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História The murderer of Henry Hill - Bree


Escrita por: HiBaes

Capítulo 2 - Bree


Bree Callahan

 

    Geórgia, Atlanta

          Despertei com um susto.

-MITCH, SEU VIADO DO CARALHO! – ergui-me da cama e corri para fora da cama atrás do Mitch. Esse idiota jogou água em mim para que eu acordasse. Foi uma puta sacanagem – Viado, quando eu te pegar!

-Relaxa, Bree foi só uma águinha – ele disse e eu quis soca-lo. Meu pai estava com um uniforme novo da polícia. Ele tinha o seu distintivo novo também, agora com o símbolo da Geórgia – Uau, o tio está um gatão!

-Realmente – espremi o cabelo, fazendo a água acumulada nele cair no carpete – Assim vai arrumar uma namorada rápido.

-Não vim aqui para arrumar namorada, Bree – ele disse, sério. Revirei meus olhos. Meu pai acha que tem que ser fiel a minha mãe mesmo ela estando morta – Nunca vou encontrar uma mulher como a sua mãe.

-Sorte a sua – murmurei baixo. Mitch me olhou, cabisbaixo – Só assim não sofre outra vez.

-Quem estava sofrendo era ela – ele corrigiu-me, levantando o olhar para mim. Dei de ombros.

-Por minha causa – sai da sala e senti Mitch me seguir, seus braços me agarraram por trás – Não sei porque ele ainda insiste em defende-la.

-Amor – respondeu-me – E a culpa não foi sua, ela apenas não soube lidar com a gravidez..

-Com minha existência – o corrigi – Quer saber? Foda-se aquela vadia, ela esta queimando no inferno e eu prefiro assim!

-Bree, você é a vadia mais má que eu conheço!

-E você a vadia mais gay que eu conheço.

-Claro, não existe vadia gay – ele ironizou e eu gargalhei.

-Por isso que eu te amo. Você é único – espremi o rosto dele, lhe dando um selinho. É assim que nos cumprimentamos – Agora me fala o plano para esta noite.

-Ah, eu já até pensei no que vamos fazer – ele chegou em minha orelha e disse – O que você acha?

-Meu pai arrancaria meus cabelos se soubesse que fui a esses lugares – disse, franzindo o nariz. Da última vez que meu pai descobriu algo meu, eu quase fico sem vida social – Quando ele descobriu que eu estava comprando maconha de um bandido que ele prendeu, quase fiquei sem sair por anos.

-Você escapou todos os dias, sem desculpinhas!

-Verdade, mas não quero magoa-lo.

-Então tudo bem, vamos ficar mofando nessa casa – Mitch saiu da cozinha me deixando sozinha com meus pensamentos. Ir a uma balada de bandidos era demais, porém se meu pai soubesse..

-Vou te dar dinheiro para comprar pizza para o seu jantar e do Mitch – papai disse, tirando da carteira cem dolinha. Engoli em seco, então ele não ficaria em casa hoje – Como é meu primeiro dia de trabalho, vou passar o dia todo vendo como serão as coisas. Conhecendo meus companheiros de trabalho e planejando as novas buscas – ele continuou e eu só conseguia prestar atenção no que eu iria fazer a noite – Voltarei amanhã as seis! Não se preocupe com o meu café da manhã, comprarei algo para mim. Ouviu?

-An? Claro pai – assenti, sorridente – Ouvi sim. Aliás, vou dormir mais cedo hoje, estou bastante cansada!

-Pode dar uma volta pela cidade se quiser, mas não quero que saia exagerando por ai. Sabe que o percentual de criminosos por aqui é demasiadamente maior que o de Los Angeles.

-Sim, eu sei – concordei com a cabeça.

-Ok, então eu vou indo – ele beijou o topo da minha cabeça, em seguida me olhou nos olhos – Eu confio em você, então faça por onde. Amo você, querida.

-Também – sorri.

        Meu pai saiu pela porta da cozinha. Segui para a sala com o dinheiro em mãos, Mitch assistia a um noticiário, pulei em seu colo animadíssima.

-Então quer dizer que a bicha quer ir a um encontro com gangster? – indaguei – Pois nós vamos! Papai vai voltar apenas amanhã de manhã, espero que seja divertido porque não quero gastar minha animação á toa!

-Não brinca comigo, Bree.

-Preciso da sua ajuda para encontrar uma roupa bonita.

-Vou te deixar a vadia mais bonita de Atlanta.

-Vai ter muito trabalho – brinquei.

 

10pm, Atlanta

       Mitch finalizou a minha maquiagem e foi passar seu perfume. Me olhei no espelho e fiquei satisfeita com o trabalho da bicha. Quem precisa de uma amiga mulher quando se tem um amigo gay? Apesar de ser um poço de deboche, é mais leal que muitas meninas que se dizem amiga.

-Já chamou o uber? – perguntei ao Mitch enquanto o mesmo ajeitava os fios pequenos que fugiam de seu penteado – Ou esqueceu que não temos transporte?

-Relaxa, arrumei uma carona.

-Como assim, viado?

-Eu conheço um boy que vai nos levar até a balada – ele respondeu-me naturalmente. Meu queixo caiu, essa puta não perde tempo mesmo.

-Mal chegamos e tu já arrumou um macho?

-Eu já conhecia ele, relaxa mana – Mitch me bateu na bunda e saiu do meu quarto. Ri baixo e o acompanhei até a sala – Ele é bem másculo, ninguém ainda sabe que ele é gay, então por favor finja que também não sabe.

-Mas já se pegaram? – perguntei, ainda descendo a escada. Quando ergui meu olhar do chão, percebi que Mitch sorria maliciosamente – Como em? Menino, chegamos a menos de um dia!

-Bree, eu não perco tempo.

-É mesmo viu – exclamei assustada com ele – Eu quem diga!

      Duas buzinadas soaram e eu deduzi ser o “amigo” do Mitch. Saímos da casa juntos, eu tranquei a porta e caminhei em direção ao carro de luxo. Uma bmw 320i preta de deixar todo mundo babando. Todo mundo, eu. Entrei no banco traseiro fingindo naturalidade, o meu amigo estava agindo normalmente como se fosse acostumado com todo o luxo.

-E ai – o rapaz me cumprimentou. Ergui o olhar e o observei, que homem é aquele? Mitch estava pegando bem. Bonito, novo e bem sucedido – Me chamo Nolan!

-O-oi – sorri largamente – Sou a Bree, muito prazer!

-Prazer é todo meu – ele disse simpático. Limpei a garganta chamando a atenção da minha bicha, assim que consegui, falei um ‘puta que pariu’ e recebi uma risadinha em resposta.

 

{...}

     Sem querer exagerar, mas o Nolan é um puta desperdício! Além de gostoso, rico é completamente gente boa. Ele nos levou para dentro da balada na maior facilidade, ainda por cima nos permitiu pegar quantas bebidas quisesse por sua conta. Agradeci imensamente. Ficamos na parte vip do lugar, não é por nada não mas hoje é o meu dia. Puta que pariu! Os viados é uma raça boa, deveria existir mais pessoas assim.

-Bree, vou dar uma saidinha – Mitch gritou em minha orelha. O olhei com a testa franzida, então pude ver Nolan descer a escada da área vip, entendi tudo. Fiz um sim com a cabeça – Cuidado, não fique com qualquer um! Aqui tem muito bandido.

-A primeira bandida sou eu – gritei de volta – Relaxa, sei me cuidar.

-Volto depois – ele disse e eu assenti novamente – Esteja viva quando eu voltar.

-Hoje estou pro crime – brinquei, fazendo-o rir. Mitch saiu de perto de mim e logo o vi descer a escada também.

       Não acho nada demais em aproveitar a noite sozinha, por mais que eu prefira estar acompanhada. Uma música latina começou a tocar e eu rapidamente me animei, fui até a pista onde algumas pessoas balançavam-se e as acompanhei. Ergui meu copo de Margarita e rebolei meus quadris, descendo até o chão e atraindo alguns olhares dos marmanjos. Estou acostumada a atrair olhares, então me senti constrangida. Continuei movimentando-me até quando a música acabou e outra iniciou-se.

          Notei um sofá próximo ao vidro que dava para observar toda a pista de baixo. Caminhei até ele em passos vagarosos, vai que alguém se senta lá e eu fico brotada olhando para ela. Cheguei a tempo de me sentar. Eu gosto de dançar e de me divertir, mas percebi que com alguém é bem melhor. Terminei a minha bebida quando percebi um garçom se aproximar com uma bandeja.

-Aquele rapaz mandou te entregar – o mesmo disse, apontando com a cabeça para um cara sentado no bar. Uau, que sapão – Pode pegar, moça!

-Ok – eu disse meio incerta. Que medo, já pensou se ele coloca algum veneno dentro? Deus me defenda. Ergui a bebida e ele ergueu a dele, lançando-me uma piscadela excitante.

       O resto da noite foi o cara me olhando e eu me embriagando morgada no cantinho da balada. Todo mundo ali estava se divertindo menos eu, foi então que percebi que eu estava parecendo a tia Mercedes. Estava prestes a me levantar para ir embora quando, subitamente, o carinha desceu do banquinho do bar e veio até o sofá, sentando ao meu lado.

-Posso te fazer companhia? – ele perguntou e eu ri, baixando a cabeça. Ouvi-o rir também – Que foi?

-Está na cara que preciso de companhia?

-Talvez – ele tombou a cabeça para o lado – Acho que precisa da minha companhia.

-Ah é? Por que acha isso?

-Não vai encontrar alguém melhor que eu aqui – respondeu-me, oferecendo a sua mão. A apertei, sorrindo – Justin Bieber.

-Bree.

-Só Bree? – indagou, franzindo a testa confuso.

-Por enquanto sim – o provoquei, e o vi balançar a cabeça sorrindo.

-Então você é difícil?

-Achou que eu fosse fácil? – lhe fiz outra pergunta e o vi assentir.

-Menos difícil que isso.

-Quais as suas intenções por pensar isso?

-As mesmas que a sua – ele disse e eu semicerrei os olhos. Esperto, muito esperto. Olhei-o de cima a baixo.

-E quais seriam? – ele se aproximou de mim, colando os lábios em minha orelha dando-me a resposta – Nessa você errou – me levantei e fiquei em pé em sua frente. Seus olhos me acompanharam – Nos vemos em breve e quem sabe eu te diga o meu sobrenome – antes que eu saísse, ele me impediu, o olhei sem entender.

-Nem um beijo de despedida?

-Ah, claro – me abaixei e beijei o canto da sua boca.

-Filha da puta!



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