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História The Last Alpha and The Last Omega (Ziall) - The Dinner


Escrita por: titiaziall

Capítulo 32 - The Dinner


Fanfic / Fanfiction The Last Alpha and The Last Omega (Ziall) - The Dinner

“O Jantar”

Dublin, Irlanda

March 20th, 2018.


Os cujos quinze minutos se passaram, o que lhe fez pensar que Zayn não deve morar tão longe dali, enquanto esperava por ele, tirou os grimórios já encontrados do esconderijo, assim os colocou sobre a cama para mostrá-lo, aproveitou para trocar de roupa também, estava usando um pijama mais a vontade, do qual era um conjunto de shorts curtos e camiseta, apenas trocou o shorts por uma calça jeans, afinal iria “trabalhar” no jardim, sendo assim, já tratou em ir buscar as ferramentas no porão, rezando para que Greg não resolvesse aparecer tão cedo ali e, que ele e Zayn pudessem ter o máximo de tempo possível.

Quando já havia acabado de tirar todas as ferramentas de jardim do porão, ouviu o som da campainha, correu até lá, limpando as mãos e destrancando a porta, ao abri-la se deparou com o mais velho, do qual lhe abriu um sorriso.

“Oi” falaram juntos, logo riram e Niall deu passagem para que ele entrasse, logo fechou bem a porta atrás dele.

— Você é bem pontual, não é? 

Comentou ainda olhando para ele de cima abaixo, ele também trajava uma calça jeans clara, um pouco mais larga e uma camiseta branco gelo, meio surrada e com um desenho na frente.

— Morei por muitos anos em Londres, fui obrigado a me tornar. — Comenta sorridente, Niall sorriu também.

— Agora que percebi que... Você nunca disse de onde veio.

— Também sou americano, nasci numa cidade chamada Arkansas, já ouviu falar?

— Não, mas deve ser bem distante.

— Da Califórnia? Sim, é um pouco e, muito fria também.

Niall sorriu.

— Sabe que... Uma vez eu e meus amigos estávamos fazendo suposições sobre de onde você poderia ter vindo, Demi acertou, pois ela disse que você é americano, mas que com certeza sua família era de dupla-nacionalidade.

— Wow, Demetria realmente tem um senso de percepção bem elevado.

— Então, é verdade?

— Sim, minha família era parquistanesa, que imigraram para a América há muitas décadas, só que meus pais eram americanos, tal como eu e minhas irmãs.

— Você tem irmãs? — Arregalou os olhos.

— Eu tinha.

— Ah... — Ficou sério novamente, às vezes esquece que a família de Zayn sofreu com a grande guerra.

— Éramos quatro ao todo.

— Então, você era o único homem?

— Sim... — Dera uma risada anasalada, como se agora estivesse se recordando perfeitamente.

— Todas elas eram como você?

— Como?

— Alfas.

— Ah não, de Alfas éramos apenas eu e Doniya, a mais velha, Waliyha que era minha gêmea, era uma beta, já Safaa, a mais nova era Ômega.

— Então você tinha uma gêmea... Nossa.

— Sim... — Sorriu triste — Eu tinha.

— Me desculpe por fazer você lembrar, imagino que deva ser muito difícil falar sobre isso. — Sorriu sem graça.

— Não, não é... Tipo, faz muito tempo que não falava delas, mas sempre estarão em meus pensamentos e em meu coração, é por elas e por minha mãe, que eu nunca desisti.

— Eu imagino... — Respirou fundo — Bom, agora que chegou, vamos começar logo, não sei por quanto tempo iremos ficar sozinhos, então quanto mais cedo começar, melhor.

— Está certo.

— Vamos fazer de tudo para não danificar muito — Dizia enquanto condizia Zayn até os fundos de sua casa — se bem que é impossível, se trata de algo enterrado, creio que muito bem escondido também.

— Talvez não tenhamos sorte em encontrar assim, tão facilmente, precisaríamos de mais tempo e muita paciência também.

— Não tem nenhum método de rastreamento para encontrar esses grimórios, não? — Abriu a porta e eles chegaram ao jardim.

— Não, porque não é como se fosse um metal ou que possuísse um calor sobre humano para passar pelos radares, se trata de um artefato antigo e muito bem selado.

— Que droga... — Eles olharam em volta.

— Que jardim bonito, realmente sua mãe deve gostar muito dele.

Comentou Zayn, avaliando cada parte.

— É, como eu disse, ela tem um amor bem grande por ele mesmo, não deixa quase ninguém chegar perto, acho que foi por isso que minha avó escolheu justo aqui, para esconder.

— Novamente: sua avó era uma gênia.

— É, ela era sim...

Eles se encararam, o contato visual durou mais tempo do que de costume, só desviou quando Niall tossiu nervoso e tornou a dizer:

— Separei já as ferramentas, estão todas ali. — Apontou.

— Muito bem, por onde vamos começar?

— Não faço ideia... — Olhou para as roseiras do qual estavam cheias e suas flores eram tão vermelhas e aveludadas, que pareciam terem sido escupidas, isso fizera Niall se lembrar de algo de repente, quando chamou: — Zayn?

— Hm? — Ele lhe direcionou sua atenção.

— Era você quem estava no enterro da minha avó, não era?

— Não entendi...?

— Antes de ir, vi uma pessoa colocar um buquê de rosas vermelhas no meio das brancas, algo que estranhei muito, mas lembrei que minha avó adorava rosas vermelhas, enfim, era você, não era?

O moreno sorriu.

— Sim, era eu sim.

— Por que foi? Vocês eram amigos também?

— Não, não éramos amigos, mas sua avó já me ajudou muito, principalmente quando fiquei debilitado e em coma, logo depois se ofereceu para cuidar de você por mim, tivemos certos desentendimentos no decorrer dos anos, porém, ainda sou eternamente grato e quis lhe prestar essa última homenagem.

— Que desentendimentos foram esses? Se me permite saber.

— Não foram sérios, apenas porque ela resolveu esconder você de nossas vistas, passou quase cinco anos sem termos notícias, achamos que vocês haviam saído da Irlanda, quando na verdade ela apenas formou em você um escudo de proteção, que camuflou você totalmente em meio aos humanos.

— Fiquei invisível?

— Aos nossos olhos sim, ela fez isso sem nos consultar, foi contra o protocolo e me deixou bem bravo, eu me preocupava com você mais do que qualquer outra coisa, precisava saber se estava tudo bem, sem sinais seus, era como ficar cego.

— Talvez ela teve seus motivos.

— Sim, motivos esses que nunca saberemos.

Então os dois olharam novamente para as roseiras, até que pareceram pensar e concluir a mesma coisa no mesmo momento, então se olharam em sincronia.

— Acha que...

— Sim, com certeza.

Niall disse, indo até lá, se rosas eram suas flores favoritas, nada do qual esconder as coisas ali no meio delas, sendo assim, haviam buscado as ferramentas, para começarem a escavar, Niall entregou luvas de jardineiro a ele, assim como vestiu também, iniciaram o trabalho e em poucos minutos, suas roupas estavam bem sujas de terra.


(Minutos se passam)


— Não é possível! Tinham que estarem aqui, não há como não estarem. — Disse Niall, limpando o excesso de suor da testa.

— Bem, se tratam de grimórios muito importantes e procurados, não há como pensar que iríamos encontrar de primeira, fique calmo, vamos encontrar. — Lhe conforta.

— Mas onde? O único lugar mais propício a estarem, não estão Zee, então onde?

Dizia enquanto olhava para toda a bagunça que fizeram, mal se dando conta de que chamou Zayn por um apelido, talvez ele também não se deu conta, já que respondeu em seguida:

— Não vamos desistir, podem não estarem nesse local, mas o jardim é bem amplo pelo o que estou vendo, então... Vamos realmente ter que revirar tudo.

— Minha mãe vai me matar.

— Não hoje, já está ficando tarde. — Olhou o relógio de pulso — Podemos recomeçar outro dia, sua família já deve estar voltando.

— Oh, meu Deus! Nem me dei conta, que horas são?

— Quinze para as seis.

— Puta merda! Eles não ficam até “anoitecer” na rua, não sei qual milagre me deixaram sozinho por tanto tempo.

— Reparei mesmo.

— Bem, então tentaremos outro dia, dessa vez, vou lhe ajudar a escavar.

— Não precisa, nem estou cansado.

— Mas eu quero Zayn, não é justo você ficar com a parte mais difícil do trabalho.

— Eu fico, porque tenho mais força e faço com mais rapidez.

— Está me chamando de fraco?

— Não, estou dizendo que: enquanto eu cuido disso, você pode ficar mapeando o quintal, para que assim, possa me indicar os melhores lugares para eu escavar.

— Mas podemos revezar.

— Assim iremos perder mais tempo ainda, sem contar que é perceptível que você não saiba manusear uma pá, então não discuta.

— Não estou discutindo, você quem não gosta de receber ajuda.

— Eu? Só estou sendo coerente.

— E eu prestativo!

— Você é um teimoso, isso sim!

— E você, um orgulhoso!

Os dois se encararam contrariados, vendo que não chegariam a um consenso nunca, realmente Niall era teimoso demais e não gostava nenhum pouco da forma que Zayn o tratava, como se fosse uma donzela, Já Malik, realmente era cabeça-dura, não gostava de dar o braço a torcer nunca.

— Certo... Vamos continuar como estamos, não quero brigar. — Niall voltou a postura normal e amoleceu novamente o corpo — Só quero me sentir mais útil.

— Você está sendo mais do que útil, eu só estou cavando, mas é você quem está mapeando e analisando os melhores lugares, sem isso, não chegaríamos a lugar algum, okay?

— Okay Alfa chato, okay.

Ele riu, enquanto se limpava.

— Vamos ter que dar um jeito nisso tudo.

— E rápido, creio eu.

Eles então, começaram a taparem novamente os buracos feitos ali, não da forma perfeitinha que estava antes, porém, daria para enganar Maura pelos próximos dias, já estavam bem cansados, Niall havia entrado de volta em casa, tirou as luvas e lavou as mãos junto com o rosto, pegou uma jarra cheia d'água acrescentando bastante gelo, depois pegou dois copos e retornou, enchendo os dois e entregando um deles para Zayn.

— Valeu... — Ele pegou, em seguida bebendo tudo em cinco goles, Niall fizera o mesmo, até que se saciaram.

Malik também havia ido até um pequeno tanque que ficava ali, ligando a torneira para lavar as mãos, retirou as luvas, lavou o rosto e o pescoço também, tirando excesso de suor, sua franja estava úmida também, desligou e sentou-se ao lado de Niall em um banco, onde ficaram em silêncio por alguns minutos, apenas descansando.

— Uffa, que dia! — Niall disse olhando pra cima.

— É... — Zayn bocejou — Quando chegar em casa, só vou tomar um bom banho e desmaiar.

— Nem me fale, só de pensar que amanhã tem aula, já me faz sofrer antecipadamente.

— Amanhã pelo o que meu calendário me mostra, terei que passar um novo exame pra vocês.

— Zayn... — Choramingou — Pega leve, por favor.

— Não posso, isso não depende de mim, meu bem. Juro que se pudesse, nem passaria essas coisas, odeio ter que montar provas e, fingir que não tô vendo vocês colarem.

Eles riram.

— Espero realmente me sair bem nessa prova, ainda não engoli minha nota na última...

— Vamos entrar de novo nesse assunto?

— Não! E também não tô insinuando que você tenha culpa seu bobo, só estou dizendo que preciso realmente estudar mais, meu orgulho ferido não vai me perdoar, se caso aquela vad... Aquela garota, tirar uma nota maior que a minha outra vez. — Se corrige, notando que estava prestes xingar sua colega de turma, ainda mais diante de Zayn, que só fizera rir e balançar a cabeça.

— Qual seu problema com ela, afinal?

— Todos possíveis.

— Especifique um.

— Ela não faz nada, absolutamente nada do qual não queira receber algo em troca, principalmente atenção.

— Então, acha que ela tira notas boas pra chamar atenção?

— Não é óbvio? Você viu como ela fica se exibindo para todos, quando tira uma nota muito alta, ela não estuda para si mesma, isso é triste.

— Bem, cada um lida com seus conflitos da sua maneira, pode ser que em casa, ela não receba atenção dos pais o suficiente, por isso busca suprir isso na escola, talvez ela só queira se sentir parte de algo, nunca parou pra pensar nisso?

— Não, todos temos problemas em casa, ninguém tem culpa.

— De qualquer forma, só tente não julgar muito quem não conhece, ninguém sabe o que as pessoas realmente estão sentindo.

— Eu sei... — Disse virando totalmente na direção dele — E como sei.

— Muito bem. 

Sorriu de lado, passando a encará-lo de volta, a medida que ficaram em silente total, Zayn voltou a ficar sério genuinamente, no modo que seu rosto apenas ficasse solene, diante de um Niall totalmente imprevisível. Malik sempre possuiu uma percepção muito elevada, sua intuição quase nunca falha, ele consegue sentir as emoções — pelo menos de quem está muito próximo a ele — numa facilidade absurda, como todo líder de uma alcatéia, assim poderia perceber o perigo bem antes dele se aproximar, só que quando se tratava de Niall Horan, ele era totalmente “leigo” pois não sabia o que esperar do garoto, não sabia o que ele iria aprontar, o que estava pensando... Era um mistério total aos seus sentidos.

Faz dias em que ele tenta decifrá-lo, desde o dia em que o mesmo tentou lhe beijar, para tentar entender o que de fato ele queria, Zayn ainda está em conflito consigo mesmo, sobre o que sentia em relação a isso tudo, ele ainda mantém sua ideologia intacta, embora seja mais difícil do que se pode parecer, pois aquele Ômega era uma caixinha de surpresas, pensar nele era como cair em sua própria contradição, enquanto tentava negar a si mesmo, todas as sensações benevolentes do qual sente, quando está perto dele.

Niall de repente tocou seu rosto, sem aviso prévio, Zayn sabia que deveria pará-lo, no entanto, não conseguiu fazer, quando o toque dele em si, lhe fizera ficar sem reação alguma, os olhos que antes bem clarinhos, agora ficaram numa tonalidade mais fria, as pupilas se dilataram a tal ponto, parecendo de um gato quando está caçando, se bem que, compará-lo com felinos, seria até uma ofensa há muitos anos atrás, pois a natureza os fizera rivais por alguma razão desconhecida.

Os olhos desejosos do garoto, percorriam por cada detalhe do rosto alheio, fazendo com que Zayn quase sentisse sua pele queimar com a intensidade em que ele lhe encarava, sabe que deve parar, mas não faz, não há forças, é como se estivesse se vendo totalmente perdido naquele oceano inteiro, concentrado apenas num par de olhos bem redondos e brilhantes, com cílios tão clarinhos que mal dá para vê-los, senão fosse seu formato.

— Está tão tenso Zee... — Ele comenta de repente, ao notar que a respiração do mais velho ficou descompassada.

— Eu... — Tentou achar alguma justificativa, porém não havia, Niall sabia disso. — Acho melhor ir, sua mãe pode chegar a qualquer momento.

— Não... — Ele disse de repente — Ainda não.

— Por que?

— Porque agora que finalmente estamos sozinhos, não precisa mais fingir que não me quer.

“Senhor, se isso for um teste, me ajude.” ele pensara, enquanto engolia excesso de saliva, sua mente gritava pra ele se afastar, ele garantiu que iria, pela segurança de Niall, porém, como se afastar dele se o mesmo busca por si? Pior que isso, é que seu corpo voltou a ficar da mesma forma que pela manhã, na hora da aula, Horan está mexendo totalmente com sua compostura, o fazendo desejar cometer loucuras, querer aquilo que não pode ter.

Até pode, mas não seria certo, não seria justo.

— Amanhã vamos nos ver outra vez... — Disse desviando o olhar.

— Dentro de uma sala, onde terá que dar atenção a mais de trinta alunos além de mim, fique mais um pouco Zee... Por mim.

“Mas é justo por você, que eu quero ir embora!” pensou novamente, sentindo seu corpo começar a reagir. Quando Niall se aproximou ainda mais, no modo que seu nariz se arrastasse no dele, Zayn fechou os olhos fortemente e segurou-o pelos pulsos, virando mais uma vez o rosto para o lado.

— Não faz isso Niall, por favor.

— Você não quer? 

Ele perguntou, e veio aquele aroma adocicado que tanto se assemelha a calêndulas ou talvez nectarinas, só que ao mesmo tempo, carrega um pesar, um aroma que pode ser tão suave, só que muito libidinoso, do qual faz seu Alfa implorar para tê-lo.

— Eu não posso...

— Mas quer, não quer? — Virou o rosto de Zayn levemente, quando segurou o queixo dele.

— A questão não é querer, é não poder Niall.

— Por que não?

— Porque você não é meu.

— Mas posso ser... 

Isso soou tão inocente, só que tão sensual ao mesmo tempo, que Malik teve a impressão de que sua intimidade lá em baixo, despertou somente com aquelas palavras, só que ainda tinha um resquício de sanidade e, sabia que qualquer coisa que fizesse ali, poderia definir para sempre o futuro deles dois, que se caso o Ômega entrasse no cio, Cherry iria buscá-lo pessoalmente para lhe castrar.

— Niall...

— Me deixe ser seu, eu quero ser seu, apenas quero, não me rejeite outra vez Alfa, eu imploro.

Quando ele tocou os lábios em seu pescoço, Zayn sentiu todo seu corpo entrar em estado de combustão, se a intenção do outro era lhe enlouquecer, ele com certeza estava conseguindo, quando deu-se pela conta, o garoto já estava quase sentado em seu colo, sua mente ficou completamente em branco, sentindo o peso dele sobre si, as mãos do mesmo estavam em seu pescoço, os dois ofegavam bastante, os lábios acerejados de Horan estavam entreabertos, respirando muito próximo ao seu ouvido, soltando murmúrios e pedidos do qual jamais faria, se estivesse em seu estado lúcido, talvez fizesse, só não ali.

Até que ele fez algo, que deixou Zayn totalmente absorto, foi quando começou a lhe dar mordiscadas pelo pescoço, não fortes, mas que queria ganhar sua atenção, de repente, nem parecia o mesmo Niall de sempre, e foi aí, que finalmente pôde se dar conta de que realmente não era, ele estava deixando seu Ômega tomar o controle da situação, sem nem ao menos saber, afinal, ele não sabia nem que tinha um lobo habitando dentro de si, quem dirá saber controlá-lo? O pior era que não podia fazer muita coisa, quando sabia que seu Alfa estava totalmente seduzido e atraído por ele. Embora que Zayn saiba bem como contê-lo, não é 100% pois, não existe 100% de controle quando se trata de algo duas vezes mais poderoso que ele.

Sem perceber, suas mãos já estavam na cintura do loiro, apertando-a e o trazendo pra mais perto ainda, se viu obrigado a sentir sua essência mais de perto, era incontrolável, já estava completamente excitado, seu instinto selvagem começando a ficar mais forte que a razão, mesmo que ele tentasse lutar contra, seu lado humano ainda era muito fraco, sentiu não apenas seu membro dentro da calça crescer, como também, suas presas caninas, que se exsurgiram um pouco mais, droga! Estava a um passo de se transformar, aquele Ômega estava lhe tirando todo o controle, sentiu finalmente os lábios dele sobre os seus, tépidos e macios, como a pétala de uma rosa...

Isso foi como uma faísca, caindo em meio à pólvora.

Em questão de segundos, pareciam tentar se consumirem somente com os lábios, uma “briga” de línguas na boca, pegadas, arfares pesados, e ósculo, formou-se bem ali naquele jardim. Como as coisas escalaram tão rápido? Nem eles mesmo sabiam, a razão foi consumida pelo desejo. Beijam-se de forma tão ávida e necessitada, que nem parecia que precisavam de fôlego, Niall prendeu suas mãos nos cabelos de Zayn, quando sentou de vez sobre o colo dele, ficando com uma perna de cada lado da cintura dele, tendo as mãos dele em seus quadris, ora lhe apalpando, pra entrando por dentro da camisa, enquanto dominava completamente aquele beijo, não apenas o beijo, como toda a situação.

Quando chegaram no limite dado pelos pulmões, tiveram que se afastar para que assim, pudessem respirar, Zayn teve a visão de um Niall em cima de si, ofegante, com lábios inchados e cabelos desgrenhados, enquanto lambia os lábios e lhe encarava profundamente, ele lhe puxou pela nuca, começando outro beijo, passando a dar gemidos baixos contra os lábios do mais velho; parecia tão errado, só que tão certo ao mesmo tempo, era obsceno, arriscado, excitante, afinal, tudo que é perigoso, de alguma forma é excitante. A forma em que se beijavam, se tocavam, eram dois animais em seu mais puro extinto selvagem, e incontrolável.

— Oh, Zee — Ele arfou contra seus lábios — Como eu quero você...

Era tão prazeroso a forma em que Niall pedia por ele, tê-lo daquele jeito, não estava nem mesmo nos seus mais sombrios pensamentos, ele nunca se deu conta do quanto o desejava, até sentí-lo daquela forma. E por mais que estejasse bom, Malik precisava cair em si, aquilo não era certo, era arriscado e inconsequente demais, sem contar que, estavam correndo grandes perigos, se os rastreadores lhes achassem pela essência pura que estavam exalando ali, a família de Niall com certeza iriam vê-los daquela forma tão promíscua.

— N-Niall... Mm... — Chamou com dificuldade — Precisamos parar.

Afastou-o gentilmente de si, o olhando nos olhos.

— Eu fiz algo de errado?

— O quê? Não! Claro que não, você não... Eu sim.

— O que pode ser errado, Zee? — sua voz era sôfrega.

— Isso... Eu não posso permitir isso, para sua própria segurança, e a minha também. — O tirou de seu colo — Quero que entenda.

— Tudo bem... — Disse por fim, mas era visível que estava frustrado.

Ele passou a mão nos cabelos, os arrumando outra vez.

— Eu tenho que ir agora. Tudo bem?

— Certo, eu acompanho você até a porta.

Eles levantaram em sincronia, só que antes de se moverem, conseguiram ouvir barulhos vindos de dentro de casa, aguçaram os sentidos ouvindo uma voz feminina, do qual os fizeram se encarar com os olhos arregalados.

— Oh, merda! Minha mãe chegou — Disse Niall num sussurro — Vem!

Chamou abrindo a porta dos fundos de forma bem cautelosa, eles limparam os sapatos para entrar de volta em casa, primeiro vendo onde ela estava, a mesma falava ao telefone na sala, Niall fez um sinal para que Zayn passasse e eles dois chegaram ao corredor do qual fica a escada da casa, eles entraram na área de serviço que fica em baixo da escada, para ficarem ali escondidos até ela subir.

— Espero que ela não demore muito. — Disse Niall assim que entraram, e ele fechou a porta.

— Será que ela vai me reconhecer, lá do supermercado? — Perguntou lembrando de quando Niall estava pra morrer de vergonha da mãe o provocando perto de Zayn.

— Infelizmente sim, minha mãe tem memória de elefante, além do mais... — Mordeu os lábios.

— O quê? — Zayn instigou.

— Ela sabe que você é meu professor, eu falei.

— Sério?

— Sim, não podia imaginar que um dia você viria na minha casa.

— Você tem um ponto. — Eles olharam pela brecha da porta — E outra, se ela sabe que sou seu professor, vai achar muito estranho eu estar aqui.

— Sim, bastante... — Niall o olhou por cima dos ombros — Temos que-

— Niall? — Seu nome é chamado, ele empurra Zayn mais para trás, logo ela surge ali olhando para cima — Niall?! Está em casa?

— Estou mãe. — Saiu de dentro da área de serviço, a fazendo arquear a sobrancelha.

— O que está fazendo aí?

— Eu... Eu ia te dar um susto.

Mentiu, passando a mão pelo cabelo, ela riu.

— Bobo. De quem é esse carro que está aqui na frente? Tem alguém com você aqui?

— O quê? Não! Por quê? — Responde nervoso.

— Por nada, não viu quem estacionou?

— Não, deve ser do vizinho.

— Nenhum dos vizinhos tem um carrão desses, deve ser alguém muito rico e, que também não conhece as regras de moradia, pois estacionar na calçada dos outros é proibido!

Niall olhou pra trás, imaginado a cara de Zayn ouvindo isso.

— Está tudo bem? — Ela pergunta o avaliando dos pés até a cabeça.

— Sim, por quê?

— Parece estar nervoso...

— Nada a ver! Você não vai subir?

— Por que?

— Por nada, talvez deva estar cansada, deve descansar um pouco mãe... — Lhe abriu um sorriso, ela o avaliava com os olhos semicerrados.

— Sim, devo sim... — Foi até a escada — Bem, eu vou subir então.

— Tá bom?

— Cadê seu irmão?

— Ainda não apareceu.

Ela então fez menção de subir a escada, mas ao notar que Niall não parava de olhar pra área de serviço, desceu de lá, quando foi na direção da mesma ele quase berrou:

— Mãe, NÃO-

Ela abriu a porta, encontrando Zayn ali encostado num freezer velho que não prestava mais, mexendo no celular, o mesmo a olhou com uma expressão atônita, Niall arregalou os olhos e Maura então, olhou para si, dizendo:

— Carro do vizinho, não é mesmo?

— M-Mãe eu posso explicar! — Disse nervoso.

— Estava mesmo escondendo ele, achando que eu não iria perceber?

Zayn se manifesta:

— Sr. Mallangër, nós podemos explicar-

— Maura, querido. Me chame de Maura! — Ela disse sorrindo, logo o olhou um olhar desconfiado — Você é professor do meu filho, não é?

— Sim, eu sou.

— E o que faz aqui? Como é seu nome mesmo?

— Zayn, Zayn Malik.

— O que faz aqui, Zayn? — Repete sua pergunta.

— O Zayn veio aqui me ajudar a recolher umas amostras de plantas, para um trabalho na escola, um projeto na verdade! — responde na frente dele.

— Por isso estão sujos desse jeito, como se tivessem construído uma casa? Aliás, mexeu no meu jardim? — Levantou as sobrancelhas.

— Hã... Um pouco, mas isso é muito importante mãe! Eu juro.

— Que trabalho é esse, hein!? E por que colocou seu professor no meio disso?

— Porque o trabalho é da matéria dele!

— Mas a matéria dele não é Artes?

— É, mas eu estou em uma parceira com a professora Gothel de biologia, estamos fazendo umas pesquisas e enquanto pedimos amostras de plantas, minha parte é ajudar e fazer ilustrações. — Ele disse dessa vez.

— E você sempre ajuda seus alunos pessoalmente na casa de cada um, Zayn?

— Apenas dos que mais se interessam pelos projetos da escola. — Olhou para Niall, o mesmo sorriu escondido.

— Nunca vi isso antes.

— Okay! Chega de conversinha, mãe o Zayn já estava de saída.

Puxou ele de lá de dentro, enquanto segurava sua mão.

— Mas já? Agora que finalmente pude conhecê-lo... Zayn, por que não fica para o jantar?

— Mãe!

— O que foi?

— Eu adoraria, mas tenho realmente que ir, dona Maura. Mas muito obrigado pelo convite-

— Ah, por favor! Eu insisto, eu sempre cozinho algo especial no dia de hoje.

Niall arqueou a sobrancelha, ela nunca cozinha “algo especial” fora das datas comemorativas e feriados, na verdade, nem cozinhar todos os dias ela cozinha. Mas adorou a ideia de ter Zayn junto com eles no jantar, quando o mesmo lhe olhou, buscando uma certa ajuda com o olhar, Niall balançou a cabeça positivamente, para que ele aceitasse, sendo assim ele responde:

— Bom, se não for incomodo.

— Jamais será! É uma honra receber um professor do meu filho, por mais que seja nessa situação, mas saiba que sempre será muito bem-vindo aqui! Vou preparar o jantar, com licença. Niall, leve ele até a sala filho, aprenda a recepcionar uma visita com mais decência! 

Zayn sorriu, só então perceberam que ainda estavam de mãos dadas esse tempo todo, claro que isso não passou despercebido pela mãe de Niall.

— Já vou! 

Ele disse conduzindo Zayn até a sala, mas assim que chegaram lá, a porta foi aberta por Greg, a situação não podia estar mais constrangedora.

— Cheguei família! — O mais velho fechou a porta, olhando diretamente para Zayn e o avaliando dos pés a cabeça — Temos visita? Dessa eu não sabia.

— Greg, fale direito com o namorado do seu irmão.

— Namorado?

— NÃO! Mãe ele não é meu namorado! Para com isso! — Exclamou o mais novo, ficando roxo.

Não se sabia qual era risada mais alta, se era de Maura ou de Greg.

— O que houve com as roupas de vocês? Parece que foram enterrados vivos.

— A gente estava no jardim. — Disse Niall — Longa história.

— Imagino. Bom, eu sou o Greg. — Ele lhe estende a mão.

— Zayn!

Eles se cumprimentam, Greg apertou bem forte sua mão, como se quisesse transmitir algum tipo de autoridade ali, já que era o mais velho.

— Você é mesmo namorado do meu irmão?

— Não, apenas sou professor dele.

— Professor? Que merda cê fez, hein Nialler?

— Nenhuma, imbecil!

— Então o que ele faz aqui?

— Outra hora eu explico Greg, mas que saco! Só dá pra parar de fazer tanta pergunta?

— Não, porque se seu professor veio até aqui, é porquê alguma merda você fez.

— Eles estão fazendo projetos de escola, Greg. — Maura avisa de lá da cozinha.

— Que projeto?

— Greg, agora não!

— Projeto de quê Zayn? — Ignora o mais novo, olhando diretamente para Zayn, do qual estava mais desconcertado possível com aquela situação.

— Artes e biologia, é meio complicado, mas Niall pode lhe explicar com mais calma, eu estou acompanhando pessoalmente, pois ele é um dos melhores voluntários.

— Ah, entendi.

Ele semicerrou os olhos.

— De qualquer forma, fique a vontade, Zayn. — Apontou os sofás.

— Obrigado.

Sentou-se.

— Hoje vai ter jantar, é? — Greg comenta, quando já começa a sentir cheiro de fritura.

— Mamãe vai preparar algo “especial” hoje. — Niall avisa, indicando Zayn com o olhar, Greg riu.

— Sim, vou preparar um jantar bem legal, afinal temos visita e ele precisa provar da melhor receita dessa casa.

“Shepherd’s Pie?” Greg e Niall perguntam em sincronia.

— Isso mesmo! 

Ela responde e os dois se entreolharam e comemoram felizes da vida, Zayn assiste aquilo sem entender uma vírgula, até que Niall o olhou e entendeu sua confusão, então disse:

— Shepherd’s Pie é nosso prato favorito aqui, nossa mãe só faz no natal, mas graças a você, vamos comer hoje!

— A mim? — Ele questiona sorrindo um pouco estranho — Mas ela não cozinha algo especial no dia de hoje?

— O que você acha? — Riram, assim Zayn concordou, então Maura chama:

— Niaaaall! Venha me ajudar, corte essas batatas pra mim, por favor.

— Já vou mãe. — Se levanta do sofá — Já volto!

— Okay. 

Zayn uniu as mãos, ficando ali quieto, logo Greg retorna até a sala e liga a TV para lhe fazer companhia. Malik apesar de manter a formalidade, mantinha uma conversa bem animada com o rapaz, que apesar de sério no começo, logo começou a se soltar e mostrar a Zayn que de autoritário ele não tem nada, sendo assim, ele lhe pergunta:

— Tem quantos anos, Zart? 

— Vinte e dois... E é Zayn.

— Caramba, tão novo e já é professor? Cara eu tenho vinte e três e ainda nem terminei a faculdade.

Zayn sorriu.

— Terminei os estudos bem cedo, e já entrei logo numa faculdade, cada um tem seu tempo.

— Isso é verdade. E é daqui da região, mesmo?

— Não, sou de Bradford, mas morava em Londres por causa da faculdade.

— Ah, e torce pra algum time?

Zayn lhe encarou, como se pudesse ver o fundo de sua alma, pensando muito bem antes de responder aquela pergunta.

— Hã... Sim.

— Qual?

Buscou do fundo de sua mente, algum que se lembrasse, Zayn nunca foi chegado a futebol, se já assistiu alguma vez, não lembra nem quem era que estava jogando.

— Manchester... — Olhou para camisa do mesmo — United.

— O QUÊ? Mentira! Você é um diabo vermelho!?

Zayn o olhou estranho, então lembrou por alto de Charles, que era um torcedor não muito fiel, mas foi com ele que assistiu pela primeira vez uma partida de futebol, ele comentou por alto que era o nome dado aos torcedores do Manchester, os famosos “Red Devils”.

— É, eu sou.

— Vamos nos dar muito bem, Zed!

Disse Greg sorrindo empolgado e trocou de canal, onde passava um campeonato, fazendo Zayn respirar aliviado, por ter conseguido convencer ele.

— O jogo vai começar daqui a pouco! Ainda bem que vai ter tempo de assistir, não é?

— É sim.

— Cara, tomara que dessa vez o Manchester consiga levar essa, já não basta a vergonha que foi, aquele jogo contra o Liverpool, você assistiu?

— Não, ando trabalhando demais, faz tempo que não vejo um jogo... — Disfarçou enquanto balançava a perna em nervosismo.

— Aceita uma cerveja? 

— Claro.

Ele levantou-se para buscar, Malik pôde reparar melhor na casa, era bem bonita, da última vez que esteve ali, onde carregou Niall até seu quarto ainda desacordado, não reparou muito, a casa era grande, mas muito acolhedora, tudo nela era decorado em um estilo mais vintage, o marrom queimado, amarelo dourado e branco creme, era muito presente seja nas paredes, móveis, quadros ou decorações, isso lhe fizera lembrar da casa em que cresceu, mesmo que sejasse diferente, ainda sim, sentia falta daquele clima familiar.

Já na cozinha, Niall ajudava sua mãe, enquanto cortava as batatas, viu Greg tirar duas longe necks da geladeira e retornou até a sala, de lá, dava para ver eles dois, enquanto o irmão mais velho torturava os tímpanos de Zayn falando sobre o quanto odiava o Liverpool, junto de seus torcedores que se denominavam “The Reds”. Malik por sua vez, abriu a cerveja e deu um gole, enquanto ouvia tudo e balançava a cabeça em concordância, fingindo que estava compreendendo tudo, quando na verdade não sabia nem que Liverpool e Manchester United eram tão rivais assim, mas concordava com tudo que o mais velho dizia e sorria também.

O mesmo, direcionou seu olhar até a cozinha, pegando Niall no flagra olhando para si, o mesmo já nem fez mais questão de esconder, lhe sorriu e Zayn lhe deu uma piscadinha discreta, voltando a atenção a Greg, isso fizera o mais novo corar e morder os lábios, tentando se concentrar nas batatas. Quem notou essa pequena interação, foi Maura em que apenas observava tudo calada e com um sorriso escondido.

De repente, aquela cena parecia bem rotineira, como se Zayn não fosse um estranho, tê-lo deixou Horan feliz, pois conseguia se sentir confortável com sua presença, tinha certeza que o moreno se sentia do mesmo jeito, apesar de quieto no começo, agora ele já estava interagindo bem mais e até falando mais também. Voltou a sentir aquele arrepio na espinha, seus sentidos ficaram em alerta, quando ouviu um som de grama mexendo, poderia ser no terreno vizinho, só que novamente veio aquela sensação de que estava sendo observado, olhou para Zayn que conversava com seu irmão distraído, então resolveu balançar a cabeça e voltar sua atenção à sua mãe, que falava sobre o processo de adoção da família Styles, que moram logo no começo da rua.

Os Styles são compostos por três membros, que nem a família Mallangër (agora), Anne, Robin (seu marido) e Gemma a única filha do casal, pelo o que sua mãe lhe disse, Anne queria adotar uma criança, porquê não podia mais ter filhos, então por isso, entrou num processo bem longo de guarda que já está durando meses, pois é bem difícil adotarem crianças em certos países europeus, a Irlanda é um deles.

Aquela noite seria longa...



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