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História The Most - He is dead


Escrita por: resumo

Notas do Autor


“ele está morto”

Capítulo 16 - He is dead


 

A dor não passa, você só se acostuma com ela.

 

— Chegamos. — Chaz exclama ao meu lado, fazendo-me analisar o local. Um deserto, onde nosso carro estava parado, com alguns veículos de meus seguranças atrás.

Respiro fundo, batendo meus dedos sobre o volante de couro.

— Estão atrasados, ou estamos adiantados? — Christian pergunta, sentado no banco de trás com Ryan e Nolan.

— Você acha mesmo que alguém tem o atrevimento de chegar atrasado em um compromisso com a gente? 

— Calma aí, Drew! Foi apenas uma pergunta.

— Guarde perguntas estúpidas para si. — Todos se calam, percebendo que eu não estou em meu melhor humor então não é para abrir a boca. — Caitlin. — Liguei meu rádio, sabendo que ela estava escutando. — Localização?

— Estão a 6 minutos daí. 

Tendo sua resposta, desligo o rádio, voltando a repousar o mesmo em meu colo caso ela precisasse informar algo. 

Eu sinceramente estava gostando do silêncio em que o carro permanece. Pelo menos até Nolan abrir a boca.

— Onde você foi ontem, Justin? — O olho pelo pequeno espelho grudado no teto do carro. — Tipo, você vazou da festa muito cedo.

— Skyler passou mal e tive que levá-la para o hotel.

— E então, Justin... — Chaz, que está ao meu lado, passa um braço por meu ombro, me balançando aos poucos. — Sei que você está pegando ela e tudo mais, mas sabe... dudes acima das minas, certo?

— Onde você quer chegar, Somers?

— Depois que sei lá, vocês não quiserem mais se pegar, poderia deixar ela para mim, né?

Solto uma risada, repleta de humor, saindo por baixo de seu braço e voltando a escorar minhas costas no banco de motorista.

— Você acha mesmo que a Skyler vai querer te pegar?

— Iih, qual é Drew? — Ele cruza os braços acima do peitoral, arrancando mais risadas minhas e dos caras. — Acha que o pai aqui não consegue?

— Certo, Chaz. — Cesso minhas risadas aos poucos mas um sorriso divertido ainda se faz presente em meus lábios. — Se ela quiser, não vejo porque não. Boa sorte.

— Sério? — Pergunta, surpreso.

— Por que eu impediria? — Questiono o óbvio. — A não ser que vocês estejam pensando que temos um caso. — Seguro a risada.

Todos me olham, confusos.

— E não estão? — Christian indaga.

— Não.

— Justin. — Caitlin quebra todo o clima de tensão presente ali. — Eles chegaram.

Arrasto meus olhos para a frente. Logo, uma fumaça de areia se faz presente, com uma Mercedes Prata parada a nossa frente. Molho meus lábios, voltando a batucar os dedos no volante. A porta do carro abre, mostrando o semblante do homem de terno, com o cabelo grisalho e óculos escuro cobrindo seus olhos. Para em frente ao seu carro, nos encarando.

Conduzo a mão até a cintura, apenas me certificando que minha 48 está ali — e sim, está.

— Ryan, vem comigo. — Abro o porta-luvas, pegando um pouco de munição e colocando em meu bolso frontal da calça jeans. — Vocês ficam aqui, caso a barra fique pesada podem sair e pedir reforços.

Todos concordam, tendo então, eu e Ryan saindo do carro. O clima está muito abafado, tendo o sol queimando sobre nossos corpos — o que me faz pensar em como esse cara de terno não estava soando ou algo do tipo. Mas bem, isto não importa.

— Deve ser... Justin Bieber. — O homem diz assim que nos aproximamos o suficiente.

— Sim.

— Seu pai me falou sobre você. — Levanta sua mão esquerda, que só então eu percebo que segura uma folha, a mesma no qual começa a ler. — Justin Drew Bieber, canadense, 20 anos, 1.75 de altura...

— Sabe até meu signo, cara? — O interrompo. Ryan coloca o punho sobre a boca, segurando uma possível risada. — Não estou aqui para saber o que já sei sobre mim. Estou aqui para ter respostas, aliás este é o seu trabalho. Então, se concentra nisso, ou eu devo te ensinar a como fazer? — Sorrio, cínico.

O homem trinca o maxilar, dobrando a folha ao meio e guardando a mesma em sua maleta.

— Senhor Bieber, devo dizer que seu comportamento foi muito errado diante de um agente do governo, você deveria...

— Quem você pensa que é para dizer o que devo ou não fazer, corôa? — Franzo minhas sobrancelhas, me aproximando mais dele. — Por que todas essas informações sobre mim se não sabe com quem tá se envolvendo? — Levanto minha camisa, mostrando minha arma. Seus olhos se arregalam e, automaticamente, dá alguns passos para trás. 

— Você não vai me matar.

— Eu não mato. — Abaixo minha camiseta novamente, encarando seus olhos que faiscavam medo. — Eu só faço furos, quem tira a vida é Deus.

— Senhor, eu peço para que...

Reviro meus olhos. Esse cara está realmente me tirando do tédio.

— Ryan. 

Só foi preciso dizer isso, para que Ryan o pegue pela gola da camisa social e aponte a arma em seu rosto. Em fração de segundos, mais dois homens saem do mesmo carro e, com isso, pude perceber a presença de Nolan, Chaz e Christian atrás de nós, o que causa mais gritos de medo do corôa.

— Vocês não vão querer matar ele. — Chaz soltou uma risada irônica para os dois homens que apontam armas para mim. — Porque se fizerem isso, bom... estão com passagem garantida para o inferno.

— Solte ele. — Um dos homens disse entredentes, o que, claramente, chamou minha atenção.

Cruzo meus braços, e enquanto seguia em sua direção, passo dois dedos sobre meu queixo, analisando sua feição. Seus músculos querem se mostrar fortes, mas seus olhos denunciam que ele está com medo. Medo de mim.

— Atire. — Ergo minha sobrancelha, abrindo meus braços, mas ele não fez nada, absolutamente nada. Continua na mesma posição. — Atire em mim, anda. Tá esperando o que? — A pistola sustentada em suas mãos treme pelo desespero de seu corpo. — EU DISSE PARA ATIRAR EM MIM, PORRA!

O homem engole em seco, respirando fundo e abaixando a arma, recebendo um olhar feroz do parceiro ao seu lado, mas que, por consequência, teve de baixar a arma também por estar em minoria.

— Foi o que pensei. — Sorrio sem humor, caminhando novamente até o cara que Ryan segura. — E você, vai nos contar tudo o que sabe.

— Eu...Eu… — Balbucia.

— Gaguejar só vai piorar o seu caso, cara. Não temos todo o tempo do mundo.

— O homem que estava na festa da garota que você mencionou no vídeo, não foi fácil de rastrear e reconhecer as feições, muito menos saber o porque estava lá e...

— Nomes. — Digo, com o maxilar trincado, eu realmente estou perdendo a paciência. — Eu quero nomes!

— Thomas... — Ele engole em seco. — Thomas Davenport. Era ele. Foi ele que a salvou.

Ryan me olha, confuso, e eu, bem, não disse nenhuma palavra. Minha única ação foi andar de um lado para o outro, tentando raciocinar, encaixar o porquê de ser Thomas. Não posso acreditar. Coincidência não é. Davenport nunca fazia algo por bondade, tinha algo nisso. Algo mais complexo. Mas o que não entendo é... por que Skyler? Por que Skyler está envolvida? Por que ele estava presente? Foi ele que a sequestrou e fez um jogo comigo? Mas por que ele não se gabou como sempre fez?

Muitas perguntas circulam minha mente e a única resposta é: zero. 

Não sabia responder nem uma dessas perguntas. Mas isto não ficaria em branco. Ele está envolvido com a Rainha Vermelha, e eu procurarei saber o porquê.

Preciso saber o porquê.

— Mate-os.

Dou as costas voltando para o carro, e só foi o momento de eu ouvir os barulhos estrondosos de tiros.

 

Point Of Views — Skyler Price 

Sentando na cama, sinto minha cabeça dar uma pontada super aguda, me fazendo gemer de dor. Merda. Parece que eu levei uma pancada tão forte que mal consigo raciocinar.

Eu realmente não lembro de nada.

Minha última lembrança certamente é estar me arrumando com Caitlin para a After Party do Chicago.

— Tome essa aspirina que tá do seu lado, se arruma e desce. Suas malas já estão prontas. — Justin diz, pegando algumas papeladas que estão em cima da cômoda do quarto.

Fiz o que ele disse, pegando aquele comprimido e tomando de uma vez com o copo d'Água, me levantando e tendo que segurar na parede para não cair de cara no chão.

Droga. Odeio sensação de enjôo.

— O que aconteceu? — Pergunto.

— Você ficou bêbada. — Responde.

— Quem me trouxe para cá?

— Eu.

— E...

— Skyler, anda logo, não temos tempo. Se arruma.

E então, ele desce as escadas. Sem piadas. Sem xingamentos. Sem risadas. Justin está diferente. De certa forma, parece apreensivo. Então resolvo não fazer diferente e me encaminhar para o banheiro, vendo que já tem uma roupa separada ali para me arrumar.

...

Tendo os seguranças levando nossas malas para o carro, depois de algumas horas no avião, eu sinto meu corpo todo pesado. Estou com dores em todo o lugar do meu corpo, o que faz com que me arrependa amargamente de ter tomado todas naquela festa.

Estou em um carro com Justin. Ele se manteve calado o dia inteiro. Nossa última conversa, ou interação, foi quando eu havia acordado no hotel. Estou curiosa para saber o porquê de ele estar assim, mas eu sei que tem a ver com o seu trabalho, então prefiro ficar quieta. Se isso for considerado trabalho.

— Por que estamos seguindo esse caminho? — Pergunto confusa, olhando as ruas escuras de Los Angeles.

— Você vai para sua casa.

Franzo o cenho, totalmente confusa.

— Como assim vou para minha casa?

— Sua estadia acabou lá, Skyler. Ou achou o que? Que ficaria para sempre? — Ri, sarcástico, batendo seus dedos de forma nervosa no volante.

— E nosso trato?

— Não tem mais trato. — Da de ombros, indiferente. Mas não é isso. Eu sei que tinha mais coisa ali.

— Justin, o que está acontecendo?

— Nada.

— Me fala, está tudo bem. — Toco em seu ombro, que desvencilha no exato momento.

— Eu já disse que nada porra! Você está surda?

— Não fala assim comigo! — Digo em fio de voz, sentindo um clima muito ruim entre nós. 

— Então para de se intrometer na porra da minha vida. Você não entende que não tem importância nenhuma, e não deve se intrometer onde não foi chamada? 

Arregalo os olhos, o encarando chocada. As lágrimas circulam dentro dos meus olhos mas eu não as solto, ele não merece.

— Skyler... — Posso perceber o arrependimento em sua voz.

— Para o carro. — Tiro o cinto.

— Estou cheio de coisa na cabeça e eu... Eu não queria falar isso, tá legal?

—  DISSE PARA PARAR O CARRO!

Justin me encara com raiva mas não pode permanecer o olhar assim que seus olhos se focam no retrovisor. Ele só pode estar brincando comigo.

— PARA DE ME IGNORAR, VOC...

— Coloca o cinto.

— Porq… — Me interrompe, antes que pudesse concluir.

— COLOCA A PORRA DO CINTO, SKYLER! 

Assim que eu abro minha boca para gritar mais uma vez com ele, a única coisa que sai são gritos, gritos ao ter tiros disparando em nossa direção. Arregalo meus olhos, olhando para o retrovisor e vendo que havia dois carros nos seguindo, de onde sai os tiros. É madrugada, só há nós na rua, e é exatamente isso que me deixa assustada.

— JUSTIN! JUSTIN ELES... ELES ESTÃO ATIRANDO.. AHH! — Grito, me abaixando assim que um tiro acerta o retrovisor do meu lado, o partindo no meio, e fazendo os vidros despedaçarem.

— CARALHO! — Ele gritou ao meu lado, totalmente exasperado.

Os soluços de choro saíam involuntários da minha boca, e enquanto eu estava abaixada, pude perceber que Justin enterrou o pé no volante, quando o carro praticamente estava voando. Não tinha ninguém ali, nenhum dos meninos e isso que estava me deixando preocupada. Só tinha Justin ali. Só ele contra dois carros com sei lá quantos homens.

— Sky.. Sky olha pra mim. — Pude ouvir sua voz rouca, que pela primeira vez continha desespero. — Olha pra mim. Tá tudo bem, olha para mim.

Me levantei, mas mesmo assim não consegui encarar seus olhos. Eu estava em estado de pânico com tudo isso. 

— Eu preciso que você ligue para casa e fale com eles, tudo bem? Consegue fazer isso? Eu preciso de você. 

— Eu não consigo... eu... AHH! — Gritei novamente quando dessa vez o tiro atravessou o vidro de trás, causando um barulho estrondoso, só não mais alto que meu choro. — Justin, por favor, eu não consigo.

— É só você ligar, okay? Só isso! 

E mesmo com tudo isso acontecendo, ele estava tentando se parecer calmo para me deixar calma, e aquilo talvez me trouxe esperança, por mais que o único caminho ali seria a morte. Ou nossas ou deles.

Pegando o celular de seu bolso, Justin me falou a senha e assim que o desbloqueei, mal consegui entrar em contatos. Meus dedos estavam tremendo, e as lágrimas me impossibilitavam de sequer enxergar algo, mas acabei conseguindo achar o contato de Dylan e ligar para o mesmo.

— Bieber?

— Dylan, Dylan, é a Skyler. — Minha voz saiu falha por conta dos soluços.

— Skyler? O que foi? Por que está chorando? Que barulho é esse?

— Eu... Eu...

Justin arrancou o celular com força de minhas mãos, conversando com Dylan e passando informações. Eu estava sem reação alguma.  Não havia nada que eu possa fazer e isso está me matando por dentro.

— Eles estão vindo. — Justin guardou o celular no bolso novamente, e antes que eu o respondesse, nossos corpos foram impactados para frente com força, com o panque que um dos carros bateu na traseira do nosso. — Precisamos pular.

— O QUE? — O olhei totalmente assustada e sem acreditar no que eu havia escutado. Eu só podia ter escutado errado.

— Precisamos pular, entendeu? Não vamos conseguir. — Ele me olhou, pela primeira vez naquele momento ele me olhou. — Eu vou diminuir a velocidade e você vai correr o mais rápido possível, entendeu? Você precisa fazer isso. — Neguei com a cabeça. — Você precisa confiar em mim, Skyler. Você tem que cooperar se não nós dois vamos morrer aqui e agora entendeu?

Respirei fundo, limpando minhas lágrimas e concordando com a cabeça, o fazendo assentir também.

— Boa garota. — Murmurou, olhando para trás e acelerando mais ainda o carro. — Me peguem seus filhos da puta. — Ele resmungou, virando o carro em uma curva e fazendo um barulho irritante do pneu com o asfalto pela velocidade. Justin diminuiu a velocidade e por fim, me olhou. — PULA, SKYLER! AGORA!

Abrindo a porta, pulei sem pensar, tendo meu corpo rolando várias e várias vezes. Eu conseguia sentir várias partes do meu corpo raladas, arranhadas e feridas, e sabia que isso causaria cicatrizes. Tendo os dois carros passando na rua por mim com rapidez, me arrastei para a calçada gemendo de dor e só então percebi que Justin não havia pulado. 

— Justin?

Coloquei a mão em minha cabeça, tentando o procurar em meio aquela escuridão, ignorando toda a dor que eu estava sentido. Ouvindo novamente os barulhos dos carros, olhei para o final da rua, e assim que observei o carro de Justin capotar, eu arregalei meus olhos, sentindo uma sensação horrível, e logo o fogo subiu, causando uma estrondosa explosão.

— JUSTIN! JUSTIN! — Gritei não tendo nenhuma voz saindo da minha boca. As lágrimas rolaram quentes por meu rosto, enquanto eu tentava me arrastar. — JUSTIN!

— Skyler! — Escutando a voz de Chaz atrás de mim, pude sentir seus braços em meu corpo, enquanto vários e vários carros chegavam na rua. — Dylan, a leve para sua casa. — Ele me entregou a Dylan, que me segurou no colo.

— NÃO! CHAZ, O JUSTIN! NÃO! 

Ninguém me deu ouvidos, assim que Dylan me colocou para dentro do carro. A única cena que observei antes de sair dali, foi os meninos correndo em direção a explosão, enquanto Caitlin estava abraçada com Christian, a mesma que chorava descontroladamente.

Justin.

Justin estava... morto?



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