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História The Mysterious Killer - Traumatismo Craniano


Escrita por: Melissa36912

Notas do Autor


Oi pessoas do meu coração.
Hoje não vou falar muito pois estou com sono e amanhã tenho que acordar cedo, mas me perdoem qualquer coisa.
MUITO OBRIGADA, por tudo, sério vocês são demais.

ÓTIMA LEITURA<3

Capítulo 26 - Traumatismo Craniano


Fanfic / Fanfiction The Mysterious Killer - Traumatismo Craniano

Ariana P.O.V

 

Acordei, sentindo um peso sobre meu corpo. Levantei a cabeça em um solavanco e abri os olhos, arrependendo-me de imediato por logo sentir uma dor imensa. Voltei à posição de antes, mas a dor continuou presente, martelando minhas têmporas, fazendo com que uma súbita vontade de gritar me consumisse. Ao invés disso, uma lágrima escorreu em meu rosto. Enxuguei de imediato, com medo de Justin ter visto. Não queria preocupá-lo, ainda mais com o episódio de ontem. Nós estávamos tão bem e eu queria vê-lo feliz, não preocupado. Então, por fim, virei para o outro lado e suspirei tentando controlar a dor que parecia arder mais a cada respiração.

Senti uma mão apertando minha cintura, dispersando-me de meus pensamentos.

- Eu sei que você está acordada - a voz rouca de Justin chamou minha atenção e eu tentei ao máximo disfarçar que eu estava mal.

Virei-me para ele, para que Justin não percebesse que algo está errado e sorri.

- Bom dia. Dormiu bem? - perguntei, encarando-o, vendo que ele fez o mesmo.

- O que você tem? - perguntou, não respondendo minha pergunta.

- Nada. Porque teria algo errado? - arqueei uma sobrancelha, fazendo-o rir nasalado.

Justin me puxou para si e, consequentemente, eu sentei em seu colo. Gargalhei pelo desespero dele, para me ter por perto de si, ainda sentindo a dor de cabeça, mas consegui fingir que tudo está bem, por ele.

- Você tem que ir à delegacia hoje, não tem? - Justin fazia carinho em meu braço enquanto perguntava.

- Hummm - fingi pensar e logo sorri - sim - aproximei nossos rostos e sussurrei - sim eu tenho - mexi-me um pouco para ajeitar-me e Justin me segurou forte pela cintura.

- Se você não quiser que eu arranque esse seu pijama e te foda bem agora, eu sugiro que não me provoque - ergui as mãos em rendição e gargalhei novamente.

- Justin, você usa uma linguagem muito inapropriada - brinquei vendo-o levantar o tronco e aproximar nossos lábios, que logo se atraíram inevitavelmente, e nos beijamos por um bom tempo. Nós aprofundaríamos o beijo se não fosse pelo toque incessante de seu celular.

Ele grunhiu de raiva e separou nossos lábios.

- Acho que você tem que atender - disse, saindo de seu colo.

- Você acha? - foi sarcástico. Bieber saiu do quarto e eu sentei na cama, ainda tentando recuperar o fôlego. Eu posso com todas as minhas certezas, afirmar que Justin Bieber me faz muito bem, mesmo com todas as adjacências.

Uma pinicada na cabeça me fez levar um susto por ser muito forte. Fechei os olhos e isso fez com que eu sentisse algo jorrar em meu nariz. Arregalei os olhos e levantei-me rapidamente, indo até o espelho do banheiro para ver o que aconteceu e reprimi um grito quando vi sangue. Muito sangue.

Sem perder tempo, abri a torneira da pia e enchi as duas mãos de água, jogando contra meu rosto duas vezes, enxuguei o mesmo e pegou um pedaço de papel higiênico para estancar o sangue que ainda jorrava. Meu desespero não podia ser maior. Além de eu não saber o que estava acontecendo, ainda tinha o Justin que estava aqui em casa e ele poderia voltar aqui no quarto e me ver desse jeito a qualquer momento.

Continuei a estancar a sangue, até que vi que não saia mais nada, então eu suspirei aliviada, joguei o papel no lixo e sai do banheiro ao mesmo tempo em que Bieber entrou no quarto me procurando.

- Quem te ligou?

- Minha mãe. Ela disse que ela, meu pai e os seus pais já estão na delegacia a nossa espera.

Assenti.

- Vou colocar uma roupa e vê se você faz o mesmo - brinquei arrancando mais uma risada dele, deixando-me alegre e esquecendo por um momento o problema que vou resolver assim que sair da delegacia.

Direcionei-me ao closet, sentindo seu olhar em mim.

 

                                          (...)

 

- E o que você fez depois disso? - o mesmo delegado de ontem me perguntou depois de um tempo.

- Eu saí correndo pelo meio da floresta e vi um muro. Aproveitei para escalá-lo, mas Robert me alcançou e cortou meu tornozelo, porém eu chutei a cara dele e fugi, depois a polícia me encontrou - finalizei, encostando minhas costas na cadeira, cansada de ficar sentada no mesmo lugar, durante duas horas e meia.

Vi quando o parceiro do delegado que me interrogava, anotou alguma coisa e isso me fez lembrar que eu deveria ligar para Joseph e explicar o meu sumiço. Porém lembrei-me que ele não me ligou nenhuma vez e mais perguntas surgiram em minha cabeça e de repente a dor de cabeça voltou e eu implorei para que meu nariz não volte a escorrer sangue. Além de terem duas autoridades me encarando, pessoas com que eu me importo demais para deixá-los se preocuparem comigo, estão do ouro lado da porta trancada, esperando-me com boas notícias.

- Posso ir agora, senhor? - perguntei/implorei, sussurrando, começando a ficar tonta com a dor que voltava com mais intensidade.

 Levantei da cadeira para ver se uma luz surgia e a dor desaparecer na mesma hora, mas isso só fez com que ela se acentuasse. E eu sabia qual era o próximo estágio e não permitirei que isso aconteça.

- Só um minuto Senhorita Ariana Grande - os dois delegados saíram do interrogatório, deixando a porta aberta, permitindo assim, que meus pais, Pattie, Jeremy e Justin entrassem.

Arregalei levemente os olhos, com medo do que eles pudessem estar vendo. Senti o sangue querendo escorrer, porém eu fungava antes que o mesmo pudesse.

- Como foi minha querida? - Pattie perguntou parecendo ser a mais preocupada do local.

 Sorri forçado e assenti antes de dizer:

- Deu tudo certo. Acho que eles vão me liberar daqui a pouco. Robert não vai ficar muito mais tempo livre.

As expressões aliviadas e os sorrisos de todos só fizeram com que eu passasse mal e eu tive de segurar para não vomitar bem naquela sala. Eu simplesmente não sei o que está acontecendo.

Pigarreei chamando a atenção de todos.

- Eu vou ao banheiro e já volto - encarei meus pai e logo o outro casal que assentiram menos Justin que tinha uma expressão séria e dura no rosto. Engoli seco.

Andei até a porta, mas antes que pudesse passar pela mesma, meu braço foi puxado.

- Eu vou com você - escutei Justin sussurrar e na mesma hora neguei.

- Não Justin, fique aqui com todos. Eu já volto - tentei puxar meu braço de sua mão, porém ele apertou mais forte para que eu não saísse do lugar. Arqueei as duas sobrancelhas, mostrando-o que aquela não era uma boa ideia e ele me deixou ir.

Quando vi a porta do banheiro feminino, respirei fundo, aliviada por finalmente chegar.

Ao ver meu reflexo no espelho, arregalei os olhos pela minha aparência desprezível.

Então era por isso que Justin estava preocupado.

A vontade de vomitar voltou e eu rapidamente entrei em uma das cabines e ajoelhei no chão, vomitando no vaso tudo o que se tem direito. Acho que vomitei até o meu café da manhã de ontem.

Quando senti que não havia mais nada que possa sair, sentei no chão e limpei minha boca com as costas da mão e comecei a soluçar, tentando prender o choro.

Eu devia mesmo ir até um médico.

 

Após um tempo, levantei-me, saí da cabine e fui até a grande pia que tinha lá e lavei, além de minhas mãos, meu rosto também, que estava todo borrado da maquiagem.

Quando percebi que havia arrumado ao máximo minha aparência, sorri satisfeita e dirigi-me até a porta.

Assim que abri, vi Justin de braços cruzados encarando a porta, e assim que me viu, desencostou da parede em que estava apoiado e foi em minha direção.

- Você está bem? - perguntou enquanto analisava-me.

- É claro - afirmei abrindo mais o sorriso.

- Entendi - respondeu e o silêncio predominou. Ele com certeza estava desconfiando de mim - vamos almoçar. Estou com fome - mas para minha surpresa, Bieber não disse nada sobre.

 

                                                (...)

 

 

Antes de irmos andando até o restaurante, nos despedimos de todos e avisamos que queríamos almoçar só nós dois, mas que recompensaríamos no jantar aonde todos nós iríamos à casa de meus pais, para um jantar. Assim que todos concordaram, eu e Justin começamos a andar em direção ao restaurante que o mesmo insistia em me levar.

 No meio do caminho, eu consegui ver demasiadas pessoas correndo, empinando pipa, tomando sorvete e vários casais de mãos dadas e fiquei me perguntando se um dia, eu e Justin seríamos assim.

Acho que se depender dele, isso nunca vai acontecer, mas... Nunca se sabe.

Enquanto eu sorria através do vento, Justin, não entanto continha sua expressão séria, para mostrar as pessoas que ele não era um cara com que pudessem fazer uma brincadeira sem graça, e sorri, achando aquilo engraçado e triste ao mesmo tempo.

Toda hora, Bieber precisa mostrar alguma coisa às pessoas. Quando não quer amedrontá-las, quer afastá-las de uma possível aproximação. E eu sei que isso tudo é o jeito dele de mostrar que não está machucado, sendo que o mesmo esteja. Não que eu o tenho ferido físico ou sentimentalmente, mas o mundo sim.

Todos ficam julgando-o como que se ele não fosse normal por ter um passado difícil que o fez mudar completamente de personalidade.

É isso que eu admiro nele. Justin Bieber não se deixa levar pelas opiniões alheias. Vive sua vida do seu jeito. Não que isso seja fácil.  Mas pelo menos ele tenta. Algo que as pessoas não costumam fazer.

- Está me encarando - despertei de meus pensamentos com o comentário de Justin. O encarei e o mesmo estava com um pequeno sorriso nos lábios.

- Admirando, melhor dizendo - sorri tímida por ter sigo pega no flagra.

- É estranho - fez careta, rindo logo depois.

Aproximei-me dele sussurrando:

- É romântico - admiti, afastando-me um pouco chamando sua atenção.

Justin ficou assim, só me olhando, como que se eu fosse uma miragem.

Ri e puxei seu braço para que continuemos a andar.

 

                                               (...)

 

Já tínhamos acabado de almoçar e jogávamos conversa fora enquanto saboreávamos as nossas sobremesas.

De repente o celular do Justin tocou de novo, fazendo-o revirar os olhos e eu não resisti e gargalhei, chamando atenção de algumas pessoas. O celular dele havia tocado três vezes e cada vez correspondia à: minha mãe, Pattie e Jeremy. Essa próxima ligação deve ser de meu pai.

Não recebi nenhuma ligação pelo simples fato de ter deixado meu celular em casa, por isso Bieber está sofrendo tanto.

Não sei por que eles tanto ligam, mas eu tenho a certeza de que conseguiram fazer com que o loiro ficasse um pouco irritado. Só não descontava em mim.

 Ele se levantou enquanto eu terminava de saborear minha sobremesa.

Olhei ao redor e várias pessoas estavam me encarando. Deve ser porque me acham louca por estar saindo com o Justin Bieber, o psicopata mais perigoso de Nova York.

Revirei os olhos, só de pensar o quando todos podem ser hipócritas por pensar desse jeito.

Depois de um tempo, Justin ainda não tinha voltado e uma vontade enorme de chorar, surgiu, e com isso, a dor na garganta também. Minha boca ficou seca e eu tentei respirar fundo para não desmaiar, pois minha visão havia escurecido de repente, porém eu ainda estava consciente.

Meu coração pulsou mais forte e eu comecei a tremer.

Olhei para o lado e Justin estava voltando. Abaixei a cabeça quando senti o sangue começar a escorrer pelo meu nariz de novo e fechei os olhos, sabendo que não teria como esconder isso dele.

- Ariana, vamos? Ainda tenho que te levar para... - parou de falar assim que olhou para meu rosto.

- Justin - funguei - por favor, me ajuda, eu não sei o que está acontecendo - eu disse vendo o quanto seus olhos se arregalarem, seu rosto empalideceu.

- Meu Deus, Ariana espere um pouco - correu até o caixa, e lhe entregou alguma coisa -- deve ser o dinheiro do nosso almoço -- e logo voltou para onde eu estava, me pegando no colo, fazendo-me perceber o quanto fraca e sensível eu estava.

 - O que aconteceu com você? - perguntou enquanto corria comigo em seus braços, o suor escorrendo em sua face.

- Desculpa - foi a única coisa que disse até chegarmos ao hospital e Justin gritar por ajuda.

Em um segundo, eu não estava mais com Justin, e sim rodeada por médicos e enfermeiros.

A dor aumentava de intensidade eu só queria chorar e gritar. Nunca em minha vida eu me lembro de ter passado por uma dor como essa.

 

 

                                              (...)

 

 

 

Algum tempo depois, não sei ao certo quanto, eu acordei com uma roupa diferente da que eu estava quando cheguei e havia uma enfermeira ajeitando a seringa em meu braço.

- Olá menina! Como se sente?

- Bem... Eu acho.

- Humm, bom de qualquer jeito vou chamar o médico responsável por você - afirmei com a cabeça e mais uma vez, eu estava sozinha. Ainda podia sentir como a dor tinha sido horrível e a confusão me atingiu.

Acho que apaguei depois que Justin me deixou ser guiada pelos médicos. Não me lembro de mais nada depois daquilo.

 

Mãe, eu estou com muita dor - reclamei, colocando as duas mãos em minha cabeça para ver se a dor diminuía - O que aconteceu comigo? - perguntei vendo os rostos de Edward e Joan, ambos assustados.

- Você sofreu um acidente, Ariana - meu pai disse, para meu desentendimento.

- Que acidente?

- Você não lembra? - dessa vez minha mãe perguntou.

- Não.

- E do Justin?

- Que Justin? Vocês estão brincando comigo? - comecei a rir, sem graça, mas isso só fez com que a dor aumentasse.

- Ela realmente não vai se lembrar de muita coisa, pois sofreu traumatismo craniano - um médico entrou no quarto onde estávamos deixando-me de queixo caído pela revelação. Eu não podia, não queria acreditar - Sentem-se, pois o caso é complexo.

 

 

- Olá, Ariana - tudo bem? - o médico, baixinho e com sotaque perguntou para mim. Esse deve ser o médico responsável por mim.

- Doutor o que houve comigo?

- Lembra-se quando você teve traumatismo craniano aos dezesseis anos? - assenti mais uma vez - pois então, ele quer piorar - franzi o cenho - ele estava se agravando. Mas não se preocupe, pois já controlamos e você está bem por enquanto.

- Por enquanto?

- A dor que você estava sentindo. Já faz quanto tempo que você a sentiu?

- Desde hoje de manhã - confessei, mas me calei na hora quando olhei para meu lado esquerdo e Justin me olhava, decepcionado e com raiva ao mesmo tempo. Foi aí que eu percebi.

 

Eu o devia ter contado, pois aí, isso não teria acontecido.


Notas Finais


E aí?
O que vocês acharam?
Muito obrigada por tudo o que vocês fizeram e fazem por mim.
Espero poder falar com vocês nos comentários.
Até o próximo capítulo<3


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