História The Meaning Of It All - Last Train Home

Mansão Mills
Regina::

Sai da mansão indo em direção ao meu carro, onde a Emma estava encostada me esperando.
   - Não vou me desculpar pelo atraso…
   - Eu não disse nada, alias, belo vestido, está linda.
   - Obrigada Swan!
   - Serio que temos que ir com o seu carro?
   - Sabia que você ia reclamar, quer chegar no Rabbit Hole com um fusca amarelo?
   - O que tem de errado?
   - A cor, o modelo, tudo!
   - É só um carro!
Entramos, Emma deu a partida.
   - Frequentava muito lá? - olhei a Emma enquanto ela dirigia.
   - Não, devo ter ido duas vezes no máximo…você?
   - Mandei a Belle para lá quando perdeu a memória, eu particularmente gostava mais da Lacey…
   - Lacey? Sério Regina? - ah o ciúmes na voz da Emma.
   - A garota tinha estilo, o que posso dizer, foram boas memórias, aventureira.
   - Quantas namoradas você já teve?
   - Nenhuma, ué!
   - Esse era o meu medo!
   - Como assim?
   - Quantas você não assumiu? - Emma sorriu com um ar desconfiado e curioso.
Preferi não responder e apenas sorrir de lado dando os ombros.
Emma estacionou o carro próximo ao Rabbit Hole, saímos.
O local não estava cheio, mas a nossa presença chamou a atenção das pessoas presentes. Emma segurou minha mão e me conduziu pelo bar, fomos até uma mesa no fundo, sentamos no sofá que tinha visão geral do local.
   - O que tem em mente, Swan?
   - Em relação a...?
   - Esse encontro...
   - É um encontro? Pensei que já tinha ganhado você!
Ri de leve, coloquei a mão na coxa dela.
   - O que mais você quer? - olhei fixo nos olhos dela.
   - Quero casar com você...
Fiquei olhando ela tentando entender o que exatamente ela queria dizer.
   - Já somos casadas Swan...
   - No papel, mas quero uma festa, uma cerimônia com a nossa família e amigos, quero que a cidade toda fique sabendo, quero me mudar e morar com você, quero oficializar... - Emma levantou - vou pegar uma bebida e copos, já volto...
Fiquei olhando ela, que agia com naturalidade, como se todo aquele discurso fosse rotineiro.
Emma voltou colocando a garrafa de Whiskey (Bourbon) na mesa e dois copos com gelo.
   - Sei que é o seu preferido... - ela serviu a bebida e voltou a sentar do meu lado.
   - É sim, como sabe?
   - É o que mais tem na sua casa e já vi você bebendo no grannys...- ela me entregou um copo - então, me deve uma resposta...
Bebi um pouco olhando a Emma.
   - Faça a pergunta, só assim você vai obter uma resposta...
   - Regina Mills, casa comigo?
   - Seu romance é tão bruto Swan! - ri de leve- se isso tudo é importante para você, tem o meu "sim"!
Emma sorriu e me beijou, um beijo rápido.
   - Desculpa não ter nada romântico em mente, eu tentei pensar em algo, mas não consegui.
   - Se levar isso em consideração, lembre-se como pediu a primeira vez.
   - Pior, o casamento em si foi muito estranho...eu era noiva!
   - Nem me lembre disso, Swan! - olhei ao redor
   - Sua vez Regina, conta seus planos...
   - Que planos?  - olhei a Emma.
   - Todo mundo faz planos Gina, casamos e qual será o próximo passo?
   - Criar o Henry juntas?
   - Você - Emma virou o corpo para mim, um braço no banco e o outro na mesa, ela parecia amar me cercar - nunca teve vontade de ter um filho?
   - Eu tenho um filho, Henry.
   - Você entendeu...
   - Eu não posso Emma, já te falei...
   - Podemos fazer exames em NY, arrumar bons médicos e descobrir o real problema...
   - Emma, eu tomei uma poção e isso fez com que eu não possa ter filhos, não vou me arriscar, por mais egoísta que isso possa parecer mas, não dá o meu corpo não aguentaria out...- Respirei fundo e resolvi acabar com a frase ali mesmo, tomei um longo gole de whiskey.
   - Gina, outra o que? - Emma disse desconfiada.
   - Não quero falar sobre isso, Swan...
Coloquei o copo na mesa e fiquei encarando a bebida, as lembranças da primeira noite com Leopold vieram na minha cabeça, eu podia sentir aquele momento aterrorizante.
   -  Gina? ... Regina? - ela estalou os dedos.
Despertei do meu pensamento e sorri de leve pra Emma.
   - Desculpa, estava pensando, talvez adotar o Roland, o que acha? - mudei rapidamente de assunto com a esperança dela não perceber.
   - Algo para pensar, sem dúvidas...
Emma fez carinho no meu rosto, fechei os olhos sentindo o toque sutil, beijei a mão dela antes de abrir novamente os olhos.
    - Você sempre foi especial Emma, faremos desse casamento algo mais que especial.
    - Temos um trato então… - Emma sorriu, dei um selinho longo que ela fez virar um beijo quente.
Emma tirou a mão da mesa colocando na minha cintura, uma pegada firme, como eu gostava, ela puxou meu lábio inferior com os dentes e me encarou soltando.
     - Como resistir, Regina?
     - Você que sugeriu um bar...
Nossos lábios ainda estavam próximos, passei a ponta da língua na boca dela, que observou a provocação subindo a mão que estava na minha cintura, passou pela minha barriga e subiu no meio dos meus seios deslizando até o meu pescoço, puxei ela pelo blazer para outro beijo, dessa vez não muito longo, os toques estavam fugindo do controle e lá não era um local apropriado, por mais escura e isolada que era nossa mesa.

Emma::
Parei de beber cedo, antes da meia noite, por estar dirigindo, mas Regina continuou e parecia bem a vontade depois de uma garrafa de whiskey e vinho, estava sorrindo como nunca e aparentemente sem motivo.
   - Emmmnaaaa, escuta! - disse empolgada.
   - O que Gina?
   - Nossa música!!!
Ri de leve sem entender, eu estava me divertindo com a Regina bêbada.
   - Nem sabia que tínhamos uma música… - ela pulou sentando no meu colo, colocando o dedo na minha boca.
   - Shhhhhh, escuta!!!
          (Ryan Star "Last Train Home" tocando como som ambiente)
Parei para prestar atenção no som, estava tentando entender o porque ela achava que aquela era a nossa música e um pouco surpresa pelo estilo de som que a "rainha" escutava.
Regina fechou os olhos, sentindo a música, começou a cantar a todos os pulmões;

"We were only kids, We ran like water // Nós éramos apenas crianças, que corriam como água
I told your dad, I love your daughter // Eu falei para o seu pai, eu amo sua filha.
The sun was coming down when I said, // O sol está se pondo quando eu disse
Hallie just believe. // Hallie, apenas acredite
And if you wait for me, // E se você esperar por mim
I'll be the light in the dark // Eu serei a luz na escuridão
If you lose your way. // Se você perder seu caminho
And if you wait for me, // E se você esperar por mim
I'll be your voice // Eu serei sua voz
When you don't know what to say. // Quando você não souber o que dizer
I'll be your shelter, // Eu serei o seu refúgio
I'll be your fate. // Eu serei o seu destino
I'll be forever, wait for me. // Eu serei sempre, espere por mim
I'll be the last train home" // Eu serei o último trem para casa."

Toda a performance foi engraçada, mas confesso que adorei a "nossa" música, mas precisava fazer ela parar de beber por essa noite, tirei o copo da mão dela.
  - Acho que por hoje deu, vamos para casa...
  - Poxa, não gostou da música?
  - Eu amei a música, mas está ficando tarde e a "nossa" música acabou...
Tirei ela do meu colo e levantei, estendi a mão para ela. Regina errou a minha mão na primeira tentativa, depois conseguiu segurar levantando.
   - Pode levar a garrafa? - disse apontando a garrafa de vinho que estava pela metade.
   - Pode Gina, já está paga mesmo...
Regina pegou a garrafa e me abraçou, segurei ela pela cintura saindo do bar indo até o carro.
   - Cadê o amarelinho?
   - Você não quis vir com ele...
   - Eu amo aquele carro, é bem a minha cara negar as coisas...
Comecei a rir, abri a porta para Regina.
   - Cuidado com a cabeç....- não resolveu o aviso, o que me fez rir mais ainda- tudo bem ai?
    - Aiiiii! Porcaria de carro! Vou transformar ele em uma abóbora ou melhor, vou queimar ele! - disse acendendo uma bola de fogo na mão.
   - Não, não, não, apaga isso! Espera a gente chegar em casa, por favor! - com magia apaguei a bola de fogo.
Fechei a porta e entrei no motorista.
Dei partida no carro. Regina começou a mexer no rádio.
   - Cadê a nossa música, Em-ma?!
   - Ficou no bar, Gi-na!
Regina suspirou se ajeitando no banco abraçando a garrafa.
   - Eu te amo sabia, Em-ma?
Fiquei segurando o riso enquanto dirigia.
   - Eu tbm te amo, Gi-na!
Regina riu de leve, já estava sonolenta.
   - Tá me imitando porque?
   - Eu? Magina, Re-gi-na!
Ela bocejou e fechou os olhos, ainda bem que o balanço do carro fez ela dormir e não outra coisa.