História The Little Boy- Yoonmin - Seogang

Capítulo 12

Seogang

— Calma, nós vamos achá-lo! Ele não deve ter ido muito longe… — Digo tentando acalmar Jooheon que estava desesperado.

É estranho vê-lo assim, ele parecia não estar nem aí para o mais novo, e no entanto, estava se preocupando com o mesmo.

— Calma? Como vou ter calma? Meu irmão vai se matar! — Jooheon diz segurando em meus pulsos, pude ver com certa clareza a dor refletida nas lágrimas que mareavam seus olhos.

— Vamos fazer assim, você vai para o sul da cidade, e eu para o norte. No caminho, tente ligar para familiares que possam ter o visto, e eu ligo para os amigos, mas você precisa se acalmar! — digo, e tento confortá-lo com o olhar.

Apesar de estar muito nervoso por dentro, tinha que passar uma certa tranquilidade para ele, caso contrário não iríamos a lugar nenhum, e o pior poderia estar para acontecer. Pego meu celular às pressas, e antes de sair, aperto caridosamente o ombro esquerdo do Jooheon.

— Vamos encontrar Jimin!

Em seguida, desso as escadas do prédio com tanta rapidez, que nem me importo com a possibilidade de cair e me espatifar escada a baixo. Na minha cabeça, só habita um tipo de pensamento: Preciso encontrá-lo a todo custo! Eu não suportaria viver sem Jimin, não suportaria viver sabendo que fui a causa da sua morte precoce… de pensar que aalguns minutos, eu é que estava tentando pôr fim às minhas dores, e agora me encontravatentando impedir que Jimin fizesse o mesmo!

Não posso esperar um ônibus, não tenho condições de ir atrás dele assim, pois acabaria o perdendo, e isso está fora de cogitação. Dou uma olhada ao redor, e vejo um carro prateado, com a porta meio aberta. Sem pensar duas vezes, entro no veículo, e abro um painel que ficava abaixo do voltante.

— Já vi como se faz muitas vezes nos filmes, ligação direta não deve ser tão difícil…

Mexo um pouco nos fios, e nada do motor dar um sinal de vida.

— Vamos, vamos! Sua porcaria inútil! Não vou perder o amor da minha vida por causa de uma lata velha estúpida! — continuoa mexer nos fios. — Vamos, vamos, por favor! Vamos....

Finalmente escuto o ronco do motor, para o meu alívio. Já havia tirado minha carteira, porém não tenho muita prática, espero que dê tudo certo. Saio com o carro e vejo o dono correndo atrás de mim por algum tempo, berrando alguma coisa. Apensas ignorei, e continuei meu caminho. Enquanto dirigia, liguei para todos os nossos amigos. Nem Taehyung, Hoseok, ou Namjoon, até mesmo o Seokjin… ninguém sabia onde ele estava, não quis falar o que aconteceu (ou estava prestes a acontecer) para não preocupá-los.

Durante o trajeto, presto atenção em todas as ruas, becos e até mesmo dentro de estabelecimentos. Será que Jimin já havia feito o que prometera?

— Deus? Cara, se tu existe… me ajuda a achar o Park Jimin, sabe né? O Park, eu o amo! Sei que eu e o senhor não temos muita proximidade, não sei nem se está me escutando agora, mas por favor, não precisa proteger a mim, mas o proteja! — para eu apelar para divindades, deve ser porque estou mesmo desesperado. Quase nunca procuro a Deus (se é que ele existe) não sou religioso.

Já estou sem esperanças, me encontrava rodando a cidade à 20 minutos, e nada do Jimin aparecer. Quando passo próximo a ponte de Seogang, o vejo, e meu coração acelera. Jimin está sentado à beira da ponte, como se estivesse observando a sua morte, antes de saltar para ela.

— JIMIN! — grito a plenos pulmões, com toda a força que tenho.

Ele não me escuta, agora estava começando a se levantar e ficar de pé na borda da ponte.

— JIMIN! — grito mais uma vez.

Mais uma vez, não obtenho resposta. Deixo o carro no meio da rua, e saio às pressas. Por duas vezes, quase fui atropelado por dois carros que passavam.

— Jimin, Não pula! Eu tô indo! — grito desesperado.

Finalmente chego a ponte, e corroainda mais, até o lugar onde ele está. Jiminhavia notado a minha presença (pelo menos isso).

— Jimin, não faz isso! — começo a falar.

O vejo abrir a boca para falar, mas o interrompo.

— Deixa eu falar agora! — digo e ele fecha a boca. — Não se mate, você não merece morrer por um bosta como eu! Já errei muito na vida, já me feri, já decepcionei as pessoas, mas nenhuma delas foi como você foi para mim! Nenhuma delas acreditou que por trás de toda a minha personalidade “má” havia um bom amigo, um bom companheiro, você foi o único que acreditou, o único que mesmo eu sendo um grosso, me respondia com gentileza. Não sabia ao certo antes, mas agora eu sei! Eu te amo Park Jimin! Quero você, quero estar com você. Nunca fiquei tão feliz em estar ao lado de uma pessoa, você fez com que o arrogante do Yoongi, se tornasse uma pessoa melhor. Apesar de pouco tempo, já sei o que quero para meu futuro, e o que eu quero é você. Por favor, não se mate, eu estou aqui, Estarei sempre aqui!

Os seus olhos se enchem de lágrimas, o vejo pular da borda da ponte para os meus braços. O carrego, enquanto ambos choramos. Sinto um calor bom subir pelo meu peito, e preencher todo meu ser. O alívio de tê-lo vivo também foi compensador. Valeu Deus!Agradeço silenciosamente.

— Yoongi, desculpa por ter dado esse susto em você e em todo mundo, não ache que é drama meu… eu apenas estava de saco cheio da vida, mas parece que ela está me dando uma nova chance de recomeçar! Eu te amo também, esteja sempre comigo, pois em todos os momentos quero poder contar com você!

Ele se aproxima e damos um demorado e apaixonante selar.

— E outra coisa, se você comer outro cara de novo, eu arranco seu minúsculo Pênis fora! — ele diz emburrando a cara, e eu retribuo com um sorriso.

O coloco no chão e digo:

— Minúsculo? Eu não teria tanta certeza se fosse você… — digo brincando.

Jimin faz uma cara de espanto de repente, e olha por cima do meu ombro.

— O que foi? — pergunto me virando, até começar a entender o seu espanto.

Uma viatura está atrás de mim. Como não tinha notado a sua presença? Os policiais agora estão saindo do veículo.

— Boa tarde! — policial mais próximo fala.

— B-boa! — respondo nervoso.

Jimin segura a minha mão e a aperta com força, como se estivesse com medo do que aconteceria a seguir.

— Senhor…? — ele pergunta.

— Min, senhor Min. — respondo me sentindo cada vez mais tenso.

— Senhor Min, aquele carro que você deixou atravessado perigosamente no meio da avenida, pertence ao senhor? — o policial pergunta fazendo com que eu tivesse um ataque de pânico interno.

— Bom… eu peguei emprestado. — eu digo meio nervoso.

— Emprestado é? Bom, peço que me acompanhe até a delegacia, acabei de receber uma queixa de roubo de um carro com a mesma placa que este, não é uma coincidência incrível? — o policial diz em tom sarcástico.

— Senhor! Suponho que ele tenha pegado o carro para vir me procurar, a culpa é minha! — Jimin diz, um pouco alterado, porém tentando se controlar.

— Foi você que roubou o carro? — ele pergunta rispidamente ao Jimin.

— Não! Mas se ele não o tivessepegado, eu estaria morto agora. — quando ele fala isso, sinto um frio no estômago, imaginando como seria se eu tivesse vindo de ônibus… Jimin estaria morto! — E além do mais, aposto que o Senhor Min, devolveria! — conclui a fala.

— Ok! Senhor advogado, mas preciso que me acompanhe até a delegacia também. Você é cúmplice. — o policial diz.

Jimin me lança um olhar assuntado.

— Hyung, o que vamos fazer? Estou com medo! — ele diz apertando minha mão com ainda mais força, o desespero era visível em seus olhos negros.

— Não se preocupe, vamos sair dessa! E eu estarei com você baixinho. — digo e dou um selar em sua testa.

Eu estava com muito medo, mas como sempre, tendo que passar um ar de tranquilidade para ele. Sem dizer mais nenhuma palavra, entramos na viatura.