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História The light of my darkness - Dificuldades


Escrita por: syndream

Notas do Autor


OEEEE, GALERA, EU TO VIVA!

É, gente, pode me xingar nos comentários (se ainda tiver gente lendo isso). Vou fazer textão mesmo porque, né, vocês merecem uma explicação. E, na real, é algo bem, bem simples: falta de organização. Ano passado, sim, era mais fácil ter tempo pra história e pra vida. Mas esse ano ficou muito corrido, e o que eu escrevia acabava sendo mais pra mim do que uma história em si.

O segundo problema é que o tempo passa, eu mudo, assim como minha escrita muda. É engraçado ter que ler o último capítulo que postei e pensar "Nossa, eu nunca leria isso!" com uma vontade enorme de editar e reescrever todos os capítulos. Mas claro que assim não vamos a lugar nenhum e, bem, tentei me adaptar ao meu "eu" antigo, com algumas características atuais.

Quero agradecer a todas as MPs, todos os comentários me apoiando (ou me pedindo novos capítulos), porque, nossa, entrar no Spirit depois de tanto tempo (o que inclui as tentativas de senha inválidas) e ver tudo isso dá uma alegria tremenda. Porque mesmo que eu tenha ficado longe, eu ainda não esqueci de vocês, e cada notificação ainda me arranca um sorriso. Obrigada a todo o apoio.

Espero que gostem. Agora é pra valer.

Boa leitura! ^^

Capítulo 47 - Dificuldades


 

Sua felicidade foi deixada com os restos de batalha. Ao darem-se de cara com a Ordem Kinkou a alguns passos, acompanhados de ninguém menos que Tachibana. As flores murchavam na imensidão e o céu se preenchia com nuvens acinzentadas. Uma última amarílis era retirada por Akali, enquanto olhava fixamente para aquela que uma vez já pensara estar do seu lado da guerra.

— Elas me lembram de você, Syndra.

 

A Ordem das Sombras permaneceu calada. Os pensamentos estavam a mil; finalmente encontraram aqueles que tanto temiam? Sabiam, desde o início, os objetivos de Zed. Eram eles quem seu mestre buscava, era o templo que tanto guardavam, tão próximo desse campo. Claro que cada um tinha suas próprias metas, mas concordavam em crescer juntos, crescer ainda mais pela tal motivação de Zed, que parecia ser cada dia mais e mais forte.

— Finalmente... — o líder foi o primeiro a falar. Obviamente, não o suficiente para o ouvirem, tanto pela máscara, quanto pelo tom de voz. Estava tenso.

— Não tão cedo, velho amigo — Akali sorria estranhamente, lembrando-se das antigas memórias. Zed percebeu suas intenções, e seu humor passou de nervoso para irritado. Procurou manter-se no controle, embora tivesse notado a intenção da antiga “amiga”. — Shen não está aqui.

Ela sabia que ele sempre a amou, mas permaneceu calada.

— Ela poderia simplesmente ter me rejeitado... — murmurava para si mesmo e, ao seu lado, Syndra desconfiava. — Perdão, Syndra.

— Então essa a sua amiguinha... — revirou os olhos, enquanto deixava próximos potes repletos de mana. Sua confiança era suficientemente grande para garantir vitória contra a ninja, mas nunca era demais se prevenir. — Mas ciúmes não é a maior das minhas preocupações.

— E você conseguiu uma aliada, vadia? Bem parecida com você — Tachibana comentava, muito provavelmente porque sabia um total de zero informações sobre a relação de Zed e sua mestre, Akali, e ela com Syndra. Apenas reconheceu o espírito competitivo que a venceu na antiga batalha na isolada vila. E deveria falar algo de impacto para chamar a atenção! Mas acabou que ganhou apenas gargalhadas por parte de Ahri.

A vastaya estava é pouco se importando a esse ponto do campeonato, preferindo analisar apenas a espada leve em suas mãos. Estava encantada com dois tipos de runas, era certeza. Se não fosse a mal provocação da inimiga, teria identificado a última, mas contentou-se em saber que a primeira se tratava de resistência mágica.

Um tanto estranho, mas para ela, tudo bem. Conhecia ninjas, conhecia a floresta. Era típico que apenas os homens tivessem resistência mágica em suas armaduras, enquanto as mulheres, apenas uma armadura mais forte ou de velocidade. Tachibana era uma incógnita, talvez desse certo, mas pelo rancor que guardava por sua amiga, era quase uma certeza de que soubesse o que estava fazendo.

Até Syndra se surpreendeu: passou de “princesa” para uma verdadeira defensora de seus ideais. Nem que estes fossem vingança.

Não demorou para que fosse interrompida:

— Syn, eu acho melhor nos dividirmos. Você e a Ahri podem continuar com as garotas, que eu falo pro Yamato comandar os demais para os inimigos e o Kennen... — apontava para os demais que posicionavam-se atrás do yordle.

— Aquele bichinho de nada? Se você ficar, seremos mais rápidos.

— Vai por mim, ele só é fofinho por fora. Não quero que haja mais soldados em volta do templo, distraia esses por mim. Vou apenas com alguns discípulos e vejo o que posso fazer com o velhote.

— Então teremos que nos separar novamente...

— Ainda teremos a vida pela frente — sorriu Zed. Amava-a demais. — Ou a morte...

Syndra riu. Sabia que não era verdade.

— Então te espero no inferno, querido.

Nesse ponto, Zed fez um sinal. Nesse ponto, Syndra juntava-se ao campo de batalha que nunca esteve tão agitado. Apenas deu um discreto aceno para os demais que iam com Zed, incluindo Izumu e Ryu. Uma perda para a equipe deles, mas deveriam levar em conta que tudo poderia estar sendo planejado pela ordem Kinkou e que deveriam estar preparados.

— Então quer dizer que você não era quem eu pensava — riu Akali ao aproximar-se de Syndra com sua kama. Era rápida nos movimentos, mal esperou para atacá-la. Era como uma artista, talvez tratasse suas armas como seus materiais, ou melhor, como sua arte. Observadas em um simples instante: um cabo esverdeado, embora parecesse um bambu. Ainda havia alguns detalhes em dourado que combinavam com a textura da madeira, mas o que definitivamente chamava a atenção eram os inúmeros detalhes na polida e bem cuidada lâmina, com desenhos que pareciam de muito tempo atrás. Deveria ser uma boa ninja a ponto de ganhar tal objeto valioso.

— Assim como você não é a simpática e bondosa que eu pensei que fosse — foi simples, não queria muito papo, ou iria estourar se continuasse com as bobas provocações. Aprendendo a manter sua postura, tanto que a ninja sequer percebeu que estava começando a irritá-la. Com uns passos para trás desviava do ataque, aproveitando o impulso para lançar uma esfera negra certeira, que, para seu malefício, não acertou a oponente.

— É apenas por você estar no lado de Zed, embora seu nome tenha um peso tão grande quanto suas recentes relações com ele — mirava dois simples ataques básicos com ambas as kamas ao perceber que Syndra se viu um pouco irritada e avoada com seu comentário. Satisfez-se, ganhando vantagem, também, de dano mágico.

— Não pense que está do lado certo — errou mais uma esfera. Realmente, estava desconcertada.

— Eu sei que não estou — deslocando-se para a direita, preparava um ataque mais forte e preciso. Não tinha muito tempo. — Nós fazemos o máximo para manter o equilíbrio.

Syndra percebeu sua estratégia, e não deixou barato. Invocou uma pequena esfera negra apenas para juntar com um feitiço de atordoamento, o qual foi lançado após uma aproximação. Akali desconhecia tal poder, acreditando que seria um golpe físico qualquer, o que aconteceu apenas ao estar estagnada: aproveitando o efeito, a maga apelou para um chute em seu peito e, nos últimos segundos, uma última esfera de repulsão.

— Apoiar apenas o lado bom é bem oposto ao que você acredita — respondeu a altura, com um sorriso irônico nos lábios.

 

***

 

Ambas Ahri e Tachibana encontravam-se na mesma situação. Falantes e arrogantes, trocavam mais provocações do que lutavam. Não demorou para que ficassem com raiva uma da outra, embora a vastaya fosse um tanto mais controlada do que a ex-princesa.

O encantamento que a maga não conseguiu identificar no primeiro momento logo foi descoberto como, na verdade, uma habilidade: lentidão. Tachibana parecia estar mesmo com medo de magos; quando descobriu o segredo da espada, Ahri tinha certeza. Magos têm, em geral, muita velocidade, afinal, devem estar sempre a uma distância segura contra inimigos que são fisicamente mais fortes e magicamente fracos. Assim como havia ensinado à Syndra.

A vitória para Ahri estava cada vez mais longe que essa lentidão. Não poderia tomar um ataque, que ficaria numa desvantagem muito grande. Até então, só fora acertada uma única vez, quando descobriu o feitiço, e teve de usar sua principal habilidade de corrida a toa, acertando apenas uma das três rajadas, dano que já foi recuperado por Tachibana com um feitiço básico que recupera seus corpos aos poucos. Todos os inimigos o possuíam, de tão simples de ser conjurado.

— Nunca pensei que encontraria alguém tão irritante quanto a Syndra, mas aqui está você, não é mesmo? — rangia os dentes, enquanto corria na direção de Ahri, que se movimentava pelo lado oposto. Não poderia ser acertada.

— Nunca pensei que encontraria alguém tão arrogante como eu, mas aqui está você, não é mesmo? — lançando um feitiço de encanto acertado com sucesso, a maga invocava sua esfera mágica na mesma direção, em uma das suas principais estratégias. Logo desviava, tendo ciência da pequena duração do efeito e que Tachibana ficaria ainda mais louca com a desvantagem. O dano mágico foi alto graças sua habilidade exclusiva.

— Isso era suposto ser uma crítica a mim ou a você mesma? — para o azar de Ahri, sua velocidade não foi párea para a poção de velocidade da espadachim, que aproveitou a dose para o uso do encantamento de lentidão. Treinada, poderia atacar, lançava uma rajada mágica e atingiu ambos os braços da outra, obrigando-a a usar novamente sua habilidade mágica de fuga.

Porém, Ahri não queria continuar nesse mesmo joguinho de sempre. Como ganharia a luta se usava sua principal magia para defesa?

 

***

 

— Se já não bastasse o Akira, agora temos outro baixinho para dar problema... — Yamato suava. Além de comandar os demais, seu trabalho era tão grande com Kennen na área que deve de dividir a posição para juntar-se ao campo de batalha. Olhou para ambos os lados. As garotas também tinham problemas. — A Soberana e Ahri estão resistindo. Nós temos que fazê-lo por Zed e por nós!

— Vou fingir que não ouvi a piada e vou pra linha de frente com o Hideki — fez careta.

Kennen ria com sua voz rouca, mas ao mesmo tempo infantil. Era inacreditável e admirável a capacidade do yordle. Não eram muitos em Ionia, sabiam os ninjas que praticamente percorreram todo o território. Ou eram, mas a variedade de espécies que a ilha trás faz com que muitos esqueçam ou subestimem os poderes dos pequenos.

Era rápido como um raio, assim como o descreviam. E infelizmente Ahri, a de maior agilidade na equipe, estava ocupada com Tachibana. Era difícil disputar com o atirador, que era esperto no uso das suas lâminas, as shurikens. Ia e voltava num piscar de olhos, o que tornava difícil para os espadachins da equipe, que não conseguiam se aproximar, e para os atiradores, que não era páreos para a mira do yordle.

Assim, focavam nos demais soldados da Ordem Kinkou. Uma batalha básica, mas estavam perdendo feio pelo fator Kennen. Yamato estava ficando preocupado, assim como sem ideias. Se continuasse assim, perderiam depois de um certo tempo.

Mas nenhuma estratégia passava por sua cabeça.

 

***

 

— Eu estudei por anos sobre equilíbrio e sei pelo que luto — Akali revidava, estava furiosa. Conheceu o lado “bom” de Syndra, assim como o de Zed. Mas nada e ninguém poderia ousar desafiar sua lealdade ao seu trabalho. — Ao contrário de você, que tampouco sabia e sabe o que representa.

Era a vez da Soberana Sombria se irritar, mirando a primeira esfera em Akali. Cerrando e juntando os dedos da mão esquerda, sua mão tremia, concentrando seu poder de repulsão, acertando em cheio a barriga da ninja.

— Você está certa sobre uma coisa — enquanto Akali tentava se recuperar com as falhas vezes que tentava acertar Syndra com sua kama mágica a fim de ganhar regeneração ao mesmo tempo em que a atacava, essa preferia passos curtos. Focava mais em sua vista, procurando concentrar-se para desviar e atingi-la com alguns socos. Seus movimentos mais bruscos eram, na verdade, agachamentos e saltos de meio metro. Não chegou a correr nem por um segundo, e Akali logo se arrependia de tê-la provocado. — Eu não sabia o que representava.

A ninja mais o fazia por raiva, não por prazer, como era costume de sua discípula que lutava contra Ahri. Poderia ser considerada hipócrita, afinal, não era ela quem defendia o equilíbrio, não apenas das coisas e fenômenos ao seu redor, mas de si, tanto seus pensamentos quanto suas emoções?

A verdade era que, para a jovem, era fácil controlar seus ideais, que eram-lhe fixos à cabeça desde a infância, mas como poderia mostrar-se imparcial quando se ama? O rancor da impossibilidade de mostrar seus sentimentos e a inveja de como Syndra e Zed, a quem já humilhara, poderiam viver tranquilamente, ainda que erroneamente, não saia de sua cabeça.

Duvidava um pouco de onde veio, e se deveria continuar assim. Mas essa não era a prioridade.

— Mas, sabe, Akali... Zed sempre soube o que eu era. Ahri sabe o que eu sou. E não é um rótulo de má imposto pelo seu governo que fará com que eu me sinta assim — dava vida a mais uma esfera negra, mirando, dessa vez, no pé da outra, fazendo a cair. Seus tornozelos ardiam, e ela, de imediato, reagiu.

Pediu proteção do crepúsculo, lembrando-se vagamente de uma pessoa especial. Atirou uma cobertura de fumaça que durou por 8 segundos, causando lentidão à Soberana. Ficou invisível, permitindo que se recuperasse com ataques básicos com as kamas, nos braços de Syndra, que, com foco, tentava prever de onde vinham os cortes, embora errasse a maioria. Logo em seguida, Akali, nervosa com toda essa confiança que provinha da inimiga, tentou acertá-la em três pontos com a habilidade das sombras.

No entanto, de tanto treinar com Zed, Syndra já se acostumava com essa habilidade. E, para ser sincera, duvidou um pouco da ninja. Por que raios uma ninja que tanto fala sobre equilíbrio dominava uma arte que seu companheiro teve que usar métodos proibidos para adquirir? Havia algo nas entrelinhas que a deixava curiosa. Afinal, qual era a exata relação entre os dois? Seria Akali a boa na história? Os papéis se inverteram?

A ninja notou que havia feito merda quando Syndra mostrou-se surpresa com a habilidade e que deveria ter a escondido. “Maldito nervosismo que sempre leva situações a pontos que evitamos...”, pensava.

Por fim, Syndra queria mais era acabar com a palhaçada toda e ir atrás de Zed.

— Nem sempre as coisas são como pensamos — terminou Syndra, ainda no chão, desviando dos últimos dois ataques de Akali, que já estava sem energia. Acabou com uma última esfera, juntando as demais por atração. Explodiu a região e logo saltou para o lado oposto.

Foi quando uma inusitada lâmina voadora conseguiu amenizar o dano tremendo, protegendo a ninja.

— Mas o que é... — Syndra reclamava, quando, ao longe, identificava a dona da arma. — Não... Não era para isso acontecer novamente! — gritava para si num escândalo, enquanto Irelia caminhava tranquilamente em sua direção, girando sua outra lâmina no clássico estilo Hiten.

 


Notas Finais


Pela primeira vez estamos tendo batalhas longas que não cabem em um único capítulo. E a reaparição da nossa amada Irelia. Quem sabe uma solução para os problemas da nossa pequena Syndra, não? Ahsuahsuahs
Zed apagadinho no capítulo, mas logo teremos um foco no passado e no encontro com o seu antigo mestre. Agora é hora da Syndrinha brilhar, amores!!
Vocês viram que a batalha com a Akali não teve muito soco soco bate bate, né? Bem, eu queria mais era focar na discussão delas, porque tem algumas dicas do que aconteceu e quero que vocês pensem um pouquinho rsrs
Mas pode apostar que com a Irelia vai ser tudo, acho que vai durar mais que um capítulo, com algumas transições, é claro
E não quero dar spoiler, mas... Teremos uma novidade no próximo capítulo rsrs
Beijos <3
Ps: Não precisam deixar comentários, mas ficaria feliz se os fizessem!

Próximo capítulo - 14/12


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