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História The Library (Seongsang) - Capítulo 36 - Passado


Escrita por: tinymoredestiny

Notas do Autor


Oioii! Como estão? Att quentinha pra vocês, boa leitura!💕

Capítulo 38 - Capítulo 36 - Passado


                      POV Park Seonghwa

                        ~ 2 anos atrás ~

O que um garoto de 18 anos faria na minha idade? Geralmente, pela concepção da nossa sociedade, um garoto de 18 anos deveria sair para baladas sempre, encher a cara, pegar todas as garotas possíveis em uma única noite, o famigerado "meter o louco"! Mas, a minha realidade era uma totalmente diferente. Eu sempre fui um garoto reservado, que gostava de ler, ao invés de perder tempo em festas enchendo a cara, morrendo de dor no estômago e vomitando até morrer no dia seguinte. Para mim, a leitura sempre foi algo tão prazeroso, eu podia me imaginar em cada cenário de todos os livros que eu lia, e muitas vezes todos esses pensamentos não só ficavam ali rondando minha cabeça, mas sim o meu coração, de tanto que eles me tocavam. É surreal, em pleno século XXI, um garoto de 18 anos gostar de ler tanto e querer viver uma vida que estava grifada em algumas páginas de um livro? E lá estava novamente a sociedade hipócrita que me fazia pensar que era errado eu gostar de ler, ou que era errado eu querer viver um amor de livro. E se eles soubessem que o personagem de livro que eu queria pra minha vida era um homem? Isso não é algo que um garoto de 18 anos pode fazer, certo? 

Acho que desde sempre, eu soube desse meu lado. No caso, essa coisa de sentir atração por garotos, pois sempre houve um sentimento ali, escondido dentro de mim, onde eu vivia achando um garoto bonito, ou que às vezes conversava com um cara legal. Eu estava no auge dos meus 18 anos, e sonhava sempre em ter um Ian Clarke dos livros da Carina Rissi pra mim, ou queria ter um Leonardo Di Caprio, imagina ter um ator incrível desses do meu lado! Meu coração acelera só de pensar! Mas um dia mesmo que marcou todo esse meu período de descoberta, foi quando eu conheci Kim Hongjoong, um garoto novato da mesma idade que eu, e que estava na minha turma no 1° ano do ensino médio. A princípio foi aquela coisa de sentir atração por aparência, afinal ele era bem bonito com seus cabelos vermelhos chamativos e o estilo único de se vestir, ele sempre montava seus próprios looks e sempre procurava ousar, e era aquilo que me encantava nele, mas tudo isso sempre ficou em segredo comigo, pelo menos até um dia, que na fila do lanche, senti alguém cutucar minhas costas, e assim que me viro, o garoto baixinho pergunta: 

— Hey! Você sabe o que tem de lanche hoje? — ele me deu um sorriso caloroso e envergonhado. Seus olhos sempre estavam brilhando, e a junção de seus olhos e seu sorriso, era a coisa mais linda do mundo. Então, me lembro de ter segurado meu surto interno e de ter o respondido normalmente.

— Hey! Eu vi que tem frutas e sanduíche natural... — dei um sorriso a ele e ele assentiu com a cabeça passando a mão na própria nuca. 

— Ah sim, obrigado! — ele sorriu e se curvou.

— De nada. — me curvei um pouco e sorri pra ele. Assim que vou me virar para frente novamente, ouvi ele falar.

— Me chamo Hongjoong! Kim Hongjoong! Você é da minha turma não é? Seonghwa…? — ele riu baixo.

— Ah sim, claro! Hongjoong! — sorri, me fazendo de desentendido, como se eu não me lembrasse quem ele era, mas é claro que eu me lembrava dele muito bem! O sorriso dele ficaria na cabeça de qualquer um! — E sim, me chamo Seonghwa. Park Seonghwa.

— Okay! Prazer então, Park Seonghwa. — sorri assim que o mesmo dá outro sorriso em minha direção.

Desde aquele dia eu e Hongjoong sempre andávamos juntos sempre que podíamos, era nos intervalos, nas trocas de aulas, ou quando íamos pra casa, já que o garoto morava umas duas ruas depois da minha. Sempre íamos e voltávamos da aula juntos, assim ele me deixava em casa e ia pra dele em seguida. Com o passar do tempo, íamos ficando cada vez mais próximos, e um ano depois, já éramos melhores amigos inseparáveis, onde fazíamos tudo juntos, absolutamente tudo! Dentre essas coisas que fazíamos, a que mais marcou a gente, foi quando estávamos em uma cabana no quintal da casa dos pais dele. Era uma noite de verão muito quente e assim decidimos dormir lá fora, pois estava bem mais fresco do que no quarto dele. Assim, montamos a barraca que ele tinha em casa, ela era bem grande, então dava para nós dois ficamos ali juntos. Depois de montarmos ela, colocamos as cobertas e os travesseiros do Joong no chão pra ficar mais confortável e nos deitamos em cima. Em seguida, Joong abriu o teto da barraca, deixando ao alcance da nossa vista os conjuntos de constelações, e uau, aquilo era perfeito! 

— Bem melhor, né? — ele sorriu, voltando a deitar ao meu lado. 

— Muito! — sorrio o olhando e volto a olhar o céu.

O silêncio se instalou naquele barraca, não era um silêncio tedioso, era um silêncio bom e confortável, e eu amava ficar momentos assim com Joong. Na verdade, eu amava ficar de qualquer com ele, afinal, Kim Hongjoong era um garoto incrível! Ele era inteligente, amava ler, escrever, ele sabia fazer músicas como ninguém, era incrível o quão ele era talentoso pra isso! Ele era cavalheiro, engraçado e muito brincalhão, eu sempre ria estando perto dele, e também era perto dele que eu chegava em meus momentos de paz, quando meu pai sempre arranjava um pretexto pra infernizar minha vida, eu sempre corria para os braços dele, e ele me acolhia com todo o prazer e ainda me fazia cafuné... ele era um anjo! Estar na mesma barraca que ele, tão perto daquele jeito, acabou mexendo comigo, e tudo se abalou de vez quando sinto a mão do garoto descer pelo meu braço, logo pairando sobre a minha palma, onde os dedos do baixinho se entrelaçaram com os meus e assim apertamos nossas mãos. O contato subiu em meu corpo como um pequeno choque elétrico, e acho que ele se sentiu da mesma forma, pois nos encaramos ao mesmo tempo, nos olhamos nos olhos e ficamos assim por um tempo, até que em uma fração de segundos sinto os lábios de Hongjoong sobre os meus. Automaticamente levei minhas mãos para o bochecha do garoto e retribui o beijo de forma lenta. Meu corpo estava tremendo, eu nem sabia que ele se sentia da mesma forma até aquilo acontecer, estava tendo meu primeiro beijo com um garoto e ainda por cima era meu melhor amigo e a noite estava incrível! O que podia dar errado?

Essa era a questão que eu não queria que tivesse resposta.

Desde esse nosso primeiro beijo, eu e Joong, se ainda era possível, estávamos ficando cada vez mais próximos, e mais uma vez, isso foi resultado de mais uma das nossas primeiras vezes. Aconteceu na casa dele de uma forma tão natural! Foi nossa primeira noite juntos, e lá estava eu correndo para acasa dele, mentindo aos meus pais que faria algum trabalho pra escola, mas eu só queria passar mais tempo com ele. Os pais de Joong sempre foram super liberais com ele, então ele podia fazer o que quisesse e quando quisesse, era por isso que eu amava ficar lá, ele tinha a liberdade que eu não tinha e eu me sentia tão vivo e livre perto dele. Mas naquela noite, não era apenas eu que me sentia livre, ele também estava, pois seus pais tinha saído de casa para jantar fora e não sabiam quando voltavam, já eu e Joong nem ligamos pra isso, pois sempre ficávamos no quarto vendo filmes ou lendo os cartoons que ele tinha em sua coleção imensa. Ele era um verdadeiro nerd!

— Seong, quer algo pra comer? — ele perguntou e se sentou na cama com pernas de índio enquanto me olhava. 

— Hm... não! Tô bem! — tirei o cartoon da frente do meu rosto e encarei o baixinho sentado, todo "pitico" na minha frente. Ele era beeeem pequeno, o que era muito engraçado, e ele odiava que eu o chama assim, então... — Você é tão pequeno! — ri e senti ele olhar seriamente para mim.

— Aaah, Park! Não começa, okay? — ele revirou os olhos e ajeitou os óculos no rosto.

— Okay, me desculpa ... baixinho! — ri olhando ele e em um curto tempo depois, senti ele voar pra cima de mim. — Aiii!! — gargalhei junto do garoto e assim ele começou a me dar um ataque de cócegas, porém eu sempre tinha vantagem, pois eu era mais alto e mais forte que ele. Por isso o girei na cama fácilmente e assim prendi seus braços na cama acima da cabeça. — E aí! Ainda quer brincar? — ri olhando ele e assim ele riu.

— Não tem graça! — ele riu e respirou fundo, tomando fôlego.

— Ah, mas tem sim! — ri, me sentando nas coxas dele e assim dou um ataque de cócegas nele. E foi ai que tudo começou, em meio a troca de risos dadas por mim e por ele, a gente se beijou... e o ponto era que, nós não conseguimos parar. Quando menos vimos, Hongjoong dava beijos por cada milímetro do meu corpo, e eu fazia o mesmo com o dele, os dois garotos, estávamos ambos envergonhados em nossa primeira vez, mas no final meio que acabou dando tudo certo, tanto eu quanto ele, estávamos confortáveis com a situação assim que nos soltamos mais, e aconteceu tão naturalmente. Quando vimos, estávamos os dois enrolados no lençol com as respirações ofegantes e dando pequenos beijos. Aquele momento marcou tanto na minha cabeça.... mas um outro pensamento, marcou muito mais.

Uns dias depois, após essa nossa noite da nossa primeira vez, eu o Joong acabamos discutindo, e foi tudo culpa minha. Hongjoong fez amizade com um garoto do 1° ano, já estávamos no 2°. Eu, por alguma razão, não gostava daquele garoto, ele ficava tão próximo do Hongjoong, e eles se davam super bem, e teve uns períodos que o Joong parou de andar comigo pra ajudar esse tal novato com alguma coisa da turma dele, e como já havíamos passado por aquela etapa, Hongjoong não via problema algum em ajudá-lo. Quando eu o chamava para fazer algo, ele sempre estava com esse garoto, nós paramos de fazer coisas juntos aos poucos, e eu me lembro de ter discutido com ele noites depois, antes de...Nós discutimos feio pela primeira vez, onde era tudo feito a base de gritos e mais gritos, não existia espaço para conversa. Eram 23h00 da noite quando estávamos no parque tendo aquela discussão e eu me lembro de em algum momento ele me mandar embora diversas vezes e eu lembro também de recusar todas elas. Ele ficou tão bravo com minha insistência em ficar, mas tão bravo! Que ele mesmo foi embora, já que eu não queria ir. Então, ele foi andando para a rua cegamente e... e... foi ai que um carro, que andava a 80 quilômetros, em uma rua reta com velocidade máxima de 40 quilômetros, acertou Kim Hongjoong. O baque foi tão grande, que Hongjoong foi arremessado para o outro lado da calçada, e o impacto da queda foi grande na mesma proporção. O garoto de 18 anos, por minha culpa, faleceu, e a sombra desse acidente voltou a me atormentar.

Quando ouvi da boca de Yeosang que ele queria se afastar, e que queria que eu fosse embora, eu fui. Porque se algo de ruim fosse acontecer, que acontecesse comigo, pois eu merecia. 

Notas Finais


E aí está um pouco do passado de Seong, e um dos motivos pra ele demorar um pouco pra se abrir, mas quando ele conheceu o Yeo, foi como se ele visse a chance de se apaixonar de novo. E só aconteceu!

Espero que estejam gostando da estória, até a próxima att! Se cuidem!💛


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