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História The Leviathan - O ninho e o casulo


Escrita por: Omega_Centuryon

Capítulo 32 - O ninho e o casulo


Jack e Frost seguiram Mark até o buraco que tinham achado anteriormente. Eles já tinham se recuperado da surdez momentânea que a arma de Mark tinha proporcionado.

Eles estavam de frente para o buraco.

Jack: - Então, por que você demorou tanto para matar aquela coisa? E por que estamos aqui?

Mark: - Bem, minha arma utiliza um pouco da minha energia para funcionar por completo, e já que minha energia estava incrivelmente baixa, eu não tinha como matar aquela coisa com aquela bateria. E estamos aqui porque eu quero descobrir o que tem aqui em baixo! Aquele verme não parecia ser um predador solitário, se não ele teria desistido de nós.

Frost: - O que te fez pensar nisso?

Mark: - Vermes da areia caçam quando estão com fome. Ele já tinha comido algumas pessoas há alguns dias atrás, e isso deveria tê lo deixado calmo pelas próximas semanas. Mas, se ele continua a caçar mesmo depois de ter pêgo aquelas pessoas, significa que ele deve ter uma parceira, ou até um ninho!

Jack: - Ok, e o que temos que fazer?

Mark: - Descer, matar o ninho, matar a parceira e esterilizar o local. Não queremos que o cheiro da fêmea se espalhe, atraindo mais vermes.

Frost: - Tem alguma chance dessa fêmea nos atacar?

Mark: - Acho que não. Ela deve estar cuidando da ninhada, ou dando luz a ela. Em ambas as situações, ela vai estar distraída demais para notar a nossa presença.

Jack: - Algum plano?

Mark: - É claro! O Frost vai diminuir a temperatura do ninho para 0 grau, matando todos os ovos, enquanto isso, eu e você vamos matar a fêmea.

    Jack se aproximou de Mark.

Jack: - Ok, mas não é mais fácil você dar um outro tiro nela, e tudo acaba mais rápido?

Mark: - É claro que não!

Jack: - Mas, por que?

Mark: - 1°: Um disparo desses iria derrubar toda a caverna que tem ali embaixo, em cima de nós. 2°: A fêmea é bem maior que o macho, então ela precisaria de pelo menos 2 ou até 3 disparos, e minha arma não suporta tiros, como aquele, com tanta frequência! 3°: Isso iria tirar toda a parte “legal” da história!

Frost: - Que história?

Mark: - Deixa pra lá. Mas então . . . vamos?

    Mark pulou para dentro do buraco.

    Jack e Frost esperaram Mark dar um sinal de que estava tudo bem, até que eles escutaram Mark gritar, provavelmente de dor.

    Os dois pularam no buraco. Não era tão fundo quanto parecia, mas era incrivelmente escuro, quente e abafado.

    Frost ligou sua lanterna, e procurou por Mark.

Frost: - MARK!

    Eles escutaram gemidos de dor mais a frente. Eles seguiram os sons, e encontraram Mark, deitado no chão, com as mãos segurando seu pé esquerdo.

Frost: - Mark, você está bem?

Mark: - Não . . . eu . . . eu bati o mindinho do pé na parede!

    A preocupação de Jack e Frost sumiram naquele instante.

Mark: - Estava escuro, e . . . eu não vi onde eu estava indo!

Frost: - Vamos logo.

    Frost continuou seguindo pelo túnel de areia.

Mark: - Não me deixem aqui! Eu não quero morrer!

    Jack parou do lado de Mark.

Jack: - Bem, espero que você curta a companhia de todos os insetos peçonhentos que vivem aqui! Tchau tchau.

    Jack seguiu Frost, deixando Mark para trás.

Mark: - Nossa, esses dois são uns . . .

    Mark jurou que escutou alguma coisa caminhar pelas paredes de areia.

Mark: - Ai meu Deus!

    Mark se levantou e correu para acompanhar os dois.

    Não demorou muito para que Mark os alcançasse.

Frost: - Então, Mark, quais os detalhes que você pode nos dizer sobre esses “ninhos”? Eles seguem um padrão?

    Mark andou até o lado de Frost, para que os dois ficassem no mesmo ritmo.

Mark: - Sim, eles sempre seguem o mesmo padrão.

    Aos poucos, o túnel começou a descer, e as paredes começaram a mudar para paredes de pedra conforme eles avançavam.

Mark: - Normalmente são ninhos pequenos, eles só comportam a fêmea e os ovos. O maior que eu encontrei era do tamanho de uma escola. Mas aquele mundo estava infestado de tudo o que se podia existir.

Jack: - Defina “pequeno”.

Mark: - Do tamanho de um salão de futebol.

Jack: - Entendi.

    Eles continuaram andando, e a temperatura começou a aumentar.

Mark: - A fêmea tem um ninho. Devemos estar chegando perto.

Frost: - Como você sabe?

Mark: - Está muito quieto, o que significa que ela deve ter posto os ovos recentemente, e está descansando. E está incrivelmente quente aqui! Então estamos perto!

    Eles enxergaram uma luz vermelha vindo mais a frente.

Mark: - Deve ser o carro! Que sort…

    Eles acabaram numa câmara gigantesca, do tamanho de um estádio de futebol.

    Os ovos estavam espalhado pelo chão, todos estavam cobertos de veias que pulsavam algo vermelho, luminoso e quente. E, no meio de tudo, havia um tipo de casulo pendurado no teto.

    O casulo era gigantesco, era maior que o verme que Mark tinha matado.

Mark: - Mas que porra é essa?

Jack: - O que? Não era você que deveria saber como lidar com essas coisas?

Mark: - Sim!

Jack: - Então!!!

Mark: - Então que essa é nova!

    Mark desapareceu em um segundo,movimentando violentamente o ar dentro da câmara, e apareceu abaixo do casulo.

Mark: - Eu entendi! Essas veias estão bombeando energia térmica para os ovos, mantendo eles aquecidos e provendo energia enquanto a fêmea está em estado de mutação! Eu nunca vi algo assim antes.

    Jack e Frost se olharam, confusos.

Frost: - E como você concluiu isso?

Mark: - O que?

    Jack e Frost foram até o encontro de Mark.

Frost: - Você simplesmente se teleportou, e conclui tudo isso! Como você fez isso?

Mark: - Eu não me teleporto, eu apenas me movimento abaixo da velocidade da luz. Se vocês prestarem atenção. Até é possível me ver enquanto eu faço isso, mas vocês precisam de equipamento especial para conseguirem.

Jack: - Entendi. Então você é rápido!

Mark: - Sim. Mas que tal voltarmos para o que realmente é importante!

Frost: - Ok.

Mark: - A boa notícia é que, não precisamos mudar o plano. O Frost só precisa esfriar esse lugar o máximo possível, mas isso talvez não seria suficiente. E é aí, Jack, que você entra! Preciso que você ache um ponto onde essas veias se encontram, e solte uma corrente elétrica para parar o bombeamento . . .

Jack: - Causar um ataque cardíaco?

Mark: - Isso!

Jack: - Ok!

    Jack saiu a procura de onde as veias se encontravam, enquanto Frost começava a diminuir a temperatura bruscamente com o levantar de seus braços.

Mark: - Ótimo! Isso vai dar conta de tudo.

Frost: - Mark, o que você vai fazer?

Mark se sentou no chão, e calmamente tirou um cigarro do bolso e o botou na boca. Ele sacou sua arma, e com a ponta das balas incandescentes, ele acendeu o cigarro, em seguida guardou a arma.

Mark: - Não vou fazer nada!

Frost: - É sério? Você vai ficar fumando? Enquanto eu e o Frost fazemos o trabalho duro?

Mark: - Sim! Eu preciso fazer com que isso pareça que foi feito por vocês dois, para que não levante as suspeitas dos seus amiguinhos alados. Então eu deduzi que, a melhor maneira de fazer isso, é deixar vocês fazerem isso!

    Frost soltou um suspiro de raiva.

Mark: - Ok, ok. Eu vou ajudar, só deixa eu terminar de . . .

Frost: - Mark, AGORA!

    Frost soou num tom autoritário e irritado.

    Mark soltou um grunhido de insatisfação, enquanto o cigarro rapidamente apodrecia e se desfazia entre seus dedos.

Mark: - Ok!

    Mark desapareceu, e apareceu na entrada da câmara.

Mark: - Vamos agilizar isso!

    Mark começou a correu em paralelo com as paredes de pedra numa velocidade inacreditável.

    Aquilo fez o ar se movimentar, e fez com que a temperatura começasse a cair mais rápido.

    Frost escutou algo parecido com um choque de desfibrilador, e as veias começaram a parar de brilhar.

Jack: - Achei!

    Jack Gritou ao longe.

    Com aquilo, a temperatura começou a cair bruscamente. E Frost só parou quando havia uma fina camada de gelo cobrindo os ovos.

Frost: - Eu acho que isso deve servir!

    Jack se aproximou, tremendo de frio.

Jack: - E-eu também a-acho!

    Mark parou de correr, o que fez com que o ar começasse a parar de se movimentar.

    Quando Mark finalmente parou por completo, ele deu 2 passos e caiu no chão.

Jack: - Tudo bem aí?

    Mark se levantou.

Mark: - É claro!

    Mark começou a andar em zigue zague na direção deles.

Mark: - Eu só estou meio . . . tonto.

    Mark caiu novamente.

Mark: - Me deem um minuto!

    Jack e Frost andaram calmamente até Mark.

Frost: - Vamos logo! Temos que sair daqui.

Mark: - Nossa, Frost, você se tornou uma pessoa muito “fria”, sabia?

    Jack e Frost sorriram.

Mark: - Eu tinha esquecido desse seu probleminha, sabia?

    Frost, feliz, e agora um pouco confuso perguntou para Mark.

Frost: - Que problema?

Mark: - A sua descoloração dos pelos.

    Frost ficou sério. Sua preocupação com aquilo era notável.

Mark: - Parece que está subindo pelo pescoço agora!

    Mark apontou o local onde seu pelo estava começando a acinzentar.

    Frost puxou a gola da camisa, tentando esconder aquilo.

Mark: - Entendi!

    Mark olhou para a mão de Jack, e percebeu uma pequena cicatriz, que subia até o pulso, e desaparecia em seu pelo.

Mark: - Usando só o direito, bonitão? Você sabia que poderia ter o dobro de diversão se usasse as duas?

    Jack cerrou o punho, tentando esconder a cicatriz.

Mark: - Eu entendi! Agora as peças se encaixaram!

Frost: - O que você quer dizer com isso?

Mark: - Eu entendi! Seus amiguinhos alados não gostam dos que se ergueram do inferno, não é? Então vocês tentam disfarçar para que não sejam descobertos!

Jack: - É, os anjos não são muito amistosos com aqueles que ignoraram seu julgamento!

Mark: - Então, você utiliza apenas um braço, para evitar que as cicatrizes se espalhem, e o Frost . . .

    Mark respirou fundo.

Mark: - Pinta os pêlos do corpo! Genial!

Jack: - Mark, sem brincadeiras! Isso é sério. Nós corremos risco de morte todos os dias, independente se estamos numa missão ou não.

    Mark se levantou.

Mark: - Não estou brincando! Eu realmente acho fascinante como vocês esconderam seus sinais dos anjos! É simples, e prático! O único problema é que vocês não podem usar todo o poder que vocês tem!

    Frost apenas concordou, balançando a cabeça.

Frost: - Temos que tomar cuidado o tempo todo. Se não nossas aliados podem se tornar nossos inimigos!

Mark: - Aqueles idiotas alados não são seus aliados. Eles nunca foram.

Jack: - O que?

Mark: - Eles vieram aqui para infestar esse universo com a “luz” deles. Eliminando toda a escuridão, e trazendo a “paz”, da maneira que for conveniente.

Frost: - Como assim?

Mark: - Bem, todo o multiverso é governado por duas forças, a luz e a escuridão. Deus é a fonte de luz, e a morte é a fonte de escuridão. E juntos eles deveriam manter o equilíbrio de luz e escuridão!

Frost: - “Deveriam”? Eles não fazem isso?

Mark: - Não! Cada um acredita que seu lado está certo, e que o outro está errado.

Jack: - E onde você entra nisso tudo?

Mark: - Eu sou um dos únicos que fazem alguma coisa para garantir o equilíbrio. Porém, tendo acesso a uma fração de poder, eu não posso fazer muita coisa! Mas com meu corpo eu posso conseguir o poder para lutar contra os dois lados, e trazer o equilíbrio de volta para o multiverso. E isso fará com que as coisas possam sobreviver por mais tempo.

Frost: - Como assim?

Mark: - Devido às lutas infindáveis sobre o domínio de universos inteiros, ambos os lados acabam destruindo tudo. Mas, se eu conseguir estabilizar a luz e as sombras de um universo, ele vai sumir do radar de qualquer um, e isso vai conseguir preservar a integridade de tudo o que esse universo contém!

Jack: - Entendi! Você está lutando para salvar os mundos de serem destruídos!

Mark: - Exatamente! E, nesse exato momento, esse universo está indo em direção a luz. Não vai demorar muito para que as sombras encontrem esse lugar! Mas há uma maneira de parar isso!

Frost: - Como?

Mark: - Se conseguirmos entrar no céu, e recuperarmos o meu corpo, eu posso expulsar todos os anjos daqui, trazendo a neutralidade para esse lugar!

Frost: - Se “conseguirmos”? Você está nos incluindo nessa agora?

Mark: - Eu acho que sim!

Jack: - Mas você não tinha dito que . . .

Mark: - Foda-se o que eu disse! Eu preciso de ajuda, dessa vez.

    Frost sorriu.

Frost: - Nós vamos!

    Eles escutaram um barulho de rochas se partindo.

Mark: - Eu não acredito!

    Eles se viraram, e viram o casulo gigantesco rachando.

Frost: - O que fazemos?

Mark: - Corre!

Jack: - Não deveríamos tentar parar essa coisa?

    Mark começou a ir em direção ao túnel.

Mark: - É claro que sim, mas depois! Essa coisa vai nos soterrar quando sair desse casulo!

    Os Três começaram a correr até o túnel o mais rápido possível, enquanto o casulo começava a rachar e a balançar.



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