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História The mission - Capitulo 46


Escrita por: YoungeWriter

Notas do Autor


Atrasei um pouco mais ta ae... espero que gostem ;)

Capítulo 46 - Capitulo 46


Eu sofri uma espécie de apagão, quando voltei a mim Vero estava ali me abraçando e chorando, minhas mãos estavam sangrando e o estado do meu escritório era deplorável, parecia que um furacão tinha passado por ali, meus olhos queimavam, minhas mãos, meus braços, meu rosto, mas meu peito era o que mais doía

- Lauren fala comigo – Vero chorava e quando notei seu rosto tinha um filete de sangue

- Vero... o que? – eu falei sem entender muito, eu não sabia o que tinha acontecido

- Você teve um apagão – eu segurei seu rosto e vi o filete de sangue escorrendo pelo canto de sua boca

- Fui eu? – passei o polegar de leve no local machucado, ela virou o rosto

- Não era você – meus olhos encheram de água novamente, como eu pude machucá-la – Eu devia ter notado que você não estava bem, mas eu acabei sendo egoísta e não notei

- Não foi sua culpa... foi minha... ela desistiu de mim... eu não disse nada...nada – me permiti chorar em seu ombro, enquanto ela afagava meus cabelos – Tem alguém em casa? – eu perguntei em meio ao choro

- Eles saíram, resolveram ir comemorar num restaurante o aniversário dela, ela estava no mesmo estado que você – ela falava baixo e suave, mas a lembrança de Camila chorando nos braços de outro por minha culpa, me fez chorar ainda mais

- Eu preciso falar com ela, preciso dizer que eu não a odeio, que nunca odiei que eu só estava magoada, que só queria que ela sentisse um pouco do que eu senti – soluçava entre as palavras e eu tentei me levantar, mas Vero me impediu

- Ela não quer te vê hoje e é melhor assim – ela me abraçou forte – Dá um tempo pra ela, vamos tomar um banho e vestir uma roupa limpa – ela me puxou para levantar e senti meu corpo fraco, ela me deu suporte para chegar ao meu quarto, ela me colocou dentro da banheira e senti meus machucados queimarem – Vou te esperar aqui fora

Tomei um banho longo e demorado, quando sai Vero me secou e me vestiu, eu não tinha nem forças para isso, ela deitou ao meu lado e ficamos ali, as vezes eu chorava como se não tivesse amanhã, as vezes adormecia. Não sei quanto tempo passei naquele quarto escuro, sofrendo, ouvia a voz dela pelos corredores, mas não sei se agüentaria olhar para ela sem desabar em um rio de lágrimas. Quando finalmente tive coragem para sair daquele quarto, todos ficaram assustados, eu havia emagrecido demais, usava óculos escuros para esconder as olheiras, voltei a usar pó e me sentia estranhamente confiante.

- Bom dia – falei com todos ainda quietos me olhando – O que foi o gato comeu a língua de vocês?

- Laur... você ta bem? – Ally perguntou vindo até mim preocupada

- Estou maravilhosa Allycat – lhe dei um abraço e um beijo na bochecha, notei ela me olhando – Bom dia pra você Camila – eu falei rindo pra ela, foi ai que todos começaram a caminhar até mim

- Lauren, tira os óculos – Dinah pediu e eu me afastei dela

- Pra que? – eu ri

- Tira – ela falou mandona, mas eu acho que ela pensou que eu estava drogada

- Ta bom senhorita mandona – retirei e todos viram minhas olheiras, mas eu não tinha usado drogas, muito menos tomado nenhum remédio

- Ela também não está cheirando a álcool – Disse Mani me cheirando

- Ei – me afastei deles – Eu to ótima gente  - fui até o cachorro que estava deitado no chão e ficamos nos encarando, eu estava estranhamente me sentido bem, me abaixei e fiz carinho nele – Ahh pulguento vem cá – ele pulou em cima de mim e eu comecei a brincar com ele

- Você ta bem? – Camila perguntou meio baixo

- Já falei que to ótima – peguei a coleira do cachorro – Vou passear com ele, posso? – ela assentiu e eu saiu com cachorro para passear no parque, eu sabia estava tão bem, nem parecia que eu tinha perdido o amor da minha vida, dei uma pequena corrida com ele, porque será que eu sempre tratei ele mal? Talvez porque eu tinha ciúmes da atenção que a Camila dava a ele, mas ele não tinha culpa, eu era culpada. Fiquei caminhando e vi umas pessoas praticando escalada no meio do parque, me deu uma vontade de escalar – Oi – um homem musculoso me olhou e sorriu

- Oi, posso ajudar? – ele cruzou os braços, mas não numa atitude rude

- Posso escalar? – eu falei rindo olhando para cima do paredão

- Já fez isso antes? – eu assenti, já escalei muitos muros para invadir casas, subi em árvores – Então tudo bem – peguei a coleira do Max e entreguei para uma moça que estava ali, que segurou com grado fazendo carinho nele – Pega o equipamento...

Antes dele falar isso eu já estava na metade do paredão sem equipamento, precisava senti a adrenalina me satisfazia, só ouvi algumas pessoas gritando lá de baixo, mas nem me importei, continuei subindo até chegar a parte de cima do paredão, ouvi algumas pessoas gritarem comemorando quando cheguei no topo e eu levantei os braços comemorando

- Moça você é maluca – o homem lá em cima falava – Mas tenho que admitir que isso foi muito maneiro – ele prendeu rápido o equipamento para descer na minha cintura, acho que ficou com medo que eu descesse sem, o que me fez rir, desci rápido e todos lá aplaudiram, fiz uma breve reverencia e peguei o cachorro e rumei pra casa, me sentia elétrica e faminta, cheguei lá o pessoal estava trabalhando, ficaram me olhando esquisito, mas eu nem liguei parti para cozinha e comi uma gororoba que fiz

- Lauren? – alguém chamou minha atenção e eu levantei a cabeça e vi que era o Troy – To falando com você, você não me ouviu?

- Desculpa Troy não prestei atenção – falei sem graça por não ter nem notado ele ali e ainda falando

- Queria saber se você pode me ajudar a treinar – ele ficou parado me olhando

- Claro, deixa eu terminar de comer e já vou – levei mais alguns minutos e terminei, fui para a sala e lá estava a Ally, murmurava algo baixo, fui até ela e vi que ela estava programando algo – Programação ... –ela me olhou sem entender, eu prestei atenção no código – Não ta funcionando porque ta errado aqui – Apontei para onde havia o erro – Deixa que eu conserto – tomei o teclado de sua mão e comecei a digitar os códigos, era um software pirata para invadir a rede e localizar Ips ocultos que entravam na deep web em partes que talvez fossem úteis para a investigação – Prontinho Allycat – ela ficou me olhando sem entender, porque fazia tempo que eu não ajudava desse jeito, caminhei até a academia e Troy estava lá

Ajudei ele a treinar e já estava de noite, ele parecia bem cansado, mas eu não, fiquei ali treinei mais, malhei e fui jantar, Camila estava sentada no balcão comendo cereal, ela ainda estava morando lá, peguei um pouco de cereal também e me sentei de frente para ela, não iria desistir dela, não mesmo. Ela não falou nada apenas levantou

- Camila ... – ela virou – Dessa vez quem não vai desistir sou eu – falei dando uma colherada no cereal e rindo – E se acha que eu não vou quebrar a cara do Tom se ele te chamar para sair de novo, vocês estão muito enganados

- Tarde demais Lauren – ela falou suspirando – Porque nós estamos saindo e vou me divorciar de você – deixei cair minha colher no prato enquanto ela saia, corri até ela e puxei se braço

- Volta pra mim – eu falei com os olhos marejados, ela apenas desviou o olhar e tentou soltar o braço

- Agora você me quer de volta? Porque não procura a vadia que estava na sua cama há duas semanas atrás? – Como assim, passei duas semanas trancada naquele quarto? Onde eu fiquei esse tempo todo? Eu lembrava de dias, mas não semanas – Você não estava seguindo enfrente, dormindo com todo mundo, agora é minha vez – Vou tentar algo com ele agora – eu não sabia se ela estava falando aquilo pra me afetar, mas deu certo

- Duas semanas? – perguntei atônita – Eu fiquei duas semanas naquele quarto? – soltei ela e coloquei as mãos na cabeça, minha cabeça doía, dava voltas, caminhei pra trás e acabei esbarrando numa mesa derrubando um vaso – Está namorando com ele – comecei a caminhar para o escritório

- Lauren? – ouvi sua voz longe, muitos sons na minha cabeça, me perturbavam, fechei a porta com força e tranquei

- Você não é nada ­– Alguém sussurrou, eu virei e não vi ninguém – Você nunca vai ser feliz...ninguém nunca vai te amar – aquelas vozes eram conhecidas, mas eu não via ninguém – Você é uma puta que nem a sua mãe... ­– coloquei as mãos no ouvido

- CALEM A BOCA – eu gritei, mas elas continuavam falando

- vou me divorciar de você... ninguém nunca vai te amar... – senti as lagrimas correndo por meu rosto, eu queria que as vozes parassem, comecei a tentar fazer barulho com as coisas

- Lauren abre a porta – alguém gritava e as vozes se misturavam, ouvi barulhos na porta, mas eu não sabia o que era real ou não

- CALA A BOCA – Eu só queria que as vozes parassem, as batidas na porta ficaram mais forte

- Você não tem ninguém... você é fraca – Abri a gaveta e vi lá minha pistola, ponderei em pegá-la – SUA FRACA... SUA INUTIL... ELA JÁ ARRUMOU ALGUÉM MELHOR... POUPA O MUNDO DA SUA EXISTÊNCIA – Peguei a arma e sentei no chão, o choro histérico veio a tona , mas não diminuía a intensidade das vozes, minha mão estava tremula, mas eu consegui engatilhar a 38 e levei a cabeça – VOCÊ DEVERIA TER MORRIDO NAQUELE DIA... ALLY SE FERIU POR SUA CULPA... VOCÊ É CULPADA JAUREGUI... VOCÊ É FRUTO DE UM ESTUPRO... VOCÊ MATOU SUA MÃE... ELA MORREU PRA DÁ A VIDA A SUA EXISTENCIA INUTIL... VOCÊ É UM LIXO LAUREN MICHELLE JAUREGUI MORGADO

- AHHHHHHHHHHHHHHH – um grito preso na minha garganta e eu ia acabar logo com aquilo apertando o gatilho

- LAUREN – um grito ecoou pelo lugar, o que me fez para por um tempo, eu vi Camila chorando e correndo até mim e puxando a arma da minha mão com violência, quando jogou pra longe, ela me abraçou forte e começou a chorar, eu a abracei forte também e comecei a chorar, minha visão estava embaçada as vozes ainda estavam na minha cabeça, os sons, vi borrões na porta e sabia que eram meus amigos, mas depois de um tempo chorando, senti algo espetar meu braço e eu apenas apaguei ainda abraçada com Camila.


Notas Finais


Nossa ...só isso que tenho a dizer '-'


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