História The Leviathan - A visita de Jupiter

Frost: - Mark! MARK! Acorde!

Mark: - O que vocês querem?

    Mark estava embrulhado no meio das cobertas.

Jack: - Como você sabe que eu estou aqui também?

Mark: - Eu também sei que o Josh está do lado de fora. Junto com algumas bagagens. Eu diria que vocês estão prontos para ir para o acampamento de férias, mas ainda são 2 horas da manhã.

Jack: - Como você adivinhou isso?

Mark: - Eu tenho mais de 2 mil anos, se eu não soubesse dessas coisas eu seria um imbecil!

Frost: - Mas você é um imbecil!

Mark: - . . .

Josh: - Ei, vamos logo! O capitão está nos esperando!

    Josh parecia animado com aquilo, mas Mark sabia que ele estava apenas fingindo.

Mark: - É sério que teremos que sair agora?

    Mark se levantou.

Jack: - Sinceramente, eu também não gosto disso, mas temos que ir!

    Mark abriu seu guarda roupa e tirou uma mala com algumas roupas.

Mark: - Ok. Vamos!

    Mark chegou perto de sua cama, puxou um dos cobertores e se cobriu.

    Em seguida ele seguiu Jack, Frost e Josh até o portal que os tinha levado para dentro da academia.

    Chegando lá, o capitão Blackbeard os esperava.

Blackbeard: - Finalmente! Vocês demoraram.

Frost: - Culpa do Mark.

Mark: - Eu não fui feito para acordar cedo.

Blackbeard: - Hum. Enfim, as ilhas vão se alinhar a qualquer momento, então entrem na área de teleporte.

    Os 4 entraram no círculo de teleporte.

Mark: - Que ilhas que devem se alinhar?

Blackbeard: - Para economizarmos tempo, estamos alinhando esta ilha com uma ilha flutuante no meio do pacífico. Esse alinhamento faz com que o teleporte se torne possível entre essas ilhas.

Mark: - Porque não podemos passar um tempo em terra firme?

    O chão começou a brilhar, e rapidamente Blackbeard se juntou a eles.

Mark: - Aonde vamos?

Blackbeard: - Via ser uma surpresa!

    E com um clarão, eles foram teletransportados.

    Após o teleporte, os olhos de cada um demoraram para se adaptar a luz ambiente.

    Mark conseguiu sentir uma brisa fria, e ar fresco do campo. Quando seus olhos se adaptaram, ele viu a sua frente uma casa enorme, de madeira, com 3 andares.

Blackbeard: - Bem vindos, as suas férias!

Mark: - NUMA FAZENDA?

    Eles se viraram, e viram Mark apontando para um campo de trigo distante.

Jack: - Achei que seria pior.

Frost: - Uma fazenda?

Blackbeard: - Isso mesmo!

Mark: - Eu estou indo embora.

    Mark tirou sua camisa e abriu suas asas.

Blackbeard: - Nem pensar!

    Blackbeard agarrou uma das asas de Mark.

Mark: - Me solta!

Blackbeard: - Não.

Mark: - Eu não quero ficar numa fazenda!

Blackbeard: - E onde mais você vai ficar?

Mark: - Qualquer lugar é melhor!

    Blackbeard apertou a asa de Mark.

Blackbeard: - Você vai ficar! E se você pensar em fugir, eu irei atrás de você pessoalmente!

    Mark recolheu suas asas, e botou sua camisa de volta, e se cobriu novamente com o cobertor.

Mark: - Sorte sua que eu não consigo sair do planeta.

    O capitão deu um empurrãozinho neles para que eles fossem andando até a casa.

    Chegando perto da casa, o capitão baixou o tom de sua voz.

Blackbeard: - Quero que entrem em silêncio. Todo mundo dessa casa já está dormindo, então vocês tem que subir até o último andar, e a última porta a direita é o quarto de vocês!

    Quando eles entraram na casa, havia um longo corredor que dava para uma grande sala, e ao lado do corredor havia uma escada.

    Mark e Josh foram os primeiros a subir.

    Chegando no quarto que Blackbeard havia dito. Josh e Mark jogaram suas bagagens no canto do quarto, procuraram as camas, se deitaram e voltaram a dormir.

    Logo em seguida, Jack e Frost entraram no quarto.

    Era um quarto não muito grande. O piso era de madeira, e do lado oposto a porta, havia uma janela. E com a pouca luz que passava pela janela, eles viram as camas, uma posta do lado da outra.

    Eles se deitaram, e tentaram aproveitar o tempo de sono que eles ainda tinham.

    As camas eram inexplicavelmente confortáveis, era como se o colchão os abraçasse e eles caíram num sono profundo.

    Mark não sonhou com nada, ele apenas aproveitou seu sono.

    Algumas horas depois, Mark sentiu uma presença aos pés de sua cama.

    Ele abriu levemente os olhos, e viu uma figura encapuzada mirando o seu próprio revólver contra ele.

    Mark não sabia quem era aquela pessoa, mas ele sabia que não era ninguém amigável.

    Num movimento rápido, Mark abriu suas asas enquanto girou na cama. A ponta de sua asa bateu contra o seu revólver, que saiu voando pela janela.

    A figura encapuzada, confusa com o movimento inesperado de Mark, olhou pela janela, onde o revólver tinha caído.

    Mark aproveitou o momento, e utilizou sua luz nos seus braços para ganhar mais força, em seguida, ele pulou da cama e socou o peito da figura encapuzada.

    Porém seu soco não fez efeito algum.

    A figura encapuzada pegou Mark pelo seu rosto, o ergueu e o atirou pela janela, a quebrando completamente.

    Mark colidiu contra o chão de terra.

    Ele se pôs de pé rapidamente, sem entender porque seu poder tinha falhado. E quando ele olhou para seus braços, ele viu várias linhas negras pintadas por cima de sua pele.

    Mark deduziu que era aquilo que o impedia de usar seus poderes.

    Em seguida, a figura encapuzada pulou para fora, utilizando o rombo na janela, e aterrisando perfeitamente no chão.

Mark: - Quem é você?

    Mark não recebeu resposta alguma.

    Mark vasculhou o chão com os olhos, procurando seu revólver, mas não o encontrou.

    A figura encapuzada se virou para Mark, e em uma de suas mãos, o seu revólver.

Mark: - Acho que você me pegou! Então, me diga o que você quer!

    A figura encapuzada jogou o revólver alto e em direção de Mark.

    Quando Mark levantou a cabeça para olhar para o revólver, a figura encapuzada avançou numa velocidade surpreendente e socou Mark no meio do peito.

    Mark saiu voando para dentro da casa, arrebentando a porta, e quicando pelo corredor até a sala de jantar, que era do outro lado da casa.

    Mark estava soterrado em pedaços de móveis, mas ele conseguiu se livrar deles com facilidade.

    A figura encapuzada entrou na casa.

Mark: - Então você gosta de jogar sujo, não é?

    A figura encapuzada repetiu o movimento de antes, mas Mark percebeu isso, e defendeu o soco usando suas duas mãos e todas as forças do seu corpo.

    O impacto do soco nas mãos de Mark fez os vidros das janelas racharem, e os ossos da mão de Mark se quebrarem.

Mark: - Você tem que diversificar um pouco!

    A figura encapuzada aplicou uma quantidade desumana de força no braço que Mark tinha bloqueado.

    O punho da figura encapuzada avançou rapidamente, ignorando a força de Mark, e o acertando no rosto.

    Mark atravessou a parede, e saiu voando até um celeiro que estava a vários metros dali. Mark fez um buraco na porta do celeiro quando a atravessou.

    A figura encapuzada andou calmamente até o celeiro, isso levou alguns minutos, mas ela finalmente chegou lá

    Após ela chegar lá, ela tirou uma foice gigantesca de dentro de suas roupas, e num movimento rápido, cortou a celeiro ao meio.

    O celeiro desabou em cima de Mark.

Jack: - O que está acontecendo aqui?

    Jack, Frost e Josh estavam atrás da pessoa misteriosa, prontos para lutar.

Josh: - Temos que tomar cuidado, Mark foi facilmente derrotado por essa criatura.

Frost: - Criatura?

Josh: - Nenhum ser humano possui uma força tão descomunal como essa.

    No momento em que eles iriam correr em direção a briga, eles ouviram uma voz muito familiar.

Eight: - Ei, Jupiter, o que você pensa que está fazendo? Nós somos os convidados aqui, não podemos sair quebrando tudo!

    Eles olharam para trás, e viram Eight, andando calmamente até eles.

    A pessoa misteriosa tirou o capuz, revelando ser Jupiter.

Jupiter: - Qual o problema? Eu só queria dar um “oi” para o Mark, e ver se ele tinha ficado mais forte!

    Jupiter falava aquilo com a maior naturalidade possível.

Eight: - Você sabe que o Sr.Mark vai querer acabar com você, não é? Você atrapalhou o sono dele, e o corpo humano necessita de descanso constante!

    Eles sentiram o chão tremer.

Eight: - Ótimo! Agora vamos ter que aguentar a mau humor do Sr.Mark logo de manhã, e por culpa sua, Jupiter!

    Algo saiu voando da casa, e mergulhou nos escombros do celeiro.

    Eight suspirou.

Eight: - Porque ele não consegue desenvolver as habilidades dele como uma pessoa normal? É sempre quando ele tem um acesso de ódio!

    Os escombros explodiram com uma onda de choque vindo do seu centro.

    Eles viram Mark se erguendo de onde ele estava soterrado, mas agora ele estava usando sua manopla.

Josh: - Então, aquilo que saiu voando era a manopla dele?

Eight: - Sim. Ele acabou de descobrir seus poderes mentais! Bem . . . já estava na hora na verdade!

    Mark se moveu para frente de Jupiter tão rápido que eles apenas viram um breve vulto.

    Jupiter sorriu e tentou desferir outro soco, mas Mark segurou seu punho com sua mão quebrada, que parecia bem intacta para Jupiter.

    Jupiter tentou forçar o soco como antes, mas não teve sucesso.

    Mark jogou o punho de Jupiter contra o chão com tanta força que a derrubou.

Eight: - As coisas estão passando dos limites.

    Mark cerrou o punho, e a placa que protegia as costas de suas mãos levitou, e as duas lâminas de sua manopla saíram, em seguida, a placa de metal voltou ao seu lugar, travando as lâminas.

    Nesse momento, Eight tirou uma moeda de cobre do bolso do seu paletó.

    Mark levantou o punho, pronto para atacar Jupiter.

    Eight jogou sua moeda com tanta força em um movimento simples do seu pulso, que a moeda saiu voando como um míssil.

    O impacto da moeda fez com que Mark caísse de costas no chão.

    Quando Mark levantou a cabeça, ele viu Eight pegando sua moeda do chão, e ele se acalmou um pouco.

Mark: - Eight! O que você está fazendo aqui?

    As lâminas na manopla de Mark voltaram para o seu lugar quando ele se levantou.

Eight: - Alguém queria te ver. E eu sabia que não seria uma boa ideia deixar as duas crianças sozinhas!

    Eight puxou uma cartela de cigarros e um isqueiro de dentro do seu paletó, e os jogou para Mark.

Eight: - Considere como um pedido de desculpas!

    Mark pegou a cartela e o isqueiro. Ele os observou durante alguns segundos. Em seguida ele olhou para Jupiter, que ainda estava no chão.

Mark: - Desculpas aceitas.

Jack: - Então . . . é isso? Está tudo bem agora?

Mark:- É claro que não!

    Jupiter se levantou.

Jupiter: - Por que não? Foi só uma lutinha!

Mark: - Jupiter, você nunca conviveu com seres humanos, ou qualquer tipo de mortal.

Jupiter: - É verdade. Mas você não é mortal!

Mark: - Realmente não, mas estou um corpo que é! Esse corpo tem limites, e são limites bem grandes! Naturalmente, esse corpo não levantaria mais de 75 Kg, porém, eu sou capaz de levantar quase meia tonelada usando apenas um dos meus braços.

Jupiter: - Então . . . você ultrapassou os seus limites?

Mark: - Não! Os limites continuam os mesmos. Eu apenas estou . . . bem . . . eu não sei como explicar!

Josh: - Mark está sobrecarregando o seu corpo constantemente. É como se você quisesse ligar uma cidade utilizando toda a energia de um sol vermelho. Utilizando o equipamento certo, você pode fazer isso funcionar, mas não por muito tempo.

    Eles encararam Josh.

Jupiter: - Entendi! Então, eu só preciso pegar leve!

Mark: - Jupiter, o seu “pegar leve” vai quebrar todos os ossos do meu corpo!

    Eight puxou uma seringa com um fluido roza e injetou no pescoço de Mark.

Mark: - AI! O que foi que você fez?

Eight: - Injetei um pouco mais do fluido de cura em você!

    Mark sentiu os ossos de sua mão voltarem para o lugar, enquanto a fadiga do seu corpo começou a ir embora.

Mark: - Obrigado!

    Eles escutaram uma voz feminina vindo da casa.

Juliet: - O QUE VOCÊS FIZERAM? VOCÊS DESTRUÍRAM O CELEIRO! EU VOU TE MATAR, JUPITER!

Eight: - Fudeu.