História The marauders - Capítulo 31- Podia ser nós dois, mas você não colabora

— Você não está bem !.— Falou Mary para Luke enquanto se levantavam da mesa onde estavam seus amigos.

— Eu nunca estou "realmente bem".—Luke respondeu fazendo aspas.

— Verdade, você é louco.— Ela concordou sorrindo de lado.

Ele retribuiu o meio sorriso mas logo desviou o olhar para o Salão que agora tocava uma música lenta, varios casais caminharam até lá para dançar.

—Lady.— Luuke pegou a mão da loira - Poderia me conceder uma dança? .

Mary entrou na brincadeira.

—Claro, meu bom cavaleiro, será uma honra !.—Respondeu caminhando em direção a pista de dança.

Quando chegaram na pista dançaram conforme a música. Luke pousou a mão nas costas de Mary enquanto as mãos da loira estavam em volta de seu pescoço.

Pessegos e creme.

Mais doce que um doce.

Bochechas de chocolate.

E asas de chocolate

— Quer dançar, Lily ?.— Perguntou James sorrindo para a garota.

A ruiva não queria admitir mas James estava lindo naquela noite, não que ele não estivesse nos outros dias mas naquele em especial foi como um brilho para os olhos da garota.

Ela o olhou desconfiada.

— Eu não vou fazer nada além de dançar.— Ele levantou as mãos em forma de rendição.— Eu prometo, sem gracinhas.

— Acho bom Potter, tente algo que eu te azaro aqui mesmo.— Ela o ameaçou.

— O.K, mas não me chame de Potter.— Ele pediu pegando na mão da ruiva e depositando um beijo.— Vamos dançar ?.

Ela corou e concordou.

Muitos lançaram olhares desconfiados para os dois por estarem juntos, toda a Hogwarts ja presenciou alguma briga deles, aquilo surpreendeu a todos.

Ele a levou para um canto não muito distante de Mary e Luke, os dois pareciam estar bem entretidos. 

— Você tem irmãos ?.— Perguntou Lily enquanto dançavam.

Lily não sabia muito sobre James, pois sempre que o garoto tentava ter uma conversa normal com a ruiva ela o dava vácuo ou gritava com ele.

— Não de sangue, só Sirius mas é apenas de consideração. Meus pais o amam,  Agora que ele está morando lá em casa, é como se fosse realmente meu irmão.— Respondeu James esboçando um sorriso.— Você tem uma irmã, certo ?.

Lily sorriu tristemente . 

— Sim, a Petunia, ela é trouxa. Desde que entrei para Hogwarts ela me odeia, me chama de Aberração e coisas horríveis. Há algum tempo atrás ela arranjou um namorado, então quase não a vejo.

— Você não é uma Aberração, você é muito especial para algumas pessoas.— Falou sem pensar.

Lily o olhou desconfiada novamente.

— Para quem eu sou especial ?.

James respirou fundo e respondeu.

— Para mim.— Ele olhou para os olhos esmeraldas da garota.— Você é muito especial para mim Lily.

A ruiva parou de dançar e balançou a cabeça negativamente.

— Por que você continua com esse papo ?.— Ela perguntou o encarando.

— Porque eu gosto muito de você, Lily, e quero está com você a todo momento.

Quando Lily iria responder ele a interrompeu.

— Só me dê uma chance para te provar que não sou o mesmo garoto de 2 anos atrás, por favor.— Ele pediu.— Só uma.

Ela concordou com a cabeça.

— Eu vou lhe dar essa chance.— O garoto sorriu vitorioso.— Mas não a desperdice ! Não te darei outra.

— Pode confiar em mim, eu não vou desperdiça-la.— Ele mordeu os lábios tentando disfarçar o sorriso.— Vamos continuar de onde paramos ...

Ela concorda e ambos voltaram a dançar.

O garoto tinha realmente mudado, Lily sabia disso mas não queria admitir, ela sentia algo diferente quando estava perto de James, mas talvez seja só afeto, ou não...

  Mas suas asas são as de um demônio.

Antes da sua doçura, há um gosto amargo, amargo

— Mary.— Luke chamou a marota.— Vou no banheiro e ja volto.

— Vá.— Respondeu ela andando até o irmão que estava sentado em uma mesa com Rose.

Luke observou ela andar até o irmão e foi em direção ao primeiro andar, onde ficava os banheiros, quando chegou na porta do lugar ouviu soluços, mas o garoto não se preocupou pois era bem provável ser a Murta-Que-Geme  a fantasma do banheiro feminino.

Após fazer suas necessidades saiu do banheiro, quando estava preste a entrar no corredor para ir pro salão foi jogado brutalmente contra a parede. Quando ele iria se defender viu  que era apenas Celeste.

— Oque você quer ?.— Ele perguntou assustado.

— Olá, garotão.— Ela passou suas mãos pelos cabelos encaracolados do garoto.— Eu te ví saindo do Baile, então te segui para lhe fazer uma visitinha...

— O.K, agora que você já me viu pode me soltar.— Respondeu tentando se soltar dela mas ela era forte.

— Espere, está cedo.— Ela tocou sua bochecha.—Não vai me dizer que não gostou da surpresa...

— Para falar a verdade não  gostei muito. Não é legal jogar alguém contra a parede, sabe ?.

— Bobinho.— Celeste virou os olhos abrindo um sorriso.— Que tal nos divertimos um pouco ?.

— Hã...— Ele empurrou a garota levemente  para ela não se machucar.— Eu tenho que ir para o baile. Até ! .

Ele saiu correndo até o Salão onde acontecia o baile. Tocava uma música bem animada, Mary dançava animadamente com James e Lily.

— MARY.— Berrou o garoto enquanto se aproximava da loira.

As pessoas que estavam ao redor lhe lançaram olhares estranhos e duvidosos - Ele é louco ?.

— Não grite ! Nem todo mundo precisa saber que você é louco, não agora.— Mary o reprendeu.

— Me desculpe mas é urgente.— Ele olhou para Lily e James que o encaravam.

— Tá bom, agora fale.— Pediu Mary se  enteressando no assunto.

Luke contou o acontecido, ele esperava que Mary quisesse voar na cara de Celeste mas ela apenas riu.

— Por que você está rindo ?.— Perguntou James quando o garoto terminou de contar a história.

— Nada não.— Ela falou se recuperando do ataque de risada e lançando um olhar cúmplice para Luke.— Coitadinha...Ela achou que conseguiria conquista-lo.

Lily e James pareciam não ter entendido.

James logo deu um cutucão nas costas da garota, ela o encarou pronta para lhe devolver o golpe porém o garoto a fuzilou e lançou um olhar de relance a Lily.

— Hã...— Mary falou sorrindo  .— Eu e Luke vamos saindo...

— Vamos ?..—Perguntou desentendido.

— Sim.—  Ela o ameaçou pelo olhar e o puxou para longe.— James me fez prometer que deixaria os dois a sós quando você chegasse..— Falou quando estavam longe o bastante do casal.

— Ta bom, então.— Ele concordou.— Pra onde  vamos ?.

— Que tal para o Jardim ? lá deve estar mais calmo do que aqui. Essa música está muito alta...

Beije-me não importa o quanto doa, torne esse laço mas forte.

Até que não possa doer mais.

Ele agitou a cabeça e deixou a loira o guiar para fora da escola. Só pararam de andar quando estavam de frente ao Grande Lago. Estava belíssimo, a lua estava brilhante.

— Mary.— Ele chamou a garota enquanto admiravam a lua.— Posso te fazer uma pergunta ? Ela é um pouco constrangedora...

— Tudo bem, já passei por vários momentos constrangedores com você. Não acho que seja problema.— Ela respondeu dando de ombros.

— Você é...—Ele fez gestos com as mãos envergonhado — Virgem..!

— Oque ?!.— Ela estremeceu.— Claro que eu sou ! Não sou igual certas pessoas que "dão" para qualquer um que ver !.

— Indireta para a Celeste ?.—  Ele perguntou risonho.

— É você que está falando, não eu. — Ela sorriu.— Mas ja que estamos falando sobre isso...— Ela suspirou.— Eu não consigo entender...

- Entender o que ?

— O porquê de Sirius fazer isso comigo !.— Ela desmanchou o sorriso.— Ele primeiro diz que gosta de mim, depois disse que se enganou, e agora convidou Celeste para o baile. E agora veio tentar dá uma de "mocinho".

— Talvez ele só tenha convidado Celeste para te causar ciúmes..— Falou o garoto analisando o problema.

— Ciúmes !?.— Perguntou desacreditada.— Ele está me machucando ! Como ele não percebeu ?.

— Os homens são meio imprevisíveis, eu falo isso por conta própria. E sempre são as garotas que estão no comando dos relacionamentos, as vezes eles só querem um pouco de atenção...

— Então você quer dizer que eu e Sirius estamos em um relacionamento ?.

— Se o que vocês dois tem não é um relacionamento eu realmente não sei o que é.

— Minha vida é uma merda.— Ela bufou.—  De vez enquando sinto que estou dentro de uma novela ou história, e a roteirista só quer me ferrar...

— A vida é feita de capitulos. Não é porque um foi ruim, que você vai ter que desistir da história inteira.— Falou Luke.

— As vezes eu me pergunto como você consegue ser esse cara dos conselhos bons e ao mesmo tempo o cara que faz piadas sobre tiranossauros..— Falou rindo.

Luke virou os olhos pronto para rebater  mas parou no mesmo estante e focalizou em algo que estava atrás de Mary.

— Falando na praga lá vem ela...— Ele murmurou. 

A garota se virou, logo viu Sirius, ele estava mais ou menos um metro de distância da loira.

— Oi.—Ele cumprimentou encarando a loira.

— Olá.— Respondeu Luke.

Mary continuou calada.

— Eu posso falar com a Mary ?.— Ele olhou para Luke.— A sós.— Acrescentou.

— Nã..—Mary iria responder mas Luke a interrompeu.

—Ela é toda sua !.— Essa foi a última frase de Luke antes dele correr de volta ao salão.

— Maldito traídor.— Murmurou.— Oque você quer ?.— Ela se dirigiu ao moreno.

— Você precisa me ouvir.—Ela começou.

— Eu estou ouvindo agora, não  sou surda...—Ela respondeu cruzando os braços. 

— Você fala como uma criança de doze anos.

— E você age como uma !.— Mary desviou o olhar.

— O.K.—Ele suspirou.— Eu só quero conversar com você...

Mary olhou para ele novamente.

— Só me desculpe, eu fui um grande babaca..

— Eu já sei disso.— Mary o interrompe.

— Eu só convidei Celeste para te fazer ciúmes. Mas eu só fiz isso por que me senti "ameassado" quando Luke chegou, ele é seu amigo desde que você se conhece por gente, ele é legal e engraçado. E eu sou apenas o Sirius, o garoto que é odiado pela própria família, o "galinha de Hogwarts", sou egoísta, egocêntrico, grosso e inconsequente. Mas eu ainda tenho um coração, sou humano e humanos erram...

Mary olhou para os propios pés.

— Eu também tenho um coração Sirius, mas ele foi partido por você  várias vezes.

— Só me de mais uma chance.

— Quantas chances eu ja não te dei e você desperdiçou ? Você não mudou Sirius e também nunca vai mudar, esse é o seu jeito.— Ela segurou algumas lágrimas.— Você não consegue se prender a apenas uma pessoa, então por que insiste em tentar ?.

- Por que - Ele andou até a loira -  Eu gosto de você pra valer, não só como um amigo. Mas que isso, muito mais.

— Eu tenho que ir Sirius.— Ela falou se levantando.— Boa noite.

—'Noite.— Ele respondeu.

Querida,tudo bem me embriagar, porque agora eu bebo de você.

No fundo da minha garganta está o uísque que é você . 

— Boa noite.— Desejou Remus enquanto deixava Rose na escada dos dormitórios.

— Boa noite.— Ela respondeu.

Ela começou a subir às escadas mas parou no meio, virou e costas e viu que Remus estava indo em direção ao seu dormitório.

— Remus.— Ela o chamou — Espere. 

Ele voltou e Rose caminhou até ele.

Remus foi pego de surpresa por um beijo da garota. O beijo era doce e lento, Rose abraçava o pescoço do maroto enquanto ele tinha uma das mãos em volta de sua cintura e a outra em sua bochecha a acariciando. 

Se separam apenas quando faltou ar para Rose, os dois estavam evergonhados. Rose encostou a cabeça no ombro do garoto, por cima do ombro do garoto pode ver Lily e James na entrada do Salão observando os dois com sorrisos maliciosos.

— Podia ser nós dois mas você não colabora.— Sussurou James para Lily.

A garota dá um tapa em seu ombro, mas ela tinha um sorrisinho.