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História The leaves of a daily - It


Escrita por: FANFICTLOAD

Capítulo 21 - It


Fanfic / Fanfiction The leaves of a daily - It

Capitulo 21


-Essa vadia cuspiu em mim, isso não vai ficar barato. - O homem falou enquanto deslizava a arma lentamente pelo meu rosto até a minha boca me causando calafrios.

-Eu falei para você se afastar dela. - Justin gritou puxando uma arma da sua cintura apontando-a para o homem que me segurava, e eu sentia o meu estômago revirar. 

  Eu estava desesperada, atordoada com essa arma apontada para a minha cabeça e eu não quero nem pensar  no que esse cara é capaz de fazer. 

-Minha área, minhas regras. - O Homem cuspiu, com a raiva visível na sua voz e eu só queria me livrar das mãos dele que apertavam meu corpo com bastante força chegando ao ponto de doer. 

-Essa porra nem é sua de verdade,Dylan, e se você não larga a Liz agora, não vai ser mais de ninguém. - Justin olhou para os amigos dele que assentiram todos com uma expressão séria no rosto e eu senti, que isso não era um bom sinal. 

-O que você acha que pode fazer? - Dylan perguntou com uma risada irônica e eu arfei quando ele apertou mais ainda meu corpo contra o seu. Senti uma dor em meus braços.

-Se você fizer alguma coisa com ela, eu mando os meus homens, e você sabe que são muitos melhores do que os seus, começarem uma guerra contra a Explosion agora mesmo na cidade veja sabemos quem ganha se houver uma guerra de gangues em Atlanta. - Justin disse com um sorriso diabólico. -  Então é melhor você soltar a Liz, a menos que você queira que seu chefe acabe com a sua vida por perde tudo numa guerra, para mim. - Justin disse soberano com um olhar ameaçador para o homem que se manteve calado. Eu não consigo ver as expressões do cara que me segurava, mas imagino o olhar de raiva que ele deve está fazendo, principalmente quando vi a irmã de Kato, Dakota, ri divertidamente atrás do Justin. 

 Eu não estava mais com tanto medo ao ver Justin ali. Uma sensação de alívio misturado com tensão, percorria o meu corpo e me fazia crer que eu não morreria no dia de hoje.

 O homem puxou o meu cabelo com força e me jogou no chão do lado de Agatha, que estava praticamente desmaiada e parecia desatenta para tudo em seu roedor. 

Bati com as costas no chão me fazendo senti uma pequena dor e vi Justin partir para cima do cara com toda a raiva que transbordava dele, mas antes que ele encostasse, os amigos do Justin o seguraram. 

  Olhei para o lado vendo uma movimentação estranha de homens com armas em punho atentos a confusão ao nosso redor e gelei no mesmo instante. 

 Eu estava atordoada, sentia dores por todo meu corpo é minha cabeça estava a mil por hora, mas pelo o que ouvi o tal....Dylan, que estava me ameaçando é da Explosion e meu cérebro  concluindo que isso não vai acabar bem.

-Nunca mais coloque suas mãos na Liz, tá me ouvindo seu filho da puta. - Justin gritou tentando se soltar dos braços dos meninos. - Me solta porra - ele gritou para os mesmo que o seguravam tentando impedir qualquer ação precipitada de Justin. - Chega perto dela de novo e eu acabo com a porra da sua vida. - O tal Dylan também encarava o Justin de perto, mas sem mover nem um músculo. Meus olhos, automaticamente  foram direcionados para a arma na mão de Dylan e seu dedo no gatilho como se estivesse prestes a atirar se fosse necessário.

  Me levantei sentindo algumas dores pelas costas e fui até o Justin de presa sem me importa de está me metendo no meio de dois caras armados. 

-Para, Justin, por favor. - Praticamente implorei entrando na frente dele por completo e tentando fazê-lo olhar para mim. 

 Sei que Justin não estava ligando a mínima para o meu pedido, só queria partir para cima do cara e acabar com ele. Mas até eu, que estou completamente atordoada, já percebi que isso não tem como acabar bem para nenhum dos lados. 

-Sai da minha frente. - Justin gritou tentando se desviar de mim ao mesmo tempo que tentava se soltar dos braços dos amigos dele. 

 Eu sei o quanto Justin está irritado, as veias saltando do seu pescoço e a raiva nítida no seu semblante, deixava óbvio que ele queria arrumar uma briga das feias. 

 Olhei ao redor vendo os diversos homens armados olhando a cena e pareciam à espera de qualquer coisa para começar uma briga generalizada. 

O Dylan, olhava o Justin sem se mover um milímetro se quer e parecia analisar aquela cena toda, de eu tentando impedir Justin, com olhos curiosos sobre nós. 

 Sei que Justin não tem nenhum medo de começar uma briga  bem agora, e esse é meu principal medo, o fato do Justin não ter medo algum de nada. 

 Meu coração estava tão acelerado que parecia que iria parar a qualquer momento, a minha respiração ofegante, entregava o quanto eu estava nervosa com aquela situação toda. 

 Eu só queria que Justin me ouvisse e não fizesse nada, a pesar de tudo eu  e Agatha estamos bem e vivas.

-Justin, porra não é hora para começar uma briga de gangues. - O menino de olhos azuis que já vi na casa do Justin no dia que fui levada pra lá, acho que era Nash o nome dele, falou nervoso mas Justin não dava ouvidos para ele, apenas continuava encarando Dylan. 

-O Nash tá certo, Justin, se você começar uma briga de gangues agora pode acabar machucando alguém que não tem nada haver com isso,as meninas não tem nada haver com isso. - Dakota falou chegando perto do Justin enquanto eu continuava na frente dele, com a mão em seu peito encarando cada expressão em seu rosto, mas ele estava irredutível, nem ao menos olhava para mim, apenas mantinha seu olhar matador sobre Dylan. 

-Dylan, vamos embora cara, agora não é hora e nem lugar para se arrumar uma briga. - Um dos caras armados que estava atrás do Dylan falou. 

 Olhei para Dylan que me encarava em silêncio e parecia pensar em algo e meu estômago embrulhava só de olhá-lo. 

 O que ele estava prestes a fazer com a minha prima e depois comigo era repugnante e me dava um nojo tremendo. 

-Você tem razão. - Dylan disse finalmente, sem tirar os olhos de Justin e de mim. - Não é o lugar adequado para eu quebrar a cara desse nadinha que se acha o rei de Atlanta. - Ele disse se referindo ao Justin.
 
 Eu me senti aliviada ao ver que pelo menos um dos lados havia se ligado que isso não ia acabar bem.  

 Dylan deu uma última olhada em mim e com um sorriso que misturava, malícia e ironia, ele saiu como se nada tivesse acontecido,em direção a um grupo de pessoas que pararam de dançar para olhar o que acontecia, sumindo na multidão. 

 Olhei Justin nos olhos e ele finalmente olhou para mim, a raiva dele não diminuía e sua expressão séria, com o maxilar travado e um olhar de quem estava preste a matar o primeiro que aparece na sua frente, que ironicamente, era eu. 

Nossa troca de olhares durou uns vinte segundos até que eu resolvi falar algo. 

-Você precisa se acalmar, está tudo bem. - Sussurrei para Justin que desviou o rosto de mim como se não quisesse mais me olhar.

-Cala a porra da boca. - Ele rosnou com raiva para mim. - Me solta. -Falou para os meninos que imediatamente o saltaram e, Justin saiu andando para o lado oposto, nos deixando parados ali ainda sobre o efeito de toda aquela tensão. 

Respirei fundo e me virei indo até a Agatha que estava sentada no chão encostada no carro e visivelmente bebada. 

Parecia que ela estava desmaiada, com os olhos fechados, mas se mexia mostrando que estava acordada. 

-Agatha, esta tudo bem? Fala comigo. - Me abaixei até ela e tentei levantar a sua cabeça que caia constantemente para os lados. 

-Ela deve ter bebido demais. - Dakota falou se aproximando de nós e eu apenas assenti. 

 Vê a Agatha naquela situação estava me deixando nervosa, ela estava visivelmente mal por conta da bebida e parecia está em outra dimensão. 

-Justin é inconsequente assim mesmo, depois de um tempo você se acostuma com o temperamento dele. - Dakota falou enquanto me ajudava a levantar a cabeça da Agatha. 

-Nunca vou me acostumar com as grosseiras dele. - Confessei antes de suspirar e voltar a minha atenção para Agatha. 

Eu não preciso me acostumar com isso, é só por um ano, depois eu irei sumir da vida do Justin e ele da minha, para sempre.

-Ele tá puto de raiva. - Nash falou se aproximando. - E isso vai acabar sobrando para alguém. - Ele concluiu sentando-se ao chão do lado da Agatha que tombou para o lado dele, praticamente deitando a cabeça no ombro de Nash que a olhou por um instante. 

-Eu nunca falaria isso levando em conta o estado que o Justin está. Mas, acho que seria uma boa ideia você ir atrás dele. - o outro menino que eu não lembro o nome disse pensativo e eu neguei.  

 Se o tal Dylan não me matou, o Justin mata se eu tentar me aproximar. Ele saiu daqui soltando fogo pelas orelhas e não tem a mínima chance de termos uma conversa decente. 

-Para que? Levar outra grosseria? Não,obrigada. - Falei o olhando brevemente antes de voltar a minha atenção para a Agatha novamente. 

Justin está furioso e como Nash disse, ele vai descontar isso em alguém e se eu for até ele, será em mim com toda a certeza. 

-Ele tá assim por causa do que o Dylan tentou fazer com você, então eu não acho que ele vai te tratar mal. - O menino falou e eu suspirei parando para pensar. 

 Justin acabou de salvar a minha vida de novo e eu estou bastante chocada com a quantidade de vezes que isso aconteceu em um dia só. 

 Eu devo falar com o Justin, ele salvou a minha vida, ele me defendeu daquele cara, que apesar de eu achar que essa briguinha deles dura a muito mais tempo do que eu possa imaginar, ele quase começou uma guerra de gangues só para me ajudar. 

-Não se preocupe com a sua amiga, a gente cuida dela. - Dakota falou sorrindo para mim e eu torci a boca pensando ainda se iria ou não.

 O que pode acontecer de tão ruim se eu for até ele? No máximo ameaças e insultos, que acontecem normalmente nos meus dias em ralação ao Justin.

-Eu vou atrás dele. - Falei certa me levantando do chão. - Cuidem dela, por favor. - Pedi juntando as mãos e os três assentiram. 

-Pode deixar que sabemos como cuidar de um bêbado. - Nash ressaltou rindo e eu sorri para ele antes de começar a andar na mesma direção que o Justin tinha ido. 

 Com certeza eu devo ser a maior trouxa da face desta terra, mas eu não estou nem aí, ele salvou a minha vida e o mínimo que eu tenho que fazer é ir agradecer mais uma vez. 

 Parece que o Justin não quer mesmo mais me machucar, toda a conduta dele de quase uma semana atrás em relação a mim mudou. Não quero ter esperança de que agora ele vá ser uma pessoa melhor comigo, mas levando em conta o fato de ao invés de querer me matar ele agora salvar a minha vida, já mostra uma mudança enorme.

 Eu também mudei nessa quase uma semana, antes eu tinha uma pequena, mesmo que mínima, dose de medo dele e não era para menos, um bandido que tentou me matar duas vezes não era para eu temer? Mas agora, esse medo é quase que inexistente dentro de mim. 

Olhei para os lados e vi um vulto na parte escura da rua, andando de um lado para o outro perto de um carro que eu reconheceria a quilômetros como o de Justin. 

 Me aproximei com um certo receio. Ele está muito furioso e eu não quero ouvir grosserias ou insultos agora. 

Pode parecer que não mas eu ainda estou assustada e vulnerável com tudo que acabou de acontecer e com uma dose do que aconteceu mais cedo no zoológico, resumindo, hoje eu estou em completo estado de estresse, os meus nervos estão à flor da pele e eu poderia surta a qualquer momento.

  Assim que cheguei perto o suficiente dele, Justin me olhou e a poucos Luz que havia na rua, refletiu nos seus olhos castanhos claros que estavam um pouco vermelhos. 

 Eu não faço ideia do que ele está sentindo, ou o que está passando pela sua cabeça , mas eu só tenho certeza de uma coisa, de alguma forma, mesmo que seja só para conseguir o que quer, Justin se importa comigo, eu sinto isso.

Justin e eu continuamos nós olhando,olhos nos olhos, em completo silêncio, mas nem precisávamos de palavras para conversar naquele momento, pôs desde que nos conhecemos temos esse dom de se falar e se entender apenas pelo o olhar. 

Eu sentia através deles que Justin ainda estava nervoso e irritado, mas ao mesmo tempo os seus olhos passavam preocupação. 

Já os meus, eu tenho certeza de que devem está uma confusão de emoções e sentimentos que se vierem à tona me trarão uma crise de choro. 

A tensão entre nós era clara e evidente, até mesmo angustiante, como se as palavras quiserem sair mas o clima tenso do momento, não deixava. 

-Obrigada...- Finalmente falei algo mas saiu como um sussurro lento e calmo no meio daquela noite silenciosa. 

Justin apenas passou a mão pelos cabelos lentamente e desviou o olhar de mim por alguns poucos segundos antes de me olhar novamente agora com um olhar mais severo. 

-Que porra você tem na cabeça? - Ele perguntou e a sua voz era uma mistura de calma e irritação, como se ele quiser gritar comigo mas ao mesmo tempo estava se segurando para não fazer. - Cuspir na cara do Dylan, você ficou louca? Caralho garota, você tem que aprender a parar de se meter com pessoas perigosas. - Agora ele já estava com um tom de voz alterado começando a se exaltar. - Se eu não tivesse aparecido, você estaria morta e jogada na porra de um beco qualquer nessa cidade, você tem noção disso? - Ele gesticulou e já estava gritando. - Eu poupei sua vida, mas aquele filho da puta jamais faria isso. - Suspirei em meio às palavras dele e eu sei que Justin está coberto de razão. 

-Ele ia machucar a minha prima, eu nunca me meteria com alguém assim se eu soubesse que era perigo, eu só tentei proteger a Agatha. - Tentei me explicar mas sei que ao ver de todos eu devo ser uma doida que ri da cara do perigo constantemente, até por que, em menos de uma semana eu arrumei confusão com os dois líderes das duas gangues que dividem a cidade.

-Você é muito inconsequente, e se eu não chego na hora? Você morre garota, do pior jeito possível e eu não ia poder fazer porra nenhuma. - Ele disse irritado e eu me aproximei dele. 

-Me desculpa. - Coloquei a mão sob o peito dele enquanto o olhava nos olhos. Justin olhou diretamente para o meu braço e pegou o mesmo o encarando. 

-Foi ele que fez isso? - Perguntou como um rosnado e eu o olhei confusa até perceber o roxo enorme que estava se formando no meu braço direito. 

 Meu estômago revirou no mesmo instante quando percebi que aquele cara havia me deixado uma marca enorme no braço e logo tratei de olhar o outro para ver se tinha algo e para o meu azar, estava tão roxo quanto o outro. 

 O choro que estava preso na minha garganta começou a querer sair e um nó enorme se formou quebrando todas as minhas barreiras. 

-Me responde, foi ele? - Justin refez a pergunta óbvia e parecia que ele queria ouvir aquilo de mim.

 Assenti monótona enquanto tentava a todo custo não olhar nos olhos de Justin, pôs na certa eu iria começar a chorar, como já estava quase fazendo. 

-Eu vou acabar com ele. - Justin rosnou e eu suspirei segurando o choro. - Olha para mim. - Ele pediu e eu continuei encarando um lugar qualquer. - Olha para mim, porra. - Falou levantando o meu queixo com a mão para me fazer olhá-lo. - Eu prometo que ele vai pagar por isto, pode ter certeza que não vai ficar por isso mesmo, ele vai aprender a nunca mais querer  encosta em você. - Assenti finalmente o olhando nos olhos e parecia que o mel deles me deixava numa espécie de transe hipnótico profundo. 

 Não me lembro de isso ter acontecido antes, não me lembro de ficar tão perdida nos olhos dele dessa forma. 

-Não chora caralho, não faz isso por favor. - Os olhos dele me encaravam atentos. - Não consigo te ver assim, então por favor, pare. - Justin pediu e soltou o meu braço levando as duas mãos ao canto do meu rosto para limpar as lágrimas quentes que caiam. 

 Eu nem tinha notado que havia começado a chorar, mas isso estava preso dentro de mim precisando sair e depois de ver os roxos em meus braços parece que a única parede em pé dentro de mim desmoronou de vez me deixando frágil e vulnerável de um jeito que nunca vi antes. 

Sempre fui forte, sempre encarei as coisas de frente, mas agora não sei o que fazer ou como fazer diante dessa situação apavorante. 

 Justin me olhava visivelmente aflito e perplexo pelas minhas lágrimas que insistiam em cair sem a minha permissão. Eu não conseguia dizer nada, parecia que tudo estava afundando dentro de mim. 

-Você não precisa chorar, eu estou aqui e nada vai acontecer com você. - Justin balbuciou calmo enquanto prendia seus olhos aos meus de uma forma intensa. 

 Mesmo que eu quiser descrever esse momento eu não sei falar o que estava acontecendo. Só sei que meu estômago estava revirando e minhas mãos soando enquanto eu não conseguia se quer desviar os meus olhos do dele, como se eles tivessem me amarrado ali, me hipnotizado de uma forma tão intensa que eu até conseguia esquecer a angústia que estava dentro do meu peito com a situação que acabou de acontecer comigo. 

Os nossos rostos estavam a sentimentos um do outro e eu já podia sentir a respiração de Justin contra a minha. Eu não estava me dando conta da situação, do envolvimento ou de qualquer outra coisa. 

Justin aproximou sua boca e a encostou lentamente sob a minha, como se não tivesse presa nenhuma eu fazer aquilo. Fechei meus olhos ao sentir as suas mãos entrarem pelos meus cabelos e irem até a minha nuca. Abri minha boca lentamente sentindo os lábios macios de Justin passarem bem devagar sobre os meus, e quando nossas línguas se encontraram a minha pele se arrepiou de imediato. Ele me puxou para mais perto colando os nossos corpos com urgência e começando um beijo mais intenso e caloroso.

 Meu coração saltava dentro de mim enquanto meu estômago dava várias voltas. O calor que percorria o meu corpo naquela momento era inimaginável, me sentia em chamas, prestes a pegar fogo. Quando Justin me virou e me empresou contra a parede que tinha do nosso lado, senti uma corrente elétrica percorrer todo o meu corpo me tirando do meu sentido. 

 Justin, afastou a sua boca da minha e começou a descer os beijos pelo meu pescoço. Aquilo era muito bom e me deixava elétrica por dentro atiçando todos os meus sentidos. Soltei um gemido baixou quando ele chupou o meu pescoço e o senti ri contra a minha pele antes de subir e tomar os meus lábios novamente.

 Os beijos voltaram mais intensos, se isso era possível, e a sensação de cada um desses beijos me deixava com vontade mais. 

  Uma das mãos de Justin desceu pela lateral do meu corpo e foi de encontro a minha bunda apertando a mesma me fazendo arfar sem quebrar o beijo. Aquilo tudo estava sendo muito bom e estava me deixando anestesiada. Quando a mão dele saiu da minha bunda, foi subindo lentamente por dentro da minha camiseta me fazendo arrepiar completamente.  

 Justin, alisou minhas costas e logo depois caminhou com a mão até a minha barriga. As sensações no meu corpo eram intensas e boas, todos os arrepios e calor que passavam por mim me deixavam fora de si. Eu não queria que parasse, eu não queria que acabasse. 

Quando a mão dele começou a descer pela minha barriga em direção ao cós da minha calça jeans ouvi aquele som irritante do toque do meu celular no meu bolso de trás mas tentei ignorara ao máximo.  

 Quando o som foi se tornando mais alto e mais insuportável não dava mais pra ignorar, aquilo estava me incomodando vibrando no meu bolso e o som estava tirando todo o meu foco. 

 Parei o beijo e afastei Justin de mim gentilmente e mesmo ele relutando consegui afastá-lo e tentei recuperar o fôlego enquanto pegava o celular.  Eu estava extremamente ofegante e fora de mim. 

Olhei para o nome na tela e atendi imediatamente quando vi que era  Kato. 

-Oi. - Falei assim que atentei ainda com a respiração um pouco descompassada e olhei para o Justin que estava encostado no carro de braços cruzados me encarando de uma forma bastante sexy e eu quase perdi a respiração novamente. 

 - Liz, onde você está? Acabei de chegar aqui nas Docas e soube do que aconteceu, você está bem? - Kato perguntou com a preocupação transparecendo na sua voz e eu respirei fundo antes de responder. 

-Eu estou bem, não foi nada demais, eu realmente estou bem. - Falei e olhei de canto do olho para Justin que continuava na mesma posição. 

-E onde você está agora? - Ele perguntou  e eu fiquei em silêncio. - Sua prima estava chamando você aqui sem parar e eu quero ver pessoalmente você. - Assenti e me lembrei da Agatha que deixei bêbeda sentada no chão junto com um grupo de pessoas que ela nunca viu na vida, óbvio que ela deve esta estranhando tudo isso, então é melhor eu voltar logo. 

-Eu já estou indo para ai, Kato. - Coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e olhei para o Justin que bufou irritando revirando os olhos. 

 Desliguei o telefone e fiquei olhando para o ele que me encarou por alguns segundos antes de se desencostar do carro e começar a andar de volta para o lugar de onde havíamos saído. 

-Vamos. - Falou sério e olhou para mim que continuava parada no mesmo lugar. 

 Comecei a andar e fui para o lado dele que apenas olhou de canto de olho para mim e continuo em silêncio. 

 Eu já estava me recuperando de tudo que acabou de acontecer e a fixa do que tinha acontecido começou a cair. Eu e o Justin nos beijamos de novo, mas diferente daquela vez, essa teve muito mais envolvimento e calor. 

 O que teria acontecido se o meu telefone não tivesse tocado? Eu realmente não sei até onde eu me deixaria levar naquele beijo.

 Eu só quero saber o que deu em mim para deixar esse beijo acontecer, e como o último, foi totalmente espontâneo da minha parte. Mesmo sabendo que o Justin fica com muitas meninas só por diversão eu me deixei levar mais uma vez e eu não faço ideia do porque. Agi como uma menininha idiota que não consegue resistir aos beijos de um menino. Estupida, eu sou muito estupida, me deixei levar por ele de novo, agora Justin deve achar que é bastante fácil me beijar ou melhor deve está achando que eu sou bastante fácil. 

  O arrependimento começou a tomar conta de mim e eu queria me bater por ter me deixado fazer isso. Óbvio que ele só me beijou por diversão e não deve ter sido tão intenso para ele quanto foi para mim. Na verdade, acredito que Justin deve está rindo internamente nesse momento. 

 Logo quando chegamos perto do pessoal já avistei Agatha de pé recostada no carro com uma cara de acabada e toda descabelada. Se ela se visse agora com certeza iria surta. 

-Agatha, você já está melhor? - Perguntei enquanto me aproximava e a mesma me olhou com os olhos cansados e só assentiu com a cabeça. - Quer ir pra casa? - Perguntei parando na frente dela que assentiu novamente. 

Olhei para Kato que estava do lado da Dakota e ele estava com um das sobrancelhas erguidas e eu constatei que essa expressão seria pelo fato de eu ter chegado com o Justin e ter estado esse tempo todo com ele. 

-Ela já vomitou tudo que tinha para vomitar, agora só precisa de um banho gelado e cama. - Dakota falou e eu assenti. Nunca vi Agatha naquele estado e acho que ela também nunca bebeu tanto. 

Nash me olhava atento e eu o olhei brevemente não entendo muito bem o porque dele está me olhando assim. 

-Que isso no seu pescoço? - Nash perguntou apontando para o mesmo e eu coloquei a mão por instinto. Todos olharam para mim. - Tem um roxo no seu pescoço. É um chupão?. - Ele concluiu e eu gelei. 

Óbvio que esse roxo não estava ali antes, foi Justin que fez agorinha e nem se passava pela minha cabeça o que eles iam pensar de mim se soubessem disso. 

 Kato me olhou estreito vendo que mina reação não foi uma das melhores e que tinha algo de errado ali. 

-Deve ter sido aquele cara, eu nem notei isso só tinha percebido meus braços. - Falei fingindo surpresa e olhei rapidamente para o Justin que estava de braços cruzados me encarando e eu poderia jurar que ele esboçava um pequeno sorrisinho no canto da boca.

-Eu não tinha notado antes e olha que está bem visível. Um bom e belo chupão. - Nash ressaltou e eu assenti sem saber mais o que dizer. Jesus, eu devo está começando a ficar vermelha de vergonha. 

-Para de ser inconveniente,Nash, a menina acabou de passar por um susto. - O menino que eu não conseguia lembrar o nome falou e eu suspirei aliviada por alguém ter cortado Nash e suas perguntas. 

-Acho melhor eu ir embora. - Falei colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. Olhei para Justin que assentiu concordando com o que eu disse. Ele não havia dito é uma mísera palavra desde que chegamos aqui. 

-Eu levo vocês. - Kato disse se aproximando de mim e eu olhei brevemente para o Justin que olhou de uma forma estranha para ele. 

-Tudo bem. - Falei para Kato e tentei não presta atenção no Justin e no olhar que ele jogava naquele momento para mim e para Kato. 

 -Se cuida e cuida da sua prima. - Dakota falou sorrindo gentilmente para mim que retribui o sorriso. 

 Olhei mais uma vez para o Justin que continuava a me encarar com um olhar indecifrável. 

 Com certeza o olhar dele sobre mim agora causa um efeito muito diferente de minutos atrás, me sinto tensa e meu estômago pesa só de vê-lo me olhar daquele jeito. 

Fiquei alguns segundos o encarando até mudar meu foco para Agatha que estava visivelmente atordoada. 

 Eu não queria deixar na cara que algo tinha acontecido, para todos os efeitos eu estou bastante arrependida disso. 

  Kato me estendeu a mão e eu pensei alguns segundos antes de pega-la. Entrelaçando suas mãos a minha, ele me olhou e me puxou para mais perto me abraçando em seguida. 

 Não neguei em momento nenhum, até porque Kato é uma pessoa bastante importante na minha vida apesar do pouco tempo de convivência, eu confio nele plenamente. 

 Agatha veio até a mim ainda um pouco tonta e eu suspirei me afastando de Kato e segurando a minha prima pelo braço. 

 Apenas disse um tchau para todos presentes e me neguei a olhar para o Justin novamente, preciso organizar meus pensamentos, ainda estou sobre o efeito do que aconteceu agora a pouco. 

  Mas, aliás, o que diabos aconteceu agora pouco? Foi espontâneo da parte dele assim como foi da minha? Ou ele pensou em fazer isso só para me colocar como mais uma das alienadas que caíram nos seus encantos? 

 Isso me fez lembra de Emily, ela se acha a namora dele, mas o Justin realmente não a vê como isso e como ele mesmo disse, ela só é uma garota que ele transa. 

 A forma que ele transou com a menina do zoológico só para conseguir o que queria, me faz pensar que Bieber não tem nenhum respeito com as mulheres e as usam descaradamente, como seu objeto sexual particular ou para atingir seus objetivos. 

 Eu só sei que não quero fazer parte dessa lista de Justin, não importa o que eu tenha sentindo durante aquele beijo, não importa o quanto a minha cabeça relembre a boca dele na minha, eu não vou ser submissa ao Justin. 

P.O.V Dylan 

 Aquela garota...Liz se eu não me engano, não sei de onde ela veio  ou para onde ela vai, mas só tenho certeza de uma coisa, essa cachorra foi a minha maior descoberta da noite e porque não dizer do ano?

 Além de ser muito gostosa, bonita, maluca,desafiadora e debochada a cachorra me fez ver uma coisa bastante interessante hoje. 

 Óbvio que minha vontade agora é comê-la e matá-la em seguida, porém eu tenho que pensar antes das minhas ações, assim como o meu amigo Jason me ensinou antes de me dá essa enorme confiança, me deixar no comando da sua gangue. 

 Se eu pisar na bola, eu perco tudo para o Bieber, e esse seria o meu fim. 

-Dylan. - Peter entrou no meu carro onde eu o esperava impaciente a uns bons trinta minutos. - Consegui algo, acho que você vai gostar. - Ele disse me deixando mais aliviado. 

-O que viu? - Perguntei curioso e Peter riu sarcástico antes de me esticar o celular. 

-Veja com os seus próprios olhos. - Ele disse com um tom de divertimento e eu peguei o celular clicando imediatamente no play de um vídeo. 

 O vídeo era claro e mostrava Bieber e aquela cachorra nervosinha conversando numa rua deserta. 

 Perfeita hora que pedi pra Peter seguir a garota, eu estava sentindo que essa história era bem além do que meus olhos estavam vendo. 

 No começo do vídeo, Justin gritava com a menina mas depois tudo foi ficando mais interessante. 

 -Eu vou acabar com ele. - Justin rosnou no vídeo eu ri pelo nariz constatando que havia machucado a garota nos braços. Isso foi pouco comparado com a minha real vontade. - Olha para mim. - Ele pediu para a menina. - Olha para mim, porra. Eu prometo que ele vai pagar por isto, pode ter certeza que não vai ficar por isso mesmo, ele vai aprender a nunca mais querer  encosta em você. - Olhei rapidamente para Peter que tinha um grande sorriso enquanto encarava o vídeo junto comigo. 


-Não chora porra, não faz isso por favor.  - Não consigo te ver assim, então por favor não chora. - Justin pediu de uma forma desesperada para a menina e eu não consegui mais conter o sorriso ao ver aquilo. 

 E quando eu menos esperava os dois se beijaram intensamente me fazendo solta uma gargalhada no mesmo instante. 

-Mas veja só se eu não tenho um belo vídeo de romance aqui. - Falei sacudindo o celular no ar e Peter assentiu. 

-Você esperava por essa? - Peter perguntou rindo e eu neguei. 

  Eu sabia que havia algo muito estranho na forma que o Bieber defendeu a garota mas não esperava por essa cena toda. 

-O que você vai fazer com isso? - Peter perguntou se recostando no bando do meu carro. 

 -Tem alguém que vai ficar mais feliz com esse vídeo aqui do que eu, alguém que está esperando a um bom tempo por algo assim. - Passei a mão no queixo e depois ri. - Aí, aí Bieber, vamos ver se um raio não cai duas vezes no mesmo lugar....vamos ver. 

P.O.V Justin 

 Kato parece ter nascido pra atrapalhar a porra da minha vida. Desde quando nos conhecemos ele sempre está lá pra se meter ou atrapalhar. 

 Vou confessar que não sei exatamente o porque de eu ter beijado a Liz, talvez seja por ela ser gostosa pra caralho além de bonita...muito bonita. 

  Mas isso não justifica, eu sou um homem tenho que me controlar, pelo menos em relação a Liz, não posso deixar ela ou qualquer outra pessoa pensar que eu sinto algo. Até porque eu não sinto nadinha, só uma pequena simpatia que começou a surgi a pouco tempo. 

 Mas eu não resisti, foi mais forte que eu, fui levado pelas diversas coisa que se passavam dentro de mim na hora e a beijei daquela forma. Que porra. Acho que teria fodido com a Liz ali mesmo se não fosse a ligação de Kato, o que me deixa um pouco mais irritado. 

 Odeio quando atrapalham a minha vida.

 E depois ela indo embora com ele de mãos dadas fez meu estômago revirar. Esse babaca gosta dela, a pergunta é, ela gosta dele? Mas isso também nem é da minha conta. Eu preciso parar de pensar nessa garota ou nas coisas que ela faz.

-Foi difícil disfarça, né? - Nash perguntou se aproximando de mim e olhando para Dakota e Matt que conversavam um pouco distante. 

-Do que está falando? - Perguntei sem olhá-lo e Nash riu de forma irônica. 

-Disfarça que foi você que fez aquilo no pescoço da Liz. - Quase me engasguei com a minha saliva ao ouvi-lo falar aquilo. 

-Eu? Óbvio que não. - Dei de ombros fingindo indiferença. 

  Fui eu que fiz aquela marca no pescoço da Liz sim, mas não é uma coisa que todos precisam saber, aliás ninguém precisa saber. 

 Já até imagino eles me zoando por esta pegando a nerdizinha da Liz, para quem só pega puta, com exceção da Emily que é tipo meu sexo fixo, isso é uma grande ofensa. 

-Você acha que sou otario? Ela saiu sem a mancha e voltou com ela. Então o que custa você assumir que foi você? Eu te entenderia, ela é gostosa pra caralho além de linda e deve beijar muito bem com aquela boca carnuda.....- Joguei meu olhar mortal para cima de Nash que se calou no mesmo instante não concluindo o seu raciocínio impróprio sobre a Liz. 

-Olha bem o que você fala. - Rosnei para ele que levantou as mãos em forma de rendição. 

-Desculpa falar que a Liz é gostosa, aliás não sabia que isso te afetava tanto. - Disse debochado e eu bufei impaciente. 

-Vamos combinar uma coisa,Nash, não fala da vadiazinha ok? Ela só é um fardo que tenho que carregar, não vou perde meu tempo falando dela. - Falei nervoso e eu já estava impaciente com aquele papo. 

 Nash deveria ter pensado duas vezes antes de começar a falar. Eu realmente não quero pensar na Liz Blue ou falar dela. 
 
 -Fica calmo aí, Bieber. - Nash falou colocando a mão sob o meu ombro. - Você precisa desestressar, que tal entrarmos na festa, chama uma minas e nos divertimos como todo o fim de semana? Por que para curar o seu mal humor só sexo. - Ele propôs exatamente o que eu precisava para desestressar e tirar minha mente de assuntos não importantes com a Liz Blue.

P.O.V Liz Blue 

  Passei o tempo todo até chegar a minha casa, olhando os meus braços,com aquelas marcas roxas na minha pele morena, que seriam visíveis a quilômetros. Minhas tias vão ver e iram querer saber como as consegui. Estou fodida. 

 Assim que Kato estacionou na calçada da minha casa soltei um grande suspiro antes de ter coragem de sair do carro. 

-Você está bem mesmo? - Kato perguntou preocupado e eu assenti. - Não queria que você tivesse passado por isso. Sinto muito  - Kato falou passando a mãos pelos meus cabelos e eu o olhei nos olhos. 

-Se eles não tivessem chegado...teria sido bem pior. - Falei em tom baixo e Kato assentiu mas parecia não querer concorda com as minhas palavras. 

-Mas isso não muda tudo que eu te disse sobre ele.... Ele não mudou. - Kato falou sério e eu assenti. 

 Cada vez que Kato me dá esses choques de realidade sobre o Justin eu me sinto mais trouxa ainda por me deixar levar às vezes e me entregar ao beijo ou a forma engraçada como ele fala. 
 
 Eu tenho que parar de vez e voltar a se a racional da história. 

-Eu sei...- Falei com um meio sorriso e senti Kato se aproximar de mim lentamente enquanto mantinha a sua mão em meu rosto. 

-Liz, quero vomitar. - Agatha falou enfiando a cabeça no meio de nós dois e eu ri pelo nariz antes de assentir.

-Tchau, Kato, a gente se vê. - Falei saindo carro e abrindo a porta de trás para a Agatha sair. 

 Kato é um cara tão atencioso  comigo e eu poderia ficar perto dele sempre pôs ele me faz sentir bem. 

 Logo quando entramos em casa Agatha subiu correndo para ir ao banheiro e eu a praguejei mentalmente pelo barulho que fez ao pisar com força no piso de madeira da escada. 

 Deus nos ajude para as tias não acordarem. 

 Subi lentamente e fui até o banheiro entrando no mesmo e trancando a porta. 

 Sei que ver a Agatha vomitando não é a coisa mais bonita da noite, mas ela precisa de ajuda para se recompor. 

 Ela parou de vomitar e se sentou no chão do banheiro se apoiando na parede ao lado do vaso sanitário. 

-Liz..- Agatha falou antes de respirar fundo. - Eu lembro muito pouco de tudo que aconteceu, me lembro de um cara me puxando, depois tentando me colocar num carro, me lembro também de você sendo pega pelo cara e  depois me lembro de uma menina loira de olhos azuis me ajudando a vomitar. - Agatha falou tentando prender os cabelos num coque mas só conseguindo embolar mais seus longos fios roxos escuros. 

 Agradeci a Deus mentalmente por ela não lembrar da parte que o Justin fala da gangue por que aí sim eu teria um problema sério. 

-Você teve sorte, muita sorte, aliás acho que a gente teve,né. - Falei me sentando no chão atrás da portar.

 Foi uma noite difícil e poderia ter acabado em tragédia se não fosse Justin e seus amigos. 

-Quem era eles, Liz? Quem era aquelas pessoas? - Agatha perguntou me encarando com uma cara de acabada e eu prendi a respiração por alguns segundos. 

 A resposta não ia sair boa tão  quanto imaginei que sairia se eu estivesse no meu estado normal, mas estou uma pilha de nervosos e não consigo pensar em uma resposta altamente suficiente. 

-São amigos do Kato, o garoto que nos trouxe, são pessoas de bem. - Não citei Justin no grupo porque eu sei que para Agatha, e pro resto do mundo, tudo associado ao Justin Bieber não pode ser coisa boa. 

-E o Justin...o que estava fazendo lá? - Fechei os olhos encostando a minha cabeça na porta. 

 Eu rezei mentalmente para que ela não lembrasse da figura do Justin naquele lugar, mas seria uma grande sorte minha isso e sorte é uma coisa que eu não tenho. 

-Eu não sei, ele tem muita cara de quem frequenta essas festas...- Suspirei antes de levantar. - Agora vamos pro banho que você está cheirando a uma mistura de bebida e vomito. - Falei fazendo cara de nojo e Agatha assentiu com uma risada fraca. 

[...]

P.O.V Justin Bieber 

 A noite não foi tão boa quanto eu achei que seria. Nash até tentou me animar, mas eu realmente não estava no clima para festas mais. Pode até paredes estranho eu está falando isso, mas ficar lá estava me deixando muito irritado. 

 Então resolvi voltar para casa e tentar relaxar o máximo que eu conseguisse, tirar a minha cabeça dos problemas. 

 O relógio batia a exatas três e meia  da manhã quando eu cruzei a porta de casa, notando-a vazia e escura por conta do horário. 

  Subi as escadas rapidamente e fui em direção ao meu quarto. Tudo que eu preciso é de um banho agora. 

 Entrei no banheiro e tirei a minha camiseta a jogando em qualquer canto. Me olhei no espelho vendo o meu reflexo e respirei fundo fechando os meus olhos. Minha mente me levou ao Dylan apontando uma arma para a cabeça da Liz. Abri os olhos e bufei irritado me virando para me encostar na pia. 

 Peguei meu celular no bolso da calça com a intensão de mandar uma mensagem para a Liz, mas me lembrei que não tenho o número dela. Droga. Eu só quero saber como ela está com aqueles roxos e todo o resto. 

 Balancei a minha cabeça percebendo, que ja estava eu pensando na Liz de novo. Ela está viva, isso já basta, eu não preciso me preocupar com ela e muito menos ligar. 

 Coloquei o celular na pia do banheiro e acabei de tirar as minhas roupas para, finalmente entrar no banheiro e deixar a água quente cair sobre mim. 

 Encostei minha cabeça contra a parede do box e suspirei tentando aliavas a tensão, mas minha mente foi direcionada a lembranças sobre a Katharine, ao rosto dela, ao sorriso encantador que me fez apaixonar e o episódio fatídico da sua morte. 

 Eu posso ate tentar demostrar que superei a morte dela, mas não é fácil esquecer alguém que fez parte da sua vida tão intensamente como a Katharine fez da minha. Sei que eu deveria seguir em frente, mas ninguém vai poder substituir ela, ninguém jamais vai consegue ocupar o seu lugar. 

 Suspirei ao lembrar que ainda teria que ler aquele diário idiota que a Kath deixou. Eu ainda não quero acreditar que ela fez aquilo tudo, e que pode piorar ao decorrer das descobertas. 

 Porque ela nunca me contou? Porque ela escondeu isso de mim? Será que ela fazia isso até os últimos dias dela? 

  Essas eram as perguntas que rondava a minha mente no momento, e eu sei que só vão ter respostas se eu acabar de ler aquela merda. 

 Desliguei o chuveiro e sai enrolando uma toalha na cintura em seguida. Abri a porta do banheiro e dei de cara com a Emily sentada no pé da minha cama com um grande sorriso nos lábios. Levantei uma das sobrancelhas em confusão.

-Está mais calmo? - Ela perguntou sem tirar o grande sorriso do rosto e eu continuei a encantando. 

-O que? - Eu estava tentando entender o porque da pergunta idiota dela. 

  Emily geralmente é muito inteligente, mas de uns dias para cá ela tem se mostrado ser uma vadia bem burra. 

-Hoje cedo, além de gritar comigo, você saiu com a Liz Blue. - Ela suspirou. - Fala sério, você está fazendo isso para me atingir? Atingir meu ego, saindo com uma nerd estranha? Pós se for, você está quase conseguindo. - Disse com uma cara séria de menina mimada que ela tinha adquirido a algum tempo. 

 Depois de tudo que passei no dia de hoje ainda tenho que aturar os ataques da Emily. 

 Revirei os olhos e fui ao armário pega algo para vestir. 

-Você não me trocaria por ela né? - Tentei ignorar aquela pergunta ridícula e continuei me vestindo sem olhá-la. - Você está se apegando a essa garota? 

 Me virei para Emily que me encarava com os olhos fixos em cada expressão minha a espera de uma resposta. 

-Você está ficando maluca? - Perguntei já perdendo a paciência para com ela. 

 Por que essa garota insiste em dizer que eu gosto da Liz? 

-Você não respondeu a minha pergunta. - Disse com um olhar diferente. - Você não ousaria, me trocar por aquela vadia, não é? - Rosnou levantando da cama e vindo na minha direção. 

 Emily está tentando me colocar contra a parede e me intimidar, como se fossemos casados ou qualquer porra do tipo, e eu já estou cansando de repetir a mesma merda de que, nós não estamos juntos. 

-Emily, eu não sou seu, eu não sou de ninguém, eu não amo ninguém. Eu fico com algumas meninas por diversão, eu não fico só com uma. Então para de se achar especial ou só porque mora na minha casa tem algo melhor comigo, porque não é assim. - Cuspi as palavras sem pensar duas vezes. Emily tem que entender que eu não pertenço a ela e que isso já está ficando chato pra caralho. 

-A Katharine, sempre dizia que eu ia achar alguém que me amasse e seria feliz. Ela deve está revirando no túmulo com isso que você está fazendo comigo. Ou você esqueceu, que eu era a irmãzinha da Katharine e que a minha felicidade era a coisa que ela mais queria? - Disse com a voz embargada preste a começar uma cena com lágrimas. 

 Às vezes eu realmente esqueço que a Emily era aquela Emily, feia, estranha e isolada que vivia idolatrando a Katharine. 

 Ela cresceu tanto e mudou tanto que eu jamais poderia comparar a menina que eu encontrava na casa da Katharine com essa que está na minha frente agora.

-Não coloca a Katharine nisso. - Falei tentando não gritar com ela. - Ela não tem nada haver com o que você se tornou. Eu não fui até você Emily, você veio até a mim e insistiu que isto acontecesse. Agora, não venha tentar dizer algo para me afetar, eu não te devo satisfações, você não é a minha garota, eu cuido de você porque sei o quanto a Katharine te considerava importante e eu não ia deixar aquela maluca da sua mãe fazer o que quisesse com você. - Fui sincero com ela que me olhou por alguns segundos até se afastar indo para o outro canto do quarto. 

-E é exatamente isso, você disse que ia cuidar de mim, mas na verdade agora, você cuida da Liz, tudo é a Liz. Você é a única pessoa que eu tenho, meu irmão é maluco e sumiu no mundo, minha mãe se mudou para a Inglaterra e eu só tenho você, Justin. Se você não queria alguém se importando  e preocupada com você, me deixa voltar com a minha mãe naquele dia no enterro da Katharine. - Ela falou fazendo um drama completamente desnecessário e absurdo. 

-Emily, o que você quer afinal? - Perguntei sério tentando manter a calma que estava me faltando a horas. 

-Quero que a gente sejamos como sempre fomos antes dessa garota chegar, eu não vou ligar nem um pouco para a presença dela nessa casa ou onde quer que for, eu só quero que sejamos a mesma coisa. - Ela pediu se aproximando de mim e eu bufei.
  
   Todo esse show so para me fazer  falar que não vou abandoná-la? Ela tá passando dos limites da chatices e eu odeio gente chata.

 Emily parece um bebê mimado e chorão que quer tudo ao seu redor. 

-Você não é mais a mesma coisa. - Falei me sentando na cama. 

 Emily consegue passar dos limites quando quer, e ao perceber que fez algo de errado começa a apelar.

-E nem você. - Ela falou vindo na minha direção e sentando no meu colo. - Mesmo que, ainda não tenha percebido, somos iguais, por isso damos tão certo. - Disse passando a sua mão pelos meus cabelos de forma calma enquanto me encarava com um olhar suave. 

 Esta visível o que Emily quer, depôs de tudo o que disse agir com a cara mais lavada para me ter. Ela sempre faz isso quando sabe que fez algo de errado e me irritou. E isso tem se tornado constante nos últimos dias. 

 Eu realmente não ligo para nada que a Emily diz. Uma vez ela cismou com uma menina que contratei para uma das boates e encheu o meu saco para despedi-lá, o que claramente eu não fiz, mas a garota foi embora, sem nem da satisfação ou receber pelo mês que trabalhou e até hoje não sei o porque. 

 Emily sabe, que não vou da ouvidos às merdas que ela fala, então, simplesmente finge que não as falou quando se da conta disso. 

-Não fica irritado comigo. - Falou se inclinado na minha direção e encostando seus lábios quentes no meu pescoço depositando um beijo no mesmo. - Eu só me preocupo com você. - Eu  já estou percebendo que o assunto estava se transformando em algo menos sério a média que ela beijava o meu pescoço me causando arrepios. 

 Puxei Emily pela cintura e a joguei na cama subindo rapidamente em cima dela. Prendendo os seus braços em cima da cabeça.

-Deixa a Liz em paz, ouviu? - Falei sério olhando bem nos seus olhos azuis  para ter certeza de que ela estava me entendo. - Se eu sober que você está fazendo algo, qualquer coisa que seja contra ela...

-Relaxa, eu não sou capaz de machucar nem uma formiga e você sabe. - suspirou. - Só, quero que entre nós dois, nada mude por causa dela. - Repetiu a mesma merda que tinha dito a minutos atras. 

 O que deu nessa menina? Ela acha mesmo que eu teria qualquer merda que fosse com a Liz Blue? Eu não sei nem como consegui suporta-la nessa semana. 

-Que porra chata, Emily. Fica caladinha, e tudo vai ser como sempre foi. - Disse antes de encostar meus lábios no dela com rigidez. 

Eu posso até esta alimentado essas atitudes da Emily continuando a comê-la. Mas quando tudo isso começou ela foi a que disse que independente de qualquer coisa ninguém ia se apegar amorosamente nessa história. Para mim isso é fácil, eu  não me apaixono, não gosto de ninguém. E para ela, parecia fácil então eu vou fingir que ainda é. 

 Gosto de transar com ela, não vou mentir. Ela é intensa, insana e gostosa, muito gostosa, e isso me deixa bem, tira todo o estresse e me relaxa, da melhor forma possível. 

 Eu tenho um carinho especial pela Emily por conta de tudo que aconteceu durante e depois da morte da Katharine. Confio nela para tudo, como uma amiga mesmo. Mas não vou deixar ela mandar na minha vida e muito menos infernizar a Liz, e eu sei que isso ela sabe fazer bem. 

Enquanto eu descia meus beijos pelo pescoço de Emily. A imagem do meu momento mais cedo com a Liz veio em minha mente. O cheiro dela, a pele macia. 

 Me afastei um pouco e olhei para Emily que estava sorrindo para mim de uma forma provocante. 

 Respirei fundo tentando afastar esses pensamentos e voltei a beija-la.

 

 

 

 

 

 



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