História The Library (Seongsang) - Capítulo 12 - Você vem comigo?

     POV Park Seonghwa

Assim que me deparei com Yeosang na minha frente, congelei. Ele era definitivamente o garoto mais fofo e lindo do mundo! Em devido momento, meu maior desejo era abraçá-lo e não soltá-lo mais, e foi isso que eu fiz, ao sentir o baixinho rodear os braços em minha cintura. Abracei-o de um jeito acolhedor, e parece que ele gostou! Afinal, neste exato momento, ele estava deixando o rosto em meu peito e  fechando os olhinhos. "Socorro, isso é o céu?" , pensou Seong, enquanto acariciava as costas do garoto. 

Nós já havíamos nos abraçado ao decorrer dessas semanas que fomos mantendo contato, mas foram umas duas vezes no máximo, e foi daqueles abraços super rápidos, sabem? Daqueles que as pessoas só se encostam e se afastam? Mas hoje, Sang estava ali, bem perto de mim.

O abraço durou por uns minutos, mas pra Seong pareciam segundos. O garoto queria mais daquela sensação, mas respeitaria o espaço de Yeosang, que agora sentava em uma cadeira ao seu lado, convidando-o para sentar também, e então ele o fez. Assim que os dois, sentados um ao lado do outro porém com os corpos curvados praticamente frente a frente, conversaram sobre o dia deles, mas óbvio que Seong havia ficado a maior parte do tempo calado, Yeosang estava animado e mais falante do que nunca! Ele e Sang estavam na própria bolha, mas aparentemente Seong que se encontrava na bolha de Yeosang, ouvindo atento a cada coisa que o mais baixo relatava sobre o dia. Prestou mais atenção ainda quando o mesmo falou do médico, revelando que sua saúde estava em 100%, deixando Seong totalmente despreocupado. Assim que Yeosang termina seu assunto, Seong já estava com o braço apoiado no encosto da cadeira dele e totalmente de frente pra Yeosang, os dois estavam calados fazia um tempinho, apenas olhando um pro outro, e foi nesse momento que Seonghwa tomou coragem e perguntou:

— Você aceita ir na cafeteria da vó Rita comigo? Bem, ela não é minha vó de sangue, mas eu a considero como uma, e ela me considera como neto, então, sei lá! Você quer ir? — perguntei ansioso com a resposta, e rapidamente tirei um fio de cabelo teimoso que insistia em cair no olho dele. O Sang havia se calado por um tempo, o que me deixou mais ansioso ainda. Eu não queria ser precipitado, até porque queria respeitar o espaço dele, e assim o fiz quando o mesmo negou em me dar seu número do celular, eu não o julgaria por isso, eu iria no tempo dele, porém, o que parecia ser uma eternidade e uma cena em câmera lenta daqueles filmes de ação, Yeosang finalmente respondeu minha pergunta: 

— Claro que vou, Seong! Eu adoraria! — disse o garoto a minha frente. Eu nem acreditei de tanta felicidade e por impulso acabei o puxando pra um abraço muito apertado. Aparentemente aquilo tinha o assustado, mas uns segundos depois, ouvi sua risadinha em meu ouvido e assim tive certeza que ele estava bem, e tive mais certeza ainda quando senti seus pequenos braços me rodearem em um abraço carinhoso e quente. Yeosang em segundos havia virado minha utopia. 

O relógio já apontava às 18h00. Yeosang, minutinhos depois do convite de Seong, havia ido falar com o seu patrão na sala dele, o garoto foi perguntar se ele podia sair mais cedo devido a um compromisso que surgiu ali no final do dia, e o patrão como confiava em Sang, deixou o garoto sair, porém só pediu pra falar com Aurora para trancar a biblioteca no final do dia. Ele agradeceu seu chefe e logo quando saiu da sala, já foi indo em direção ao balcão onde a amiga se encontrava. O mesmo explicou pra ela o que havia acontecido, e como conhecia muito bem sua melhor amiga, pediu pra ela não surtar na frente de Seong, e que só poderia fazer aquilo quando os dois já estivessem saído por um tempo. E foi exatamente isso que aconteceu! Aurora deu vários pulos e bateu palmas totalmente eufórica, chamando a atenção de algumas pessoas que estavam na biblioteca, mas a garota não ligou pra nada disso, apenas estava feliz por ver o amigo desencalhando, e ainda com um garoto que não era um merda iguais aos ex's dele.

[...]

Após um tempo caminhando devagar um ao lado do outro, os garotos haviam chegado na cafeteria de vó Rita, os mesmos foram recebidos por ela. A senhora logo foi abraçada por Seong como de costume, e logo em seguida ela repara que o garoto estava acompanhado. A senhora olha Yeosang com muito carinho e diz: 

— Ora ora, vê se não é o menino que trabalha na biblioteca aqui perto! — diz Rita, que logo dá um abraço bem caloroso em Yeosang. O mesmo retribuiu o abraço da mesma forma. 

— Oie, Dona Rita! É ótimo ver a senhora de novo! Como a senhora está? — pergunta Yeosang, sorrindo de um jeito doce pra senhora a sua frente. Havia finalmente confirmado o porquê de achar tal nome tão famíliar.

— Digo o mesmo, meu filho! Eu estou muito bem, obrigada por perguntar! — a senhora sorri e acaricia as costas de Yeosang, ainda abraçada de lado com ele.

— Espera! Vocês se conhecem? — olho os dois meio confuso, afinal eu não esperava que os dois se conhecessem! Que mundo pequeno, não?!

— Sim! Ela já foi lá na biblioteca algumas vezes pegar alguns livros. E também o meu patrão às vezes encomenda doces ou pães com ela. Não nos falamos com tanta frequência, mas já nos falamos algumas vezes sim. — explicou Yeosang, que sorriu pro garoto a sua frente. Agora sim, Seong havia entendido a situação e ele ali concluiu que o mundo podia ser pequeno algumas vezes. 

Quando termina seu raciocínio, Seong já vê a avó Rita puxando Yeosang pra mesa que Seong sempre sentava. O garoto havia ficado encantado vendo os dois conversando animadamente, se soubesse que veria uma coisa dessas, já teria levando Yeosang ali muito antes, porque era muito fofo mesmo ver os dois assim.

Seong puxa uma cadeira e se senta praticamente do lado do Yeosang, já alcançando o cardápio para o baixinho escolher o que ele gostaria de beber e comer. Assim que o mesmo termina de ver tudo certinho, ele olha a senhora e diz: 

— Eu vou querer uma xícara grande de café com leite sem açúcar e um bolo de cenoura com chocolate, vó Rita, por favor. — o garoto fala e sorri levemente ao ver a senhora escrever o pedido. 

— Okay, meu filho!Já, você... — a senhora termina de escrever o pedido de Sang e olha pra Seong. — O mesmo de sempre? 

— Sim, vó! O mesmo de sempre. — rio baixo e já vejo a senhora anotando meu pedido. A mesma, assim que disse que logo voltava, foi direto pra cozinha pra pedir que preparassem nossos pedidos, havia ficado só eu e Yeosang ali, então logo ouço sua pergunta um tanto curiosa.

— O mesmo de sempre? — pergunta o garoto. — Percebi que você vem sempre aqui, já que ela sabe o que você gosta e... o que você pede sempre? — neste momento, ele havia colocado o braço apoiado na mesa, deixou o rosto apoiar em sua mão enquanto me olhava e, nossa! Ele é muito lindo!

Suspiro levemente afastando meus pensamentos e então me ajeito na cadeira para respondê-lo. 

— Sim, o mesmo de sempre! Desde a primeira vez que me mudei de Jinju pra Incheon, eu frequento esta cafeteria. Ou seja, já faz uns 2 anos talvez. — explico para o garoto, que agora me olhava com uma cara de que logo havia entendido a explicação. — E o mesmo pedido de sempre, é uma xícara grande de café com leite com pouco açúcar, e umas rosquinhas de chocolate. — fala Seong, olhando Yeosang, que logo o encarou com um feição surpresa. 

— Então você gosta de café com leite também! Que incrível! — o garoto a minha frente ri e se ajeita na cadeira, já vendo a avó Rita vindo. 

A senhora se aproxima com a bandeja, e logo deixa nossos pedidos ali, já saindo em seguida, depois de desejar um bom apetite pra gente. 

— Simm! Eu amo café com leite, é uma das minhas bebidas favoritas. — respondo a pergunta anterior do rapaz, que logo concorda comigo e diz que também ama. Ri baixo e já dou um grande gole no café, e em seguida vou comendo minhas rosquinhas, e Kang faz o mesmo, porém com seu bolo. 

Ficamos comendo e bebendo nossos pedidos enquanto conversávamos. Acabamos descobrindo muito mais coisas sobre um e o outro, e a cada vez que eu conhecia o garoto a minha frente, mais eu tinha vontade de me aproximar dele, e assim eu pretendia fazer, porém, no tempo dele.