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História The Mysterious Blood - 7. Fantasmas não existem


Escrita por: vampiremah

Notas do Autor


O do gif é o Paul (ps: ele é loiro)

Capítulo 8 - 7. Fantasmas não existem


Fanfic / Fanfiction The Mysterious Blood - 7. Fantasmas não existem

Por' Smiley Franslane

Já estava escurecendo quando o jipe finalmente hesitou em frente a minha casa. Tentei omitir o máximo que consegui de soltar um suspiro aliviada. No fim das contas, havia me decepcionado demais com todo aquele dia, e o fato de eu estar pensando isso me fez sentir realmente irritada.

No entanto, consegui esboçar um sorriso convincente quando Freduard virou para trás, embora forçado.

- Sabe, eu e Melanie vamos passar naquela cafeteria. Você não quer mesmo ir com a gente? - perguntou ele. 

- É, acho que já estou meio cansada. - respondi, sem hesitar, mas tentando soar o mais convincente possível. Afinal, aquilo era por parte verdade. - Hm... obrigada pelo passeio, foi legal dar uma volta pela cidade. - esbocei mais um sorriso.

 Freduard, porém, encarou-me por um instante como se desconfiasse de mim, e aquilo fora realmente desconfortante demais. Lancei um olhar de relance para a janela, desviando o olhar, e então o vi sorrir fraco, balançando de leve a cabeça.

 - Bom, qualquer dia a gente faz isso mais uma vez, então. - por fim acrescentou ele, voltando a olhar para frente.

Eu assenti, concordando mais por educação mesmo, e em seguida abri a porta do veículo, saindo logo depois. Virei-me para trás e reparei no sorriso gentil que estampava no rosto de Melanie. Tentei retribuir o sorriso, mas ao ver que Freduard novamente me encarava daquela maneira um tanto enigmática, que por algum motivo me incomodava muito, eu apressei a despedir-me, acenando levemente com a mão. 

Com isso, virei-me e fui em direção a porta da minha casa. Abri-a e quando finalmente adentrei no local deixei escapar aquele suspiro de alívio que havia segurado minutos antes.

Por' Freduard Charles

- Ela parece ser uma pessoa legal. - comentou Melanie enquanto regulava o rádio a procura de uma música que ela gostasse. Até que finalmente ela pausou em uma que eu não conhecia, mas que possuía uma batida country. 

- Ela é. - afirmei quase que no mesmo instante. Porém, logo preferi acrescentar. - Quero dizer, pelo o que eu já pude conhecê-la, pelo menos...

Ao acrescentar aquilo, no entanto, senti que eu não estava sendo totalmente sincero, fazendo com que ao final da afirmação meu tom de voz com um tom inseguro, o que de certa maneira irracionalmente incomodou-me.

 Apesar disso, o mais inquietante fora que, por mais estranho que fosse, no fundo eu tinha certeza de que ela realmente era uma pessoa legal, e mais que isso... Que de alguma maneira, mesmo inconscientemente, saberia que Smiley Franslane poderia se tornar uma pessoa realmente importante na minha vida. E essa intuição, por mais estranho que parecesse, não o perturbava de forma alguma.

- Então, como você a conheceu? - perguntou Melanie, em seguida, enquanto cantarolava alguns versos da música. Eu hesitei por um certo momento, mas logo então eu me lembrei.

- Eu meio que havia me esbarrado na escola com ela. No primeiro dia que ela foi a escola. - respondi, mas logo hesitei novamente.

Pois alguma coisa dentro de mim sentia que era melhor não mencionar sobre o fato de eu meio que ter salvado ela de ser atropelado por uma bicicleta, e de como ele insistira em oferecer-lhe carona. Aliás, ainda mais estranho era que ele não se arrependia por tudo aquilo que havia acontecido...

Quando finalmente chegamos na cafeteria que sempre estávamos acostumados a ir e Melanie me abraçou de lado e sussurrou gentilmente em meu ouvido que sentia saudade de tudo aquilo, porém, algo involuntário despertou-se dentro de mim.

Lembrei de maneira tão rápida de todo o passeio que literalmente havíamos acabado de fazer pela cidade, e então de quando eu beijara Melanie quando a chamara de enciclopédia ambulante. No entanto, dessa vez a única coisa que eu conseguira pensar em Smiley. E pior, no quão inconveniente poderia ter tido feito isso bem em frente a ela.

Mas o que fora ainda pior foi eu saber que não havia motivos para pensar em tudo aquilo, e ainda assim eu não consegui parar de me sentir incomodado por aquilo.

Por' Paul Kenderson

- Mãe? - chamei-a quando a vi descendo as escadas. Franzi a testa, estranhando o fato dela estar usando uma roupa bastante deslumbrante, porém com cores neutras, e segurando algumas malas de viajem. - Você está indo à algum lugar?

Ela, porém, estava falando no telefone, portanto demorou um certo tempo até perceber que eu estava falando com ela.

- Ah, espera só um momento. - disse ela para a pessoa com quem falava no telefone, e então virou-se para mim, abaixando um pouco o aparelho e tampando a parte que servia para falar do mesmo. - Desculpa querido, o que você disse?

- Eu perguntei se você vai para algum lugar. - respondi-a, repetindo a pergunta.

- Ah sim. - afirmara ela. - Eu vou ter que ir numa reunião com o seu pai, que falando nisso daqui a pouco vai ter que me buscar... - ao dizer aquilo, ela pegou dessa vez o celular que estava na sua bolsa e passou a teclar um número. - Alô, Kevin? Eu estou aqui em casa, você vem me buscar, então? -  ela hesitou por um momento e depois de responder um "o.k., tudo bem" desligou o celular.

- Bom, querido, eu e seu pai vamos numa reunião importante, que é numa outra cidade, e então nós iremos passar alguns dias fora. - avisou ela, guardando o celular na bolsa. - As empregadas continuarão vindo aqui nesses dias, e eu deixei uma quantia de dinheiro no seu quarto. Está tudo bem?

- Tudo bem. - eu apenas respondi. Ela sorriu fraco pra mim e assentiu com a cabeça. 

E assim que ouvimos uma buzina soar lá de fora a mulher pegou algumas das malas, sussurrou um "tchau" para mim e saiu. O resto das malas foram levadas para lá por uma das empregadas que estava esperando na porta da cozinha. 

Permaneci imóvel naquele sofá até que ouvi o barulho do carro se distanciando. E a primeira coisa que fiz, depois daquilo, foi ligar para o primeiro número do meu celular.

- Dylan. - chamei-o, assim que ele atendeu. - Amanhã você vai me ajudar a fazer a melhor festa da cidade.

Por' Smiley Franslane

Foi só quando eu olhei para a janela do meu quarto que eu percebi o quanto eu havia demorado no banho. Já estava totalmente escuro! Olhei para o relógio e surpreendi-me mais ainda por já serem nove e meia da noite!

Desci as escadas e fui até o cozinha, onde eu enchi um copo de água e virei-o em minha boca um tanto seca. Eu havia ficado cinquenta e cinco minutos no banheiro?

Suspirei fundo e hesitei um pouco antes de ir até a pia. Por mais que eu não quisesse, eu não conseguia tirar a imagem de Freduard insistindo para me dar carona no meu primeiro dia na escola. Ou de quando nos esbarramos um pouco antes daquilo, e no quanto os seus olhos eram verdes...

Bufei alto e pus-me a balançar a minha cabeça com certa agressividade. Eu não podia estar pensando nisso. Eu não podia estar pensando nisso. Ele tinha uma namorada. Ele tinha uma namorada...

Senti como se a água gelada que escorria da pia e molhava minhas mãos também me gelassem por dentro. Ele tinha uma namorada... por que isso me incomodava tanto?

Assim que terminei de enxaguar o copo que eu havia usado e colocado-o no escorredor de louças eu resolvi já subir para o meu quarto. O que eu precisava naquele momento era parar de ficar pensando em tudo aquilo. Eu precisava de uma distração para a minha mente... 

Porém, logo me arrependeria por ter pedido por aquilo. Pois foi só naquele momento, em que eu subia as escadas, que eu reparei naquele cheiro estranho que começara a preencher o ambiente. Um cheiro um tanto doce e forte de flor... Que no entanto logo foi se tornando mais e mais forte, agora com um odor mais amargo, que chegou a incomodar as minhas narinas... e quase queimá-las.

Subi os degraus mais rápidos, com o cheiro cada vez mais incomodante, e quando alcancei finalmente o meu quarto me segurei para não soltar um grito. Pois de repente eu avistei uma sombra escura projetada no meio daquele cômodo. Uma sombra que logo foi se tornando em uma mancha, que logo foi se solidificando na minha visão até formar uma forma estranha... um corpo.

- Olá. - disse então aquela figura. Sua voz era baixa e um tanto rouca. Uma voz de mulher. Foi só então que o corpo foi se tornando mais nítido, e eu pude ver a imagem de uma senhora. 

Uma senhora que, caso eu tivesse a encontrado em um algum outro lugar talvez a achasse ser simpática, pois era isso que ela realmente aparentava ser. Mas não no meio do meu quarto, como se ela tivesse simplesmente aparecido ali do nada. Aquilo era assustador. Realmente assustador. 

E eu só me toquei realmente de tudo que estava acontecendo quando a vi se aproximar de mim. Aquilo já era demais. 

Dei um pulo para trás e, tentando controlar-me para não gritar, tentei sair do quarto e descer as escadas. No entanto, de repente a senhora apareceu na minha frente, e dessa vez eu não consegui me segurar. Soltei um grito agudo e a primeira coisa que eu tentei fazer foi depois disso foi afastá-la com agressividade, porém, minha mão então pareceu esbarrar o nada, atravessando-a como se ela ao menos estivesse ali.

- Mas que..? - arregalei os olhos, tornando-me cada vez mais assustada com tudo aquilo. E então a única coisa que veio em minha mente era de que eu estava sonhando. 

- Isso é um sonho, nada disso está acontecendo...- tentava repetir aquilo para mim mesma, no entanto logo aquele odor começou a queimar novamente as minhas narinas, e eu resolvi fechar os meus olhos com todas as forças.- Isso não está acontecendo...

- Claro que está, querida. - disse então ela, com uma voz extremamente gentil. E quando senti um toque gelado na minha pele senti todo o meu corpo se arrepiar. Abri meus olhos e ao perceber que aquela figura realmente estava me tocando eu senti o meu corpo todo se arrepiar. 

Virei-me para trás e voltei com passos rápidos para o meu quarto, fechando a porta atrás de mim com força. Mas, para o meu espanto, ela novamente apareceu ali, no meio do quarto. Meu coração começou a acelerar.

- O que diabos você quer? - eu exclamei, agora não me importando mais em me controlar. Peguei um vaso que estava no canto de uma estante perto de mim e ameacei acertar na senhora, mesmo no fundo sabendo que talvez aquilo atravessasse por ela.

- Eu só quero conversar. - afirmara ela, daquele jeito meigo e calmo. - Por favor, apenas coloque esse objeto no lugar e vamos conversar.

- Conversar sobre o que? - indaguei mais uma vez, ainda com o vaso na mão. Ela tentou se aproximar de mim, no entanto, ao ver-me ameaçar jogar novamente o objeto ela hesitou onde estava. - Sobre como você apareceu aqui, do nada?

- Eu sei que é complicado, mas isso realmente é irrelevante nesse momento. - ela prosseguiu. - E eu irei contar tudo, mas primeiro preciso que você coloque esse vaso no lugar.

- Eu não vou largar isso coisa nenhuma! - afirmei com firmeza, por mais difícil que fosse por eu estar tão assustada. 

Foi quando ela novamente ameaçou a se aproximar de mim e eu, como resposta àquilo, arremessei o vaso com força nela. E surpreendi-me quando eu vi o pequeno objeto atravessar novamente por ela e cair no chão. 

- Isso é impossível! - eu berrei, apavorando-me. - Objetos não atravessam pessoas! Isso só pode ser um sonho... Um sonho...

- Pois não é. Objetos atravessam... fantasmas. - eu percebi que ela hesitara um pouco para terminar a frase, no entanto, quase nem liguei para aquilo.

Fantasmas não existem! - retruquei, como se fosse o óbvio. E era! 

- Smiley, por favor, eu não quero precisar te machucar. - arregalei ainda mais os olhos.

- Como você sabe o meu nome? - perguntei já sobressaltada. - Como objetos atravessam você? Como isso não é um sonho? - eu estava cada vez mais me conformando que estava ficando paranoica. - Fantasmas... não existem fantasmas...

- Querida, eu vim aqui porque precisava te contar algo, e você precisa ouvir. E ainda mais, acreditar em mim. - avisou ela, agora com um tom decididamente mais sério. - Senão haverão consequências.

- Como você quer que eu acredite em um... fantasma? - eu soltei aquilo com certo tom de ironia. E ela, por fim, apenas suspirou fundo. 

- Porque... talvez o que eu tenho de te dizer venha mudar a sua vida para sempre... - eu franzi as minhas sobrancelhas, surpresa demais com aquela afirmação. 

Mas foi depois da  revelação que ela fizera à mim que percebi que aquilo tinha de ser apenas mais um dos meus sonhos completamente estranhos e impossíveis de acontecer. Porque simplesmente não fazia sentido nenhum aquilo estar realmente acontecendo.

- Você é uma bruxa, Smiley.


Notas Finais


Oiee, tudo bem com vocês? Até que esse capítulo não demorou tanto, não? Hahahah, enfim, nesse finalmente foi revelado o rumo que essa história (pretendo eu) vai começar a seguir (mas acho que vocês já sabiam, já que já haviam lido o começo dessa fic hahaha). Eu espero realmente que vocês tenham gostado e, mesmo os comentários ainda sendo poucos, vocês são as melhores. Eu li e reli cada comentário com um sorrisão no rosto, porque eles simplesmente me emocionam muito! Obrigada mesmo <3. E ah, FELIZ NATAL!!! (e, caso eu não poste até antes do ano novo, um feliz ano novo também :3. Beijo, amo vocês <3


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