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História The Love Is Blind - Almost


Escrita por: NollramFoster

Notas do Autor


Oi, mais um capítulo pra vocês. Espero que gostem. 😘🍸

Capítulo 10 - Almost


P.O.V Andrew 

Acordei no dia seguinte muito feliz, poucos dias atrás eu estava sozinho e cheio de raiva do mundo, agora estava namorando com um cara maravilhoso e cheio de amor, me levantei, fui para o banheiro, tomei meu banho e escovei os dentes, vesti meu uniforme e fui até o quarto do Peter, me surpreendi em ver ele já de pé, ele estava acordado e só de toalha, tinha acabado de sair do banho, não consegui evitar de passar o olho pelo seu corpo, começei a achar que aquele menino era perfeito, além de ser muito bonito também era inteligente.

—Gosta do quê esta vendo? - Disse ele com um sorriso malicioso no rosto, me tirando dos meus pensamentos. 

—Você não faz a menor idéia. - Disse indo até ele e o beijando.

Nem sei por quanto tempo o beijo durou, parece que quando beijo ele o tempo para, mas nós nos separamos para recuperar o ar. 

—Nunca gostei tanto de perder o ar. - Disse ele sorrindo, sorri de volta. - Pode me emprestar um uniforme? Esquecemos de comprar um ontem.

—Claro. Vai pra escola hoje? E os seus machucados? - Perguntei. 

—Eu fiquei pensando, se você me acha bonito e ainda quer namorar comigo mesmo com os meus machucados, nada mais importa. - Disse ele olhando nos meus olhos.

—Você está certo. Mas e se te perguntarem sobre o que aconteceu?

—Não sei. Acho que vou falar a verdade. 

—Eu não acho isso uma boa idéia. E se ligarem pro seu pai ou pro conselho tutelar, vão te tirar da escola e... - O sorriso do Peter foi desaparecendo aos poucos. 

—Já entendi. Então o que vou falar? 

—Sei lá. Fala que foi um assalto. 

—Pode ser. - Disse ele voltando a sorrir. —Agora você vai poder me emprestar um uniforme ou quer que eu vá para escola pelado?

—Eu ia adorar te ver pelado, mas só eu e não a escola inteira. - Disse voltando para o meu quarto.

Peguei um dos meus uniformes, não resisti e pensei como seria o Peter pelado, no meio dos meus pensamentos senti que estava ficando excitado, o Peter entrou no quarto bem na hora e olhou assustado para minha calça, que como era de moletom não dava para esconder minha ereção, ele olhou para minha cara e deu um daqueles sorrisos maliciosos, acabei ficando vermelho e ri de volta.

—No quê você estava pensando? Não era em mim pelado, era? - Disse ele chegando perto de mim.

—Não pude resisti. A culpa é sua. - Disse entrando na brincadeira e falando tão maliciosamente quanto ele.

—Minha? Por que? - Disse ele mais perto ainda.

—Se você não fosse tão gostoso, tão bonito, tão inteligente, tão... Perfeito, eu não estaria desse jeito. - Disse olhando para minha calça. 

—Você está certo, a culpa é toda minha. - Quanto mais ele falava daquele jeito, com mais tesão eu ficava. - Acho que como eu sou o responsável por isso, nada mais justo que eu resolva esse problema. - Disse ele pegando no meu pau, por cima da calça, estremeci com seu toque.

—Também acho. - Disse. 

Peter ia falar alguma coisa quando alguém bateu na porta, ele olhou pra mim e pareceu desapontado, mas com certeza não estava tão desapontado quanto eu.

—Parece que vamos ter que deixar isso pra outra hora, sinto muito. Quer que eu vá atender a porta? - Perguntou ele ainda sorrindo.

—Claro. Vou enrolar um pouquinho até... Isso aqui... Você sabe. - Não importa quem esteja na porta, pode ser o Rafael até mesmo meu pai, mas eu quero matar essa pessoa. - Mas veste o uniforme antes tá? 

—Pode deixar. - Disse ele pegando o uniforme e saindo do quarto.

Fui arrumar meu material e começei a pensar em outras coisas pra ver se o meu tesão e a minha ereção diminuía, eu até resolveria aquilo de uma outra maneira, mas não tinha tanto tempo assim. Terminei de arrumar meu material e minha ereção já estava menor, então ajeitei meu pênis na cueca de modo que parecesse que estava... Normal. Peguei minha mochila e desci as escadas, me surpreendi ao ver o Rafael e a Emma conversando com o Peter, o Rafael até entendi, mas a Emma também?

—O quê está acontecendo? - Perguntei. 

—Aparentemente eu mandei uma mensagem pra Emma e você uma mensagem pro Rafael, ambos pedindo pra eles virem pra cá. - Respondeu o Peter. 

—Mas eu não mandei mensagem nenhuma. 

—Eu já falei isso pra eles.

—Se não foi você que me mandou a mensagem então quem foi? - Perguntou Emma para o Peter. 

—Daniel. - Falei em voz alta sem querer.

—Daniel? - Perguntou Peter. 

—Depois te explico. - Disse para ele. - Então, já que estamos todos aqui, vamos tomar café e ir pra escola. Pode ser?

​—Cla​ro. - Respondeu o Rafael. 

—Pode sim. - Disse Emma. - Aliás, Peter, aqui está sua mochila, coloquei todos os seus livros e seu computador aí, quase morri pra trazer tudo isso. - Disse pegando uma mochila, que parecia estar muito pesada, do chão e entregando para o Peter.

—Nossa! Obrigado! - Disse ele. - Como você...? 

—A mensagem dizia pra pegar essas coisas. Não sei quem foi que enviou, mas essa pessoa sabe do que você precisa. 

—E como você pegou essas coisas?  E meu pai? - Perguntou Peter apreensivo. 

—Eu nem vi ele, bati na porta quinhenta vezes, mas ninguém atendeu.

—Então como foi que você pegou essas coisas? - Perguntou o Rafael. 

—Entrei pela janela. - Disse ela como se fosse algo natural.

—Você é demais sabia? - Disse o Rafael. 

—Sabia. - Disse ela sorrindo.

Fomos tomar café da manhã, o Peter e a Emma comeram bastante, já eu e o Rafael não comemos quase nada, ele, assim como eu, não sente muita fome de manhã. Terminamos de comer, Rafael, Emma e eu esperamos o Peter tirar alguns livros e seu computador da mochila, quando ele terminou pegamos nossas mochilas e saímos. Passamos o caminho todo conversando, Peter e eu decidimos não contar para eles sobre o nosso namoro ainda.

Chegamos na escola e nos separamos, Rafael foi para sua sala, 93, Emma foi para a sala dela, 91, e eu e o Peter fomos para a nossa sala, entramos e nos sentamos juntos. Alguns minutos depois o Daniel entrou na sala e sorriu pra mim e para o Peter. Me levantei e fui até ele, Peter veio atrás de mim.

—Oi, eu queria agradecer, você sabe, por tudo. - Disse para ele.

—Não precisa agradecer, não fiz mais do que a minha obrigação. 

—Você realmente não vai me explicar qual é a sua né? 

—Não mesmo. - Disse ele sorrindo. 

—O quê está rolando aqui? - Perguntou Peter sorrindo. 

—Nossa! Peter! - Disse o Daniel pulando da cadeira e indo em direção ao Peter. — Nossa! Você está bem? O que aconteceu com você?  E que machucados são esses? - Disse ele passando a mão nos machucados do Peter. - No rosto? No braço?  Nossa! - Conforme ele falava, passava a mão em todos os machucados do Peter, eu fiquei sem entender e o Peter muito menos, até que ele parou e deu aquele sorriso. - Pronto. Já resolvi o problema de vocês. 

—Como assim? - Perguntou o Peter, Daniel riu.

—Bom dia alunos. - Disse a professora de Ciências, Camila, a mais baixinha da escola, entrando na sala. - Bom dia Peter, soube que você estava doente, mas parece que já está melhor. - Disse ela como se nem estivesse vendo os machucados do Peter.

—Na verdade estou bem. - Disse o Peter confuso. - Mas meus machucados ainda doem um pouco. 

—Que machucados? - Perguntou ela.

—Como assim que ma...

O Peter se calou, pois vários alunos começaram a entrar na sala ao mesmo tempo, eles passavam e comprimentaram o Peter como se estivesse tudo bem, eles realmente não estavam vendo os machucados do Peter. Olhei para o Daniel que sorria pra mim.

—O quê você fez? - Perguntei. 

—Eu? Não fiz nada. Por quê? - Disse ele ironicamente. 

—É sério. - Disse para ele.

—Foi o mínimo que eu podia fazer depois de atrapalhar vocês hoje.

—Eu sabia que tinha sido você. Por quê? 

—Aquele não era o momento certo. 

—Então quando vai ser?

—Você vai saber. - Disse ele sorrindo.

—Certo turma! Agora todos para seus lugares! - Disse a professora. 

Nos sentamos, algumas pessoas e a professora olharam curiosas e surpresas, todos sabiam que eu odiava que alguém sentasse do meu lado, ainda mais o Peter, mas eles não sabiam que muita coisa havia mudado entre nós. Assistimos as aulas, e pela primeira vez, depois de anos, um dia naquela escola foi aturável.



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