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História The Marauders (Wolfstar-Jily) - Vento da mudança


Escrita por: 4luada

Notas do Autor


"Eu juro solenemente que não vou fazer nada de bom!"
E aeeew galera, como cês tão? Espero que estejam bem.
Eu não estou muito bem esses dias, por isso não postei semana passada. Mas, resolvi publicar um capítulo hoje e no final de semana já deve sair outro se tudo der certo.
Enfim, obrigado a todos vocês que ainda estão acompanhando, agradeço a paciência. Amo vocês!
Bora lá!

Capítulo 26 - Vento da mudança


Sexto Ano dos Marotos - 1976/1977

O expresso de Hogwarts estava partindo quando os marotos se reuniram na cabine, fazia uma manhã ensolarada, os rapazes estavam animados para o sexto ano, faltava pouco para encerrar os estudos, teriam que suportar apenas mais dois anos de estudos.

— Então temos uma novidade para contar! — Sirius anunciou.

— Temos? — questionou James.

— Eu e você não idiota — Riu — Eu e o Moony!

O lobisomem encarou Sirius. Não haviam combinado nada e agora essa, tentou lembrar de algo que conversaram naquela noite.

Flashback

— Sirius, desde quando você queria isso? — Remus perguntou depois de algum tempo calados.

— Não sei ao certo, na verdade eu sempre senti algo diferente por você... talvez desde a primeira vez que te vi, ou naquela noite na floresta com o leucrota — sorriu — Eu fiquei completamente encantando, mas era muito cedo pra processar tais sentimentos... Estar apaixonado por um garoto parecia loucura. Mas aí descobri que você era um lobisomem e o sentimento só cresceu, achei que seria estranho se te dissesse que queria te beijar, aí teve a vez que você saiu com aquele idiota e eu descobri que você era gay e eu morri de ciúme...

— Por que você não disse nada? — Arqueou as sobrancelhas.

— Medo de você não sentir o mesmo por mim e eu tinha quase certeza de que aquilo era momentâneo e ia passar, não iria estragar a nossa amizade... E você, há quanto tempo?

— Desde o final do primeiro ano. — Confessou.

— O que Moony? Por que não me disse? — disse completamente surpreso.

— Pelo mesmo motivo que você, medo. E você é um pegador Sirius, sempre uma garota diferente, era certo que eu ia me magoar se dissesse, além disso que chances eu teria?

— Todas Moony... Eu sempre te dei indiretas! — argumentou.

— Para Sirius, você flertava comigo de brincadeira... — Riu — Era horrível ter que escutar as cantadas que você ia dar em uma garota qualquer.

— Maioria delas o alvo era você.

— Como eu ia saber? — Franziu o cenho.

— Lobinho, eu sempre fui obcecado por você, eu tentei te beijar várias vezes de um tempo pra cá. E eu bati uma... várias na verdade pensando em você.

— Mas você continuava a sair com as garotas...

— Pra tentar tirar você da minha cabeça Moon. É sério, eu nunca consegui ir além com nenhuma delas por isso. Por sua causa. Remus, eu sou todo seu de corpo e alma.

— Certo Padfoot, agora vamos arrumar essa bagunça que fizemos e tomar um banho antes que meus pais cheguem e nos pegue assim.

— Tá bom, mas eu vou dormir com você — exigiu o moreno.

Remus riu e concordou.

Fim Flashback

“Certo não falamos sobre isso, dormimos e passamos o domingo inteiro nos beijando escondidos pela casa” — concluiu Remus.

— Desembucha cachorro! — falou.

— Eu e o Moony, estamos juntos — anunciou.

— Finalmente — A voz dos outros dois animagos soaram juntas.

A estrela e o Lobisomem se entreolharam e riram.

— Vocês então estão se assumindo?

— Não. Sim. Quer dizer, para vocês apenas eu prefiro que isso fique em segredo, tudo bem Moony?

O acastanhado ficou mais pálido do que o de costume.

— Sim, é claro. — disse em uma voz fraca.

O moreno notou que ele havia ficado diferente, olhou para ele tentando entender o que havia de errado. Mas logo a porta da cabine se abriu.

— Aí está você. Rem’s esqueceu que somos monitores? — A ruiva parou na porta da cabine. — Oi rapazes!

— Ei Evans! — Cumprimentou Peter.

— E aí ruiva, já veio me roubar o Moon? — balbuciou Sirius.

James apenas se limitou em olhar pela janela, não respondeu.

— Que bom que fizeram as pazes, eu não aguento vocês brigados. Vamos Rem’s! — A ruiva encarou James no canto.

Os olhos dela perderam o brilho que tinha antes de chegar à cabine. Sirius puxou Remus para um beijo, o que voltou a sua atenção. Ela juntou as sobrancelhas e cruzou os braços.

— Eu sabia! — anunciou, puxando o amigo. — Você vai me contar toda essa história Remus, como assim você não me disse nada, eu sou sua melhor amiga. — Reclamou no corredor.

 — Eu sei Lily, mas as coisas aconteceram muito rápido e foi muito confuso, ainda é... mas isso ainda não é público, então fica só entre a gente.

Quando o expresso chegou a Hogwarts, se juntaram em torno da mesa, assistiram à seleção dos novos alunos, onde o chapéu seletor cantou uma nova canção.

A ruiva sentou-se perto dos marotos acompanhada de suas amigas.

Marlene ficou encarando Sirius por bastante tempo, logo o acastanhado começava a ficar irritado mas Sirius sequer notava a atenção que ela dava a ele. Muito pelo contrário, ficava mexendo nos cabelos de Remus ou passava os braços pelos seus ombros.

Ali na mesa a ruiva observava Potter, que estava demasiado quieto, não direcionou a palavra a ela nenhuma vez desde que se viram, o que era muito novo. Já que ele sempre encontrava alguma coisa idiota para fazer e chamar a atenção de todos na mesa.

— Como foi suas férias James? — Evans se dirigiu a ele um pouco hesitante.

Ele a encarou por alguns segundos, finalmente olhando os cabelos ruivos e os olhos verdes esmeraldas. Com uma simples olhada conseguiu reparar todos os detalhes na garota a poucos centímetros dali.

— Foram legais. Sirius está morando na minha casa agora. E as suas? — respondeu um pouco seco.

— Ah, foram, bem normais — sorriu pequeno.

O silêncio voltou, ela olhou as amigas que a encarava com os olhos semicerrados.

James voltou a comer. Acabou cruzando o olhar com o de Snape na outra mesa, que fitava os marotos com um certo ar de desprezo.

Quando o banquete enfim finalizou, os alunos começaram a se retirar para o dormitório, o acastanhado e a ruiva foram em encontro com os alunos do primeiro ano.

Sirius permaneceu na mesa enquanto os outros dois marotos se retiravam para a comunal, então escutou ser chamado pelos rapazes.

— Você não precisa ficar grudado no Moony agora — zombou Potter.

— Eu sei... Estou, esperando uma oportunidade pra falar com o Regulus — esclareceu.

— Sirius...

— Não se preocupa, eu vou ser cauteloso.

Os outros dois assentiram, o moreno ficou na mesa da grifinória. Do outro lado do salão o sonserino o observava. Sirius o olhou fixamente para o irmão saiu da mesa e seguiu para o banheiro masculino.

Regulus entendeu o que Sirius queria com aquilo, afinal eram irmãos e sempre tinham uma forma diferente de se comunicar perto de seus pais. O rapaz seguiu na mesma direção.

— Então você resolveu se lembrar de mim? — disse o caçula ao encontra-lo.

— Reg eu não tive escolha, foi diferente...

— Eu sei — Os olhos marejados encontraram os do irmão. — Só não achei que você sairia de lá sem se despedir.

— Regulus, eu não consegui pensar em nada que não fosse fugir... A casa estava vazia e eu não teria uma oportunidade melhor, além disso... eu pensei muito em você depois que coloquei os pés pra fora de lá. Me perdoe por ter te abandonado, eu juro que se fosse sob outras circunstâncias o teria levado comigo. — O moreno tentava esclarecer para o irmão.

O rapaz permanecia estarrecido no mesmo lugar olhando fixo para o mais velho, tomando coragem para se aproximar. Talvez coragem não fosse exatamente o que aguardava e sim a emoção se esvair, para que não chorasse como um filhotinho nos braços do irmão. Não queria que ele pensasse que agora que havia ido embora, ele estava vulnerável e indefeso, mas que era forte e inabalável e que tudo bem se ele não estivesse lá. Não queria que em hipótese alguma ele cogitasse voltar.

— Eu não estou bravo com você — Quebrou o silêncio. — Eu só fiquei chateado no começo, mas eu entendi que foi necessário e está tudo bem — Deu um passo à frente.

Sirius encorajado pelo gesto do irmão avançou em sua direção o envolvendo em seus braços, o que em nenhum momento foi negado, pelo contrário, acabou cedendo as emoções e chorando.

— Eu fiquei tão preocupado com você Si. Eu fiquei com tanto medo de ela ter te matado...

— Reg, olha pra mim... — Segurou o seu rosto com as palmas da mão. — A Walburga maltratou você depois que eu fui embora?

— Não — disse.

— Você jura? — Insistiu Sirius.

— Sim Sirius, eu tento não a irritar, o que não é muito difícil pra mim. E parece que ela tem medo de que isso atrapalhe os coisas — explicou.

Houve o silêncio das palavras e a comunicação ocorria apenas pelo olhar.

— Você tá falando do lorde das trevas?

— Dele mesmo.

O moreno suspirou.

— Reg, presta bem atenção sei que você já não é uma criança e nem precisa dos meus conselhos — Sirius deu um leve sorriso. — Mas eu vou te dar assim mesmo, estamos seguros aqui em Hogwarts. Mas não deixe nossos pais levarem você pra esse caminho. É errado toda essa ideologia, você viu os ataques que vem sendo noticiados no profeta diário, se as coisas piorarem e uma guerra vier a acontecer é bom que esteja do lado certo — Sirius disse seriamente.

Ouviram passos em direção ao banheiro e Lupin entrou, fitou os dois.

— Oh desculpe interromper... Eu...

— Tudo bem, a gente já terminou — Regulus se apressou em dizer. — Obrigado, pelo conselho — disse ao irmão, o abraçando em seguida.

— Obrigado por me perdoar e por vir — sussurrou.

O caçula sorriu e começou a se afastar.

— Até mais, melhor beijo da vida de Sirius — comentou despedindo-se do lobisomem.

Sirius segurava uma risada, enquanto a expressão de perplexidade e confusão se formava no rosto do acastanhado encostado em uma das pias do banheiro.

— O que? — franziu as sobrancelhas.

— Te conto no caminho da comunal.

*

Na manhã seguinte começaram a rotina de aulas. Com os NOMS os marotos ficariam algumas aulas juntos e outras não, já que nem todos obtiveram notas suficientes para assistir algumas aula. Estavam cientes que ficariam cada vez menos juntos. Mas prometeram que passariam o máximo que pudessem na companhia um dos outros. Pelo menos esse era o intuito principal.

Mal havia começado o ano e os alunos já estavam lotados de dever de casa, com o fim dos NOMS iriam prestar os NIEMS, o que significava estudo redobrado e muita coisa a se aprender ainda.

A noite quando os amigos se reuniam na comunal conversavam como haviam sido as aulas e atualizavam-se das fofocas cotidianas que rolavam por Hogwarts. Em uma noite estavam reunidos no canto de sempre perto da lareira. James brincava com um pomo de ouro que havia afanado no ano anterior deitado em um dos sofás, enquanto Peter observava sempre com o mesmo entusiasmo.

O lobisomem sentado no chão próximo a Sirius, mas ficavam apenas trocando olhares e as caricias comuns entre eles, nada mais do que isso.

— James o que está acontecendo com você?

— Nada, por quê?

— Bem você está agindo assim, há um bom tempo. Desde o que aconteceu no dia dos NOMS.... Você sabe, com o Snape e com a Lily. — Sirius explicou tomando cuidado com as palavras.

O de cabelos bagunçados apanhou o pomo na palma das mãos apertando forte e suspirou. Ficou calado um bom tempo, logo se pronunciou.

— Eu me arrependo de certas atitudes que eu tive com o ranhoso. Não todas obviamente, mas aquele dia eu peguei um pouco pesado, mas não me arrependo completamente. Eu... Eu me arrependeria se ele não tivesse dito... não tivesse chamado a Evans de você sabe o que. Ele simplesmente cuspiu aquelas palavras na cara dela, como se sempre tivesse sentido vontade de dizer aquilo... O que me deixou furioso — desabafou, enquanto os amigos prestavam atenção em sua explicação.

— Por Merlin veado, se você tivesse dito que se arrependeu de tudo eu teria que socar a sua cara! — resmungou Sirius, recebendo uma cotovelada de Remus.

James riu. Sentou-se no sofá e fitou os próprios pés por um bom tempo.

— Mas não é só isso né... — Remus incentivou.

— Não — Os olhos do rapaz encontrou os do amigo.

Sirius ia abrir a boca para falar alguma coisa, mas o acastanhado o censurou com um olhar fazendo ele erguer as mãos e desistir. Peter só observava calado, agora com menos interesse que tinha antes quando James brincava distraído com o pomo.

Lupin pegou sua varinha e sem chamar atenção dos outros alunos lançou um Abbafiato em torno deles, para terem mais privacidade, embora estivesse com barulho bastante para não serem ouvidos.

James fitou Evans do outro lado da comunal conversando freneticamente com Dorcas e Alice. Voltou o olhar rapidamente para os pés, suspirou novamente.

— Eu... eu não queria que as coisas tivessem ocorrido desta maneira. Às vezes me pergunto... — Deu uma pausa — Por que eu tive que estragar tudo? — Os olhos azuis começavam a dar os primeiros sinais de lágrimas.

— James... — Sirius interrompeu, mas sem sucesso.

— Evans estaria feliz... Ela e o ranhoso provavelmente ainda seriam amigos e eu não teria estragado as coisas entre eles. Eu não me importo. Não me importo de ela ter dito todas aquelas coisas pra mim... claro que foi graças a isto que eu finalmente a deixei em paz, sei que ela é um sonho que nunca será real... Mas eu não queria que ela sofresse, que aquele maldito ranhoso não dissesse aquilo, talvez ele nunca tivesse realmente dito.

Os marotos não havia percebido, mas a ruiva os observava de longe com as sobrancelhas franzidas.

— Irmão... mesmo que as coisas tivessem sido diferentes, você acha que não chegaria um momento em que ele a chamasse assim? Como você disse, ele cuspiu as palavras na cara dela. Uma hora isso ia acontecer, cedo ou tarde — O moreno consolava o amigo.

— O Sirius tem razão... — Peter se pronunciou.

— O que você acha Moony? — Potter perguntou com lágrimas no rosto.

O acastanhado mordeu o lábio, juntou as palmas das mãos.

— Eu acredito que ele tenha agido assim em um momento de raiva, mas isso não justifica o que ele fez. Como o Sirius disse cedo ou tarde isso poderia acontecer, o que já prova que ele tem uma índole bem duvidosa. Então... É difícil pra mim dizer por que eu estive com a Lily depois do que aconteceu e vi como ela ficou péssima. Mas tudo tem uma razão para acontecer... E no momento eu acho que sim foi melhor, por mais horrível que tenha sido. Seria mais apavorante ainda viver enganado com alguém assim, no fim a cobra mostrou a outra face. — Lupin argumentou.

James pensou por um longo minuto, os olhos marejados novamente fitaram Remus.

— Você acha que eu agi certo?

— Não disse isto. Eu não achei certo o que vocês fizeram, mas de certa forma que também tenho culpa. Mas a questão Prongs é que não dá pra mudar o passado, mas dá para aprender com ele. E dizem que nada acontece por acaso — disse arqueando as sobrancelhas.

— Moony você fica tão sexy dando lição de moral! — Sirius murmurou semicerrando os olhos.

Remus revirou os olhos e os outros marotos riram dele.

— Você ainda tá com aquela ideia de continuar se afastando da Evans?

— Eu já disse para vocês há um tempo... Ela me odeia e tem toda razão, só estou fazendo um favor — lembrou Potter.

— Acho que você precisa é de uma noite de bebedeira... — Sirius declarou.

— Não! — exclamou Lupin.

— Sim! — Declararam Potter e Pettigrew.

— Ok, mas vamos planejar primeiro — cedeu Lupin.

Os amigos planejaram para um final de semana, para não correr o risco de serem pegos de ressaca na manhã seguinte, então planejaram surrupiar uma garrafa de Whisky de fogo da sala de Filch só por prazer de vê-lo com raiva, obviamente ir até Hogsmeade pela passagem secreta e pegar algumas cervejas amanteigadas.

E desta forma se sucedeu, se reuniram no quarto, colocaram música e fizeram alguns jogos idiotas entre eles. Se divertiam bastante, Remus bebia pouco pois sabia que não aguentava muito e tinha que cuidar dos outros caso algo saísse do controle.

Sirius não ficava bêbado com facilidade então assistia Peter e James beberem e falarem coisas desconexas, enquanto alternava sua atenção entre eles e a boca do lobisomem.

Já bem tarde resolveram ir dormir, Remus e Sirius já que James e Peter já haviam dormido. Estavam cansados, depois de ouvir por uma hora James falando de Lily entre lágrimas e risadas.

— Eu só queria saber como essa noite vai ajudar o James. — Remus comentou.

— Um homem nunca é o mesmo depois de uma noite dessas, ajuda a aliviar o peso — O moreno afirmou.

— Eu espero que você tenha razão... acho muito bom!

Na manhã seguinte como esperado os amigos estavam de ressaca pela bebedeira. Mas o moreno tinha razão James tinha um ar mais animado, a resultante disto tudo foi positiva afinal. Mais falante, mais alegre e mais enérgico embora a dor de cabeça ainda o perturbava bastante.

Inclusive, naquele mesmo dia saíram do dormitório para fazer pegadinhas inofensivas com alguns alunos do último ano. James gargalhava bastante, um sorriso que havia um bom tempo que não dava.

Passaram-se algumas semanas desde que James voltara ao seu comportamento habitual em Hogwarts, continuava a evitar Lily. Embora sempre a observasse de longe com suas amigas, mas ao contrário dos anos anteriores ele disfarçava, não deixava explicito para quem quer que fosse.

Em uma aula de transfiguração que Lily também participava Minerva dava uma explicação sobre transformações de líquido para sólidos. Ele rabiscava distraidamente em um pergaminho, embora os olhos não estivessem na professora prestava atenção em cada palavra.

— Relacionada as propriedades físicas do objeto, desta forma sendo uma alteração do estado de determinado objeto, esta alteração é algo bastante complexo e exigirá grande concentração. Ao contrário das fórmulas anteriores dentro da transformação pontual, a mudança desta propriedade tem um feitiço específico, sendo de extrema importância que o transfigurador tenha em mente o que ele deseja como resultado, com o máximo de detalhes possíveis ao lançar tal feitiço — A voz de Minerva ecoava pela sala, enquanto James continuava a rabiscar o pergaminho.

Evans estava sentada algumas mesas de distância e via mão de Potter se movimentando, havia ficado curiosa para saber o que ele tanto rabiscava em meio de uma explicação importante.

— O feitiço para a transformação líquido-sólida é o Materarte. Cujo movimento consiste em um simples toque da ponta de sua varinha sobre o líquido desejado, sem perder a concentração um segundo sequer... — Minerva parou bruscamente, olhando em direção a James.

— Por falar em concentração Sr. Potter, parece que o senhor possui tarefas mais importantes para dar a sua atenção — Minerva disse em um tom cortante.

O rapaz logo virou o pergaminho, encarando a professora. Evans sorriu, com a expressão de surpresa e aflição em seu rosto.

— Claro que não professora, me desculpe! — Ajeitou os óculos no rosto empurrando com o dedo indicador.

— O senhor poderia me dizer o que estamos estudando hoje? — Pediu-lhe a professora.

“Ela te pegou Potter!” — Lily pensou.

— Claro... Materarte, este feitiço permitirá transformações de qualquer tipo de líquido para qualquer tipo de sólido, desde que este seja inanimado, podendo ganhar vida apenas perante o uso de outro feitiço específico. Sendo um feitiço de duração permanente, ele apenas é cancelado no lançamento de um anti-feitiço — Explicava enquanto todos os olhares caíam sobre ele.

A professora o olhou por cima dos óculos e algo bem semelhante a um sorriso passou por seus lábios rapidamente.

— Muito bem, sem mais distrações na minha aula por favor!

O rapaz concordou com um aceno de cabeça e voltou prestar a atenção. Evans olhava para ele perplexa.

“Como ele se safou assim?” — Pensou, dando um sorriso sarcástico em seguida.

*

A noite na comunal o lobisomem conversava animadamente com Lily sobre runas antigas, Peter estava saindo com a “namorada” da Lufa-Lufa e os outros dois no treino de quadribol.

— Sabe o que eu estava reparando outro dia Remus...

— O que?

— Que em toda lua cheia, os rapazes também desaparecem depois de certa altura da noite. Normalmente eles ficam aqui na comunal até tarde, aí na lua cheia desaparecem — comentou com curiosidade.

— Ahn... Eu não sabia disso, eles devem ficar preocupados e subirem mais cedo pra ninguém notar... — Deu uma desculpa qualquer.

— É estranho...

— Pra mim não, digo, eles sempre são atenciosos comigo e o Sirius principalmente e de certo modo foi um dos motivos para eu me apaixonar completamente por ele.

— E eu achando que depois do que rolou com o Snape você nunca ia perdoa-lo...

— Eu também, mas acontece que... parece bizarro mas o Sirius por mais idiota que ele pareça, sempre demonstrou uma atenção mais especial comigo e ele é completamente maluco, eu gosto na verdade. O lance com o ranh.. Snape foi impensado, uma atitude imatura por causa das perseguições, como maioria das atitudes do marotos... mas houve uma evolução... estão amadurecendo.

— Eu aposto que sim... — caçoou a ruiva.

Remus semicerrou os olhos para ela, captou algo no tom de voz dela talvez uma certa esperança ou quem sabe um enigma.

Continuaram conversando sobre amenidades quando os rapazes retornaram do treino de quadribol. James vinha conversando e gargalhando com o moreno. A ruiva foi atraída pelo som da risada dele, ficou o olhando por incontáveis segundos. James tocou o ombro do acastanhado e subiu.

— Moony por que não foi ver o treino? — Sirius perguntou.

— Estou cansado demais Pads... E a Lily precisava de mim aqui.

— Dessa vez passa Evans... — A garota fez cara feia — O que acha de eu te fazer uma massagem lá em cima? — perguntou.

— Depende...

— Do jeito que você gosta... — sussurrou em seu ouvido.

— Subo em alguns minutos — Mordeu o lábio.

O moreno assentiu e subiu para o dormitório, a ruiva ficou olhando Remus que não tirava os olhos de Sirius.

— Estou vendo até a baba escorrer! Gente apaixonada é um nojo... Mas é bom ver que você está feliz.

— Você também está só não vai admitir — retrucou Remus.

— Feliz é claro que estou! — indagou.

— Apaixonada Lil’s.

— Até parece, era só o que me faltava... Não tenho tempo para essas coisas Rem’s. — disse irritada. — Você não tem que encontrar Sirius? Noite Remus! — Subiu para o dormitório.

O acastanhado riu juntou o seus livros e subiu em seguida.


Notas Finais


É isto por hoje. Fiquem de olho que logo sai o próximo capítulo.
Enquete aqui rapidão: Vocês preferem um final original da saga ou alternativo?
Não sei se vocês lêem as notas, mas qualquer coisa eu escrevo os três que tenho em mente e vocês que lutem. Kkkkk
"Malfeito Feito!" 💫


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