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História The Library (minsung) - 40 - no one do it better than you


Escrita por: moonlightAd

Notas do Autor


heey, mais um capítulo pra vocês.
e sim, quando tô mt empolgada, apareço aqui a essa hora.

so, aqui está o motivo das risadas maléficas no cap anterior: mesmo o jaemin sendo um completo cuzão, ainda tenho um certo bloqueio com ele pq irl, amo o nana. mas os pais do lino são personagens originais, ou seja, eu não tô presa a >>>NADA<<< hehe

btw, minha inspiração pra fazer o pai do minho, foi o rei clarkson de "a seleção". quem já leu os livros, sabe que isso não é uma coisa mt boa 🗣

agora a parte boa do dia: apesar de certas coisas, eu gosto desse cap, por motivos que vocês saberão no meio do próprio, e nas notas finais.

boa leitura, espero que gostem :)

Capítulo 49 - 40 - no one do it better than you



Minho


— Tá, ok, calma. Pensa, Minho, pensa. – massageio minhas têmporas. — Sabe, eles quem compraram essa casa pra mim, m…


— Não precisa dizer mais nada, eu já entendi. Vou lá arrumar minhas coisas. – interrompe, me deixando mais nervoso. 


— PORRA, JISUNG! VOCÊ NUNCA ME DEIXA TERMINAR DE FALAR, CARALHO! EU NÃO TENHO CREDIBILIDADE NENHUMA CONTIGO? MAS QUE SACO. – me irrito mais do que deveria, e ele se assusta. — O que eu tava tentando dizer, antes de ser interrompido, era: eles compraram a casa, mas ela tá no meu nome; essa merda toda é minha, eu decido quem fica, e quem sai. E minha decisão é simples: você fica. – respiro fundo, baixando o tom. Não deveria descontar nele.


— Tá bom… 


— Eu vou trocar de roupa, descer e falar com eles. Por favor, não desce, deixa isso comigo.


— Ok, não vou descer. – coloca suas mãos nos bolsos. — Qual é problema com sua roupa? Você tava dormindo, é normal que esteja de pijama. 


— Se você convivesse com os Lee, saberia. – rio sem humor.


— Entendi… Boa sorte. Vou voltar pro meu quarto. – sai, antes de receber alguma resposta. 


Troco meu pijama por uma blusa de manga longa, e uma calça de moletom; meu cabelo está bagunçado, então coloco uma touca por cima. Vendo que olheiras ainda estão evidentes, sou obrigado a passar um pouco de maquiagem, pois não quero que façam comentários sobre isso. 


Respiro fundo por umas quinhentas vezes, e finalmente desço as escadas. Ao vê-los de pé, no meio da sala, fico ainda mais nervoso; eu amo meus pais, mas eles me dão uma dor de cabeça do caralho.


Vamos lá, eu consigo passar por isso.


Respiro fundo uma última vez, tentando deixar de lado, o estado em que me encontro, para ter uma conversa decente com os dois. Assim que paro em frente a eles, sou encarado de cima a baixo. E já começamos bem.


— Boa noite, o que vocês fazem aqui, a essa hora? – cruzo meus braços, com a postura ereta.


— Isso é jeito de falar com seus pais, Lee Min Ho? Você já mostrou mais respeito por nós. – meu pai diz, e eu sinto meu corpo estremecer.


— Perdão, Senhor. – abaixo a cabeça por um momento, logo voltando minha atenção a eles. — Mas realmente quero saber, aconteceu algo?


— Primeiro, o que houve com sua blusa? Está toda amassada, parece que dormiu com ela. – "eu tô em casa, não preciso me vestir impecavelmente, o tempo inteiro." tenho vontade de responder.


— Agora não é hora, querida. Temos assuntos mais importantes a tratar. 


— Tem razão, não deveria perder o foco. – ele assente. — O que o Jisung faz dentro dessa casa? E pense bem no que vai responder. 


— "Oi, filho! Faz tempo que não nos vemos, você está bem? Como vai sua carreira? Estávamos com saudades". – sou irônico. — Vocês aparecem aqui de surpresa, numa hora dessas, e não têm a coragem de perguntar como eu estou? 


— Desculpe, você está certo. Está tudo bem com você, querido? – minha mãe me abraça.


— Claro que não está, Gyeonghui! Ele trouxe um Han para morar aqui, isso significa decadência.


— Está tudo ótimo, mãe. Obrigado por perguntar. – minto, ignorando a fala de meu pai. 


— Agora, antes de tirar aquele fedelho daqui, nos responda: o que ele faz nessa casa? Não me diga que está se aproveitando de você.


— Primeiro de tudo, ele não vai sair daqui. Essa casa está em meu nome, e vocês não podem mudar isso, sem minha autorização. Segundo, ele não está se aproveitando de mim, isso eu garanto. 


— Pois eu duvido que não, ele tem cara de ser esse tipo de pessoa. Por isso, assim que descobrimos que está aqui, viemos correndo para cá. – ela diz.


— Como vocês souberam que ele está aqui? – questiono, confuso.


— O seu amigo nos contou. Ele soava bem preocupado, pelo telefone; e sendo sincero, nos preocupamos também. 


— Que amigo?


— Na Jae-min. Ele disse que você está passando por problemas, e o Jisung se aproveitou disso. – fico totalmente sem reação. — Nos pediu para vir aqui, e nós o fizemos.


Aquele filho da puta!


— Aliás, filho, precisamos esclarecer algo. Não acredito que você reencontrou o Jaemin, e não tentou algo com o rapaz. Ele é ótimo, e a família dele também, a união de vocês seria incrível para nós. 


— Vocês são inacreditáveis! – rio de irritação, e me seguro para não chorar. — Eu moro aqui há mais de 3 anos, e pedi milhares de vezes, que me visitassem, mas vocês só vieram uma vez, e ficaram apenas dois dias. Agora, aquele infeliz conta uma historinha, e vocês não pensam duas vezes, antes de virem me infernizar? – sento no sofá, evitando cair no chão. 


— Já é a segunda vez que nos falta com respeito, e eu não gosto nada disso. Toma cuidado com o que diz, porque você ainda é meu filho, e eu continuo com o direito de te punir. – sinto um arrepio percorrer por minha espinha. Preciso me controlar, porque já tenho problemas o suficiente.


— Jongsu, se controla! Podemos resolver isso de maneira pacífica. – agradeço a intervenção de minha mãe. — Mas seu pai tem razão, isso não é jeito de falar conosco. 


— Perdão, mais uma vez. Prometo não fazer novamente. – peço. — Isso não muda meu posicionamento. O cara mentiu, e Jisung não fez nada além de me ajudar; se esse foi o único motivo que trouxe vocês até aqui, já estão livres para ir embora. 


— Você está pedindo para nós acreditarmos no Han Ji Sung, ao invés do Jaemin, que sempre foi um exemplo de bom comportamento?! Isso é inadmissível! Não adianta, o bastardo vai embora, e ponto final. – nossa, ótimo comportamento, nem parece que eu tô completamente fodido por culpa dele.


— Não. Estou pedindo que acreditem no filho de vocês, apenas isso. Se o problema é o jeito que ele se comportava antes, não se preocupem, tenho provas de que mudou. 


— Você tem noção de que as pessoas acham que vocês estão namorando?! Seu nome está ligado ao nosso, querido, isso pode prejudicar nossos negócios. Seria bem melhor, se fôssemos relacionados à família Na, e você pode fazer isso acontecer, se largar o Jisung.


— Ah… O problema não é que ele tenha me infernizado durante boa parte da minha vida, e sim, que ele faça parte da "ralé"? – faço aspas. — Realmente, a família dele não é conhecida, mas isso não significa porra nenhuma. Parem de endeusar aquele filho da puta, pelo amor de Cristo! Confiem em mim, eu já fiz isso, e não me dei bem. 


— Cuidado com o palavreado, isso não combina com você. 


— Quer saber? Foda-se. – perco a paciência. — Se é de seu interesse, o filho postiço de vocês, quase acabou comigo, e se não fosse pelo Han, vocês teriam recebido uma notícia péssima. – jogo minha promessa no ralo.


— Agora já deu! Além de nos desrespeitar diversas vezes, ainda é capaz de mentir sobre um amigo que sempre te defendeu? Você está irreconhecível, Minho. Deve ser coisa daqueles seus amiguinhos, não é? 


— A gente nem os conhece direito, se acalme, amor! Além do mais, não parecem ser ruins, não culpe-os. – ela media a situação. 


— Mãe, se não vê nada de errado com meus amigos, porque vê no Jisung?


— São coisas diferentes. Eles nunca foram apontados como seu namorado, então nunca afetaram a nós. 


— CHEGA! – grito. — Já disseram o que queriam, agora vão embora daqui. Porque o Jisung só sai dessa casa, quando nós dois estivermos de acordo com isso! Vocês não me vêem há tempos, e quando fazem isso, é pra se intrometer na minha vida amorosa; o pior, é que não é nem por cuidado, é porque não querem sair prejudicados na carreira. 


— Fil… – minha mãe tenta dizer.


— NÃO, O HAN NÃO É MEU NAMORADO, MAS QUER SABER? NÃO ME IMPORTARIA QUE FOSSE. ALIÁS, SE EU QUISER, POSSO SUBIR NA PORRA DAQUELE QUARTO, E O PEDIR EM NAMORO AGORA MESMO! – acho que exagerei, mas quem se importa? — MAS NÃO PRECISO ME PREOCUPAR AGORA, PORQUE TEREMOS MUITO TEMPO PRA ISSO, JÁ QUE ELE. NÃO. VAI. SAIR. DAQUI. – ok, ele vai sair junto comigo, porque depois dessa, meu pai vai me matar.


— Lee Min Ho, retire suas palavras agora. Se não quiser sofrer as consequências. 


— Eu retiro, se vocês souberem responder três perguntas, certo? – por algum milagre, os dois assentem, mas vejo que meu pai está a beira de quebrar minha cara. — Qual o nome do meu gato? Qual minha última música lançada? E por fim, qual minha cor favorita? – se entreolham, demorando a responder. — Não são perguntas difíceis. Pelo amor, vocês são meus pais. 


— Sua última música foi… Blueprint? – minha mãe responde, e eu dou risada.


— Ela foi lançada há um ano e meio. E as outras respostas, vocês sabem?


— O gatinho tem o nome do seu amigo, não é? Jeongin, ou algo assim. 


— Não, é em homenagem a um amigo, mas não é o nome em si. Aliás, amigo errado. 


— Sua cor favorita é preto. – meu pai diz, com propriedade.


— Vocês não acertaram nenhuma, pelo amor de Cristo. – estou mais chateado do que bravo. Poxa, eles são meus pais, e não me conhecem nem um pouco? — Pois bem, se eu perguntasse pro Jisung, ele nem pensaria antes de responder corretamente. – não faço a mínima ideia se isso procede, mas não me importo. — Vão embora, e se encontrarem o verme desclassificado, peçam que ele vá pra puta que o pariu. Quanto ao Han, mantenho minha palavra, ele vai ficar comigo por quanto tempo quiser. 


— Você atingiu sua cota, agora vamos ver se vai aguentar as consequências. – meu pai diz entredentes, me pegando pelo braço, na intenção de me tirar do sofá. — Você se esquece que não pode falar o que quer, e sair impune. 


Eu tinha ideia que isso iria acontecer, mas não me arrependo. Já perdi minha paciência com toda a merda que não para de acontecer desde ontem, e se for preciso ganhar algumas marcas, antes de tudo acabar de vez, que seja.


— Eu não sou tão fraco quanto você pensa, senhor. – estou apreensivo com o que está por vir, mas não reluto em momento algum. — Qual parte do meu corpo você pretende quebrar hoje?


— Nem tente bancar o durão. Se fosse tão forte assim, não teria me feito gastar dinheiro com a porcaria de uma terapeuta. Nem me contou o problema, provavelmente porque nunca passou de um adolescente querendo chamar atenção. – não consigo rebater. — Pelo jeito, as sessões não funcionaram, porque nunca te vi tão fraco. Quem vê assim, pensa que tem problemas sérios. – zomba, dando uma risada irônica.


Queria dizer qual é o maior dos meus problemas, mas tenho certeza que não acreditariam em mim. E se eu mostrasse a marca em meu pulso, culpariam o Jisung.


— Vocês dois, já chega! – minha mãe intervém. — Não precisa disso, Minho já tem idade pra tomar as próprias decisões, mesmo que elas sejam péssimas! Se quiser puní-lo, corte a renda dele, já é o suficiente. 


Ele suspira, e solta meu braço; passo a mão no local, porque meu pai é uma das pessoas mais fortes que conheço, ainda mais quando está bravo. Apesar de ter dito aquilo, eu sou fraco sim, e fiquei aliviado quando minha mãe o impediu.


— Eu não preciso da renda de vocês, só pra deixar claro. – me levanto do sofá, indo até a porta, logo abrindo-a. — Nunca tive vergonha de ser um Lee, mas isso acabou de mudar. A partir de hoje, vocês só pisam nessa casa, quando estiverem dispostos a ser meus pais de verdade. Caso contrário, esqueçam que eu sou seu filho, e coloquem o garoto de ouro no meu lugar. – quando digo isso, vejo que atingi minha mãe, mas meu pai continua da mesma forma. 


— Não é má ideia, tenho certeza que ele me respeitaria mais que você. – não queria que fosse assim, mas sua fala me deixa mal.


— Tenta a sorte, não tem ninguém te impedindo. – sorrio forçado. — Já deu a hora de vocês, tchau. – aponto para o lado de fora. 


— Você tinha tudo para ser o melhor da nossa família, mas por decisões erradas, não passa de uma vergonha. Espero que caia na real, antes que fracasse de vez. – é a última coisa que meu pai diz, antes de sair. Eu assinto, engolindo em seco.


— Você nunca me deixou tão decepcionada como hoje. Desrespeitou a nós, nossa carreira, e a si mesmo; difamou um bom amigo, defendeu alguém que não merece, e nos expulsou da sua casa. Mesmo assim, eu te amo, e quero que saiba que só busco o melhor para você, nada além disso. – é a vez de minha mãe dizer o que pensa. 


— A minha vida inteira, eu tenho sido o melhor filho que posso ser, mas tenho meus limites; sei do que houve entre mim e o desgraçado, e ele não merece sua compaixão. Também amo você, aliás, amo o papai também, mas vocês não se importam com o melhor pra mim. Se esse fosse o caso, vocês parariam pra me escutar, ao invés de sempre voltar à mesma justificativa idiota.


— Sinto muito por seu pai. – parece não ter dado a mínima para o que eu disse.


— Eu aguentei quando tinha 17, aguentaria de novo hoje.


— Mesmo assim, não é justo. – rebate. — Sabe, ainda dá tempo de mudar de ideia. Eu até arrumo um luga…


— Tchau, dona Gyeonghui. A gente se vê por aí. – a interrompo.


— Sinto muito que as coisas tenham tomado esse rumo.


— Não, não sente.


Ela finalmente sai, e os dois seguem caminho para qualquer lugar, que não faço a mínima ideia de qual é. Sem vontade de subir por agora, me jogo no sofá, puxando o ar com força, e sentindo minha cabeça doer.


Foi merda atrás de merda, eu não consigo entender o que fiz pra merecer isso. Digo, sempre tentei ser uma pessoa boa, nem sempre deu certo, mas não acho que seja o suficiente pra me ferrar tanto desse jeito.


Pelo menos, tô conseguindo não chorar, isso é um ponto positivo.


•••
Quando noto que estou há muito tempo sozinho, volto para o andar de cima, voltando a colocar meu pijama, e tirando a maquiagem que havia colocado anteriormente. 


Dou risada de mim mesmo, porque tenho vontade de fazer a coisa que coloquei na minha cabeça, que deveria parar de fazer. Porém, é mais forte que eu, então saio de meu quarto, indo até a única pessoa que tenho vontade de ver no momento. Que I.N não me ouça, amém.


— Oi. – digo, entrando no quarto já arrumado de do Jisung, que está com a porta aberta. 


— Oi. – consigo ver que ele está cheio de incertezas.


— Desculpa por ter gritado aquela hora. Eu fiquei muito nervoso, mas não deveria ter descontado em você. – nunca fui de pedir desculpas, mas quando se trata dele, não consigo evitar.


— Tudo bem. Em partes, também foi minha culpa. Você tem sido ótimo, e eu deveria ter mais um pouco de fé em você.


— É, também acho. – damos risada. 


— Então, você realmente não se importaria se eu fosse seu namorado, ou só disse aquilo pra provocar seus pais? – é surpreendentemente direto.


— Você ouviu?


— Você acabou falando alto demais. – dá de ombros. — Tudo bem se não quiser responder.


— Eu não seria baixo a ponto de falar uma coisa dessas, só pra deixá-los irritados. – me sento ao seu lado, na cama. 


— Isso significa que… 


— Sim, eu realmente não me importaria. 


— Ah… Isso me pegou de surpresa. Você costuma me dar respostas vagas, e isso foi muito direto. 


— É, acho que você merece que as coisas sejam esclarecidas. – admito. — Posso deitar no seu ombro?


— Não precisa nem pedir. – sorri, e eu o faço.


— Alguma coisa precisa dar errado na sua vida, porque pelo menos uma vez, eu queria ser o que consola. – brinco. 


— Então se algo ruim acontecer comigo, você me consolaria? – é perceptível que sua dúvida é genuína.


— Claro que sim. Você mesmo disse que tá aqui por mim, e eu quero estar aqui por você também. 


— Não se preocupa, logo sua vez chega. Meu azar não costuma dar uma longa trégua.


— Que horror. – dou risada. — Como você é pessimista. 


— São fatos, Minho. 


— Aliás, eu tava brincando. Não quero que nada de ruim aconteça com você, já basta meus pais. – explico. — Sua mãe foi um amor comigo, sinto muito que não tenha acontecido o mesmo com você.


— Não se preocupe, esse é o tipo de tratamento com o qual eu tô acostumado. Na verdade, eu me sinto culpado, porque você brigou com eles por minha causa. Eu poderia ter saído daqui, não precisava estragar seu relacionamento com eles. 


— Que relacionamento? Acho que eles nem lembravam do meu rosto. – resmungo. — Eu tomei a decisão certa, e não vou voltar atrás.


— Tem certeza?


— A minha vida inteira, tento ser tão perfeito quanto meus pais; e se na única vez em que passei por cima de uma decisão deles, fui tratado dessa forma, talvez seja um sinal de que deveria parar de tentar. Eu nunca estive apto a ser um Lee, e isso nunca vai mudar; acho que nasci na família errada, deve ser a única explicação pra ser a vergonha da família. – vejo que estou falando demais, e decido parar.


— Não vejo o porquê de tentar. Pra mim, você é mais perfeito que aqueles dois juntos. – entrelaça nossas mãos, por cima de sua coxa. No começo, levo um choque, mas droga! Eu gosto disso.


— Se você conhecesse toda minha família, descobriria que sua impressão é equivocada. Eu venho de uma longa linhagem de médicos, professores universitários, e empresários bem sucedidos. Eles são decididos, eloquentes, sabem falar com as pessoas, e são ótimos com os negócios. – faz carinho em minha mão. — Eu sou um artista introvertido, não consigo lidar com os meus sentimentos, e não consigo dar orgulho pros meus próprios pais. A pior parte disso tudo, é que eu não sou inteiramente como eles, mas tenho alguns traços, e isso me deixa confuso. Simplesmente não faço a mínima ideia de quem eu sou de verdade; tipo, será que minha vida seria desse jeito, se não fosse por eles? 


— Você é duro demais consigo mesmo, Minho. Eles podem ser tudo isso, mas você ainda é o melhor deles; caramba, enfrentou seus pais, pra defender um cara que foi um babaca contigo, por boa parte da tua vida. Você simplesmente se importa com as pessoas, e não aprendeu isso com nenhum deles, isso é quem você é. – me dá uma bronca. — Não precisa parecer com ninguém da sua família, porque a parte mais perfeita da sua personalidade, não vem de nenhum deles, é uma coisa apenas sua. – é nessas horas que eu entendo o porquê gosto tanto de ser consolado por ele.


— E qual seria a parte mais perfeita da minha personalidade? – intrinco ainda mais nossas mãos, sem me importar que posso machucá-lo.


— Você tá perguntando logo pra mim? Eu nunca seria capaz de responder essa pergunta, Minho. 


— Por que não?


— Você sabe muito bem que eu poderia lhe colocar em um pedestal, porque sou completamente estúpido por qualquer parte de você.


— Até mesmo as confusas? – o encaro.


— Até mesmo as que nem você gosta. – usa a mão livre para fazer carinho em minha bochecha. — Desculpe por falar da sua família, mas eu odeio aqueles desgraçados, por terem colocado na sua cabeça, que você é fraco. Não gosto de ver você se diminuindo, e os culpo por isso; espero que um dia, você perceba que é uma das melhores pessoas existentes. O mundo não te merece, Lino, você é demais pra ele. 


— Talvez eu perceba, mas não acho que consiga sozinho. – murmuro.


— Você tem a mim, os seus amigos, seus fãs, seu gato, a tia Hye, o Doyun, e várias outras pessoas que te amam e se orgulham de ti. Sei que é difícil não ter a família por perto, mas te garanto que você nunca vai estar sozinho. 


— Eu tenho minha família por perto, meus pais só não estão inclusos. – rebato. — A própria tia Hye, é mais minha mãe do que a mulher que me deu a vida. E bom, mesmo sendo apenas um ano mais velho, o Chris é a minha figura paterna mais próxima. Fui nascido e criado em Dinwah, mas minha família de verdade tá aqui.


— Tá vendo? Não precisa se cobrar tanto, porque nós sabemos que você é foda pra caramba. – eu me sinto bem melhor agora. — Foi mal.


— Ué, por quê?


— Eu disse "nós", meio que me inclui no que você disse. Desculpa, foi inconsciente. – acho graça de seu raciocínio.


— Jisung? 


— Fala. – ele deve ser a pessoa mais insegura que eu conheço, porque já tá apreensivo.


— Por que você acha que vim pra cá?


— Pra não ficar sozinho?


— Se fosse a única razão, eu poderia ter ligado pros outros, não acha? 


— Então por que veio?


— Porque você tá aqui, e isso é o suficiente. Não faz nem meia hora que estamos conversando, e eu já me sinto bem melhor. – respondo. — Você não se incluiu, porque eu fiz isso antes; não precisava me dizer que tenho você, porque sei disso, e ironicamente, acho que é uma das melhores coisas que já me aconteceram. – confesso.


— Tá falando sério?! – parece chocado.


— Pode apostar que sim. Sei que na maioria das vezes, digo essas coisas quando tô vulnerável, mas é porquê normalmente, eu não tenho coragem pra falar dos meus sentimentos. Você é inseguro em relação a mim, e te dei motivos pra isso, mas te garanto que mesmo quando tudo isso passar, vou continuar pensando a mesma coisa.


— Tá falando sério?! – repete.


— Como nunca falei na minha vida. – asseguro. — E a melhor parte de falar esse tipo de coisa, nesses momentos, é que minha certeza de que você se importa mesmo comigo, sempre é reforçada. Você coloca meus sentimentos acima da sua própria preocupação, e isso é fofo. – balbucia algo. — O que disse?


— Eu te amo. – arregalo meus olhos, chocado com a informação. — Droga! Jurei pra mim mesmo que não ia falar, mas puta que pariu, eu te amo pra caralho, e nem acredito que tô admitindo isso. Perdão por estragar o momento com minhas baboseiras, eu sou tonto, mas precisava dizer, porque realmente quero que tenha noção do quanto você significa pra mim. – tagarela, totalmente corado.


Ele disse duas vezes, e nas duas, senti meu coração parar. Acho que nunca senti tanta coisa ao mesmo tempo, e ele é a única pessoa que tem esse efeito sobre mim.


— Han, tá tudo bem. – rio fraco. — Não é baboseira, e não precisa pedir desculpa. – sou sincero. 


— Sério, desculpa. Não quero te forçar a nada, só não agu… 


Percebendo que vai entrar em pânico novamente, aproximo nossos rostos, lhe dando um selinho; só me afasto, quando tenho a certeza de que não vai voltar a tagarelar. Finalmente para de falar, mas apenas por conta de seu estado atordoado; se nem eu esperava que faria isso, imagina o coitado.


— Já disse que não precisa se desculpar. Não tenho problemas com essa informação, porque sei que ninguém faz isso melhor que você. – sorrio. E caralho! Seus olhos estão brilhando mais do que quando nos beijamos pela primeira vez.


— Eu te amo. – repete, num sussurro. Novamente, as batidas do meu coração enlouquecem.


— E eu amo saber disso. – ele entende que não posso dizer a mesma coisa, e agradeço por isso. — É engraçado que em todas as nossas conversas, sempre surge alguma confissão.


— Nós somos bem espontâneos, huh?


— Na verdade não. – rio. — Eu sempre penso demais, a única exceção é quando tô com você. 


— Então eu tenho algum efeito sobre você?


— Algum?! Você tem vários. Eu já te contei coisas, as quais demorei meses pra contar ao Chan, Jinnie, e até mesmo ao I.N. – confesso. — Ser tão aberto assim, me assusta, mas ao mesmo tempo, gosto disso. 


— Você confia em mim, e isso significa muito.


— É, você me deu motivos pra isso. – todo dia eu torço pra não me arrepender dessa decisão. — Hum… Você ouviu as três perguntas que eu fiz pros meus pais?


— Sim. E sim, eu sei responder. – sorri. — Na verdade, são perguntas bem fáceis.


— Não pra eles. – suspiro. — Enfim, já que sabe, responde. – mudo de assunto, porque não quero pensar neles. 


— Llama, Wow, e vermelho. Só não sei o tom. – só queria jogar na cara daqueles dois, que Jisung respondeu sem pestanejar.


— Suas bochechas.


— Oi?!


— Meu tom de vermelho favorito, é o mesmo das suas bochechas quando você cora. – como já esperava, ele fica vermelho. — Tá vendo?! É fofo. Eu me odiava por isso, mas até na nossa adolescência, eu já gostava de ver você corar. 


— Ei! Naquela época, nunca corei perto de você.


— Sim, vai nessa, Jisung. Todo mundo acredita. – zombo. — Aliás, por que corava? Tipo, você me odiava, não fazia sentido. 


— Não seja extremo, eu não te odiava. 


— Não?! Jisung, você escondeu meu óculos de leitura, apenas porque "eu já era idiota demais sem eles". Minha visão era bem pior naquela época, isso me prejudicou pra caralho. 


— Foi mal. – percebo que está segurando uma risada.


— Por que quer rir?


— Nada não, esquece. Deixa pra lá, nunca mais me pergunta isso. – desconversa. — É sério, confia em mim, você não vai querer saber.


— Ok… – estou desconfiado, mas ele sempre respeita meu espaço, não custa nada fazer o mesmo.


— Mas é mentira, ok? Primeiro, eu nunca corei perto de ti. Segundo, eu não te odiava. 


— Tá bom, Han. Vou te deixar sonhar.


A gente ri, e por um tempo, não dizemos mais nada; pela primeira vez, o nosso silêncio não é constrangedor, e sim confortável. Continuo deitado em seu ombro, e em momento algum, nossas mãos se soltaram; e é por isso que não precisamos dizer nem uma palavra sequer, isso já é o suficiente para me deixar melhor.


Noto sua agonia, por ver que continuo fingindo que nada aconteceu, mas mesmo assim, não diz nada. Acho que em alguma hora, vai explodir, e me chamar pra conversar sobre tudo o que tá havendo. Só espero que demore um pouco, porque não quero falar sobre nada. Fingir que tá tudo normal é a melhor forma de lidar com isso, e é assim que eu quero agir.


Ele já me viu vulnerável o suficiente, e conversar só vai piorar tudo. É melhor que as coisas continuem do jeito que estão, senão Jisung vai achar que eu sou fraco, e essa é a última coisa que quero.


De repente, seu celular toca, e – infelizmente – ele se levanta para pegar. Me preocupo quando vejo o nome de Bangchan, porque não imagino motivos para estar ligando a essa hora. Peço que Han deixe no viva-voz, pois quero saber o que está havendo.


— Beleza, o que tá acontecendo? Vocês simplesmente sumiram desde ontem. Nós estamos preocupados, ok? Já ligamos pro Minho várias vezes, mas ninguém atende. – é a voz de Felix. Pelo menos não aconteceu nada.


— Como vocês são bonitinhos, já estão dormindo juntos, e usando o telefone um do outro. – zomba do amigo.


— Acha mesmo que eu sou de perder tempo? Diferente de você e do Lee, eu sou ligeiro. – Bang se intromete, e eu morro de vergonha.


— Hyung, para com isso! – Felix reclama. 


— Vocês podem vir aqui amanhã? Chamem os outros também; aconteceu muita coisa, e eu tava tomando coragem pra contar a vocês. – finalmente me pronuncio. Jisung me encara, como quem quer conferir se tenho certeza disso, e eu assinto com a cabeça. — Aliás, já me deixem adiantar: as feras estão na cidade, e se as coisas continuarem desse jeito, acho que vou perder meu sobrenome. – se bem conheço meu pai, ele fará de tudo pra me proibir de usar o "Lee".


Eles são meus melhores amigos, e não posso esconder uma coisa dessas por muito tempo; não seria justo. Preciso falar disso com mais alguém, mesmo sabendo que eles vão dar um surto, e provavelmente terão vontade de matar aquele lá na porrada.


— Puta que pariu. – Chan resmunga.


— O que eles vieram fazer aqui? –  questiona, preocupado.


— Explico tudo amanhã, Lix. – suspiro. — E parabéns pelo namoro, não falei nada antes porque não tive tempo.


— Obrigado! Depois te conto como foi. – assinto.


— Agora é hora de refutar o senhor Jisung. Eu sei que vocês moram na mesma casa, mas o que fazem juntos a essa hora da noite? Tá sem moral pra falar de mim, hein? Pelo jeito, errei em te chamar de lerdo.


— Para de palhaçada, Chris. Se estivéssemos fazendo alguma coisa, o Han nem seria capaz de atender o telefone. – digo no automático.


— Minho?! – os três dizem em uníssono, e o celular quase cai da mão do Jisung. 


— É, acho que tá na hora de desligar, né? – mudo o assunto. — Tchau, amo vocês, até amanhã. – Jisung ainda está atônito com minha fala.


— Se cuidem, e pelo amor de Deus, nunca mais fiquem esse tempo todo sem atender o telefone. 


— Tudo bem, Bang, desculpa. – não deveria ter os ignorado tanto, não foi muito legal.


Algum deles desliga a chamada, e parece que Han vai desmaiar a qualquer momento. Sem conseguir me segurar, dou risada de seu estado; deveria ter ficado de boca fechada, mas não falei nada tão absurdo a ponto dele ficar assim.


— Ei, tá vivo? – estalo os dedos na frente de seu rosto. — Qual é a do piripaque? 


— V-você f-fala dem-mais… – respira fundo, tentando voltar ao normal. — Minha mãe me contou o que disse, e agora você dá uma dessas. Isso não é bom pra minha saúde mental, Minho. 


— Ela contou?! Mas olha só que fofoqueira. – continuo dando risada. Deveria estar com vergonha, mas só consigo rir.


— Para de rir! Eu tô confuso aqui, tá legal? 


— Confuso porquê, homem? Parece até que nunca pensou nisso. – alguém me para, porque eu tô mesmo falando demais.


— Pensei. – se repreende por ter admitido. — Mas não posso pensar, porque não é uma coisa possível de acontecer. 


— Talvez seja, ué. 


Digo, acho que não tem mais nada impedindo. E não nego que o Jisung é um baita de um… É, é melhor deixar pra lá, eu não sei o que tô falando.


— Minho, se não tem certeza, não fala uma coisa dessas. 


— É, tem razão. Foi mal. – tento parar de rir, porque sua reação foi engraçada.


— Vo…


— Ah! Isso me lembrou uma coisa. – me recordo da nossa conversa, e agora estou bem para rebater. — Sobre a foto, qual é a sua? Eu claramente não tô normal, não sei de onde tirou essa ideia.


— Tá sim. Você só tá olhando pra mim, ué. Nada demais. – dá de ombros.


— O escambal. Se não soubesse a verdade, até eu pensaria que somos um casal, por que você simplesmente não vê isso? 


— E porquê você quer tanto que eu veja? – argumenta. — Tá agindo como se você fosse o apaixonado da história. 


— Se gosta tanto de mim, achei que gostaria de saber que eu posso te olhar daquele jeito. Mas você prefere fazer a egípcia, o que me deixa mais confuso que o normal. Eu posso me apaixonar por você. – resisto o impulso de dizer "quero". — Mas você se esquivando dessa ideia, me faz repensar o nosso talvez futuro relacionamento. Não tenho a mínima intenção de te fazer trouxa, e não acho justo que faça o mesmo comigo. 


— Você tem a coragem de me dizer isso, mesmo que eu tenha assumido que te amo?


— Eu não duvido do seu amor, juro pela lua. Mas às vezes, parece que não quer ser retribuído, e esse é um dos casos. Por que não aceita que eu te olhei com cara de idiota, quando aquela foto foi tirada?


— Porque… Porque… – vejo que está nervoso, e é a minha vez de entrelaçar nossas mãos. Ele se acalma. — É difícil acreditar que alguém como você, pode ter sentimentos por alguém como eu. – suspira. — É surreal pra mim, entende? Não parece possível, e eu tenho medo de quebrar a cara. 


— Como assim, Han? Eu não sou tudo isso, não precisa se sentir assim. As chances de me apaixonar por você, são as mesmas de você se apaixonar por mim. – explico. — O único empecilho é a nossa história, mas já deixei claro que temos tempo pra resolver tudo; ou seja, não há nada que me impeça. Não existe essa de "alguém como você", só existe nós, e o fato de que termos um relacionamento nunca foi tão possível.


— Não tá dizendo isso só pra me tranquilizar, né? 


— Me dá algum crédito, poxa. Eu me importo com você, e não falaria isso da boca pra fora.


— Jura?


— Jisung, pelo amor de Deus. Se for começar com a teimosia, me avisa, porque eu já saio daqui. – ele tem o dom de me fazer perder a paciência com rapidez.


— Não, não. Eu acredito em você, desculpa. – pede, mas vejo que ainda está incerto. 


Ele fala tanto de mim, mas é fodidamente incrível, não sei como consegue ser tão inseguro. Até porque, faz tanto por mim, que acho que sou eu quem não lhe mereço.


— Você me faz esquecer que minha vida tá um caos, cuida de mim como ninguém fez antes, tenho quase certeza que me ama mais do que amo a mim mesmo, entre outras coisas. Então me diz, por que raios eu não teria motivos pra gostar de você?


— Eu não tô no seu nível, em todos os sentidos. Por isso. – reviro meus olhos.


— Não fala isso de novo, e eu não tô brincando. – digo sério. — Já deu dessa palhaçada, para de agir como se eu fosse demais pra você, porque sei que isso não é verdade, e lá no fundo, você também sabe. – engole em seco, e eu prendo um sorriso convencido.


— Ok, vou parar com isso. 


— Ia dizer "obrigado", mas não faz mais que sua obrigação. – ainda estou irritado com sua teimosia. — Boa noite, Han. 


— Você já vai? – seu tom é adorável. 


— Sim, foi uma noite longa. – solto nossas mãos, mas me arrependo assim que o faço. — Agora sim, obrigado, por tudo. – deixo um beijinho em sua bochecha, e me levanto da cama. 


— Tudo bem, boa noite. Se precisar de algo, pode me chamar. – assinto, saindo de lá.


Quando chego em meu quarto, encaro o potinho de remédios que trouxe para o andar de cima. Penso durante um bom tempo, se deveria tomar outro, e tenho dificuldades em tomar uma decisão. 


Não posso depender tanto do remédio, mas se não tomá-lo, sei que não vou conseguir dormir direito, porque sempre que fico sozinho, dá pane na minha mente.


Decido guardar o pote na gaveta da cômoda, porque preciso me reacostumar a dormir sem precisar de ajuda. Porém, como não sou de ferro, penso que tenho ao menos o direito de pegar o chaveirinho.


Entretanto, não o acho em lugar nenhum, mesmo revirando a cama inteira. Então me lembro que o levei lá para baixo, e esqueci de trazer de volta. Fico com preguiça de ir buscar, portanto apenas deito na cama, esperando que não tenha muitas dificuldades para dormir.


•••
Encaro o teto, respirando fundo pela milésima vez; agora tenho a certeza de que não posso ficar sozinho, sem ajuda de remédios, porque minha cabeça simplesmente não aguenta o tranco.


É fácil fingir que nada aconteceu, quando estou conversando com alguém, mas se fico sozinho, minha mente não para de repassar absolutamente tudo o que houve, tanto ontem, como hoje. Provavelmente terei de passar gelo em meu pescoço, porque já começou a arder.


Eu simplesmente perdi o controle das coisas que acontecem ao meu redor, e não gosto nem um pouco disso. Ontem, o Jisung quem resolveu tudo, e hoje, minha mãe quem parou o meu pai.


Por que eu deixei que terceiros resolvessem meus problemas? Talvez eu seja tão fraco quanto meu pai diz, e não tenha capacidade de me virar sozinho.


Não consigo evitar a irritação, porque faz horas que estou virando de um lado para o outro, e nada de conseguir dormir. Me arrependo de não ter tomado o remédio, mas planejo voltar à minha rotina normal, e se tomar agora, meu sono vai ser ainda mais desregulado.


Embora saiba que não deveria fazer isso, por milhares de razões, resolvo levantar da cama, e saio do meu quarto. Se der errado, finjo que sou sonâmbulo.


Suspiro aliviado quando vejo a porta aberta, pois não tenho certeza se teria coragem de bater. Com cuidado para não fazer muito barulho, me aproximo da cama, e chacoalho seu corpo de forma sutil.


— Ei, acorda. – sussuro.


— Hmmm… – é minha única resposta.


— Hannie, eu preciso perguntar algo, acorda. – cutuco seu ombro. Tinha esquecido que seu sono é pesado.


— Tá, tá. Espera um pouco. – sua fala é enrolada, porque não acordou completamente. — Do que precisa, meu bem? – acho graça do seu modo de falar.


— Que você chegue um pouco pra lá. – sou direto, antes que perca a coragem.


— Ué, pra quê? 


— Só chega pra lá, por favor.


— Tá, espero que não seja pra me esfaquear pelas costas. – faz o que eu pedi. — Eu já tive um sonho assim, não foi legal. – resmunga, e eu dou risada.


— Não é uma ideia muito boa. Se quiser, pode me pedir pra sair. – digo, assim que deito ao seu lado.


— Nunca. – ajusta meu braço em sua cintura, colocando sua mão sobre a minha.


Não importa o quanto eu tente evitar, sempre acabo voltando pro Jisung. Mas pra ser sincero, já não acho que tenha motivos pra reclamar disso.


Ele disse com todas as letras que me ama, e caralho, eu nunca quis tanto poder dizer a mesma coisa.






Notas Finais


espero que tenham gostado, me desculpem por qualquer erro. por favor, não esqueçam de favoritar e comentar.

então, sobre o que houve nesse cap: foi completamente espontâneo pro jico, porque foi pra mim também. eu tinha planos COMPLETAMENTE diferentes pra essa cena, mas quando estava escrevendo, foi isso que saiu dos meus dedos hauhsuahuhs

confesso que me prejudicou um pouco, pq estragou planos futuros, e agr eu tô penando um tiquinho pra reajustar o plot.
mas gosto de como as coisas sairam, e espero de coração que tenham gostado também <3

bye, c ü soon 💙


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