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História The Night Kingdom - Senhor do sono.


Escrita por: umpoucodtudo

Notas do Autor


boooooom dia, bom dia, bom dia!
Como vocês estão? Muito calor por aí na cidade de vocês?



Boa leitura =)

Capítulo 30 - Senhor do sono.


Eric demorou a pegar no sono, estava evitando dormir, pois sempre acabava tendo pesadelos com Hanna. Acontece que seu corpo já não estava aguentando mais e por isso apagou de exaustão após muitas tentativas de o menino ficar acordado.

Não demorou muito tempo para cair em um sono um tanto quanto estranho. Estava de volta ao castelo de Nix, sabia que era o local pois reconheceu a sala arredondada. Olhou ao redor e sentiu estranhamente sonolento, como se isso fosse possível, já que tecnicamente no mundo mortal ele estava dormindo. Não conseguiu evitar o bocejo. Apertou os olhos com as mãos para conseguir ficar acordado. Piscou duro algumas vezes e congelou ao reparar na figura que estava a sua frente.

Com uma armadura completamente dourada e grandes asas brancas estava Hipnos. O deus do sono. Sua beleza era tão hipnótica que nem seu próprio filho conseguia ser imune. Seu longo cabelo dourado caía com perfeição ao redor do seu pálido rosto. Seus olhos eram tão dourados quanto seu cabelo.

Eric estava congelado, era a primeira vez que via o seu pai, mesmo que não fosse pessoalmente. Por um segundo temeu e acabou dando alguns passos para trás.

— Não tenha medo, trouxe você aqui para te ajudar — sua voz era como uma melodia calma que lhe trazia sono.

O menino ficou receoso. Na Era dos heróis era muito comum os deuses se comunicarem com os semideuses através dos sonhos. Nessa nova Era isso não ocorria com muita frequência, eram poucas as vezes de fato. Depois do sumiço dos deuses foi como se essa ligação estivesse sido cortada.

— Você está ajudando-a? — Consegue perguntar sem gaguejar.

O deus não responde, seus olhos ficam opacos por um momento e voltam ao normal logo em seguida.

— Me diga Eric, se você pudesse evitar todo o derramamento de sangue, todo o sofrimento, você o faria?

O menino engole em seco, por que ele achava que tinha muito mais do que seu pai estava dizendo?

— A que preço? — Se faz firme, ele não era corruptível como Perséfone disse, ele sabia quem era.

Hipnos caminha tão suavemente que parece flutuar.

— Interessante você perguntar isso, vocês mortais colocam preço em tudo, muita das vezes nem mesmo sabem quanto é o valor daquilo que está cobrando, mas insistem em rotular um preço — ele para e então se vira para o garoto — você acha que a vida da sua amiga foi um bom pagamento pela libertação dos deuses?

O menino range os dentes. Usar Hanna era mais do que apelação.

— O que você quer? — Pergunta mal-humorado, sabia que ele estava atrás de alguma coisa, já que nunca tinha entrado em contato até hoje.

— A menina chamada Clarke, posso convencer Nix a desistir de tudo em troca de uma vingança pessoal contra a garota. Mas não me de todos os créditos, isso foi ideia da Nêmesis, ela acredita que tudo precisa haver um equilíbrio.

— Eu não vou trair meus amigos — rosna.

Hipnos sorri, um sorriso tão encantador que os olhos de Eric quase se fecham.

— Amigos? Quantos deles te disseram um eu sinto muito? Quantos deles estão sentindo a falta da sua namorada morta? Eles ainda lembram o nome dela? Eles confiam em você?

— Eu não sou um traidor! — Grita com todo o ar que encontra nos pulmões e desembainha sua espada.

O deus do sono levanta o dedo indicador e o move lentamente deixando o garoto completamente sonolento. A espada caí de sua mão.

— Vamos ver por quanto tempo vai continuar pensando assim — Hipnos desembainha sua própria espada de dois gumes e crava no peito do garoto que grita. A lâmina atravessa seu tórax e saí pelas suas costas. O deus pronúncia apenas duas palavras em grego antigo, mas Eric não consegue entender pois estava perdendo os sentidos.

Ele então acorda gritando em sua cama. Respirava com tanta dificuldade que precisou olhar para saber se a espada ainda estava em seu peito. Entretanto apenas a cicatriz da enorme lâmina brilhava intensamente. Seu corpo todo estava suado. Tomou um banho, mas ainda assim seus nervos estavam a flor da pele. Decidiu se levantar, já que dormir era algo fora de questão.

Costia havia acordado cedo, suas preocupações quase não a deixaram dormir. Era estranho para ela como estava sentindo tanta raiva ultimamente. Ser humana não era fácil. Seus sentimentos eram um tumulto só. Antes sabia exatamente como agir e o que sentia. Parece que agora era tudo uma confusão.

A intensidade dos seus sentimentos estava maior, o pior deles era o medo e a insegurança. Não parava de pensar em Ártemis e se a deusa iria perdoar Clarke por libertá-la. Olhou para o teto e bufou, mesmo que quisesse ficar deitada mais um pouco seu corpo rejeitava a ideia. Se levantou e se pôs em direção a cozinha, já que era o dia dela na escala. Levou um susto ao encontrar Eric sentado no sofá.

— Quer me matar do coração? — Pergunta colocando a mão no peito. O menino nem mesmo olha para ela.

Ficou se perguntando qual era o problema dele, mas decidiu deixá-lo só, uma vez que estava visível que ele não queria conversar.

Preparou o café e se sentou a par da mesa. Ainda estava em guerra consigo mesma quando Echo entrou na sala de jantar.

— O que aconteceu que você e o Eric caíram da cama?

— Minhas emoções humanas não me deixaram dormir mais, ele eu não faço ideia está com uma cara péssima!

Echo concorda e se senta de frente para a ex ninfa. Aos poucos o cômodo vai se enchendo. Eric é o último a entrar, ele se senta o mais afastado de todos. Anya é a única que percebe e se aproxima do menino.

— Problemas no paraíso?

— Não estou a fim de conversar — ele corta sucinto.

— Eric seja qual for o problema você sabe que pode conversar com a gente!

— Eu posso? — Ele pergunta alto ao se levantar atraindo o olhar de todos — eu posso mesmo? Porque ninguém aqui parece se lembrar que a Hanna deu a sua vida para que nós pudéssemos chegar naquela droga de castelo libertar os egoístas dos deuses — ele ri de forma sarcástica.

Ninguém fala nada, na verdade, ninguém sabia o que o menino estava passando.

— Eric, nós sabemos que o que você está passando não é fácil — Lexa tenta, mas isso o irrita ainda mais.

— Não! Meu pai tem razão! Vocês não ligam para mim! Não são meus amigos, você mesma oh grande comandante me abordou diversas vezes me perguntando se eu não era um aproveitador!

A informação deixou todo mundo confuso, menos Costia que presenciou a cena em questão.

— Não seja idiota, Lexa só fez isso por ciúmes não tem nada a ver com confiar ou não em você, e isso foi muito antes de sabermos a respeito do seu pai — a ex ninfa responde.

Clarke estava completamente perdida no assunto, mas se levanta para tentar acalmar o amigo.

— Escuta ...

— Como assim seu pai? — Raven interrompe Clarke — Como assim seu pai tem razão?

— Ele falou comigo enquanto eu dormia — o menino informa e um silêncio se faz presente. Clarke respira fundo e com cuidado pergunta:

— Você está bem? Ele fez algo ...?

O filho do deus do sono abre a camisa e deixa exposta a cicatriz da espada do seu pai.

— Mas acredite, não é isso que dói!

— Eric não importa o que ele tenha te oferecido, ele está tentando te manipular — Lexa é quem fala.

— Quer saber, ele tem mesmo razão, vocês não confiam em mim. Vocês realmente acreditam que eu posso ser manipulado e entregar a Clarke!

A menina do sol volta a ficar confusa, afinal era a primeira vez que tinha ouvido falar a respeito de ter sua vida trocada. Lexa e Costia fecham os olhos no mesmo momento praguejando baixo. Lá se foi o combinado de não contar a Clarke.

Eric sai da sala de jantar deixando todos perplexos e sem saber ao certo o que fazer. A filha de Apolo então diz:

— Eu vou atrás dele.

Ela precisou ameaçar a derrubar a porta do quarto para que ele abrisse. Seus olhos estavam vermelhos e inchados. Entretanto, não perguntou nada, apenas o abraçou apertado.

— Me desculpe, eu achei que você não quisesse falar a respeito dela — fala para o amigo que acaba cedendo ao abraço.

— Eu sei que parece drama, mas antes de irmos ela foi até o meu quarto e disse que estava com medo. Eu deveria ter falado para ela ficar — ele diz com a voz rouca.

Por mais que Clarke não falasse ela também se sentia culpada pela morte da garota, se sentia culpada por ter colocado todos eles no seu plano maluco.

— Desculpe, eu deveria ter agido mais rápido — confessa.

O menino se afasta e limpa o rosto.

— Você não tem culpa de nada, Nix tem eu ... me desculpe por aquela cena lá no café eu ...

— Tudo bem, chega uma hora que todo mundo explode!

Ele fita a amiga por alguns segundos.

— Não está com medo de que eu seja um traidor?

Clarke sorri e nega. Ela realmente confiava no garoto. Como confiava em todos que estavam ali.

— Deixa eu ver esse corte — diz se aproximando para colocar a mão sobre o seu tórax.

Demorou alguns segundos, mas não porque estava tentando ver os danos, mas sim porque não encontrara nada. O que era bem esquisito já que a cicatriz estava bem ali presente.

— Parece que está tudo bem, nada foi afetado.

— Clarke, eu jamais te entregaria, você sabe disso, não é?

— Eu sei Eric e eu confio em você!

O jovem fica muito mais calmo. Decide voltar com ela para a sala de jantar e pedir desculpas a todos. Lexa é a primeira ir lhe dar os sentimentos por conta de Hanna, logo o resto do grupo segue o exemplo da líder.

O treino da tarde foi adiado, pois eles resolveram fazer uma despedida simbólica a garota. A comandante citou as antigas palavras gregas de um ritual fúnebre e acendeu uma fogueira no meio da arena. Todos ali puderam se despedir a sua maneira da garota que em tão pouco tempo conquistou a todos com sua coragem e força. Clarke passou um bom tempo olhando para as chamas antes de voltar para o seu quarto.

Lexa a encontrou sentada no tapete em frente a cama. Se aproximou devagar e se sentou ao seu lado.

— Tem algo que vocês não estão me contando? — Se vira para a morena que respira fundo e começa a falar tudo que Perséfone havia dito a eles antes de voltarem para superfície.

— Clarke? — Chama quando a menina fica quieta por tempo demais.

— Você acha que isso vai acontecer? Que Nix vai desistir de tudo se tiver a mim?

Lexa controla a respiração e tenta se manter o mais calma possível.

— Sinceramente eu não sei, talvez sim, talvez não. Nós mal a conhecemos, ela sempre esteve aqui e nós mal a conhecemos.

— O que você quer dizer?

Ela então segura na mão da loira.

— Eu quero dizer que nós vamos continuar fazendo o que estamos fazendo, nos preparar e tentar encontrar uma forma de achar Hemera. Vamos deixar para pensar no problema quando ele aparecer.

Clarke assente. Sabia que Lexa tinha razão. Não adiantava nada sofrer antes do tempo, não quando precisavam se concentrar em outras coisas. Assoprou o cabelo para fora do rosto e encostou a cabeça no ombro da comandante. 

— Por que você abordou o Eric perguntando se ele era um aproveitador? — Afasta um pouco a cabeça para poder olhar as esferas verdes.

Lexa pigarreia para limpar a garganta. De repente sentiu seu rosto esquentar.

— Na época eu estava preocupada que ele estivesse aproveitando do seu momento de fragilidade para conseguir o que queria.

— Conseguir o que queria? — Junta as sobrancelhas pensando a respeito e então sorri — você realmente estava com ciúmes!

— Claro que não, eu não sou ciumenta. Não é da minha personalidade.

Clarke tenta segurar o riso, mas não consegue. Lexa revira os olhos e dá indícios que vá se levantar, entretanto, a menina a puxa pela camisa para roubar-lhe um beijo.

— Comandante, sexy, sensível e ciumenta — Clarke provoca ao se sentar sobre seu colo — e que adora velas, não posso me esquecer disso!

Lexa no momento não liga para a provocação, tinha algo muito mais interessante em mente para fazer.

Octávia estava deitada de barriga para cima em sua cama quando escuta uma batida na porta. Pensou ser seu irmão, já que tirando Clarke ele era o mais próximo dela. Abriu a porta e se surpreendeu por encontrar Costia.

— Eu preciso da sua ajuda — a ex ninfa diz entrando o cômodo sem nem ser convidada.

A filha de Hades pensa por um segundo e então se vira para a menina ao fechar a porta.

— Certo, qual o problema?

— Ser humana é mais difícil do que eu imaginei, não consigo entender meus sentimentos e nem como lidar com eles!

Octávia estava surpresa pela confissão e confusa por Costia escolher falar com ela a respeito. De todas as pessoas ali ela com certeza é a que tinha maiores problemas com sentimentos, pelo menos é o que pensava.

— Hum ... o que exatamente você precisa que eu faça?

— Me ajude a entendê-los! Você está com Afrodite dentro de você, não acha que consegue me ajudar?

— Com certeza não, você escolheu a pessoa errada — diz abrindo a porta para que ela saia, mas Costia continua parada a encarando.

A garota do submundo suspira e passa as mãos pelos cabelos.

— Escuta, eu provavelmente sou a pessoa menos indicada para te ajudar com seus sentimentos bagunçados. Passo a maior parte do meu tempo com os mortos, nem mesmo sei lidar com os meus sentimentos. Talvez Clarke, Lexa, Harper, qualquer outra pessoa possa te ajudar! Até mesmo meu irmão.

Costia cruza os braços e levanta as sobrancelhas.

— Você parece complexa, não imagino pessoa melhor para me ajudar!

Octávia revira os olhos, não era possível que isso estava acontecendo com ela. Tenta controlar o próprio nervosismo, sentimentos não era a sua praia. Mal tinha um relacionamento com seu irmão, depois dele Clarke foi a primeira pessoa com quem ela teve alguma espécie de relacionamento. Pensava que algo de errado havia consigo, nunca nem mesmo teve interesse em se aproximar de ninguém.

— Costia ... eu não — para sem saber o que responder — talvez você devesse pedir ajuda para outra pessoa — fala por fim empurrando-a devagar para fora do seu quarto.

Costia fica olhando para porta sem entender o que tinha acontecido. Echo passa por ela com as sobrancelhas levantadas.

— Tudo bem?

— Ah ... é, tudo ótimo — mente pela primeira vez. Era uma sensação esquisita, como se a outra soubesse que ela estava mentindo. Entretanto, Echo apenas assente e se afasta.

A garota suspira e olha mais uma vez para porta. Ela não ia deixar as coisas assim, estava decidida a entender seus sentimentos e Octávia iria ajudá-la querendo ou não. Pensa antes de se retirar para o seu quarto.

Eric estava deitado no tapete da sala de estar. Não queria admitir, mas o medo de dormir e encontrar seu pai novamente o impediu de voltar para o quarto. Ele fitava o teto quando Anya se levantou espreguiçando-se.

— Não vai descansar? — Ela pergunta.

— Acho que é a primeira vez que você vai ver um filho de Hipnos com insônia — ela sorri de forma solidaria e ele se senta — desculpe Anya, eu não fui muito justo com você mais cedo. Meu pai mexeu com a minha cabeça e eu sei que não é uma notícia boa, mas é melhor você saber por mim. Sua mãe também está do lado da Nix.

A menina fica pensativa enquanto o observa o garoto do sono.

— Não é muito comum minha mãe tomar partido nas guerras dos deuses, normalmente ela se mantém neutra por conta do equilíbrio.

— Meu pai disse que a ideia de trocar Clarke pela paz veio dela, para manter esse equilíbrio mesmo ... Você acha que pode ser verdade?

— Eu não sei, eu imagino que ela deve ter visto vestígios do destino e acredita que só assim possa haver um equilíbrio, não que ela esteja literalmente ao lado da Nix.

Ele coça a cabeça pensando a respeito e até que fazia sentido. Realmente Nêmesis não tomava partido nas guerras.

— Você acha que se nós tentarmos fazer um sono guiado você consegue falar com ela? — Eric sugere se levantando — se ela consegue ter a visão de qualquer coisa que seja do destino seria muito bom conversar com ela.

Anya também concordava, mas havia um problema. A comunicação com os deuses através dos sonhos parecia ter sido interrompida. Hipnos conseguiu porque era o deus do sono, talvez fosse até mesmo ele que estivesse impedindo tal comunicação.

— Acho que nós podemos tentar, mas só por uma hora. Eu preciso dormir no mínimo oito horas de sono.

Ele revira os olhos, mas a segue até seu quarto.

Lexa estava deitada de bruços com os olhos pesados de sono. Clarke encostava o queixo no seu ombro enquanto fazia um desenho invisível com a ponta do dedo, na pele de suas costas.

— Você fica tão fofinha quando está com sono — a loira diz.

— Você não está?

A verdade era que havia muitas informações na cabeça de Clarke para que conseguisse descansar. Sua mente ficava vagando entre Nix e Hemera e em como tudo estava interligado. Agora precisou acrescentar Hipnos, Eric e a hipótese de uma proposta de paz, que eles nem sabiam se de fato iria existir.

Entretanto ela se ajeita junto do corpo da comandante encostando os lábios em seu ombro.

— Só estou aproveitando todo o tempo que ainda temos, já que esse silêncio da Nix não deve durar muito ...

Lexa percebeu a preocupação no tom de voz da filha de Apolo. Se virou devagar e passou seu braço ao redor do pálido corpo da garota, o puxando ainda mais para junto do seu.

— Vai acabar tudo bem — beija sua testa em seguida.

Clarke sorri e aceita o aconchegante abraço da líder. Ela com certeza estava se sentindo bem melhor assim. Nos braços da garota por quem estava apaixonada. Procurou afastar todos os pensamentos ruins, amanhã teria tempo suficiente para conseguir pensar em uma forma de falar com Apolo. 


Notas Finais


desculpem os erros ç,ç


só digo uma coisa: coitado do Eric =/


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