1. Spirit Fanfics >
  2. The Kiss Of Midnight >
  3. Capitulo 27

História The Kiss Of Midnight - Capitulo 27


Escrita por: ally_moon

Notas do Autor


Boa leitura.

Capítulo 27 - Capitulo 27


Pov’s Ally

Quando eu me acordei já era mais de meio dia, Austin não estava na cama e não havia nenhum sinal de roupa que provasse que o mesmo ainda estava no quarto. Fiquei alguns minutos na cama, apenas pensando em tudo o que esta acontecendo em minha vida, só o que eu quero é me livrar de tudo isso o mais rápido possível.

Depois de muita relutar contra preguiça, juntei todas as minhas forças que restaram da noite passada e fui em direção ao banheiro, me olhei no espelho do cômodo, estou mais pálida do que o normal, acho que é a falta de sangue, lavei o meu rosto e encostei-me na pia de costas para a mesma. Olhei tudo em volta, nenhum sinal do Austin também.

Decidi apenas ignorar isso e tomar um relaxante banho na banheira do hotel, eu brincava com as bolhinhas que se formavam entre as águas, perdida em meus próprios pensamentos banais. Passei um longo tempo apenas brincando com as pequenas bolhinhas de sabão e poso dizer que aproximadamente 40 minutos depois sai da banheira me enrolando em uma toalha e fazendo um coque frouxo em meus cabelos medianos.

Voltei para o quarto e coloquei a mesma roupa de ontem visto que o Austin não deixou nem eu passar em casa pra pegar algumas roupas. Apenas penteei o meu cabelo, preferi deixar ele natural, com leves ondulações na ponta. Não sei se foi por eu estar muito ocupada me arrumando ou algo do tipo, mas só sei que depois de pronta minha barriga começou a roncar. Dei uma ultima olhada no espelho, peguei meu celular que ainda estava em cima do criado mudo desde ontem à noite eu acho e sai do quarto. Os corredores estavam vazios, todos devem estar almoçando. Desci no primeiro elevador que vi em minha frente. Por sorte ele estava vazio, odeio ficar em lugares apertados com pessoas desconhecidas.

Assim que cheguei ao saguão passei direto pelo balcão de recepção, não ouvi ninguém me chamando ou mandando alguma cantada do tipo e foi ai que eu senti falta de algo, ou melhor, alguém. Brady. Olhei em volta de todo o saguão e nenhum sinal dele. Nem Austin, nem ele estão em lugar algum, conhecidência?Eu acho que não. Algo no saguão me chamou a atenção, havia uma cadeira com uma perna a menos e a mesma estava encostava próximo de outra cadeira do mesmo tipo, como forma de apoio. Nada de Austin, nem do Brady, cadeira de madeira com uma perna a menos. Eu deveria me preocupar e tudo, mas sei que o Austin vai ficar bem, eu acho...

Eu andava tranquilamente pelas movimentadas ruas de Nova Iorque, até encontrar um restaurante no central parque, não resisti e entrei no local, me sentei em uma das mesas e logo em seguida uma garçonete veio atender o meu pedido. Depois de fazer o meu pedido voltei a ficar a sós e só então fui olhar meu celular, treze ligações perdidas, três da minha mãe, duas do meu pai, cinco da Cassidy, duas da Trish e uma do Elliot, fora as mensagens que não tive tempo de ver todas, mas havia uma em especial, essa era do Austin, nela continha uma frase curta, mas cheia de significados ‘’Não me espere antes do anoitecer’’ pelo menos ele avisou. Voltei a olhar as outras mensagens que todo mundo ao meu redor resolveu mandar, como se metade deles se importassem comigo. Aquela mensagem do AL número desconhecido ainda estava no meu celular, não tive coragem de apagá-lo, mesmo sendo um número desconhecido eu ainda mantenho esta mensagem em meu celular, quero gravar as palavras dessa pessoa, quero saber se o que ele diz é verdade ou não.

Continuei entretida em meu celular, até o meu tão aguardado almoço chegasse e eu comece por no mínino três pessoas.

***

Por mais que eu seja uma vampira e não me canse com facilidade nesse momento eu realmente poderia dizer que estou morta, passei a tarde intera fazendo compras, coisa que não foi tão ruim assim, se tirarmos a parte do quão pesada estão estas sacolas.Estava andando distraidamente,mas não por que eu queria e sim por estar mais ocupada tentando não derrubar nenhuma sacola,quando do nada sinto alguém esbarrando em mim e fazendo com que eu derrubasse meio mundo de sacolas por toda a calçada de uma das ruas mais movimentadas de Nova Iorque.

—Você não olha por onde anda?-Perguntei sem nem ao menos ver o rosto do indivíduo enquanto pegava as minhas sacolas espalhadas por todos os cantos.

—Me desculpa, não foi minha intenção. –Espera ai eu conheço essa voz, é a avó do Dez, a tia Sofia, mas o que ela esta fazendo aqui?

—Tia Sofia?- Questionei a olhando de cima a baixo, não havia mudado muita coisa visto que a última vez em que nos vimos foi á uns dois meses atrás.

—Me desculpe, mas eu te conheço? –Indagou franzindo o cenho enquanto me analisava da cabeça aos pés.

Tirei os óculos escuros para ela ver melhor o meu rosto, eu quase sempre saio na rua com os óculos, eu acho isso ótimo quando não quero que me reconheçam porque sei lá com ele eu pareço outra pessoa.

—Ai meu Deus, ALLY. –Ela gritou um pouco próximo do meu ouvido e eu estremeci um pouco. Logo em seguida ela me deu um abraço apertado, retribui do mesmo modo.

—Nossa o que você esta fazendo aqui?Dez me contou que vocês se formam depois de amanhã. –Disse agora me encarando com uma expressão que na cabeça dela era para parecer séria, mas eu acho que não deu muito certo isso não.

—Eu estou aqui com o Austin, nós iremos voltar para Craisville amanhã à noite. –Comentem indiferentes, porque tipo são só dois dias de aula, isso não mata ninguém.

—Então quer dizer que voe veio com o Austin? –Ela me lançou um sorriso malicioso, na verdade sempre que eu falo sobre o Austin com alguém a mesma sempre termina me mandando esse tão famoso sorrisinho, esse povo é louco.

—Não é nada do que a senhora esta pensando. –Revirei os olhos, mas não por raiva e sim por mania mesmo.

—Eu não disse absolutamente nada. – Falou levantando os braços em forma de rendimento. — Mas fala ai, vocês estão namorando? –Perguntou agora com um sorriso terno no rosto, eu realmente gosto muito da tia Sofia, o Dez tem sorte de ter ela como tia.

—Não, nos somos apenas amigos. –Disse retribuindo o mesmo sorriso verdadeiro que ela acabara de me mostrar.

—Ok, mas mudando completamente de assunto, vamos a algo mais intimo eu acho... E quanto a Alex e Agnes?Tem visto eles?-Perguntou e eu tive a leve impressão que ela já sabia a resposta.

—Sim, até demais e quanto ao pacto.... –Não pude terminar a frase porque fui interrompida pela mesma.

—Vocês não podem fazer Ally, isso é muito perigoso. –Ela me repreendeu.

—Mas eu não tenho escolha, se eu não se fizer eu morro e se eu fizer e não dê certo eu também morro, não tem outro jeito, fora todo mundo que esta envolvida. –Suspirei cansada, mas não de passar a tarde inteira cheia de sacolas pra cima e pra baixo e sim de tudo o que anda acontecendo ao meu redor.

—Estou te avisando isso para o seu bem, sei do que esses pactos são capazes de fazer, apenas não quero que aconteça nada nem com você nem com o Austin. -Enquanto falava ela segurava firmemente em minhas mãos olhando diretamente em seus olhos, eu podia ver a preocupação que eles emitiam.

—Desculpa, mas não tem o que fazer com relação a tudo isso, eu agradeço muito, de coração, porém eu tenho que fazer isso. -Dei um sorriso amarelo.

—Ok, não posso dizer o que você deve ou não fazer, bom de qualquer jeito eu tenho que ir, também vou voltar para Craisville tenho que pegar um vôo agora. -Disse se despedindo de mim com um breve abraço, ela parecia estar atrasada, isso explica o porquê de termos nos esbarrado, eu acho.

—Tudo bem então, espero te ver na minha formatura. –Eu já ia me virando para ir embora quando ela me chama mais uma vez.

—Você não vai fazer o pacto Ally. –Disse com uma convicção impressionante chegando a me assustar um pouco.

—Desculpa, mas eu já tomei a minha decisão, eu vou fazer o pacto. –Falei tão convicta quanto ela.

—Você não vai Ally e isso quem esta dizendo não sou eu e sim você, você mesma escolherá não fazer o pacto Ally. –Sua voz agora parecia calma e terna, porém ainda tinha um semblante sério brotado em seu rosto.

—Mas do que a senhora esta falando? –Franzi o cenho, não faz sentido o que eu ela esta dizendo, eu já escolhi, ninguém vai mudar isso.

—Às vezes na vida temos que tomar decisões difíceis e não pensar apenas em nós mesmos e sim em quem amamos Ally.

—Em quem amamos?Olha me desculpa, mas se esta falando do Austin eu não... –Ela mais uma vez voltou a me interromper.

—Isso não tem nada haver com o Austin, apenas quero que você saiba que será sua escolha não fazer o pacto. –Me disse seriamente e deu um breve aceno agora indo na direção oposta a mim, me deixando ali plantada com cara de idiota.

Eu realmente estou cansada de tudo isso, já chega eu não agüento mais, preferia a minha vida quando eu apenas matava as pessoas e era feliz.

***

Depois de mais umas duas horas apenas passeando por toda a Nova Iorque eu decidi que era à hora de voltar, já passava das vinte horas e eu estava realmente muito cansada.

No saguão aquela cadeira quebrada já não habitava e na recepção outro cara estava tomando conta. Subi de elevador como sempre só que infelizmente dessa vez tive quer vir com várias pessoas que eu não conhecia e que me olhavam como se eu fosse um ser de outro planeta, eu realmente devo estar muito pálida, preciso de sangue o mais rápido possível, posso sentir que estou um pouco fraca, eu preciso de sangue apenas isso, mas não posso atacar qualquer uma dessas pessoas pelo simples fato de algum imbecil ter colocado uma câmera de vigilância, então plano por água abaixo. Controlei-me ao máximo, tentando a todo minuto esquecer as pessoas que estavam perto de mim possuíam um cheiro tão bom quanto o sabor devia ter. Assim que cheguei ao meu andar sai às pressas levando minhas sacolas de qualquer jeito e batendo em algumas pessoas, pude ouvir algumas delas me xingando ou algo do tipo, mas não prestei atenção, a única coisa que eu preciso agora é chegar ao meu quarto.

As joguei de qualquer jeito na cama e fui em direção ao banheiro, eu realmente estava muito pálida, eu sou pálida porque isso faz parte da minha natureza de vampira, mas eu realmente estava pálida muito além do comum. Liguei a torneira e enchi a palma da minha mão com água despejando logo em seguida em meu rosto, repeti esse ato durante alguns minutos, até me sentir um pouco melhor. Eu quero é tirar esse mal estar e o único jeito de tirar isso é com sangue. Minha garganta esta seca e eu estou com as minhas pálpebras pesadas demais, a partir desse momento eu não senti nenhum controle total sobre o meu próprio corpo, minhas pernas fraquejaram e eu já estava preparada pela dor que viria a seguir por causa da minha queda, mas nada disso aconteceu.

—Ai meu Deus o que aconteceu?Você esta pálida e suando frio. - Ele disse enquanto colocava sua mão sobre a minha testa. Sua expressão era de puro desespero e suas mãos estavam em minha cintura impedindo que meu corpo entrasse em contato com o chão.

—Eu preciso de sangue. –Minha voz saiu como em um sussurro.

—Como assim?Há quanto tempo você não se alimenta Alls? –Ele tirou uma mecha que insistia em cair sobre o meu olho a colocando atrás da minha orelha enquanto me escorava na pia do banheiro de frente para ele, suas mãos estavam cada uma delas apoiadas em um lado da pia impedindo assim que eu cambaleasse para algum dos dois lados.

—Do.. is dias. –Eu gaguejei droga, eu me odeio por isso.

—Não mente pra mim Ally. –Ele olhava seriamente em meus olhos como se tentasse decifrar o que eles queriam dizer.

—Um mês. –Minha voz saiu como um fio, mas o mesmo conseguiu ouvir, pois praticamente teve um surto.

—VOCÊ ENLOUQUECEU OU O QUE? –A voz dele soou um pouco mais alto do que o normal.

—Olha aqui eu acho melhor você falar baixo comigo porque é bem capaz de eu enlouquecer e jogar essa torneira de aço na sua cabeça. –Mesmo com tudo isso que ta acontecendo eu ainda conseguia ser irônica essa é uma das minhas qualidades.

Ele passou uma das mãos em seus cabelos como uma forma de tentar se acalmar enquanto suspirava pesadamente.

—Tudo bem, porque você ficou um mês sem se alimentar? –Sua voz agora estava calma muito calma para ser exata e quer saber é melhor assim, pelo menos não tenho que aturar os chiliques dele.

—Eu terminei ficando sem tempo ok?Com o colégio, as ligações, o pacto, a Agnes no meu pé mo tempo inteiro... Eu fiquei sem tempo, foi isso. -Soltei tudo de uma vez, não sei como ele ouviu minha voz esta apenas um sussurro.

—Ok, eu já volto. Você vai ficar bem? –Perguntou fazendo um coque em meu cabelo, nossa que fofo pena que é clichê demais, mas quer saber foda-se eu achei fofo esse gesto da parte dele.

—Eu pareço estar bem Austin?-Dei meu melhor sorriso sarcástico.

—Vem cá. –Ele me puxou pela cintura e ignorando totalmente meu pequeno momento de sarcasmo me levando para fora daquele banheiro e me deitando cuidadosamente na cama.

—Eu não vou demorar. –Disse já indo em direção a porta.

—Vai mesmo me deixar sozinha? –Não tive forças para fazer qualquer tipo de brincadeirinha ou algo do tipo, eu apenas estava sendo sincera.

Ele voltou relutantemente até a mim e se sentou ao meu lado na cama.

—Você confia em mim? –Ele não estava olhando para mim e sim para os meus olhos, não pude evitar olhar com a mesma intensidade.

—Não. –Tentei descontrair o clima o que não funcionou muito bem.

—Ally... –Ele me olhava como se quisesse que aquilo saísse da minha boca.

—Confio. –Revirei os olhos. Ele deu um sorrisinho de canto e foi de novo em direção a porta.

—Eu já volto. –Isso foi à última coisa que eu o ouvi dizer antes de fechar a porta.

Minhas pálpebras doíam muito ao ponto de eu mal conseguir piscar e minha garganta estava muito seca, meu corpo todo doía e eu sentia que estava tremendo bom é tudo o que eu lembro antes de apagar...

 


Notas Finais


Comentem.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...