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História The light of my darkness - A pessoa certa


Escrita por: syndream

Notas do Autor


Hooooi!
Como vão? Animados para o carnaval? Vão sambar ou serão iguais a sedentária da autora que ficará o dia inteiro com a bunda na cadeira para escrever as fics? Aliás, que ótimo dia para um capítulo agitado, em clima de festival, não?

Ehh, não mesmo. Hoje não, sem festival (mesmo que eu queira -q). Ainda preciso terminar as promessas aqui e trazer um treino misturado com dia-a-dia porque é relevante então vamos que vamos.
Espero que gostem das surpresas ;3

Boa leitura! ^^

Capítulo 33 - A pessoa certa


 

Dois dias depois, na Fortaleza Celestial...

 

 

— Pelo menos agora você tem uma motivação para os treinos — pronunciou-se Zed, divertindo-se da expressão irritada de Syndra.

— Você fala como se eu quisesse ir nesse festival — retrucou, fechando a porta da fortaleza com brutalidade; andando até o campo de treinamento com os passos pesados sobre a trilha de pedras.

— E você não quer? — indagou espontaneamente, já que era bem comum que os ionianos em geral gostassem de festivais, cheios de apresentações espalhafatosas e comidas típicas nas barraquinhas.

— Por quais motivos eu iria querer voltar para a Capital? — perguntou com um sorriso sarcástico no rosto, principalmente quando pronunciara o nome do local onde passara grande parte de sua infância, fazendo Zed lembrar-se das más memórias da garota.

— O resto dos ninjas também vão, até porque a gente só está sabendo disso por causa do Ryu e do Izumu.

— Por falar nesses dois, nem o Izumu para ler a carta do Ryu para a gente. Só fica escolhendo as partes mais “interessantes” — Syndra fez bico, incomodada com os segredinhos que os namorados guardavam entre si.

— Imagino o que esse Ryu escreveu. Um relacionamento à distância, mesmo que o Izumu evite falar sobre isso — riu, lembrando-se das várias vezes que perguntara o que exatamente havia acontecido na despedida do ex-aluno e o garoto corava fortemente e fugia no mesmo instante.

— Sempre quis conhecer esse cara. Vocês falam tanto dele e eu aqui, de fora — reclamou Ahri, aparecendo num pulo e intrometendo-se na conversa da dupla. — Que foi? Ficaram assustados? Estavam planejando casamento, só pode.

— Nada a ver. Vamos treinar logo, Ahri — Syndra a empurrou para o lado, incomodada com o dito.

— Eu analisei bem a luta de vocês aquele dia e nós já conversamos sobre o básico. Mas, ressaltando, Ahri tem uma velocidade acima da média para uma vastaya, e olha que a raça já é bem rápida. Além de seu talento mágico e seus reflexos, que está empatando com o de Syndra — terminou a rápida análise num suspiro, direcionando o olhar para Ahri, que seria sua assistente nesses treinos a partir daquele momento. — Syndra já treinou os reflexos e outros atributos físicos há um tempo, então, Ahri, você deve auxiliá-la nos quesitos de velocidade, um pouco de magia e resistência mágica.

— Eu tenho uma dúvida — Syndra levantou sua mão. — Por que ela tem que me ensinar magia se eu estou empatada nesse quesito em relação a ela?

— Ah, sim. Acho que “controle” seria o nome certo, mas pensei que você fosse se irritar se eu disse–

Syndra estourou uma esfera negra no garoto.

— Era isso que eu queria dizer — suspirou Zed, massageando o lugar atingido. — Desculpe, Syndra.

— Não, você tem razão — admitiu com um claro desconforto na voz. — Mas o que treinaremos por hoje?

— Começaremos com velocidade. Tudo bem por vocês duas? — indagou, continuando a frase após vê-las concordando com um breve gesto. — Certo, primeiro uma corrida — pegou uma pequena ampulheta, um objeto tão raro em Ionia considerando os hábitos antigos, mas que, por vir daquele templo que um dia já fora tão popular, não era lá uma raridade tão grande, podendo ser um presente de um habitante de Piltover, a famosa cidade moderna. — Syndra, por favor.

A garota acatou quando fora designado que a árvore onde Zed se posicionou era o destino. Ele andou até lá para esperar e marcar com precisão o tempo utilizado, fazendo o mesmo com Ahri logo em seguida.

Assim, ambas as garotas começaram um aquecimento básico de uns cinco minutos, falando uma coisa vez ou outra.

— Sabe, na nossa batalha passada eu havia ficado aliviada que só danos mágicos contavam — Ahri decidiu puxar assunto, fazendo Syndra se surpreender com o escolhido.

— Por que?

— Eu sei que perderia para você. Pode não parecer, mas parece que o Zed te ajudou nesse tempo, pelo o que vocês dois falam. E eu também senti que você era ótima naquele dia que me salvou — deu uma risada fraca. — Espero que continue melhorando cada vez mais.

— É estranhou ouvir isso de uma ioniana, sabia? — acompanhou-a nas risadas. — Considerando a “vilã” que sou e outros detalhes.

— Eu não me importo com o que os outros dizem sobre você. Não digo isso apenas pelo fato te ter me salvado, mas sim pelo que eu descobri nesses dias de convivência. Você é uma boa pessoa e eu realmente espero ser sua amiga — murmurou um pouco envergonhada com o que dizia, ainda que o dissesse com seus verdadeiros sentimentos.

Syndra procurava respostas para a inesperada confissão, mas foi impedida por Zed, que gritava para que as garotas se apressassem. Deixou o assunto para lá.

Fez uma posição qualquer e disparou ao ouvir o sinal do parceiro. Seus olhos focavam na linha de chegada, sequer percebendo o que fazia com o próprio corpo, ignorando por total os braços posicionados de qualquer maneira ou os pés que tocavam o chão de forma equivocada em longos passos. Sempre fizera dessa forma; mas sua forma de corrida nunca foi tão relevante quanto naquele momento. Syndra focava muito em ser rápida, e não no cansaço que poderia obter depois disso.

Chegou, mas chegou cansada. Debruçou-se sobre a grama e apenas ouvir um longo suspiro de Zed, que entregava-lhe um pouco de água enquanto mostrava o tempo marcado pela garota, sem dizer nada.

— Eu demorei dois minutos? Sério?! — bufou. — Meu esforço nem valeu a pena.

Zed apenas deu sinal para Ahri começar. Syndra apenas fechou os olhos e apenas os abriu quando o garoto mostrou o tempo alcançado pela vastaya. Um minuto e cinquenta. E, no mundo da corrida, isso era uma enorme diferença.

— Você prestou atenção nos movimentos dela, Syndra? — indagou Zed, desconfiado que aquele treino não estava indo para a direção certa.

— Não.

— Imaginei. Ahri, ainda tem fôlego para demonstrar pelo menos o básico? — direcionou o olhar para a raposa, que acatou.

— Podemos começar com esses passos estranhos, talvez? — riu Ahri, levando um tapa de Syndra. — Ai, malvada!

— Sim, você não pode dar passos tão longos. Primeiro que a postura fica péssima e segundo que cansa demais; olha seu estado — falou Zed, ouvindo um resmungo por parte de Syndra.

— Vocês poderiam ter me dito isso, tipo, antes de eu correr! — gritou a última parte, enfurecida.

— Errar para aprender, Syn — Ahri deu uma risada fofa.

— Próximo erro? — pediu ríspida, não aguentando ser rebaixada não por um, mas por dois seres humanos que poderia acertar naquele momento com um belo chute. Nessas horas agradecia pelos treinos com Zed.

— Inclinar-se para frente, talvez? — Zed bufou, tentando listar os diversos erros nesse pequeno treino de Syndra.

— E que diferença isso faz? — rebateu como uma criança, enquanto se levantava da grama, apoiando-se na árvore mais próxima.

— Postura, querida — Ahri intrometeu-se. — Mesmo em uma luta, você precisa manter os quadris para frente. Uma vez dama, sempre dama — jogava umas mechas de seu cabelo por trás do ombro, como uma marca de sua feminilidade.

— Enfim... — Zed interrompeu o papo julgado fútil, focando nas técnicas que envolviam a corrida. — Postura pode torná-la mais ágil e lhe fazer cansar-se menos. Inclinar-se para frente equilibra o peso de seu corpo, entende? E, além do que ela falou, foque nos movimentos dos braços.

— Como assim? — franziu a sobrancelha.

— Flexione.

— Assim? — fechou os punhos com força, trazendo-os e voltando-os para perto e longe do corpo várias vezes.

— Não — cortou-a, aproximando de Syndra. — Não flexione o antebraço; apenas os cotovelos — segurou os braços da outra, demonstrando o movimento da forma mais sutil possível e, delicadamente, indicando que ela não deveria forçar muito seus músculos. Seus toques eram gentis, fazendo com que essas sensações esperadas fossem transmitidas com facilidade.

Tanto assim que a garota chegou a sentir um calafrio com essa proximidade toda. Não que essa fosse a primeira vez — até porque estava longe de ser —, mas depois de tanto tempo de convivência com os sentimentos crescendo mais e mais, era difícil encarar isso com tanta normalidade.

Zed pareceu sentir o incômodo de Syndra e não pôde evitar de sorrir, num gesto que beirava a malícia.

— Não fique tão tensa, estamos apenas treinando — provocou, satisfeito ao ouvir um baixo resmungo de vergonha.

— Dá para pararem de ficar de casalzinho em pleno treino? — gritou Ahri, fazendo ambos voltarem às posições iniciais.

— Enfim... Entendeu até aqui, Syndra? — perguntou Zed, posicionando as mãos sobre o rosto, esquecendo totalmente que seu rosto não estava visível por conta da máscara.

— Sim, sim. Vamos para o próximo — respondeu quase que no mesmo instante.

Ahri suspirou.

— Temos que ir aos poucos, você é muito afobada. Precisa controlar sua respiração; tenha calma! — ponderou Ahri, ríspida.

— Eu realmente fiz alguma coisa decente nessa corrida? — foi a vez de Syndra desabafar. Apoiou-se novamente a árvore, numa espécie de sinal de rendição.

— Posso elogiar seu foco. Mesmo que você já seja determinada na maioria das vezes — riu de leve.

— Finalmente! — Syndra voltou ao humor normal. — Mais alguma coisa?

— Vou finalizar com suas pisadas. Sei que é difícil, mas tente usar o peito de seu pé; não apenas o calcanhar. Acho que você sabe ao que me refiro — observou Ahri, recebendo um sinal positivo de Syndra. — Meus pontos a corrigir acabaram.

— Ótimo, Ahri. Você é uma boa observadora — elogiou Zed, soltando um sorriso tímido. — Podemos fazer uma corrida final?

Syndra fez bico. Não pelo novo esforço, mas sim pelo bobo ciúmes que sentia.

 

***

 

— Qual é, eu já disse que você aprende rápido, não? — Zed tentou convencê-la pela exata quinta vez, enquanto observava Syndra andar em voltas pelo quarto.

— Mesmo assim, só consegui mais quinze segundos de vantagem em relação ao tempo passado! — esbravejou, lembrando-se da mais nova derrota na última corrida contra Ahri. Odiava perder, ainda mais pela garota que, mesmo que afirmasse ser uma de suas amigas, vez ou outra jogava uma provocação para Zed.

— Não vai melhorar de um dia para o outro; você sabe disso — riu Zed, chamando um pouco mais da atenção de Syndra.

— Aliás, o que está fazendo aqui, ainda por cima no meu futon? — ressaltando as últimas palavras com o clássico tom de ironia, irritava-se com a companhia do garoto.

— Também estou cansado, dá um tempo — espreguiçou-se, forçando um bocejo. — E você sabe o porquê de eu estar aqui.

— Já disse que não vou nesse festival, independente das “atrações imperdíveis” que tenha — zombou novamente, desprezando as atividades que pensava ser idiotices.

— Posso perguntar o motivo, senhorita “gosto tudo de Ionia, menos os ionianos”? — usou o mesmo tom, lembrando-se de que, por mais maléfica que fosse ou parecesse, Syndra tinha muito do amor pela cultura da nação em si, ainda que odiasse os nativos.

— Não é nada.

— Apenas vá, Syndra. Não vou sem você — falou impulsivamente, sequer percebendo que isso afetaria a Soberana.

— Por que quer tanto ir? — perguntou, nos nervos.

— Eu apenas... Quero passar um dia longe daqui, e com você. Sei que saímos para templos, lutas, mas poderíamos apenas ter um dia comum nessa virada de ano? — indagou, tentando ser o melhor possível com as palavras.

Syndra suspirou. Odiava admitir que Zed estava certo e que, no fundo, desejava mais do que tudo ter esse dia com ele, ou melhor, a “noite especial”. Apenas estava acostumada a passar as madrugadas de virada sozinha; a insegurança dominava seus sentimentos.

— Não tenho certeza — dizer tais palavras foi como uma facada em seu coração, demonstrada pelos olhos que desviavam a atenção, buscando por um ponto que a confortasse e retirasse esse peso na consciência, sem sucesso. Era horrível ter que encarar-lhe cara a cara, sequer com uma maldita máscara de ferro para impedir aquele contato tão próximo. Apenas teria que aguentar a pressão de ser encarada por aquelas orbes perfurantes.

— Não adianta mentir para mim, agora eu sei como você age — riu Zed. — Pode me falar qualquer coisa; você sabe disso.

Era sufocante ouvir palavras tão carinhosas num gesto tão egoísta. Syndra não podia mais deixar que um medo fosse maior que uma verdadeira felicidade, acabando por ceder e dizer-lhe seus profundos incômodos.

— Meu último festival... Foi ao lado dela. Foi onde eu a conheci e não quero vê-la., Odeio a ideia de saber que posso estar mais próxima do que penso e–

Murmurava, mas foi cortada por Zed, que puxou-a para um abraço, sussurrando-lhe num impulso nunca tão verdadeiro:

— Não se preocupe. Você estará ao lado da pessoa certa dessa vez.

 


Notas Finais


ALGUÉM ME SEGURA PARA NÃO COLOCAR LOGO UM BEIJO DESSE OTP

Enfim, vamos escrever notas finais como uma autora responsável...
Preciso confessar que meus dedos estavam enferrujados por ficar mais que um mês sem escrever treinos. Busguei e muito e falo mesmo que precisei dar uma olhadinha nos esboços (esforçando para não chorar sangue). No fim, acho que deu certo. E vocês podem acatar as dicas de corrida porque The light of my darkness também é cultura! Valorizem a Educação Física sz

Também tivemos um leve Zed x Syndra porque temos que ir com calma, comédia com Ahri, vulgo seguradora de velas da fic e isolada (nem me representa rs), probleminhas com as memórias da Syndra e, bem, acho que vocês já sabem kk
O que estão achando? Adoraria ouvir de vocês! ^^

Próximo capítulo - 16/02 - Sexta-feira!


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