga, ele via a situação dela e logo decidiu se antecipar. 
– Bom, Sakura você pode visitar Sasuke. Pelas condições em que ele se encontra, esta meio ferido e seria bom que fosse cuidar dele. Provavelmente ele não reagira com você da mesma forma com que tratou Naruto. - Disse meio pensativa. – Vou te dar uma chance. 
– Se conseguir pelo menos um pequeno progresso, talvez o ajude no tratamento. - Disse o doutor Takada. 
– Vou fazer o possível e o impossível por ele. - Respondeu com determinação em seus olhos, agora já não tinha mais um olhar de medo, ao contrário estava até um tanto confiante, mesmo que tivesse receio do que pudesse ocorrer dali pra frente. – "Nunca é tarde de mais Sasuke, eu irei salvá-lo de si mesmo. Custe o que custar" - Pensou enquanto fitava o chão, mas logo levantou o olhar para encarar novamente sua mestra. – Quando posso vê-lo? 
– Hoje mesmo, quanto antes melhor. - Respondeu a Godaime a encarando. – Apenas tome cuidado, não deixe que ele faça o mesmo que fez com Inochi. 

Todo cuidado e cautela com Sasuke era necessário, ele era traiçoeiro e poderia fazer coisas terríveis apenas com o poder de seu ódio. Afinal, segundo ele mesmo, odiava a todos. 

Sakura foi para casa tomar um banho rápido e se arrumar para ir ver Sasuke, a visita seria as 3 horas. Estava ansiosa, se sentia nervosa. Depois da última vez que vira Sasuke, sentia-se diferente, não sabia como ele reagiria e muito menos se agüentaria aquele olhar frio sobre si. Mas tentaria.

Após vestir algo mais fresco e confortável para aquela tarde, pegou umas cesta com coisas encima da mesa, que havia preparado para levar, porque iria cuidar dele. Sem mais delongas foi rumo a penitenciaria. Chegando lá, percebeu que os guardas já aguardavam sua chegada. 
Eles a acompanharam até a cela onde Sasuke era mantido, ficava em uma espécie de torre cercada com varias armadilhas. Para chegar lá antes ela teve que passar pelas celas dos detentos comuns e se sentiu desconfortável com os assovios e comentários dos que viam para onde ela esta sendo levada, " Nossa que gracinha", "O Uchiha vai se dar bem hoje" "Passa aqui depois princesa". Comentários escrotos de presidiários sem o mínimo de respeito por alguém, aquilo a assustava e ao mesmo tempo a deixava com certa raiva. 

Subiu uma enorme escadaria, e logo parou em frente a uma porta de metal. Atrás dela havia um corredor único com outra porta. Era um lugar escuro com pouca luminosidade, e ao contrário do que imaginava lá dentro fazia muito frio. Talvez fosse por causa das paredes que mantinham a temperatura de alguma forma. E sabia que lá atrás estava Sasuke.

– É aqui moça. - Disse um dos guardas. – Quer que eu a acompanhe até lá? - Sugeriu embora meio receoso, a maioria dos guardas tinham medo de Sasuke. Depois do que houve com Inochi na última visita. Poucos eram os corajosos que ficavam para vigiá-lo do lado de fora. 
– Não precisa. - Sorriu  e em seguida foi em direção a porta. Parou em frente a mesma por alguns instantes, pensativa. Sentia suas pernas tremulas, seu coração disparar, suas mãos suarem . Tomou fôlego e lentamente abriu a porta para adentrar o local assim observando a figura a sua frente em uma situação deplorável, que lhe deu um aperto em seu coração. 
Ela sentia que era a única que conseguia mudá-lo, iria fazer tudo para que ele enxergasse que precisava de ajuda, faria tudo para que ele reconhecesse o que negava. Por  que nunca se é tarde mais.

Até se eu disser
Que vai ficar tudo bem
Ainda te ouço dizer
Que você quer acabar com sua vida
Agora e mais uma vez nós tentamos
Apenas continuar vivos
Talvez iremos dar a volta por cima
Porque não é tarde demais
Nunca é tarde demais