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História The light of my darkness - Sentimento caloroso


Escrita por: syndream

Notas do Autor


HOI HOI HOI HOI HOI!!!
Ah, cara, como demorei para escrever esse capítulo! Ele estava com 1300 palavrinhas, mas aí a inspiração veio e pulei para 2000 do nada. Às vezes nem eu me entendo.
Enfim, creio que esse será o último capítulo do arco de treinos da Syndra, já que estou planejando aumentar a relação dela com o Zed (algo que parece que o pessoal aqui tá louco pra ver) e os mistérios em torno do passado deles!

Boa leitura! <3

Capítulo 13 - Sentimento caloroso


 

Dois dias depois, na fortaleza celestial...

 

 

Embora Syndra estivesse penteando seus longos cabelos em frente ao espelho do banheiro de seu quarto, sua mente estava longe, refletindo sobre sua última semana na Fortaleza Celestial. Estava tudo tão movimentado, tão vívido... A garota não acreditava que aquele acordo estava realmente funcionando. Além disso, agora estava cercada de pessoas que eram gentis com ela, pelo menos na maior parte do tempo.

Enquanto isso, Zed aguardava a Soberana sair de seu quarto, ansioso. Havia passado boa parte de sua madrugada pensando no treinamento do dia, graças à satisfação que sentiu no último treino de Syndra. Estava apenas preocupado se ela estaria pronta para um desafio como aquele que passava por sua mente.

— O que iremos fazer no treino de hoje? — A voz da maga fez o outro sair do transe. Este nem havia percebido que ela já havia saído do quarto.

— Treino não. Teste.

— Teste?

— Sim, já lhe ensinei sobre os princípios da defesa e melhorei seus reflexos, então acho que você já está bem melhor. — explicou, enquanto descia os degraus da escada, sendo seguido pela Soberana.

— M-Mas, espera, teste contra você? — Tentava, falhamente, disfarçar a insegurança que sentia ao pensar numa ideia como aquela. Já havia aceitado que não ganharia de Zed tão fácil, pelo menos por enquanto.

— Não. Contra meus ninjas. — Não percebeu o desconforto da outra, por mais óbvio que fosse.

— Todos? — indagou, incrédula, lembrando-se do treinamento de reflexos de dois dias atrás. Mesmo que tivesse ganhado, reconhecia que aquela luta havia sido difícil.

— Não, apenas um. — Fez uma pequena pausa. — Mas, se você se sair bem, iremos treinar defesa em grupo, então irei pedir para que todos eles lhe ataquem.

— Por que você mesmo não faz isso? — Cruzou os braços, levemente irritada. Seria melhor ser espancada por um oponente superior do que trinta inferiores ou iguais à ela.

— Porque o treino também é bom para eu verificar as atuais habilidades do Clã das Sombras.

— Você quer tirar vantagem de tudo... — Fez careta, mas não pôde deixar de rir.

— Exatamente. Poderia até me mudar para Bilgewater. — referia-se à uma ilha rival de Ionia, onde seus habitantes eram conhecidos por sua astúcia e sagacidade. Típicos piratas mentirosos, o que explicava a rixa com os pacíficos ionianos.

— Aposto que não duraria um dia lá! Eles estão um nível acima de você no quesito de aproveitador. — confessou, e estava certa. Os únicos páreos para os navegadores sujos eram os noxianos, outro grupo tão agressivo quanto os primeiros.

— Quem sabe... — dizia, seguindo em direção ao campo de treinamento.

— Espera, não vai chamar seus ninjas? — Syndra parou no mesmo instante, direcionando seu corpo para a parte avulsa do templo, pronta para começar a andar.

— Já chamei. É que a bela adormecida demora muito para acordar, como sempre. — Zed provocava a amiga com um belo sorriso debochado.

— Pelo menos me chamou de bela. — revidou, com um ar de malícia. Talvez Syndra estivesse mais próxima de Bilgewater do que Zed.

— Idiota... — murmurou e apressou o passo, não demorando muito para estar frente a frente com os ninjas, que se encontravam distraídos até a chegada de seu mestre os calar no mesmo instante.

— Hoje irei escolher alguém para duelar com a Soberana Sombria. — falou, com um ar de divertimento em sua voz.

Parte do clã ficou preocupado, e alguns chegavam a até mesmo tremer de medo. Por mais que tivessem treinado há mais tempo com o Mestre das Sombras, sabiam que Syndra ainda possuía uma capacidade mágica enorme.

 Zed andava de um lado para o outro, enquanto observava a reação de cada um de seus pupilos.

— Andei pensando bastante sobre essa escolha e eu escolho você, Ryu.

Ryu arregalou os olhos, surpreso pela escolha de seu mestre, porém logo depois, um sorriso malicioso abriu-se e seu espírito alegrou-se. 

— Isso vai ser divertido. — murmurou Ryu para si mesmo e levantou-se da grama que estava sentado.

— Não a mate, por favor. — sussurrou Izumu para o amigo, que nem prestou atenção.

— Você só pode estar louco! Ele me odeia! — cochichou Syndra para o Mestre das Sombras, com um pouco de raiva e preocupação.

— Assim o show fica mais divertido... — sussurrou de volta, recebendo um tapa de Syndra como resposta.

— Posso começar a atacar, mestre? — perguntou Ryu ansioso. Em meros segundos já havia chegado ao campo principal. Estava realmente entusiasmado com a luta.

— Para ganhar, é só derrubar o oponente. Sem matar. — Direcionou seu rosto para Ryu nesse momento, que deu um leve sorriso. — E Syndra, você fica sem magia, use o que aprendeu.

Ambos assentiram com a cabeça, cerrando os punhos simultaneamente, prontos para a luta.

Ryu pegou uma shuriken e a atirou na direção do pescoço da Soberana, que desviou se abaixando com um médio nível de esforço, já que aproveitava a situação para correr em direção ao oponente, ao mesmo tempo em que se protegia. Todos os garotos urraram em torcida para Syndra, animados com o primeiro golpe e defesa da luta.

Rangendo os dentes e começando a aumentar sua raiva, o ninja pegou duas lâminas médias e as jogou na direção das pernas da maga, ainda que a velocidade dela não fosse uma ameaça grande.

Por pouco, Syndra conseguiu desviar, virando parcialmente seu corpo para a esquerda e voltando a correr, causando ainda mais berros e torcidas por parte do Clã das Sombras. Lembrou-se do que Zed havia lhe dito: “Você é previsível demais quando vai se defender. Aí já dá tempo de mudar o movimento que vou fazer.” e procurou seguir suas instruções.

Irritado e movido por suas emoções, Ryu jogou quatro shurikens alternadas, mas, atenta, Syndra desviava delas perfeitamente, virando e girando seu corpo de um lado para outro, numa espécie de dança, chegando cada vez mais perto do adversário.

Agora, só faltava uma lâmina, um único ataque para Ryu. A pressão deste podia ser sentida por todo o Clã, alguns chegavam até a tremer pela tensão que o amigo sentia, sendo um deles, Izumu. Ryu jogou a lâmina em direção ao corpo de Syndra, mas esta, ainda com sua alta atenção, desviou perfeitamente, ficando frente a frente com o garoto.

A Soberana Sombria tentou chegar por trás para derrubá-lo, assim como Zed fizera com ela em sua antiga luta. Mas Ryu rapidamente virou-se em direção à maga e, com o impulso do giro, tentou chutar a cabeça da mesma. Porém, com a mesma atenção do ninja, Syndra desviou novamente, e não pôde perder a oportunidade de dar uma rasteira.

Sua rasteira causou apenas desequilíbrio no outro, fazendo com que o duelo ainda não acabasse. Ryu fechou seus punhos, ainda irritado, e juntou suas forças num soco, mas este acabou falhando, por mais uma defesa da Soberana, que agarrou seu pulso e o torceu, logo em seguida conseguindo efetivamente o derrubar, encerrando a batalha.

Os ninjas bateram palmas, animados, e até mesmo Zed conseguiu impressionar-se naquela luta.

— Muito bom... Para os dois. — Fez uma pequena pausa, direcionando sua atenção apenas à maga. — Syndra, parece que passou no teste, parabéns. Acho que está pronta para começar a defesa em grupo, não?

— Sim. — concordou feliz e estendeu a mão para Ryu, que encontrava-se no chão, cansado.

Ryu segurou a mão de Syndra e levantou-se. Olhou para a maga, que parecia insegura, como se estivesse esperando uma reação por parte dele. Talvez ele odiaria para sempre por conta da derrota. Todavia, quebrando as expectativas de todos, Ryu murmurou, levemente envergonhado:

— Me enganei sobre você, Soberana. Você é mesmo boa, pelo menos como maga.

— Obrigada, eu acho. — O olhou com estranheza, mas logo assentiu. Os dois tinham algo em comum: o orgulho. E Syndra conseguia sentir os sentimentos de derrota de Ryu, por mais que tivesse ganhado do mesmo. — Você também. É um bom ninja.

Ryu curvou-se em sinal de respeito, e logo voltou ao seu lugar de antes, na grama.

— O que deu em você? — perguntou Izumu, ainda não acreditado na cena que acabara de ver.

— Que foi? Ela ganhou, ela merece. — Fez bico, denunciando o óbvio mal jeito que sentia por estar errado em relação à Syndra.

— Melhor deixar como está. — cochichou Yamato para Izumu, rindo logo em seguida.

Enquanto isso, Zed observava seus ninjas de um jeito estranho, e não perdeu tempo para perguntar:

— Alguém disposto para um segundo round? Será em grupos, um desafio maior para a Soberana.

Syndra suspirou lentamente, tentando não se preocupar com o que teria que enfrentar.

Hiroshi foi o primeiro a levantar a mão, com um sorriso simpático, parecia até estar familiarizado com esse tipo de coisa. Yamato foi o segundo voluntário, e acabou influenciando Izumu e Hideki a participarem.

— Espera, eu vou lutar contra todos eles?! — perguntou Syndra, incrédula. Achava que a ideia de Zed era uma luta contra, no máximo, duas pessoas.

— Sim. Lembra-se do treino com as pedras, não é? É a mesma coisa. — falou Zed, calmo.

— Não é a mesma coisa! Eu estou em uma luta, não em um treino! — retrucou Syndra, com um humor totalmente oposto ao do Mestre das Sombras.

— Apenas concentre-se. — disse, em meio a um suspiro. — Em três... — começou a contagem, e Syndra correu desesperada na direção oposta dos ninjas, a fim de obter vantagem. — Dois... Um!

Hiroshi partiu em direção à Soberana, atirando diversas shurikens aleatórias, como se não estivesse prestando muita atenção no que estava fazendo. Assim, Syndra facilmente desviou e se aproximou, tentando o derrubar com um chute. Sem sucesso, acaba se desesperando e parando de prestar atenção no ambiente como um todo, ficando vulnerável. Quase é atingida por um chute de Hiroshi, mas consegue proteger-se com a palma de sua mão, e aproveitou a chance para derrubar seu oponente.

“Primeira pedra.” — pensou Syndra consigo mesma, determinada.

— Não se orgulhe, Soberana. — falou Yamato, com um estranho sorriso forçado. — Ele é o mais fácil de nós.

Syndra engoliu seco e observou atentamente cada um dos ninjas, preparando-se para o ataque de Hideki, que corria em sua direção. Talvez aquilo não passasse de uma distração de Yamato para que o aliado conseguisse finalizá-la.

— Eu estou ouvindo, sabia, Yamato!? — contestou Hiroshi, ainda caído no chão.

Yamato riu consigo mesmo, enquanto observava o ataque de Hideki. Olhou de soslaio para Izumu, como se houvessem combinado um ataque juntos. Começaram a correr em lados opostos, na tentativa de atacar Syndra por trás, enquanto Hideki a distraía pela frente.

Entretanto, Syndra ouviu os passos frenéticos vindo de trás de si, virando-se automaticamente para trás, acabando com todo o ataque surpresa planejado pela dupla.

— Boa tentativa. — provocou Syndra, correndo na direção de Hideki com o objetivo de antecipar o ataque deste e, simultaneamente, atrasar o ataque duplo de Izumu e Yamato. Até porque esperar para lutar contra os três de uma vez não seria algo benéfico.

Estes, irritados, correram ainda mais rápido, para amenizar a desvantagem.

Porém, Syndra já estava frente a frente com Hideki, e em poucos segundos, já desviava de chutes e socos rápidos do ninja. Sua velocidade tanto de movimento quanto de ataque era enorme, o que impressionava a garota. Como único meio de vencer, Syndra realizou um combo de chutes e socos, derrubando-o em uma surpresa.

“Segunda pedra” — pensou, distraída, fazendo Izumu ter a oportunidade perfeita para desferir um soco na garota, e assim o fez, fazendo-a gritar de surpresa e dor.

Estava prestes a perder, então correu com toda a força que pôde para recuperar-se. Izumu e Yamato tentavam a alcançar, mas já haviam gastado todas as suas forças para chegar até a Soberana quando esta estava lutando contra Hideki.

Syndra recuperou-se mais rápido em relação aos outros ninjas e, para não perder sua oportunidade, partiu em direção a ambos, dando um combo de chute e soco, os finalizando.

— Últimas pedras — murmurou para si mesma, sentindo-se realizada por ter vencido aquela dura luta.

— Pedras? — perguntou Zed confuso, enquanto se aproximava.

— Meus inimigos... “Como pedras”, você disse. — relembrou, com a respiração ofegante. Estava cansada, mas ainda insistia em conversar com Zed, como uma forma de agradecimento por tê-la treinado.

— Ou até mesmo seu progresso. — Sorriu de canto, distraído. Olhou para Syndra, com um sentimento caloroso no peito.

— Progresso? — Virou-se para Zed, revelando um rosto tão cansado mas, ao mesmo tempo, tão belo.

— “Pedra por pedra”. Seu progresso vai de pouco a pouco, mas acaba se aperfeiçoando... Acho que temos um bom trato, garota. — Colocou sua mão no ombro de Syndra, com uma estranha vontade de querer abraçá-la.

— Sim... — murmurou, apoiando sua cabeça sobre a mão de Zed, enquanto fechava os olhos lentamente, cansada de todo aquele longo treinamento.

— Sim... — Olhou-a novamente, mas percebeu que a mesma adormecera sobre sua mão.

Como se arrependia de não tê-la abraçado...

 


Notas Finais


Ufa! Tive que ajeitar muito essa treta aí, porque antes nem eu estava entendendo quem tinha batido em quem...
Mas e aí, o que acharam? Foi chato ler essas lutas? Foi legal ver o aumento da relação da Syndra com o Ryu? Agradeceria muitíssimo se comentassem sobre as suas opiniões!
Para o pessoal que não está mais suportando ver esse arco de treinos, como disse nas notas inicias, eles acabaram hoje!
Vejo vocês na próxima sexta!! <3

Próximo capítulo - 29/09


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