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História The Killer - Meu anjo


Escrita por: Marii_Rafaela e mari_rafaela_2

Notas do Autor


✿Olá meus amores! Tudo bem com vcs?✿

Segue mais um capítulo, espero que gostem! ;)

✿Tenham um ótimo dia! Beijos!✿

Capítulo 6 - Meu anjo


Fanfic / Fanfiction The Killer - Meu anjo

Quando recebo alta do hospital, já estou cinco quilos mais gorda. Assim que os pontos cicatrizaram, pude ver minha pequena na incubadora e até a peguei no colo.

A recuperação de Charlie foi rápida e milagrosa.

-Talvez não sejamos tão azarados assim. – Falo quando entramos no carro, dois seguranças nos acompanhando – A Charlie está muito bem.

-Não fale isso, amor. – David está usando um óculos de sol enorme e um boné, na vã tentativa de nos esconder da imprensa – Somos abençoados.

-Tá.

Finalmente dentro do carro, olho pela janela de vidro fumê as pessoas ensandecidas lá fora.

-É tudo culpa da vadia da Manu. – Rosno entre dentes.

-Olha o linguajar perto da Charlottinha. – David brinca, mas seus ombros tensionados mostram que ele concorda comigo.

Antes de receber alta do hospital, fomos presenteados com a notícia de que a primeira tiragem da revista de fofoca de Manu vendeu no primeiro dia. Logo, a mesma recebeu diversos convites de revista por todo o mundo. E é claro, a revista britânica Star fez uma proposta tentadora pra ela. Estavam dispostos a pagar o triplo se ela viesse para Londres.

-Você falou com o advogado?

-Sim, Lily. Infelizmente não há muito o que fazer. São tabloides. Fazem isso o tempo todo. Só não podem publicar notícias intimas e mentirosas.

-Ok. – Afundo no assento bufando de raiva – Então falar sobre nosso passado doloroso eles podem! Quer dizer que é totalmente legal jogar nossas experiências infernais para todo mundo ficar sabendo!

David suspira alto e segura minha mão com força. Eu sei que estava virando uma chata. Sei também que ele não tinha culpa. Mas era revoltante ver Manu revirando nosso passado e não poder fazer nada.

-Chegamos!!!

O novo segurança, mais parrudo e mal encarado que Oliver estaciona o carro e com rapidez e agilidade abre a porta para sairmos.

Antes de sair, David segura meu queixo com delicadeza e me encara. Eu sei o que ele quer dizer.

-Desculpe, Lils.

-Não tem do que se desculpar. Você fez de tudo por mim, coração. Eu te amo.

Trocamos um rápido, mas apaixonado beijo e saímos em direção ao elevador.

David não desgrudou de mim no hospital, e só saia para ir aos treinos. Eu tinha medo de aquilo estar o atrasando no novo time, mas não podia negar que adorava seu carinho, sua atenção e sua dedicação a mim.

Ainda estávamos no Four Seasons. Encontrar uma casa que nos agradasse estava sendo uma tarefa dificílima.

-É simples. – Falo enquanto mastigo um pão de queijo que David acaba de tirar do forno – Tem que ser grande o suficiente para três crianças. Queremos um quintal grande e piscina. Quarto de hóspedes, jardim e uma cozinha grande.

Miguel e Gabriel estão paparicando a irmã e David e eu estamos sentados em frente ao notebook tentando conversar com nosso empreiteiro.

-Não se esqueça que teremos mais três filhos – David dá uma piscadela e tasca um beijo em minha bochecha.

-Anh... – Coço o alto da cabeça e jogo os cabelos para trás. – Não sei, amor. Temos três crianças maravilhosas, acho que já está de bom tamanho, não acha?

David me encara como se eu tivesse acabado de falar que matei uma pessoa. Seus olhos amendoados estão faiscando. Eu havia o magoado de novo.

-Quero dizer – Pego sua mão e encaro seu olhar – Nós passamos por tanta coisa e... A gravidez da Charlotte foi...

-Você não quer mais ser mãe de novo? Não quer mais um filho meu?

-O-o que? Não foi isso que quis dizer! Só estou dizendo que... – Tento recuperar o fôlego e abaixo o meu tom de voz quando Miguel me olha com preocupação – Quero dedicar meu tempo e amor aos meus três lindos filhos. E agora não consigo pensar em outra gravidez.

-Tá. – David grasna e volta ao notebook. – Vou esperar uma resposta do empreiteiro e podemos visitar as casas.

Aquelas foram as únicas palavras que ele trocou comigo pelo resto do dia. Eu sabia que ele tinha ficado chateado. Seu sonho era ter uma família enorme, com crianças correndo pra todo lado. Mas naquele momento, pensar em outra gravidez me causava arrepio. Eu quase perdi o Miguel. Eu quase perdi a Charlie. Não queria passar por aquilo de novo, e por mais que entendesse o que David sentia, eu não queria mais falar sobre aquilo.

 

*

O rosto sorridente de minha sogra preenche a tela de meu celular. Eu coloquei aquela foto no contato dela porque simplesmente a adorava. Estávamos as duas sorrindo, minha barriga enorme da gravidez de Gabriel, e Dona Regina tão feliz que chegava a quase chorar de emoção.

-Alô!

-Ah, querida! Como foi a volta pra casa?

-A volta pro hotel você quer dizer? – Suspiro e caminho até a janela – Estou presa nesse lugar. Não posso carregar peso, não posso fazer esforço. Estou rodeada de homens que tenho certeza que já foram policiais ou serviram na guerra e estou brigando com David por causa de algo que ainda nem aconteceu.

-Uau. É muita coisa pra um dia só. Escute – A voz de Dona Regina relaxa um pouco. Aquele era um truque dela para me tranquilizar – Vou falar com meu filho sobre os seguranças.

-Obrigada.

-E sobre o que estão discutindo?

Miguel está assistindo tevê com Auggie no seu pé. Gabriel está lendo um livro de figuras para crianças. Charlie está dormindo como um anjo em seu berço. Eu fico os observando a cada minuto.

-David quer mais filhos.

A risada de Dona Regina em nada me ajuda.

-Ele sempre falou que sonha com uma casa enorme cheia de crianças.

-Mas sou eu quem vai suportar uma gravidez cheia de problemas! – Disparo e sinto que atinjo um ponto sensível de minha sogra.

-Lils... Querida... Sei que passaram por tudo isso nos últimos anos, mas... Não pode deixar de viver! Vocês se amam tanto, e são tão felizes!

-Não é tão fácil assim. – Minha voz embarga e eu sinto um pesar enorme. – Eu só queria que ficássemos bem... Mas sempre estrago tudo!

-Não diga isso! – Uma pausa na conversa mostra que ela estava reunindo forças – Escute, vai ficar tudo bem. Você é forte, minha querida. Você é tudo que meu filho precisa. Ele ama você incondicionalmente.

-Quando vai viajar pra cá? – Estava sendo mimada, mas se tinha algo a me aproveitar da situação, eu faria de tudo – Estou com saudades. E a Charlie ainda não conheceu a vovó.

-Em breve, meu amor. Enquanto não vou, cuide-se. Cuide-se bem. Sabe que meu filho é paranoico e vive te protegendo de todas as formas, mas você tem que se sentir segura pra que ele veja o quão forte é...

-Ok.

-E cuide das crianças. Eles se espelham em vocês. Estou muito, muito orgulhosa de vocês dois, filha.

Aquela era a deixa para Regina desligar o telefone. Seguro o aparelho com força, as lágrimas começando a ceder.

-Eu te amo. – Falo ainda observando ao longe as crianças.

-Eu amo você, Lily. Você é como uma filha pra mim.

*

Já era noite quando David entra no quarto fazendo barulho. Eu tinha colocado as crianças para dormir e me deitei, pegando no sono logo em seguida.

Ouço David guardar a mochila, tirar os tênis, tirar o casaco e pendurá-lo e depois se deitar ao meu lado, entrando no cobertor e envolvendo meu corpo no seu.

-Desculpe, Lils.

Seu perfume inebriou minha mente.

-Tudo bem, amor. – Falo sem me virar, apertando sua mão com força – Tudo bem...

-Não queria pressionar você. Sei que passou por coisas ruins demais. Eu devia ter entendido o seu lado...

Me viro e encaro seu par de olhos cor de mel fulgurantes.

-Ter gerado três filhos seus foi a maior dádiva que a vida podia ter me dado... – Ele sorri e seu rosto se ilumina – Eu tenho muito orgulho e alegria em ser sua esposa e mãe de seus filhos...

David me abraça mais forte e apoio a cabeça em seu peito, enquanto suas mãos me fazem cafuné.

-Quero fazer uma coisa – Sua voz sai roca e causa um arrepio em minha nuca.

David desliza até meus pés, beijando minhas pernas e delicadamente acariciando meu corpo sob a camisola.

-O que está fazendo? – Arfo quando suas mãos alcançam minha calcinha.

-Shhhh! Quero fazer isso desde... Bem, desde aquele dia de manhã... – Suas mãos faceiras deslizam por minhas pernas e arrancam minha calcinha. – Fique quieta!

-O que vai fazer? – Todos os poros do meu corpo começam a suar, cada célula protesta e meus pelos começam a eriçar.

Uma onda de calor varre meu corpo e se concentra em meu ventre quando David encosta a língua molhada na carne sensível de meu clitóris.

-Senti falta dela – Ele fala com tanta malícia que uma nova contração em meu ventre acontece – Adoro seu gostinho, amor.

-Pare de ser tarado! – Falo, mas meus dedos dos pés se contraem, minha nuca se arrepia e eu abafo um gemido.

-Hummm – Ele geme magistralmente – Que delícia!

-Aaai David!

Um jorro de adrenalina percorre o meu ser, e eu me sinto maravilhosamente bem. Tudo quanto preocupação é varrida de minha alma, e David me olha como se fosse minha própria essência. Como se fizesse parte de mim.

Eu nunca entenderia aquele amor louco que ele sentia por mim, acho que nunca me consideraria suficiente merecedora.

Minha vida mudou no dia em que David entrou naquele bar. Eu seria eternamente grata pelo anjo louro que apareceu em minha vida.

*

-Acorda, Lily! Acorda!

Quando você tem múltiplos orgasmos tarde da noite, você simplesmente dorme maravilhosamente bem. Por isso despertar é tão difícil.

-Hummm... – Me remexo na cama. Sorrio, mas não abro o olho. Um facho de luz entra no quarto e eu faço um muxoxo – O que foi?

-Lily!!! – David praticamente quica na cama. Abro os olhos e posso jurar que tem um anjo parado em minha frente. O sol reflete em seu rosto que se acende com absoluta magnitude. Sinto um arrepio violento percorrer minhas entranhas. – Acorda, amor!

-O que foi gato? – Levanto me espreguiçando e ele tira o cabelo de meus olhos.

-Tenho duas surpresas pra você! – Ele tasca um beijo em minha boca e sai pulando para a sala. – Venha!

Dou uma risada gutural e o sigo, vestindo o robe de seda por cima da camisola.

Ainda estou dando o nó na cintura quando vejo meu melhor amigo, lindo, perfeitamente vestido com jeans e camiseta surrada, o cabelo dourado caindo nos olhos e um sorriso absurdamente sexy nos lábios.

-Will! – Corro até ele e quase o derrubo. – Willlll!!!!!

-Amiga! – Ele retribui meu abraço, gargalhando quando quase o derrubo. – Que saudade!

-O que faz aqui? – Olho de Will para David, que lança uma piscadela marota – Will, não me diga que...

-Tá, tá. Eu confesso. Seu marido é um ser de outro mundo – Ele dá de ombros – E eu não conseguiria ficar mesmo longe de meus sobrinhos por muito tempo...

-Você quer dizer que? – Quase não me contenho de felicidade. Aquilo era bom demais para ser verdade.

-David me contratou para gerenciar sua galeria de artes. Vou procurar um apartamento amanhã... – Will tentava esconder na voz, mas estava eufórico.

-Não brinca!!! – Agarro ele de novo. Agora me volto para David – Você é um anjo!

Ele sorri lindamente e chama por alguém.

De repente Tati entra com Gabriel em seu encalço e eu dou outro grito.

-Tati? Oh meu Deus!

-O senhor David conseguiu convencer meus pais! – Ela fala com profunda gratidão e me abraça.

-Obrigada Tati! Preciso mesmo de sua ajuda!

David faz algumas ligações e consegue um quarto para Will e outro para Tati.

-Você foi perfeito! – Agarro sua cintura ossuda e dou um soco de brincadeira em sua barriga de ferro – Obrigada mesmo, amor.

Ele pega meu rosto nas mãos e sorri com candura.

-Eu é que agradeço. Por existir. Por ser minha. Por me deixar te amar.


Notas Finais


Desculpa qualquer coisa!


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