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História The light of my darkness - Confiança


Escrita por: syndream

Notas do Autor


Hoi!
Bom, vocês sabem, tenho de pedir perdão novamente pelo atraso. Perdoem-me, espero não atrasar mais os capítulos, ainda mais nessa reta final. Peço perdão também aos que ficaram esperando ontem, eu realmente não consegui postar. Havia trabalhado nele durante a semana, mas, depois de pensar, tive que reformular os propósitos desse capítulo, mesmo com todo o roteiro pronto. Reescrevendo-o, creio que tenha criado algo mais prazeroso de se ler, porque, mesmo que o antigo projeto me agradasse, talvez as intenções não ficariam tão claras para vocês, o que é o que importa.
Espero que gostem!

Boa leitura! ^^

Capítulo 42 - Confiança


 

Seus passos eram agitados, alarmados. Alternava seu olhar para frente e para trás; era difícil alcançar a luz, quanto se foge de seu oposto. O silêncio contrastava com o desespero de suas memórias: O que Irelia quis dizer com aquilo?

A tensão das palavras ainda rodeava sua mente, mesmo que tentasse, com toda a sua força, mostrar-se estável. Suas confusões apenas se acalmaram quando, agarrada à calorosa e confortante mão de Zed, conseguiu chegar à luz.

 

 

Fazia carícias nos dedos de Zed; queria confortá-lo, ainda que sequer desconfiasse que sua presença já fosse o suficiente. Syndra sorria, talvez de nervoso, talvez de alívio por ter alcançado a luz, mas, principalmente, de incertezas. Claro que tanto suas reações como sua mente diziam que estava tudo bem e seguro, mas era horrível a sensação de forçar-se a sorrir após ter um direto encontro com seu passado.

— Não force sua felicidade — decidiu pronunciar, ainda rouco. Apoiava-se na garota quando não havia mais forças de suportar todo aquele peso.

— Sentimentos não se forçam, Zed — havia sido rápida em sua resposta, como se fosse algo óbvio para si.

Decidindo atentar-se melhor ao sorriso de Syndra, ele percebeu o que ela quis dizer com a breve frase cheia de incógnitas.

— Você costumava ser mais fácil de ler, sabia? — murmurava de forma calma, por mais que suas verdades dissessem exatamente o contrário, escondidas nas entrelinhas e disfarçadas pelos gestos serenos.

— Apenas pare — suspirou a outra, cobrindo parte de seu rosto por ter de encarar toda essa situação, se todo aquele drama com Irelia não fosse o suficiente. Claro que continuava com seu ritmo mais lento, não iria deixá-lo andar ferido pelas ruas mais desertas da Capital. Assim como queria dar um fim naquela história, esclarecer tudo o que sentiam e o que aconteceu depois do beijo. E conforme se deixava dominar pelo medo, as sensações que sentiu naquele perfeito ato foram, lentamente, tomando parte de seus pensamentos confusos.

Zed calou-se, não sabendo como reagir. Não seria clichê ao ponto de perguntar o porquê dessa frieza apenas para não deixar o assunto morrer; apenas daria a Syndra o direito de xingar-lhe e descontar toda sua raiva em si, até porque, se não fosse por ele, tudo isso não teria acontecido.

Mas pedir perdão não adiantaria naquele momento; ele sabia que ela não o escutaria.

— Preciso achar algum lugar para lhe deixar seguro, creio que o Ryu ainda esteja lá dentro — evitando o encarar nos olhos, procurava se distrair na procura do tal lugar, ainda que estivesse distraída demais com tudo que havia acontecido.

Não, ele não conseguiria mais ficar sem se pronunciar. Precisava, pelo menos, pedir perdão.

— Syndra... — chamou-a e, com a pouca força que ainda guardava, pegou-a pelos ombros, numa tentativa plena de fazê-la encará-lo de frente. — Eu preciso que você me escute, por favor...

— Não precisa pedir “por favor”, eu estou ouvindo — direta, cruzava os braços e tentava manter a postura indiferente. Encostando seu corpo trêmulo num dos muros do beco pelo qual passavam, apenas dava sucessivas batidas leves naqueles tijolos mal acabados.

Ele não fez o mesmo. Queria mostrar-se ativo, revelando o quão se importava com ela. Fazia questão de aproximar-se um pouco mais, a ponto de poderem sentir a respiração um do outro e colarem seus corpos.

— Eu fui sincero em meus atos desde o início, Syndra — iniciava, com a tensão demonstrada pelos gaguejos e indecisão na escolha de palavras. — Certo que tivemos as contradições de nossos passados e eu sei que não sou o melhor em palavras, mas... Você sabe.

— Não, não sei — teria de ser sincera; como conseguiria ter certeza da reciprocidade de seu amor, se este nunca foi uma vez sequer declarado? Seus olhos, suas expressões não mentiam. Ela estava machucada com sua primeira, sua segunda fuga. Não sabia se seria capaz de acreditar naquelas palavras, ainda que se esforçasse para fazê-lo.

— Eu te amo, Syndra — abandonando as mãos da garota, segurava seus ombros de forma carinhosa e acolhedora, o qual toque foi capaz de causar um calafrio no corpo desta. Adorava esse seu lado, um lado que prezava pelos próprios desejos, mas não deixava o romântico de fora.

Mas, mesmo assim, apenas deixou-se ser beijada. Ela sabia, não seria como a primeira vez; havia medo, havia receio e todos os maus sentimentos que a faziam hesitar. Ainda que não negasse gostar de sentir o calor do outro sobre si, não era o suficiente para fazê-la esquecer dos erros da pessoa que amava, por maior que seja seu sentimento.

Ao se separarem do breve e impulsivo ato, cruzaram os olhares; ela mais melancólica que ele.

— Você não me correspondeu... — dizia mais pelo fato de estar surpreso e, claramente, quebrado.

— Não confunda as coisas, Zed — cerrava as pálpebras, respirando profundamente. Não poderia deixar-se levar, deveria dizer tudo o que lhe machucava, caso contrário, ambos não chegariam a tão esperada felicidade. — Eu também te amo.

Um brilho de esperança no olhar do garoto voltou, enquanto ele, inconscientemente, sorria, aproximando-se novamente de Syndra.

— Espera — cortou-o, rejeitando-o com um gesto suave como quem ainda não havia o perdoado. E, se fato, ele ainda não havia o feito. Estava, e muito, machucada por tudo o que aconteceu. — Ainda temos muito a falar, Zed.

— Syndra, eu só quero saber se está tudo bem... A gente pode ver o resto depois.

Não, ela não aguentava mais isso.

— Do que você está falando?! — escandalizava; não queria, não aguentava mais toda essa indiferença de Zed em relação ao beijo, ao seu amor, a ela mesma. Deu tudo de si naquela batalha, seu suor, seus sentimentos, seu orgulho para salvá-lo. Mas também queria ser ouvida; não havia mais preocupações em ter seu amor recíproco ou não, queria apenas que Zed soubesse o quanto ela se importava com ele. — Você bem, bagunça a minha vida e me dá, pela primeira vez, esse tal sentimento de amor para me abandonar?! Eu estou cansada, Zed, estou cansada de ser abando–

— Eu não lhe abandonei, Syndra! — gritou, encarando-a nos olhos depois de tanto tempo. — Eu nunca lhe abandonaria!

Um calafrio passou pelo seu corpo.

Mesmo com tudo o que aconteceu, e mesmo que ele não merecesse seu perdão; no fundo, ela algo lhe dizia para acreditar em suas palavras. Ela sabia que Zed estava dizendo a verdade. Porque suas emoções não mentiam, por pior que tenham sido as ações.

— Você confia em mim, não? Eu não sei mais o que dizer para lhe convencer; eu prometo explicar tudo melhor depois, apenas não quero que você fique mal por minha causa e–

— Eu confio, Zed. Eu só preciso de explicações para continuar — pronunciava-se, não sabendo, exatamente, como deveria reagir numa situação como aquela.

Zed entendeu.

— Eu apenas fiz aquilo; eu não tinha palavras para me declarar, ou talvez minha insegurança me impedisse de fazê-lo — sussurrava, não conseguia aumentar o tom de voz. Suas palavras eram mal construídas, desconectadas. Sua respiração forte sob a orelha da outra exercia efeitos em seu corpo novamente, ainda que esta negasse deixar-se levar por essas reações.

Sim, ela acreditava naquelas palavras. Naquele implícito pedido de perdão, naquele implícito pedido de ajuda.

Ela já estava o entendendo, desde o dia em que este debruçou-se e permitiu-se chorar dentro de seu abraço, enquanto recordava-se de suas memórias em Kinkou.

Ele escondia sua fragilidade, e ela precisava ajudá-lo.

— Perdão por não ter ido atrás de você, Zed... — pedia numa voz chorosa; não aguentava mais, lágrimas escorriam pelas bochechas coradas de nervoso, alívio, desespero e paixão. Culpava-se por não ter pensado o suficiente, por apenas ter visto sua visão das coisas, ainda que fosse tão insegura quanto seu amado. E pensar que sua vida quase foi lhe tirada, caso não chegasse a tempo... Apoiava seu queixo sobre o ombro de Zed, enquanto seus dedos seguravam, num sigilo pedido para que nunca mais a deixasse, as costas do outros, apertando-as tão forte que seu desejo conseguiu ser transmitido pelos transparecer de seus atos.

— Não! — impediu que falasse; não queria ouvir; não suportava vê-la desse jeito. Entendeu o que quis dizer, e desejava o mesmo. Não queria perdê-la, não a abandonaria mais, não deixaria que sua felicidade fosse tirada de si. Encontrara um motivo e, puxando um abraço, transmitia a reciprocidade que Syndra tanto esperava. — A culpa foi minha. Eu fugi duas vezes por medo; eu sei o que aconteceu. Se não fosse por Ahri que tivesse lhe ajudado, eu não sei o que teria acontecido... Perdoe-me, eu não quero lhe perder também.

— Não se preocupe quanto a isso — em meio às lágrimas, um sorriso tímido tomou conta de sua face. — Até porque, eu tenho esse mesmo apego.

Eles sabiam que tudo estava confuso e incerto; ambos escondiam coisas, ambos tinham seus medos. Aquela conversa não havia sido tão esclarecedora quanto gostaria, que a verdade seja dita. E sabiam que ainda não seria o fim; precisavam encontrar Ryu, precisavam encontrar os outros e precisavam acabar com esse caos.

Porque, depois de tantos pequenos e rápidos selares de beijos alternados entre sussurros rápidos de declarações amorosas e sorrisos de alívio por saber que, por enquanto, tudo estava bem; eles soubessem que, por mais instáveis e incertos que fossem, eles ainda tinham confiança um pelo outro e que, juntos, seriam capazes de enfrentar quaisquer que sejam as sombras em seus caminhos.

 


Notas Finais


Talvez tenha ficado parado (e bem curto); a verdade é que minha intenção era fazê-los ficarem sem esclarecer as coisas e deixar isso de escanteio pelo momento, mas talvez não fosse totalmente do agrado de vocês. Assim, dei uma ajustada no que acontecerá nos próximos capítulos e, preparem, porque vai dar muito ruim. Creio que já tenham o notado pela "prévia" desse último parágrafo proposital. Pelo menos, os deixei com uma felicidade momentânea, yay :,)
E muitos beijos, não muito detalhados para não ficar um negócio repetitivo e tedioso. Apenas no estilo da fic heheh
Assim como gosto de deixar as coisas não tão claras, creio que tenham percebido que a maioria das ações e falas desses dois escondiam alguma intenção. Minha cabeça tá doendo de fazer isso? Tá, mas a vida que segue. Claro que me deixa bem incomodada não fazê-los se darem bem logo, mas isso foi necessário ;-; (olha quem tá com o coração quebrado aqui)

Fica aí um feliz dia do beijo atrasado. Nem sabia que isso existia, mas revelemos heheh
Beijão pra vocês e não me matem nos comentários sz sz

Próximo capítulo - 20/04 - Sexta-feira!


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