História The last petal of the cherry blossom - A Terceira pétala

A formatura havia chegado. Flores voavam conforme o vento passava soprando nossas roupas.

O último ano havia finalmente chegado ao fim.

Havia passado um ano desde que Jong ki se formara e partira para um intercâmbio na Inglaterra para se afastar da família. Nós mantivemos contato durante os 4 primeiros meses, mas depois disso ele começou a parar de responder. Não vou negar que sinto falta de passar meus fins de semana conversando sobre algum livro ou filme, ou apenas sentindo a brisa debaixo da arvore.

Bom, eu finalmente decidi o que estudar após tanto tempo em dúvida. Pelo menos uma parte do meu futuro não era mais incerto, isso eu posso garantir, com todo o estudo que eu tive que ter nos últimos meses de aulas. Eu nunca pensei que fosse tão difícil entrar em uma universidade coreana como foi.

Mas essa não é a única novidade por aqui. Depois de tantos anos, adivinhem quem finalmente irá se casar? Isso mesmo. Na próxima semana, a minha tia finalmente aposentará a vida de solteira dela para se casar com o Sr. Yook, e ela me chamou para ser madrinha!

Confesso que estou muito nervosa. Imagina entrar em um salão lotado de pessoas olhando para você, esperando você cometer qualquer errinho enquanto anda. É também a primeira vez que meus pais virão para a Coreia também. Eles chegaram essa semana só para ver a minha formatura. Não vou mentir que estou feliz por ter mais pessoas para conversar, mas eu realmente gostaria que Jong ki estivesse aqui também...

Enquanto encarava o vazio com os meus pensamentos, senti um cutuque no meu braço enquanto meu nome era anunciado ao fundo pelo diretor. Estava na hora de subir ao palco. Meu coração começou a acelerar enquanto eu caminhava nervosamente pelo corredor em direção as escadas. Olho para a plateia e encontro os rostos dos meus pais e da minha tia, junto ao Sr. Yook. Minha mãe e minha tia chorando, enquanto meu pai acalmava as duas e Sr. Yook tirava fotos. Soltei um sorriso para eles, enquanto caminhava em direção ao meu diploma. O diretor se curva para mim, e eu faço o mesmo. Enfim, continuo andando e me junto aos demais formandos.

Comecei a olhar em volta procurando pelo seu rosto no meio da multidão. Estaria eu sendo tão impossível em realmente achar que ele estaria no país novamente só para me ver? Desisto então, apenas terminando de ouvir o diretor chamando o próximo aluno.

Após alguns minutos depois, a cerimônia chega ao fim, fazendo com que todos se levantassem e se abraçassem. Mas como vocês devem muito bem saber, ninguém me abraçou, obviamente, então fui em direção a minha familia.

Minha mãe abre seus braços enquanto eu sou cegada por um flash totalmente desnecessário da câmera da minha tia. Ela abaixa o aparelho e me abraça junto a minha mãe.

- E então querida? – Ela dizia, enquanto secava as lagrimas na minha roupa – Como se sente agora que está formada?

- Ainda não sei dizer, mas com certeza é uma sensação de alivio. – Eu sorri, enquanto abraçava meu pai. – Pelo menos eu não terei de ver o rosto deles de novo.

- Estamos orgulhosos de você, meu bebê – Minha mãe dizia, enquanto passava a mão na minha cabeça. – Agora você é uma adulta. O tempo passa tão rápido.

Continuamos conversando enquanto todos no salão nos observavam pelo simples fato de nenhum de nós estar falando o coreano. Se eu falar que até vi alguns pais tirando fotos de nós, vocês não se surpreenderiam. Talvez por sermos um bando de estrangeiros, isso deve chamar muita atenção. Senti pena do sr. Yook por um momento, já que ele não entendia nada.

- Perdão sr. Yook. – Eu disse, olhando para ele finalmente. Parecia que estava no telefone com alguém, mas desligou alguns segundos depois, se virando para mim e sorrindo. – Você deve estar se sentindo muito de fora.

- Não tem problema. – Ele disse, enquanto tirava a câmera da mão da minha tia. – Vamos, juntem-se que eu irei tirar uma foto de recordação.

Nos juntamos e sorrimos, todos olhando para a câmera. No fim, Sr. Yook entregou a câmera para a minha mãe e foi buscar o carro. Fomos então caminhando para fora do prédio, conversando sobre a viagem dos meus pais e meus planos para o futuro. Assinamos um acordo de que eles viriam para o próximo natal e que eu iria para lá na pascoa. Sr Yook parou na nossa frente com o carro e todos nós entramos, partindo da escola para sempre.

✿❀✿
 

Naquela noite, enquanto esperava o sono vir, sentei em minha cadeira e observei minha pequena flor. A coitada havia aguentado todos esses anos e ainda se matinha viva. Agora, com apenas duas pétalas, eu evitava tocar nela para não se desmanchar. Então apenas observei sua pequenina beleza e me peguei pensando novamente em Jong ki.

Eu estava pensando nele com muita frequência depois que paramos de conversar. Sentia tanto sua falta, que as vezes me tirava o sono. Me pegava pensando nas coisas que passamos juntos ao longo dos anos. Das vezes em que ele me ajudou a enfrentar as meninas malvadas, quando ele me levou para casa em suas costas. Da vez em que a energia acabou e ele veio até minha casa pois não queria ficar sozinho. E das inúmeras vezes em que sentávamos debaixo da arvore e jogávamos papo fora e dividíamos nossas comidas.

Eu acho que no fim, eu sempre tive um pouco de inveja dele por ser tão extrovertido com as pessoas como ele era. Sempre sorrindo, sempre feliz ao olhar para todos. Uma aura de ouro irradiava em volta dele. Então como que acabamos do jeito que estamos?

Fico pensando em como viramos tão amigos desse jeito, com tantas diferenças entre nós.

- Será que ele está se dando bem la fora? – Eu murmurei para mim mesma. – Ele provavelmente já deve ter arranjado alguma namorada. Ninguém seria idiota em deixar um cara como ele passar batido...

Senti um calafrio subindo pelos meus braços. Acho que a ideia dele ter uma namorada me deixa um pouco frustrada. Por que aquilo me incomodava tanto? Não é como se eu gostasse dele ou algo do tipo...

Ligo meu celular e vejo a hora marcando meia noite. Começo a digitar uma mensagem, mesmo sabendo que ela vai ser ignorada.

“~Ei, hoje eu me formei. Espero que você esteja indo bem no seu intercâmbio. Queria que você estivesse aqui hoje... sinto sua falta! Se estiver ocupado, não me responda!!! Xx”

Bloqueio novamente o celular e o encaro no escuro. Olho pela janela, encarando a casa dele, observando seu quarto em total escuridão.

- Onde você está? – Eu murmurei, suspirando. Finalmente deixei o celular de lado e deitei na cama. Essa semana iria ser uma correria por conta do casamento, e como uma boa madrinha como eu sou, serei obrigada a estar presente na maioria dos preparativos.

✿❀✿

Acordo com um som batendo em minha janela. Desnorteada, olho para o meu celular procurando as horas. O ponteiro marcava 3h da manhã. Me levanto devagar da cama, enquanto coloco meus óculos. Aparentemente aquele som não iria parar até eu ver o que era.

Abri a janela e sinto uma dor na testa enquanto uma pedra me atingia. Preparo minha boca para um xingamento bem sujo, quando vejo uma figura na calçada. Com medo, encaro o ser até ele tirar o capuz e se revelar. Senti meu coração pular tão forte que fiquei com medo de ter um ataque cardíaco. Sorri de ponta a ponta enquanto desci as escadas o máximo que podia.  Fui em direção a porta da frente, abrindo com tudo enquanto ofegava. Estava vazio.

- Eu estou sonhando? – Eu disse por fim, um pouco desapontada. – Estou ficando louca.

- Provavelmente você sempre foi. – Eu ouço a voz atrás de mim. Viro com tudo enquanto vejo braços me agarrando e me levantando. Seu cheiro era inconfundível, mas sua altura estava maior, me fazendo procurar o chão com os pés. Era como se aquele momento durasse para sempre, ou eu queria que durasse. O calor do seu corpo me deixava feliz e estranha. Continuei sorrindo enquanto ele me soltava. – Você está maior.

- E você mais feio. – Eu disse por fim, enquanto ele fazia uma cara feia. Ele passou a mão na minha cabeça, bagunçando meus fios. Meu coração nunca havia pulado de felicidade como naquele momento.  – O que você está fazendo aqui? Achei que estaria na Inglaterra!

- Como eu poderia perder o casamento do meu tio e ficar sem ver a minha garota favorita? – Ele disse, colocando o braço sobre o meu ombro. – Vem, vamos dar uma caminhada. Ansiosa para a formatura?

- Para falar a verdade, ela já foi. – Ele me olhou surpreso.

- Mas no calendário dizia que era hoje! – Ele falou, decepcionado.

- Esqueceu que nós estamos um dia adiantado do que vocês? – Eu ri. Então ele realmente planejava vir! Acho que nunca me senti tão feliz assim na vida. – Não tem problema! O que importa é que você está aqui!

- Que amor. – Ele diz, sorrindo para mim. – Meu tio me ligou de noite e me chamou para ser padrinho do casamento. Eu fiquei bem surpreso quando ouvi ele dizendo aquilo, mas quando ouvi sua voz ao fundo, meu coração pareceu querer vir imediatamente. Me desculpe se eu demorei ok?

- Não tem problema. Eu também vou ser a madrinha da minha tia.

- Parece que iremos entrar juntos na igreja. – Ele dizia, enquanto sentava em um banquinho. Após nos sentarmos de frente para o outro, meu coração começou a se acalmar da euforia.

- E então, como foi o seu ano sem a minha ilustre presença? – Ele fala, pegando na minha mão.

- Passou como um raio. Nem notei que você estava fora. – Uma mentira. – Me dediquei totalmente a estudar para a faculdade.

- E você já sabe o que fazer?

- Jornalismo. – Eu encarei o céu. Ele estava incrivelmente estrelado naquela noite. – É uma boa oportunidade de conhecer o mundo.

- Tem razão. Acho que combina com você, mas tem certeza que consegue? – Ele disse, meio instável

- O que quer dizer? – Olhe de volta para ele.

- Logo você que não gosta de contato com as pessoas e se isola da maioria delas? Acha que consegue dar conta?

- Existem vários tipos de jornalistas. Existem aqueles que apenas escrevem artigos e coisas parecidas. Eu não preciso necessariamente conversar com as pessoas. Mas chega de falar de mim. Como anda a faculdade? Obviamente já fez amigos no primeiro dia né?

- Sabe como é né – Ele deu de ombros, rindo. – As pessoas de lá são muito legais. Melhores que as daqui. Fiz bons amigos esse ano.

- Isso é bom. Normalmente ocidentais são mais calorosos e liberais. – Eu falava, enquanto mexia meu pé. – E garotas? Finalmente arranjou uma namorada? – Eu brinquei.

- Tem alguém sim. – Ele olhou para o céu e eu parei de mexer o pé, um pouco paralisada. Parece que eu joguei verde e colhi maduro. O que era aquilo que eu estava sentindo?

- Ah... – E ficamos em silencio.

Após alguns minutos de boca fechada. Eu me levanto

- É melhor voltarmos. Está muito tarde e amanhã eu preciso sair com a minha tia bem cedo para organizar as coisas do casamento.  

- Está bem. – Ele disse, sem relutar. Voltamos então, caminhando em silencio, ouvindo apenas o som das lâmpadas dos postes.

✿❀✿

Acordo no outro dia super cansada. Ficamos até tarde conversando, e depois daquele clima estranho, eu não consegui dormir por um tempo. Desço as escadas devagar, zonza de sono. Ao chegar na cozinha, dou um pulo de susto ao ver Jong ki sentado na mesa comendo ovos fritos.

- Bom dia. – Ele dizia, como se fosse supernormal ele estar ali.

- Hã, Bom dia, eu acho... – Disse me sentando enquanto colocava um pouco de café em uma caneca.

- Isso não é maravilhoso? – Minha tia disse, sorrindo. – E nós nem sabíamos que ele havia voltado.

- Eu sabia. – Olhei para ela de relance e vi seus olhos me fulminando. – Desculpa. Era de noite, eu não iria acordar você

- De noite né – Ela disse, se virando. – Sei.

Continuamos a comer. Algum tempo depois minha tia subiu para se arrumar e Jong ki foi para o meu quarto junto comigo.

- O que veio fazer aqui tão cedo? – Eu disse, pegando algumas roupas no guarda-roupa enquanto ele se sentava na minha cama. – Eu disse para você que eu iria com a minha tia atrás das coisas do casamento,

- Eu sei. Eu vim exatamente para isso. – Eu me virei com tudo, encarando ele. – Meu tio pediu para eu ir junto caso algo aconteça.

- Que ótimo. – Peguei as roupas e fui em direção ao banheiro. – Espera aqui que eu vou me trocar.

- Sem problemas.

Após alguns minutos, saio do banheiro vestida e me deparo com Jong ki de pé ao lado da minha mesa. Seus olhos encarando a minha pequena flor.

- Lembra quando eu te dei ela? – Ele dizia, com olhos ternos. – Parece que faz tanto tempo.

- E faz, na verdade. – Eu disse, chegando perto dele. – Mas ela continua inteira. Mesmo sem algumas pétalas.

- Sempre bonita, não importando o problema. – Ele disse por fim. Ficamos naquele silencio constrangedor novamente. – Ji eun...

- Sim? – Eu me virei para ele. Sinto sua mão segurar a minha e viro o olhar, escondendo minha vergonha.

- Não vamos ficar nesse clima, ok? – Ele disse, me fazendo olhar para ele. – Eu senti sua falta.

- Eu também senti a sua. – Eu olhei em seus olhos. Parecia um universo me engolindo e me puxando para mais perto. – Muito.

Nossos rostos começaram a se aproximar, sinto meus olhos querendo fechar. Ele segura a minha mão mais forte, enquanto vem em minha direção. Um pouco mais e nossos rostos estariam tão perto que não daria para escapar.

Ouço a voz da minha tia atrás da porta.

- Estou entrando Eliza! – Ela disse, abrindo a porta abruptamente. Nos afastamos rapidamente, cada um olhando para um lado, vermelhos até a morte. – O que estão fazendo? Precisamos ir logo.

- Sim, tem razão. – Ele disse, indo atrás dela.

O que fora aquilo que quase aconteceu? Ele iria me beijar? Mas e a outra garota? Meu coração estava saltando pela boca de tanto nervosismo e vergonha. Tudo acontecera tão rápido e eu não havia entendido nada. Sacudi a cabeça e desci as escadas.

✿❀✿

O dia do casamento ia se aproximando conforme os dias foram passando. E em todos eles, Jong ki estava presente ao meu lado.

Depois daquela cena da última vez, nós evitamos falar sobre o assunto. Toda vez que ficávamos sozinhos, evitávamos olhar um para o outro diretamente, e nossos assuntos mudavam constantemente.

Acho que até meus pais perceberam que havia algo de errado conosco. Por mais que eles não conhecessem ele muito bem, eles sabem a filha que tem. Então um dia, quando eu estava sozinha, minha mãe veio até mim.

- Tem algo de errado? – Ele disse, colocando a mão no meu braço.

- Por que diz isso? – Eu a encaro.

- Você e seu namorado não parecem estar conversando muito.

- Ele não é meu namorado mãe. – Eu disse, desviando o olhar. – As coisas só estão meio estranhas entre nós ultimamente. Mas está tudo bem, não precisa se preocupar.

- Tudo bem, tudo bem. – Ela solta meu braço. – Se algo acontecer, pode sempre nos contar ok? Estamos aqui para você, minha querida.

- Obrigada mãe.

Continuei a fazer meus afazeres até a noite. Todos jantamos e conversamos sobre o casamento e outras coisas. Um tempo depois, subi para o meu quarto e deitei na cama.  Peguei um livro e comecei a ler, mas eu não estava me concentrando nele. Minha cabeça continuava voltando para o momento do quase beijo que tivemos. O que teria acontecido se tivesse realmente acontecido? Eu queria mesmo aquilo? Será que ele também queria isso? O que era esse sentimento que eu não conseguia decifrar? Os olhares dele, o cheiro, o cabelo. Meu coração palpitava toda vez que eu pensava nele. O que era aquilo?

- Será que eu... – Eu fiz uma pausa, abaixando o livro. – Estou apaixonada?

Aquilo era impossível! Por que aquilo aconteceria junto naquele momento? Ou será que eu já me sentia assim a muito tempo e não havia me tocado dos meus próprios sentimentos? Se eu realmente o amava, então eu estava em uma enrascada, porque ele agora ama outra pessoa.

Sinto meu celular vibrar. Jong ki havia me mandado uma mensagem.

“O que está fazendo? ”

”lendo”

“ Pode conversar agora? ”

“ Aconteceu alguma coisa? ”

“ Sim. Eu queria me desculpar por aquele dia.”

Meu coração gelou naquele momento. Se ele estava se desculpando, era porque não queria que aquilo acontecesse...

“Não precisa se desculpar. Ta tudo bem.”

“ Não está. A gente vem agindo estranho desde do dia em que eu voltei. Eu só queria que você soubesse que eu ando com a cabeça cheia de coisas ultimamente e não queria que você se magoasse com alguma besteira que eu fizesse”

“Besteira? “

“ Quase te beijar foi uma besteira. Eu sei que você estava se forçando a estar ali por não conseguir fugir.”

“Desde quando você começou a ser arrogante e convencido desse jeito? Acha que eu não consigo decidir minhas próprias coisas? Se eu queria estar ali ou não, é problema meu. Não tire conclusões sobre coisas que você não entende. E além do mais, não faz nenhum sentido eu querer beijar você. ”

“ Ótimo. Bom Saber que estamos de acordo com a mesma coisa. ”

“ Sabe de uma coisa? Eu me arrependo de sentir a sua falta por todo esse tempo. Todos aqueles meses em que você me ignorou, você estava com outra garota e sequer teve o trabalho de me responder. Por meses, eu esperei por você e nada. E agora você volta assim do nada e acha que pode fazer as coisas do jeito que você quer? Pois vá sonhando. E não me mande mais mensagem. Eu vou dormir. ”

Desliguei o celular e apaguei a luz. Vi a silhueta dele pela janela do seu quarto e meu sangue subiu a cabeça.

- Quem ele pensa que é, me tratando desse jeito? Acha que eu não tenho amor próprio e vou me rebaixar a um cara que gosta de uma garota e da em cima de outra? – Eu resmunguei, enquanto entrava debaixo das cobertas. – Não seja idiota Ji eun.

Dois dias se passaram até o dia do casamento, e eu continuava sem falar com Jong ki. Na verdade, eu o evitava ao máximo que podia. Mas ele também não fazia nenhum esforço para vir falar comigo.

E finalmente, o casamento chegou.

A manhã foi corrida. Ir no salão ver se tudo estava organizado, voltar para o salão de beleza e começar a arrumar os cabelos e a maquiagem. Nos vestirmos e esperarmos por minha tia. Tudo estava tão corrido que o dia passava como um jato. Mas tudo valeu a pena quando eu vi o sorrido da minha tia ao sair do quarto com o vestido de noiva.

Eu nunca havia visto ela tão feliz em toda a minha vida. Senti até vontade de chorar, ao pensar que talvez eu nunca tenha aquilo que ela está tendo agora.

-Deixe para chorar no casamento querida. – Ela veio em minha direção e me abraçou. – Vamos que estamos tão atrasadas que o Sr. Yook vai ter um treco.

E lá fomos nós então, indo em direção ao dia mais feliz da vida dela, e talvez o mais deprimente da minha. Eu não poderia evitar Jong ki por muito tempo, pois éramos ambos padrinhos.

Ao chegar no salão, fomos para a porta de entrada, esperar começar o casamento. Me deparo com Jong ki ao fundo e fico fitando-o por algum tempo. Ele estava realmente bonito naquele terno. Acho que nunca havia o visto tão lindo antes. Meu coração começou a saltitar, enquanto eu resmungava para ele parar com aquilo. Nunca iriamos funcionar juntos. Ele deixou isso bem claro, ao quebrar meu coração naquela noite. Eu havia decidido que eu lutaria com todas as minhas forças contra todos os sentimentos amorosos que eu tivesse para com ele.

Ele começou a caminhar em minha direção com o rosto sério, enquanto me olhava de cima para baixo, avaliando. A música começou a tocar ao fundo e eu percebi que era a nossa deixa. Ele estendeu o braço para mim e começamos a caminhar devagar.

- Você está maravilhosa. – Ele disse baixinho, só para eu ouvir.

- Você também. – Eu continuava a repetir para o meu coração parar.

- Sobre aquela noite Ji eun... – Ele começou a sussurrar.

- Não vamos falar sobre aquilo agora. Não é o momento. – Eu o cortei. Se ele continuasse falando, eu começaria a ceder mais uma vez, e se eu começasse a chorar no meio da cerimônia, minha tia iria ficar arrasada. – Me encontre atrás do salão antes da festa começar e nós podemos esclarecer tudo.

- Tudo bem. – Ele disse por fim, olhando para sempre e segurando minha mão sobre seu braço. – É uma promessa.

Eu soltei um sorriso. Eu estava começando a ceder novamente.