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História The Lost God - 0.1 Campus Olympus


Escrita por: moonlightbaaae

Notas do Autor


Cá estou eu novamente, dessa vez com uma fanfic meio diferente já que mistura kpop de mitologia, e eu não vejo muito desse tipo por aqui.

Bom sem mais delongas espero que gostem dessa nova historia que estou trazendo e deem muito amor a ela.

Boa leitura!

Capítulo 1 - 0.1 Campus Olympus


                                                                                         Pov jongdae 

 

Eu estava andando por um deserto, o céu estava totalmente negro e raios caíam perigosamente perto de mim mas eu não me assustava, sabia que eles não iriam me machucar, eles não ousariam. 

 

A voz grossa ecoava em minha cabeça, chamando por meu nome e pedindo para que eu o achasse.  Eu cobria meus olhos para que a tempestade de areia não atingisse minha visão. 

 

Estava cada vez mais perto dos raios, eles estavam me guiando e logo eu o encontraria. 

 

 

                                                                               — Me salve, JongDae.

 

(...) 

 

Acordei assustado ao ouvir um trovão ecoar pelo céu, tinha certeza que era só mais um dos sonhos que estavam me atormentando ultimamente. Estava tão quente a algumas semanas que era como se estivéssemos passando um verão severo, mas era inverno.

 

Passei a mão sobre a testa limpando a fina camada de suor que se formava e me levantei do colchonete que ficava sobre o chão, minha cama em outras palavras. Fazia três ridículos anos que  estava no acampamento meio sangue e nenhum deus me aclamou como seu filho, eu era tão imprestável assim?

 

Sai do chalé de Hermes em busca de ar fresco naquela madrugada, mas assim como nos dias passados apenas um insuportável calor era a única coisa que encontrado. Caminhei até a beira do lago  que havia nas dependências do acampamento e me sentei em uma das pedras para poder apreciar a bela vista.

 

Eu poderia ser filho de Poseidon, meus olhos eram tão azuis quanto o oceano, mas era muito da minha parte querer ser filho de um dos três grandes, ter um pai já era o suficiente para mim, não importa que Deus ele fosse. 

 

Olhando aquele vasto mar me fez lembrar o quanto foi difícil sair de Daejeon e ir até Busan, onde o acampamento Olympus se localiza. Foram dois longos dias fugindo e sendo atacado por monstros. Não foi fácil para um garoto de 15 lidar com isso só, mas eu precisava me juntar aos meus irmãos semideuses, principalmente depois da morte de minha mãe. 

 

Vaguei tanto pelos meus pensamentos que nem ao menos notei o sol nascer, só fui "acordado" ao ouvir o som da trombeta indicando que todos os poucos campistas que ficavam no acampamento durante o inverno deveriam ir para o refeitório e se juntarem para o café da manhã. 

 

Me levantei da pedra e limpei minha bermuda com as mãos. Logo estava indo em direção ao local onde deveria se reunir, no caminho outros campistas passavam por mim, alguns me cumprimentavam, outros não. Eu era chamado de o desconhecido, e muita vezes era feito de piada por não saber qual deus é meu pai, no começo o fato de todos rirem me incomodava mas com o tempo eu até que comecei a me acostumar com  a situação, e algumas vezes chegava a rir mesmo com um pouco de amargura, seria cômico se não fosse tão trágico.

 

Na entrada do refeitório estava Yura, a conselheira do acampamento. Uma bela mulher, ao olhar para seu fino rosto, olhos cristalinos como água, e cabelos negros nunca diria que ela tem mais de cem décadas de idade. 

A comprimentei com um leve aceno de cabeça e me dirigi a mesa de Hermes que não estava tão lotada como de costume. Por Zeus, por que esse deus tinha que ter tantos filhos? 

 

Na ponta da mesa Minseok acenou para mim indicando que tinha guardado meu lugar, ao seu lado, como sempre, rapidamente fui até ele e sentei ao seu lado.

 

— Bom dia, hyung! — disse beijando sua bochecha e roubado algumas uvas que estava em sua bandeja, um dos pequenos hábitos que adquiri pela convivência com os filhos do deus dos ladrões. 

 

 

— Yah, eu tinha pegando algumas pra você, não era necessário roubar!  — o mais velho bateu de leve em minha mão. — Acordou durante a madrugada de novo? 

 

Apenas concordei com a cabeça e soltei um pesado suspiro, apenas Minseok sabia sobre o sonho estranho que continuava se repetindo em meu sono. 

 

 

— Você sabe o que dizem desse tipo de sonho... são avisos Dae, precisamos conversar com alguém sobre isso. Podemos consultar Yoongi, ele pode nos ajudar a tentar decifrar. —sua voz saiu em um sussurro.

 

 

— Eu não preciso  de ajuda, não quero ninguém vasculhando minhas lembranças, Min! — falei de forma ríspida, mostrando que aquele assunto estava encerrado. 

 

Continuei a comer as frutas que tinham sido pegas para mim enquanto observava as mesas que estavam ocupadas e as algumas pessoas que entravam no refeitório. 

Por alguns instantes fiquei observando os filhos de Hipnos que brincavam entre si. 

 

Os filhos de Afrodite estavam atazanando o pobre filho de Hefesto, Park Chanyeol, que estava sozinho, ouvia as piadinhas que Baekhyun fazia de olhos fechados, a qualquer momento ele iria acabar perdendo a paciência e socando a cara bonita do outro, seria uma merecida surra. 

 

Na mesa dos filhos de Atena, Suho e Namjoon discutiam sobre alguma teoria matemática que me deixava tonto apenas de ouvir, os dois estavam sempre competindo para ver quem era o melhor, era uma competição boba mas as vezes chegava até a ser engraçada.

 

Na mesa de Poseidon, Jongin estava sentado sozinho enquanto observava Kyungsoo de longe, ele morria de vontade de se aproximar novamente do herdeiro de Hades mas não conseguia. Era uma tarefa um tanto difícil.

 

 

A alguns anos atrás quando chegamos ao acampamento éramos simplesmente inseparáveis, Eu, Minseok, Junmyeon, Jongin, Kyungsoo, Chanyeol, Yixing, Sehun e Baekhyun mas o Byun e toda sua capacidade de só pensar em seu próprio umbigo acabou que separando nosso grupo, agora a única coisa que restava era fragmentos da nossa antiga amizade.

 

 

— Ele fica mais insuportável a cada dia que passa! — Minseok se referia a Baekhyun. 

 

— Pobre Chanyeol, depois de tudo ainda tem que aturar o Byun sendo um mal agradecido. 

 

De repente o mais velho me lançou um olhar sugestivo. O filho de Afrodite precisava de uma lição. 

 

— Já sei o que fazer. — dei um sorriso de lado, lhe dando a entender que eu tinha entendido o que seu olhar queria dizer. 

 

Me levantei da mesa fazendo com que alguns de meus irmãos de chalé me olhassem curioso e andei até o outro lado do refeitório antes passando pela mesa de café da manhã, pegando uma fruta apenas para disfarçar. Continuei meu trajeto até onde os filhos de Hipnos se sentavam e me acomodei ao lado de Yoongi. 

 

— Preciso de um favor! — falei e soltei um bocejo involuntário. 

 

O garoto pálido riu baixo enquanto balançava a cabeça, suas bochechas rosadas o deixam com um ar extremadamente fofo, por mais que eu nunca fosse admitir isso pra ele. 

 

— Chora! — ele disse me arrancando uma risada.

 

 

Me aproximei de seu rosto fazendo com que meus lábios ficassem perto de sua orelha. Sussurrei ali o que explicando o que ele deveria fazer e apenas recebi uma risada alta como resposta. 

 

— Eu topo! Também não suporto esse garoto. — ele disse e bagunçou meus cabelos. 

 

— Depois que fizer eu lhe entrego seu pagamento!

 

 

Sorri de lado e ouvir novamente a trombeta de concha tocar novamente, avisando dessa vez que cada campista deveria ir para os seus afazeres. Os dois filhos de Ares saíram praticamente empurrando todos que estavam em sua frente fazendo com que os campistas que estavam em seu caminho praguejassem as suas próximas gerações.

 

  

 

— JongDae! — Ouvir a voz de Yura de chamar. 

 

O refeitório já estava praticamente vazio, e como eu não tinha uma função definida tentava ajudar no que conseguia, dessa vez estava recolhendo alguns restos e levando a pequena fogueira que tinha no refeitório, estava ali para que fizéssemos oferendas aos nossos pais olimpianos mas esse não era um costume que costumávamos a ter. Os semideuses da Ásia não tinham muito contato com seus pais, assim como não tinham o devido reconhecimento que mereciam.

 

 

— Sim, precisa de ajuda em algo? — perguntei ao ela se aproximar.

 

— Preciso, quero que ajude na infernaria hoje. Essa onda de color esta fazendo com que campistas passem mal. O irmão de Yixing é um deles, por favor fique em seu lugar! — a mulher disse, e apesar de sentir o pesar em sua voz, ela simplesmente não esboçava nenhuma emoção.

 

 

— Pode deixar, senhora! — concordei com o pedido dela.

 

 

Andei em passos apresados até a infernaria, a essa hora as dependências do acampamento estava movimentado, apesar de não ter muitas pessoas aqui naquela época do ano, mas ainda assim me fazia ter que desviar para não esbarrar em algumas pessoas mas foi inevitável já que Kim Taehyung se colocou em minha frente.

 

 

Engoli seco e travei meu maxilar, o garoto, assim como seus irmãos, herdou  uma característica peculiar de sua mãe Macária, exalavam uma fragrância que mudava de pessoa para pessoa, assim cada uma sentia seu cheiro favorito. E para o meu azar, eu sentia o cheiro de minha mãe em Taehyung.

 

— Bom dia, desconhecido. — ele disse com um largo sorriso nos lábios.

 

 

— Eu tenho nome, e pressa! — tentei passar mas o moreno ficou em minha frente, só que dessa vez ele possuía uma expressão séria.

 

Era descendente da deusa da morte boa, se é que isso era possível ter uma morte boa,e eu evitava qualquer chalé que tivesse contato com o mundo inferior. Menos com kyungsoo, ele era um baixinho legal, apesar de assustador quando irritado. 

 

 

— Tenho um recado pra você...

 

 

— Não quero ouvir! — o cortei. 

 

— É de sua mãe. — ele disse enquanto cruzava os braços. — Tenha paciência, sua hora está chegando. Foi isso que ela disse.

 

 

Taehyung finalmente saiu de minha frente e eu pude continuar meu caminho até a enfermaria, era impossível  dizer que aquelas palavras não me afetaram, os descendentes das sombras tinham a capacidade de se comunicarem com os mortos, e apenas Minseok e Yura sabiam que minha mãe estava morta, não tinha como o Kim está mentindo.

 

 

Ao chegar no local Jeon Jungguk estava na porta enquanto se abanava com um leque feito de papel. 

 

— Está muito quente, hyung! — o garoto disse enquanto me seguia. 

 

— Está, não esqueça de beber água Jungguk-ssi, não precisamos de mais gente doente hm! Agora vamos cuidar dos campistas em observação!

 

Tinha meia dúzia  de pessoas  ali, todos visivelmente fracos. Em uma das macas estava Yixing sentado ao lado de seu irmãozinho Chenle.

 

A história dos dois era um tanto trágica, sua mãe e seu padrasto foram mortos por fúrias durante um festival na China. Viajaram durante quase um mês para poder chegar ao acampamento, Yixing diversas vezes teve que lutar com monstros  para poder proteger o irmãozinho que era tão novo que nem ao menos se lembra como chegou ali. 

Já perto da fronteira uma Equidna atacou e quase matou o chinês mais velho, se não fosse por Apolo, seu pai, salvar a si e seu irmão, que nem ao menos é um meio sangue mas ganhou sua bênção para poder entrar no acampamento, os dois estariam mortos agora. 

 

 

— Bom dia! — disse me ao me aproximar da maca de Chenle, passei meus dedos pelos cachos de Yixing e fiz um carinho ali. — Como você está amiguinho?

 

— Meio fraquinho, mas meu irmão disse logo eu vou melhorar. — o menino respondeu com um leve sorriso no rosto. 

 

— Eu tenho certeza disso! — respondi enquanto brincava com os fios cacheados do irmão mais velho, que praticamente dormia por conta do carinho. — Não vai curar ele? 

 

 

— Yura disse pra mim esperar mais um pouco, JongDae, o que tenho feito é curar os outros. Eu estou exausto! — Yixing respondeu com a voz visivelmente cansada. 

 

— Vá descansar um pouco, amigo. Eu cuido do seu irmão, e ajudo Jungguk com os outros pacientes! 

 

O rapaz levantou praticamente se arrastando, antes de sair do local sussurrou  para que eu o chama-se caso o irmão precisasse, eu apenas concordei  com a cabeça e fui um pegar pouco de soro para que Chenle se manter-se hidratado. 

 

Quando já estava voltando para sua maca uma leve brisa passou pelo meu pescoço, fazendo meu corpo se arrepiar. Dei um sorriso involuntário, parecia que o tempo iria ficar mais fresco. 

Mas eu estava errado, soltei o copo fazendo que ele fosse de encontro ao chão e me molhasse, mas isso não importava, a única coisa que eu me preocupava agora era sobre a sobre voz de meus sonhos sussurrando em meus ouvidos.

 

 

                                                                             — Meu salve, JongDae.


Notas Finais


E ai, o que acharam?
Espero que gostem desse novo projeto e o acompanhem!
Deixem suas opiniões ai em baixo ^^


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