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História The Library (minsung) - 20 - you can stay here


Escrita por: moonlightAd

Notas do Autor


heey, mais um capítulo pra vocês.

1- perdão pela demora, acontece que hoje eu tô igualzinha o Lino nesse capítulo: estourando de dor de cabeça :(

2- juro que minha ideia inicial era colocar apenas 1 shipp secundário, mas foi mais forte que eu haushauhshshs

3- eu não vou ficar ansiosa sozinha, então direi apenas uma coisa: se preparem pros capítulos sobre o festival, porque tem coisa vindo por aí hehehe 👁👄👁

boa leitura, espero que gostem :)

Capítulo 23 - 20 - you can stay here



Seungmin


— Como assim sumiu?! – Changbin pergunta.


— Ué, Changbin. Sumindo. – Han responde, visivelmente desesperado. Suas mãos até estão tremendo.


— Calma, não tem como isso ter acontecido. Onde você colocou esse dinheiro? – entro na conversa.


— Em uma das gavetas da cômoda, aquela que tranca, sabe? – assinto. — E eu guardei a chave comigo, não larguei por um minuto sequer.


— Vamos repassar os acontecimentos desde que você ganhou esse envelope, isso pode ajudar. – Changbin sugere, e eu concordo com a cabeça.


— Ok, vamos lá. – respira fundo. — Ela me deu o dinheiro, eu fui pro meu apartamento, liguei pro Seung, contei a notícia pra todos os nossos amigos, e finalmente tranquei o envelope na gaveta. 


— Ok, e depois?


— Bom, dois dias depois disso acontecer, cheguei da biblioteca. – abro minha boca para falar algo, mas ele me interrompe. — Não interessa o que eu fui fazer lá, sou uma alma livre e desempedida. – dou risada e ergo as mãos em sinal de rendição. — Então, cheguei da biblioteca e fui pegar algo na gaveta, e quando a abri, percebi que o dinheiro não tava mais lá. Procurei em todos os lugares do apartamento, mas o envelope simplesmente desapareceu, e não faço ideia de como isso pode ter acontecido.


— Realmente, não parece fazer muito sentido. Mas não acredito que você percebeu isso há uns quatro dias e só resolveu contar pra gente agora! – ele apenas murmura um "desculpa".


— Seungmin, você não tem nada a ver com isso, né? – Changbin pergunta, meio desconfiado. Provavelmente se referindo à minha ideia maluca de juntar os Minsung.


— Claro que não. Se situa! Você realmente acha que eu seria capaz de fazer uma coisa dessas? – realmente me ofendo.


Tudo bem, eu sei que sou doido e minhas ideias às vezes são extremas, mas eu nunca chegaria ao ponto de roubar, principalmente se tratando do meu melhor amigo! Além do mais, já desisti desse plano, acho que não daria certo de qualquer maneira.


— Tem razão. – suspira. — Me desculpa. – apenas sorrio e assinto com a cabeça.


— Mas por que o Seung teria algo a ver com essa merda toda? – Han parece confuso.


— Nada! – respondemos ao mesmo tempo.


— A questão aqui é: como caralhos esse dinheiro sumiu? 


— Sei lá, Seung. Será que ele criou pernas e saiu andando sozinho? – se irrita.


— Nossa, eu não fiz nada, ok? Não precisa me tratar assim. – reclamo, ao perceber que ele fica na defensiva.


— Desculpa, é que… – parece segurar o choro.— Esse dinheiro era praticamente tudo o que eu tinha, e agora ele sumiu. Como eu vou fazer? 


— Nós vamos dar um jeito, Hannie, nós sempre damos. – tento confortá-lo


— Já foi na polícia? 


— Sim, mas eles não fizeram porcaria nenhuma. "Sinto muito, senhor Jisung, não temos prova nenhuma, não podemos fazer nada!" – imita um policial, fazendo uma voz irritante. — Se nem a polícia pode fazer algo, como nós vamos fazer?


— Não sei, mas sei que vamos fazer de tudo pra achar esse dinheiro, nem que a gente tenha de revirar Kyata inteira. – Changbin responde.


— Muito obrigado por isso, gente. Mas acho que não tem mais jeito, não vou conseguir me manter aqui sem esse dinheiro. Vou ligar pros meus pais e avisar que em breve estarei em Dinwah de novo.


— Não não não não não não não não… – falo repetidamente, até perder o fôlego. — Você não sai daqui nem morto, eu não deixo. Por favor Jico, não liga pros seus pais. Eu sou o rei dos esquemas, lembra? Vou conseguir pensar em algo, me dá só um tempinho.


— Seung, não sou eu quem dita as regras, não sei se temos mais tempo. – suspira. — Além do mais, o que podemos fazer? Você tá desempregado e não daria pra nós morarmos juntos, o Changbin mora com a mãe, o Felix tá ficando com o Jeongin. Eu não tenho ninguém pra me ajudar, não dessa vez. 


— Bom… Você pode pedir ajuda pra uma pessoa. 


Eu realmente tinha desistido dessa ideia, mas tô começando a ficar desesperado, não quero que meu melhor amigo vá embora. Se essa é a medida desesperada que eu tenho de tomar pra manter o meu amigo aqui, que seja. Não custa tentar, né? O máximo que pode acontecer é um "não".


— O Minho tem uma casa enorme, acho que daria pra você ficar lá. Sei que vocês tem alguns problemas, mas não acho que ele negaria algo desse tipo. 


— Você tá doido, Kim Seung Min?! Ele começou a baixar a guarda agora, não vou correr o risco de estragar tudo.


— Mas se você for embora, como vai tentar consertar as coisas com ele? 


— Bom, acho que não terá como, né. Mas de qualquer forma, sei que ele não vai sentir minha falta. – dá de ombros, como quem não se importa. Mas consigo notar um desconforto em sua expressão.


— Mesmo assim, deixa eu falar com ele, por favor. – peço manhoso. — Só vou esperar ele melhorar. – acabo me lembrando que Minho está doente, e vejo meu amigo erguer uma sobrancelha ao ouvir a informação.


— Não, Seung. Não dessa vez. Se você é realmente meu amigo, não vai pedir nada pra ele. – encara meus olhos, deixando claro que está falando sério.


— Tudo bem, não vou falar nada. – suspiro frustrado, pelo menos eu tentei.


— Promete? 


— Prometo. – sorrio.


— Tá, agora que esse assunto acabou, me responde uma coisa: você só iria esperar ele melhorar do quê? – Eu sabia que ele iria querer saber mais sobre isso.


— Sério que você não sabe? – Changbin pergunta e ele assente. — Achei que todo mundo já sabia. 


— Sabia do que? – fica visivelmente agoniado quando ninguém responde a pergunta.


— Ele tá doente, faz uns quatro dias já. Não sei ao certo o que é, mas nem indo trabalhar ele tá.


— E ninguém se importou em me contar isso?! Por que ninguém me contou? Espera, ele tá doente mesmo? Porque da última vez, era só o gato. – começa a disparar perguntas, fazendo com que eu me questione sobre esse interesse na saúde do Minho.


— Dessa vez temos certeza de que é ele.


— Então por que não me contaram? 


— E por que você se incomoda com isso? – rebato, realmente curioso, mas já tendo ideia da resposta.


— Porque… Porque… – parece perdido. — Porque ele faz parte do nosso grupo de amigos, e eu gosto de saber as coisas que acontecem com todos vocês, oras. 


— Ahan, tá. – dou um sorrisinho. — Enfim, nós contamos agora. Satisfeito?


— Só espero que ele melhore, né. – tenta disfarçar a preocupação, porém é possível notar que ele está muito incomodado.


— Nós também, Han, nós também. – me levanto do sofá de seu apartamento, indo até ele e lhe dando um abraço apertado. — Por favor, eu vou tentar pensar em algo, espere um pouco antes de ligar pros seus pais, ok? Tô te pedindo só um pouquinho de tempo. – falo em seu ouvido.


— Tudo bem, vou esperar, mas não garanto que posso fazer isso por muito tempo. – não respondo nada.


— Bom, preciso ir embora. – falo assim que nos separamos do abraço. — Quer carona, Hyung? – pergunto para Changbin.


— Se não for te atrapalhar, quero. 


— Atrapalha nada, relaxa. – sorrio. — Então vamos.


Ele se levanta do sofá e também dá um abraço no Han, tentando confortá-lo da melhor maneira possível. Então nós saímos do apartamento, deixando ele sozinho para pensar melhor. 

///
Han


Eu tentei dar tempo pro Seung pensar em algo pra me manter aqui, mas não vai passar desses dois dias. Tenho de pagar a taxa de condomínio semana que vem e não consegui dinheiro o suficiente pra isso, e nem acho que irei conseguir. A única solução é ligar pros meus pais e avisar que tô voltando pra casa, prefiro fazer isso antes de passar a humilhação de perder o apartamento.


— Oi mãe, tá podendo falar agora? – pergunto, assim que ela atende o telefone.


— Claro! Eu sempre tenho tempo pra você. – responde animada, me fazendo sorrir. — Tô morrendo de saudades, você nunca mais ligou.


— Desculpa, anda acontecendo muita coisa por aqui. Mas eu também tô com saudade, de você e do papai. – suspiro. — A boa notícia é que essa saudade não vai durar muito tempo.


— O que?! Você vem passar um tempo com a gente? – se anima ainda mais.


— É… Um pouco mais que só um tempo. Eu vou ter que voltar de vez. Não tem problema pra vocês, né?


— Claro que não! Vamos amar te ter de volta, ainda mais seu pai, que nunca concordou com essa sua viagem doida. – ri. — Mas o que aconteceu? Por que não quer mais ficar aí? – parece preocupada.


— Nada demais. Só não consegui arrumar um emprego até agora, e as pessoas que me ajudavam, não podem mais me ajudar. – decido não contar sobre o dinheiro perdido. — Então não consigo mais ficar aqui, vou ter de voltar.


— Ah… – parece triste. — Eu tô feliz que você vai voltar, mas sei o quanto tava animado em viver aí, tem algo que eu possa fazer pra ajudar? Você gosta tanto dessa cidade, não quero que volte pra cá nessas circunstâncias. 


— Não, mãe. Fica tranquila, não quero que gaste dinheiro à toa. Eu posso voltar pra cá futuramente, não precisa se preocupar.


— É claro que me preocupo, é da sua vida que estamos falando. 


— Só relaxa, ok? Tenho dinheiro o suficiente pro vôo, acho que volto ainda essa semana, vou te manter informada.


— Tudo bem. Se cuida, ok? Te amo.


— Também te amo, tchau mãe. – desligo o telefone.


Penso em pesquisar os vôos disponíveis para Dinwah, mas antes que eu o faça, o nome de Seungmin aparece na tela. Droga, não quero falar com ele agora! Não sei se tô pronto pra dar a notícia. Até cogito a possibilidade de não atender, mas pode ser importante.


— Oi Seung.


— HAN, EU TENHO BOAS NOTÍCIAS!


— Quem tá deixando quem surdo agora, hein? – dou risada, lembrando da sua reclamação de semana passada. 


— Não importa! A notícia é realmente boa.


— É sobre minha casa? O Lee melhorou? Você ganhou na loteria? 


— Você não tira o nome do Lee da sua boca, não é? – fico sem graça com sua pergunta e não respondo nada.


Os sentimentos que talvez eu tenha pelo Minho, ainda não foram embora, por mais que eu tenha tentado de tudo pra esquecer essa história. Porém, ninguém nunca vai ficar sabendo disso, nem mesmo o Seungmin ou Felix. Só que às vezes exagero um pouco quando se trata dele, o que pode acabar me entregando.


— Não, Han. – continua, percebendo que ficaria sem resposta. — Infelizmente não é nenhuma dessas opções, mas ainda tô tentando pensar em algo, ok? – murmuro um "ahan", sem ter coragem de dizer que não adianta mais.


— E então, o que é? 


— Vou contar pra todo mundo junto, a gente vai se reunir na casa do Minho, e você vai também.


— Mas ele não tá doente? Não é perigoso? 


— Relaxa, não é contagioso. Além do mais, a casa dele é a mais fácil pra todo mundo se reunir. Vamos lá, Han, você já foi lá antes, não tem problema ir de novo.


— Você se lembra do que aconteceu da última vez, né? 


— Sim, mas quem se importa? Ficou tudo bem depois. Por favor, Hannie, por mim. – fala manhoso, e tenho certeza que ele fez um biquinho.


— Tudo bem, Puppy. Eu vou, mas só porque tô curioso.


— Obrigado, te amo. – se anima. — Passo aí pra te buscar daqui a pouco. – acho graça de sua animação.


— Ok, vou me arrumar.


Lá se vai a minha chance de passar o dia inteiro sozinho, pensando em como dizer que vou embora. Ainda terei de me esforçar pra não agir igual uma criança tímida perto do Minho, o que não é nada fácil.

•••
Quando chegamos na casa do Lee, o restante de nossos amigos já estão lá, enquanto ele está deitado no sofá, coberto por uma manta, segurando uma uma bolsa de gelo na cabeça, e com cara de quem pode morrer a qualquer minuto. Tento disfarçar minha preocupação o máximo que posso, não quero parecer patético, mais uma vez.


— Cristo! Sinto muito por você estar nesse estado. – meu amigo lamenta. — Mas o que você tem?


— Estresse. – tenta rir, mas coloca a mão na testa e reclama de dor. — Minha imunidade é extremamente baixa, e tem muita coisa acontecendo comigo por esses dias, então meu corpo acabou ficando sobrecarregado. Minha cabeça parece estar prestes a explodir, tô com febre e meu corpo tá doendo. – reclama e Seungmin deseja melhoras.


— Sinto muito, melhoras. – murmuro


— Obrigado. – dá um breve sorriso. — Aliás, como tá todo mundo aqui? Vocês não tem mais nada pra fazer, não? – brinca, mesmo que não possa rir.


— Não, é a semana do festival Yuna, esqueceu? É semana de feriado. – Hyunjin fala. — Menos pra mim, fotógrafo não tem um minuto de paz. – finge reclamar. — Mas por hoje, tô livre. 


— Droga! Tinha esquecido. Esse ano fui convidado pra cantar no festival, e se eu não melhorar até lá? – Jeongin se senta no braço do sofá e faz carinho em seu cabelo, tentando animá-lo um pouco.


— Você é fotógrafo?! – Seungmin pergunta impressionado e ele assente. — Não sabia. Me deixa ver algumas fotos suas qualquer dia? – Hyunjin assente mais uma vez, com um sorriso animado no rosto.


— Festival Yuna? O que é isso? – pergunto.


— Lembra da história da fonte? Então, todo ano nós temos um festival homenageando Yuna, e é feriado durante a semana que antecede o festival. – Seungmin explica. — Aliás, você vai gostar dessa informação: o festival é tipo um acampamento. Tem as atrações, depois uma festinha, então quando anoitece, todo mundo acampa e só volta pra cidade no dia seguinte. – me animo ao ouvir a palavra "acampamento".


— Sério?! Eu quero ir, quando é? 


— Esse final de semana. – minha animação some. — Olha, você sabe que eu odeio acampar, em todo festival, vou embora antes da festa acabar. Mas se for comigo, eu faço esse sacrifício. 


— Como assim você não gosta de acampar?! – Lee pergunta indignado. 


— Você é o único aqui que gosta, Lee Know. – Hyunjin fala. — Eu só vou pra tirar fotos, e garantir que o Jeongin não beba demais e se perca na mata. Tenho que cuidar da minha raposinha. – sorri e vejo Jeongin ficar da cor de seus fios.


— Eu sou igual ao Seung, a diferença é que fico até o final da festa. – Changbin diz. 


— Eu vou porque gosto das atrações, e porque os responsáveis pela comida são os funcionários da cafeteria Yang. – Chris fala. — E ESSE ANO O FELIX VAI FAZER DAMPER*, EU AMO ESSE HOMEM COM TODAS AS MINHAS FORÇAS. – é a vez do Felix ficar vermelho. Pelo jeito eu não sou o único que cora fácil por aqui.


(n/a: Damper - um pão típico da Austrália, equivalente ao nosso pão francês/pão de sal/pão d'água)


— Chan, não grita. – Minho geme de dor, e Christopher faz uma careta arrependida. — E pelo jeito eu não sou mais o único, o Han também pareceu animado. 


— Sim, esse aqui é doido por acampamentos. Sempre tentou fazer com que eu acampasse com ele, mas não tenho paciência. – reviro os olhos, chato. — Mas agora você tem a chance, Han. Vai comigo no festival e eu acampo com você.


— Seung, não vai dar, desculpa. – falo em seu ouvido.


— Por que não?


— Não quero falar sobre isso agora, depois a gente conversa. – continuo sussurrando.


— Ah não… – parece perceber do que se trata. — Você não vai embora, né? – acaba falando alto, e todo mundo ouve.


— O que?! – Changbin solta.


— Que eu me lembre, nós viemos aqui pra ouvir a boa notícia do Seung. Vamos focar nisso? – tento desviar o assunto.


— Responde minha pergunta que eu dou a notícia.


— Você joga sujo. – reclamo. — Então gente… Sim, vou embora ainda essa semana.


— Mas… Você disse que ia me dar tempo pra pensar em algo. – Seungmin parece decepcionado.


— Eu sei, mas não posso mais esperar. Desculpa, esse é o único jeito. – abaixo minha cabeça e mexo em meu anel.


— Pode ir lá, meu bem. – ouço a voz de Minho.


Llama, que até então estava ao lado de seu dono, se espreguiça e vem até mim, deitando em meu colo e ronronando alto, como se percebesse que estou triste. Então faço carinho em sua barriga, dando um sorrisinho.


— O-obrigado, e-eu gosto dele. – minha intenção era agir normalmente, mas acabo por gaguejar.


— E ele gosta de você. Acho que tenho que me acostumar com isso. – sua voz está bem baixa, mas consigo ouvir o que diz.


— Não mais, vou embora, lembra? – rio sem humor. — Agora desembucha, Kim. Qual é a notícia?


— Perdeu totalmente a graça, poxa. – dá um longo suspiro. — Até agora, só o Hannie sabia disso, mas eu tenho muita vontade de fazer faculdade de Jornalismo. Tinha ganhado uma bolsa de 25% na UNK, mas como perdi o emprego, o desconto passou a ser insuficiente, então tive de desistir. Maaas… O reitor me mandou um email, dizendo que mexeu uns pauzinhos e a faculdade considerou me dar a bolsa de 100%. Ou seja, tem muita chance de eu conseguir fazer a faculdade que eu quero, caso as coisas dêem certo. Sei que a notícia seria melhor se tudo já estivesse bem estabelecido, mas queria contar logo. – apesar da notícia ser ótima, ele não conta com muita animação.


Todos – com exceção de Minho, que nem se aguenta em pé direito – se levantam para abraçar meu amigo, animados por ele. Eu o abraço de lado, ficando assim por um tempo.


— Mentira?! Meu Deus! Seung, isso é incrível. – me animo completamente. — Não esquece de me avisar quando estiver tudo certo, porque eu sei que você vai conseguir.


— Seria mais legal se eu pudesse te avisar pessoalmente. – diz triste.


— Eu sei, eu sei. O importante é que você vai me contar, né? – tento aliviar a situação.


— Meio que eu vim pra cá por tua causa, acho que não tem sentido continuar aqui, né? – Felix diz. — Vou voltar com você, ok?


— Não! – Chris parece desesperado e todos os olhares se voltam para ele, o que o deixa sem graça. — Digo, o festival né. Você não pode perder o festival. – dá um sorriso amarelo. Aí tem coisa.


— …aqui. – Minho fala algo, mas só ouço a última palavra. 


— O que disse? – pergunto.


Pede ajuda ao Jeongin para se sentar, mas não abandona a manta, nem a bolsa de gelo. Tenta arrumar sua postura, mas vejo uma careta de dor se formar em seu rosto, então ele fecha os olhos e recosta levemente a cabeça nas costas do sofá.


— Disse que você pode ficar aqui. – continua falando baixo.


Olho para o Seungmin, tentando descobrir se ele falou algo, mas apenas recebo um "não tenho nada a ver com isso" quase inaudível.


— N-não, o q-que é isso. N-não quero te i-incomodar. – sinto meu rosto esquentar.


— Olha, sei que se você for embora, o Seungmin e o Changbin vão ficar tristes pra caramba, e esses aqui também vão sentir sua falta, já que você conquistou eles rapidinho. – diz, se referindo aos seus amigos. — Pelo jeito, se o Felix for com você, o Bangchan vai ter um treco. — meu amigo sorri timidamente. — E o Llama também vai ficar triste.


— Só o Llama, Lee Know? – Jeongin dá um sorrisinho. 


— I.N, não enche, eu não tô muito bem pra rebater.


— Era só responder a pergunta, oras. – Realmente. Por que ele não respondeu?


— Pois bem, voltando ao assunto. – ignora o amigo. — Você indo embora não vai beneficiar ninguém, até porque acho que você gosta daqui. Então é simples, você fica aqui por um tempo, até as coisas se ajeitarem. Claro que vou estabelecer algumas regras, e espero que você não tenha problemas em seguí-las.


— Lee… De verdade, não quero atrapalhar, você não precisa fazer isso. – digo focando do gatinho em meu colo, sem ter coragem de encarar seu rosto.


— Ótimo! Você aceitou. Quando eu estiver melhor, a gente conversa sobre a mudança, ok? – ignora completamente o que eu disse.


— Mas… – tento negar novamente.


— Aliás, você pode cuidar do Llama quando eu estiver fora. – interrompe o que eu iria dizer.


— Eu amo o Lee Know mandão. – Hyunjin sorri.


— É, eu também amo vocês. – dá um breve sorriso. — Mas vão embora, pelo amor de Deus. Vocês são muito barulhentos e minha cabeça não aguenta isso. – pelo tom de sua voz, dá para perceber que ele quer rir, mas sua expressão me preocupa. — Menos você, Seung. Preciso falar com você.


Todos riem de sua fala, mas sabem que ele tem razão, então se despedem e logo vão embora. Enquanto eu e Seungmin ficamos aqui, afinal ele é minha carona.


— Ué, o que você precisa de mim? – meu amigo pergunta confuso.


— Calma aí, já digo. Minha cabeça tá doendo mais que antes. – faz careta de dor mais uma vez.


— Quer que eu pegue um remédio?


— Não, ainda não tá na hora. Infelizmente. – reclama. — Você sabe fazer chá? Eu tô precisando de chá. 


— Uh, ok. Posso fazer isso, mas peço perdão se bagunçar sua cozinha. – Minho agradece e Seungmin segue para o cômodo.


Eu continuo fazendo carinho no Llama, sem ter coragem de pronunciar uma frase sequer. Ele realmente me deixou sem graça, não acredito que me convidou pra morar aqui algum tempo. Tenho que arranjar um jeito de negar.


Ouço um gemido de dor, então olho para ele, que está tremendo de frio e em uma posição visivelmente desconfortável. Penso por um tempo se devo fazer ou falar algo, e mesmo sabendo que vou me arrepender, tiro Llama do meu colo com cuidado, – recebendo um miado de desaprovação – e vou até o sofá que Minho está sentado, fazendo um barulhinho com a boca para avisá-lo que estou me aproximando, já que ele está com os olhos fechados.


Checo minhas mãos para ver se não estão geladas, na intenção de não deixá-lo com mais frio. Vendo que elas estão quentes o suficiente, o ajudo a se deitar novamente, colocando uma almofada no braço do sofá para não ficar desconfortável. Ele parece não ter objeções ao meu ato em momento algum, acho que está fraco demais para reclamar. Ajusto a manta em seu corpo, a fim de esquentá-lo adequadamente, mas ele ainda treme de frio. 


— Pode pegar a outra manta? Por favor. – pede manhoso. CRISTO AMADO, ELE NUNCA USOU ESSE TOM COMIGO. O QUE EU FAÇO AGORA?!


— Não! – é a única coisa que sai de minha boca. Respiro fundo, me concentrando para conseguir falar uma frase coerente. — Quero dizer, você não deveria nem estar com essa, porque tem de baixar sua temperatura, então não é aconselhável pegar a outra. – fico orgulhoso ao notar que não me atrapalhei.


— Isso é injusto. – reclama emburrado, e eu dou um sorrisinho. Ele quem parece uma criança agora.


Tiro a bolsa de gelo da sua mão, e vejo que ela está quase toda derretida, então nem coloco de volta em sua testa. Coloco minha mão sobre seu rosto, para checar o quão quente está, e me assusto quando vejo que ele está queimando.


— Cristo! Você precisa ir no médico. – exclamo.


— Eu já fui, ok? Ele me recomendou repouso e receitou remédios, e tô fazendo tudo direitinho. Só vou de novo, caso não melhore até os remédios acabarem. 


— Ah sim, desculpa por me intrometer. – lá vai eu pedir desculpas de novo, por que eu sou assim? — Hum… Vou pedir pro Seungmin trocar o gelo. Isso aqui não vai adiantar muita coisa.


Sigo para o corredor que leva até a cozinha, com a bolsa ainda meio gelada em minha mão, mas antes de sair completamente do cômodo, ouço sua voz um tanto fraca.


— Han… – me viro para ele, que abriu os olhos. — Obrigado. – sorri em minha direção.


Não sendo novidade para absolutamente ninguém, coro completamente e saio apressado pelo corredor, antes que falasse algo sem nexo.


Quando chego na cozinha, vejo que Seung já está colocando o chá na caneca, cantarolando alguma música e com um sorrisinho irritante no rosto.


— Você realmente não falou nada com ele, né? – pergunto.


— Não, poxa! Que mania chata vocês têm de duvidar de mim. Eu sou maluquinho, mas cumpro minhas promessas. – reclama, e eu me sinto meio culpado por ter duvidado. — Só tô feliz que você vai continuar aqui, e eu não precisei fazer nadinha. – volta a sorrir.


— Claro que não, eu ainda vou recusar. – aviso. — Aliás, acho que ele vai retirar a oferta, provavelmente só ofereceu a casa porque tá delirando de febre.


— Não vai não, tá doido?! Ele ofereceu na maior bondade, para de ser medroso.


Por um momento, penso em falar para ele que não me sinto confortável em ficar aqui, pelo simples fato de ter quase certeza que estou começando a ter certos tipos de sentimentos pelo Minho, mas desisto assim que me lembro que estou na casa do próprio, e o Seungmin provavelmente vai dar um surto.


— Tá, tá. Vou pensar sobre isso. – ele sorri. — Você sabe onde eu troco o gelo dessa coisa? – ergo a espécie de pano cheia d'água.


— Eu tô realmente ouvindo essa pergunta, Jisung? – rio ao perceber que minha pergunta foi estúpida. — Você anda mais lerdo que o normal, espero que não seja contagioso. – zomba e eu lhe mostro a língua.


Seungmin leva a caneca para a sala, enquanto eu levo a bolsa. Minho se senta novamente para tomar o chá, mas se deita de novo assim que termina, voltando a colocar o gelo na testa. 


— Seung, desculpa por ter te feito esperar, mas realmente tô precisando dormir. Podemos conversar depois? 


— Claro! Você tem que descansar.


— Obrigado à vocês dois, tô devendo uma. – boceja.


— Você melhorando já é o suficiente. – me arrependo imediatamente de ter falado, mesmo que ele pareça não ligar. 


Llama se esfrega em minhas pernas, antes de voltar para o lado de seu dono, e é olhando para o felino que percebo que ele não esboçou nenhuma reação porque acabou dormindo. Ao perceber o mesmo, Seungmin me puxa pela porta, com cuidado para não fazer barulho; então seguimos para seu carro.


— "Você melhorando já é o suficiente." –  imita minha voz, dando risada. — Você é fofo tentando expressar os sentimentos, Jico. 


— Cala a boca, Seung. – falo com vergonha, desviando o olhar.


Ri ainda mais, então dá partida no carro e faz o caminho para sua casa. Ele até tenta interagir comigo durante a viagem, mas minhas respostas sempre são curtas ou vagas, porque estou ocupado demais pensando no caos ainda maior que vai se formar na minha cabeça, caso aceite a oferta do Lee.





Notas Finais


espero que tenham gostado, me desculpem por qualquer erro. por favor, não esqueçam de favoritar e comentar, isso é muito importante pra mim.

bye, c ü soon 💙


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