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História The Nights - Nostalgic


Escrita por: QueenPool

Notas do Autor


Olá pessoal
Estou muito ansiosa em postar essa fic, é um projeto meu de algum tempo, espero que gostem
Amo muito esses três, e quando descobri o Secret Trio, eu precisei fazer uma fic deles sz
Leiam com carinho

Capítulo 1 - Nostalgic


 Eram quase oito da manhã, e Randy já estava de pé. Mal havia dormido aquela noite, e ao amanhecer se levantou antes do despertador tocar. Estava ansioso demais para dormir, pensando em como seria seu primeiro dia na, tão esperada, Universidade de Norrisville! Mesmo que aquele não fosse o primeiro dia de aula, estava tão nervoso quanto. Hoje ele iria para sua república, onde ficaria todos os seus anos do curso de Engenharia Mecatrônica.

“Tenho que me enturmar. Tenho que aproveitar nem que seja um pouco a minha adolescência. Tenho que ter uma vida social pelo menos na faculdade.” Pensava, com as mãos na pia do banheiro, olhando sério para o seu reflexo, esperando que seu subconsciente fixasse bem a ideia. - Eu consigo! - Completou, inspirando fundo.

Ele abriu a farmacinha e pegou a escova de dentes, começando sua higiene matinal. O doce da pasta, em contraste com sua fome e nervosismo, o deixaram um pouco enjoado. Não havia tomado o café da manhã e nem iria. Não queria se atrasar.

Ao terminar, pegou o casaco azul claro e branco no cabideiro ao lado e o vestiu, se olhando mais uma vez no espelho. Era o casaco oficial da Norrisvile University, valendo emblema no peito direito e tudo. Randy se admirou nele, e passou as mãos no cabelo arroxeado, saindo do banheiro em seguida e indo para o quarto.

- Mãe! A senhora viu meu celular? - Perguntou, revirando alguns papéis sobre a cômoda.

- Nem me pergunte! Não me atrevo entrar nessa sua zona. - Disse ela da cozinha.

- Tsc... - Soltou um estalo, se abaixando e olhando embaixo da mesinha do computador. Nada também. Foi quando se virou que viu algo qual não esperava ali, caída ao chão. Era a máscara do ninja.

Randy havia dormido abraçado a ela na noite passada, para ver se o transmitia confiança. Provavelmente ela caiu enquanto ele se remexia, era muito inquieto ao dormir.

Pegou-a e sentou-se no chão, com as costas apoiadas na parede, olhando a máscara. Randy suspirou, passando os polegares nela. Havia ficado toda suas férias pensando na lição final. Quando teria que desistir de ser um ninja e apagar sua memória.

Ele temia aquilo mais que qualquer coisa nesses últimos tempos. Iria para a faculdade e esse seria um caminho inevitável. Mas até agora nada. O Nomicon passou todo o verão sem dar um sinal de vida, e isso frustrava muito o jovem.

Mas balançando a cabeça, a fim de afastar esses pensamentos e fazer aquela dor em seu peito desaparece, ele olhou o relógio na parede, se levantando. Eram 8:02. Randy se dirigiu a escada de sua cama, subiu no terceiro degrau e pegou sua mochila sobre o colchão, ao lado do seu bendito celular, e a colocou no ombro. Ele guardou também o aparelho no bolso e desceu da escada. Na noite passada já tinha colocado o Nomicon na mochila, e agora foi a máscara, saindo em seguida do quarto.

- Tchau mãe! - Disse seguindo para a sala.

- Hey! Espere aí! - Ela veio da cozinha, segurando uma pequena bacia. - Não vai se despedir de mim? - A mãe dele tinha os mesmos olhos azuis do filho, no entanto, seus cabelos eram castanhos e ondulados, lhe caindo sobre os ombros em um rabo de cavalo.

O garoto se voltou para ela, sorrindo. - Claro que vou! - Por um tempo quase esqueceu de que não voltaria no final do dia, como de costume.

Ele chegou perto dela, já tinha passado da altura de sua mãe, e, embora as rugas da idade no canto dos olhos, ela era muito bonita. A mulher sorriu, o olhando com os olhos marejados.

- Como você cresceu... - Disse calmamente, com os lábios um pouco trêmulos.

- Ah, mãe... - Ele a envolveu em um abraço, apoiando a cabeça dela em seu ombro. Queria gravar cada coisinha de sua mãe, para quando sentisse saudades. - Tá tudo bem, além do mais...

- Não é para sempre. - Disseram os dois juntos.

- Eu sei disso Randy! Só que... - Ela hesitou quando percebeu a voz falhar, o apertando no abraço. - Eu vou sentir a sua falta do mesmo jeito. - Completou, com a voz embargada pelo pranto, que descia por um caminho já marcado em seu rosto.

Randy acariciou seus cabelos em uma forma de dizer que estava tudo bem, no entanto, sentia o coração apertado. Era difícil para ele também, mas era o único jeito. A faculdade era longe de sua casa, e ele queria aprender como é ter uma vida com responsabilidades. Bom, pelo menos responsabilidades que não fossem o ninja. - Eu vou visitá-la sempre que puder. - Disse baixinho.

- Eu te amo tanto meu filho...

- Também te amo mãe. – Disse fechando os olhos quando os sentiu lacrimejar.

Ficaram assim por algum tempo. Mas Randy nunca o achou suficiente. Enquanto estavam abraçados, o garoto tentou se confortar. Esquecer-se dos problemas e de como sua vida mudaria drasticamente, e se focar somente no aconchegante abraço materno, qual ele não sabia quando teria de novo.

- Tá bom... - Falou baixinho sua mãe ao quebrar o abraço. - É melhor você ir ou... Vai perder a carona.

Randy sorriu para ela, ainda com os olhos embaçados pelas lágrimas. Mesmo assim manteve-se forte, para não dar ao parecer à sua mãe de que estava nervoso. - Obrigado por tudo. - Disse segurando o rosto da mãe com as duas mãos e o enxugando com os polegares. - Fica bem, tá?

Ela concordou com a cabeça, sorrindo. Então ficando um pouco de ponta, beijou a testa do filho. – Se cuide.

O garoto sorriu, enquanto se olhavam em silêncio, cheios de cumplicidade. E finalmente Randy se afastou, virando-se e indo até a porta. Pegou a mala que já o esperava. Não era uma mala muito grande, não ia levar todas as roupas de uma vez para ser mais leve de carregar. E quando foi saindo, sua mãe o chamou, chegando perto do mesmo.

- Quase ia me esquecendo. - Riu, estendendo a tigelinha. - Tome, fiz o seu bolo favorito.

- Chocolate com morango. - Ele pegou a tigela das mãos da mãe, e sorriu em agradecimento. - Obrigado. - A abraçou de novo, breve dessa vez, e lhe deu um beijo na bochecha quando se afastou.

- Boa sorte! - Acenou, vendo seu filho seguir o caminho do jardim e virar à esquerda na calçada.

- Até mais! - Acenou de volta. A imagem da sua mãe a porta, parecendo tão desamparada com sua partida, o fazia querer voltar, abraçá-la e não mais ir embora. Mas era preciso para o seu futuro, e não seria para sempre. Isso o acalmava.

Respirando fundo, seguiu em frente. Tinha marcado de se encontrar com Howard não muito longe dali, para irem juntos no carro de seu pai. Estava completamente nervoso, ansioso e feliz. Expectativas mirabolantes rondavam sua mente e isso só o deixava mais animado com a ideia da faculdade, claro que um pouco assustado também. Nada que o tempo não pudesse resolver.

『 。。。』

- Direita… - Falou uma mulher, olhando o mapa no colo, desdobrando mais algumas de suas pontas. Segundos depois ela levantou a cabeça, olhando para os lados. - Direita Jack! - Exclamou, virando o volante de uma vez.

- Hey! Cuidado! - Gritou alguns motoristas pela entrada bruta, buzinando.

- Você não me disse se estava perto! - Resmungou, assumindo o volante mais uma vez.

- Se eu disse “direita”, é porque era pra virar!

- Ah é?! E naquela vez na Flórida…

- Eu disse: Esquerda, 140! Esquerda, 140! - Interrompeu, brava.

- Não vem com essa, Maddie! Todos nós sabemos que você se atrapalhou toda.

- Gente, gente. Calma. - Disse Jazz da parte de trás, se apoiando entre a cadeira deles. - Eu sei que… SINAL VERMELHO! SINAL VERMELHO! - Gritou, apontando para frente.

Os dois olharam surpresos para lá e Jack freou de uma vez. Alguns segundos depois, ainda com os corações desestabilizados, se recompuseram sem jeito.

A ruiva suspirou, e tentou recomeçar mais uma vez. - Eu sei que é difícil deixar o Danny, e que estão descontando isso em qualquer um, mas… - Jazz pousou as mãos sobre os ombros dos pais. - Vocês tem que deixar ele viver a vida dele, ter responsabilidades. Ele não é mais uma criança.

Eles não disseram nada. Depois do sinal abrir seguiram sem brigas até a universidade. Então pararam de frente ao portão principal. Era um terreno grande, rodeado de altos muros que os impediam de ver o prédio de onde estavam.

- Chegamos Danny… Oown - Se interrompeu a mulher, ao voltar para trás junto de seu marido e pegar o filho dormindo com os fone nos ouvidos.

- Passou toda a viagem assim. - Disse Jazz, olhando o irmão caçula. - Mal dormiu ontem de tão ansioso.

- Ele não mudou nada…

- A não ser o tamanho. Esse garoto ficou enorme! - Jack riu um pouco.

E alguns segundos depois, Maddie suspirou. - Ele não vai ser nosso bebezinho para sempre. Além do mais, já está sendo difícil não poder ser astronauta. - E assim desceu do carro, abrindo a porta do filho. - Jazz está certa, Jack…

O homem concordou com a cabeça, então chamou o filho. - Danny.

- Hey, dorminhoco.

- Acorde, meu bem. - Sua mãe lhe passou a mão pelos cabelos. - Chegamos.

O garoto se espreguiçou, passando as mãos pelo rosto e cabelos, tirando o fone. - Que horas são?

- Você já está na universidade, querido. - Ela voltou a ficar ereta, agora com o marido ao lado.

- Meu Deus! - Ele levantou em um espanto, indo até o porta-malas às pressas.

- Calma aí! - Jazz foi até ele. - Sei que está ansioso, mas pega leve com nossos pais.

- Hein? - Ele soltou a mala junto aos pés, olhando um pouco confuso para a irmã.

- Você é o último filho deles, e está indo embora! - Ela colocou uma mão sobre o ombro dele. - Na minha vez já foi difícil, e olha que eles ainda tinham você. Imagine agora?

Danny concordou com a cabeça, pensando sobre aquilo. Muitas coisas tinham mudado na vida dele desde que ganhou os poderes. Mas nenhuma tão grande quanto esta.

Acontece que seus pais descobriram seus poderes e desistiram de vez de caçar os fantasmas. Venderam alguns de seus projetos ao governo e se mudaram para uma cidade relativamente menor que Amity Park, Norrisville. O governo não poderia, em hipótese alguma, descobrir o que Danny podia fazer, o que cortava sua relação com ele e, consequentemente, a ideia de ser astronauta. E desde então seus pais andavam bem mais superprotetores que o normal.

O moreno olhou para os pais, que o observavam perto do portão, e sorriu para eles. Os dois retribuíram e sua mãe acenou.

- Mãe. Pai. - Danny foi até eles, que o puxaram de uma vez para um abraço.

- Sentiremos sua falta, pequeno. - Maddie acariciava sua cabeça.

- Eu também vou sentir. - Ele sorriu, os abraçando de volta.

- Se cuide viu, filho. - Os dois o soltaram. - Qualquer emergência com fantasmas é só ligar.

- Eu acho que sei o que fazer, pai. Vocês me ensinaram tudo! - Acrescentou, abrindo um grande sorriso.

Jack sorriu de volta, um daqueles raros sorrisos tristonhos que ele tinha, e bagunçou os cabelos dele. - Sabe. Sabe sim…

- Se cuide está bem? - Sua mãe colocou uma mão no rosto dele e outra em seu ombro.

- Não se preocupe. Ligo todo fim de semana. - E sorriu.

Ela permaneceu um tempo o olhando, vendo em seu sorriso aquele garoto atrapalhado de quatorze anos. Apesar de ter crescido, continuava com a mesma ingenuidade e bondade. Então o abraçou, breve dessa vez, lhe dando um beijo na testa ao soltá-lo. - Te amamos.

- Também amo vocês.

Seus pais acenaram e foram para o carro. Quando o garoto se virou, Jazz já tinha pegado a mochila e a outra mala que estava no carro. Danny foi até ela.

- Vai me acompanhar? - Perguntou animado.

- Eu? É ruim, hein, garoto! - E jogou a mochila nos braços dele, arrastando as malas de rodinhas até junto de suas pernas. - Tenho que pegar um avião ainda hoje para a minha universidade. Só vim te acompanhar na sua despedida. - Ela fechou o porta-malas e se virou para ele, então uma pausa, e os dois ficaram se olhando.

Danny, que havia colocado a mochila nas costas, ergueu uma sobrancelha. Então Jazz suspirou, o puxando para um abraço.

- Vou sentir sua falta, pirralho…

- Eu já tenho 18 anos. - Ele revirou os olhos.

- Ainda sou mais velha e você ainda é meu pirralho. - Ela se separou, sorrindo.

- Que meloso… - O moreno fez uma careta, recuando um pouco.

- Muito!

Os dois riram por um tempo, e aos poucos um silêncio tenso foi ficando. Jazz sorriu sem jeito, indo para o carro. - Tchau Danny. - Ao passar por ele, bagunçou-lhe os cabelos.

- Aahr! - Ele se afastou, arrumando o penteado com um sutil sorriso.

Ela riu, entrando no carro e fechando a porta em seguida. O garoto se pôs a olhá-los e o sorriso foi se perdendo. Em seu coração, um aperto repentino veio, o fazendo prender a respiração por uns segundos e pensar melhor. Será que era realmente necessário sair de casa? “Não! Você não chegou tão longe para desistir agora!”

Ele respirou fundo, dando um meio sorriso e acenando para a família, que já estava indo embora. Quando o carro desapareceu na esquina, o garoto se voltou para as malas, às pegando. “E trate de se animar! Estou sentindo que haverá muitas coisas me esperando aqui!” Tentou se encorajar, virando-se para a entrada.

Mas então, sentiu um grande frio em seu interior, e aquele estranho e gelado vapor saiu de sua boca. - Fantasma… - Sussurrou, olhando para os lados com os olhos semicerrados. No entanto, nada de anormal se era visto. - Que estranho. Em todo caso, estarei alerta. - E se dirigiu ao pátio.

Do outro lado da rua, alguém o observava da janela de um carro preto. O vidro fumê aberto um pouco, deixando ver só um pouco de seus olhos vermelhos. Quando o meio fantasma desapareceu de sua vista, subiu o vidro por completo, saindo devagar com o carro.

『 。。。』

Randy chegou ao lugar do encontro - que era uma esquina mais a frente, depois de duas ruas; e parou. Aproveitou aquele tempo para guardar a tigela na mochila e se pôs a esperar. Alguns minutos depois, estranhando a demora, tirou o celular do bolso para olhar a hora e viu uma mensagem do amigo, acompanhada de várias ligações perdidas.

“Randy, meu pai teve um imprevisto no trabalho e vai nos levar mais cedo. Vai pra lá agora.” Dizia a mensagem, que foi enviada às sete e meia da manhã.

- Droga! Droga! Droga! - Randy segurou os cabelos com força, olhando para a tela do celular. Tinha perdido a carona do amigo e a faculdade era muito longe para ir andando. O jeito era se ajeitar com um ônibus. E o ponto mais perto era do outro lado, na rua de trás.

Ele respirou fundo e segurou a alça da mala com força, ajeitando a mochila no ombro e atravessando a rua correndo, em direção a esquina, dobrando a direita. Sua sorte é a rua não ser tão movimentada aquelas horas. E logo mais a frente estava o ponto de ônibus, com seu banco vermelho de espera totalmente lotado. Ele parou de correr e caminhou o resto que faltava com calma, mas seu coração batia totalmente descontrolado. Se apoiou na fina coluna de ferro que sustentava o telhadinho, e puxou a mala para perto de seus pés, respirando fundo.

Seria uma maravilha se ele se atrasasse logo na recepção da sua república. Com a sorte que têm, era bem fácil que ela tivesse sido adiada, ou pior, adiantada. Randy olhou a hora no celular, oito e meia. Um bom sinal, a qualquer momento um ônibus poderia aparecer.

『 。。。』

- Eu? Claro que não. - Riu uma garota loira da tela de um celular.

Ela conversava com um garoto asiático, de cabelos espetados e de pontas verdes, com um skate amarrado na mochila, seu nome é Jacob Long.

Ele andava pela área das repúblicas da Universidade, que estava relativamente movimentada. A alguns meses, havia voltado a conversar com Rosa, depois de um estranho tempo sem terem chance de se verem. E Jake não podia achar isso melhor. Mas o problema era que, na conversa, nenhum dos dois tinha comentado sobre um relacionamento a distância. O que deixava o asiático sem saber o que pensar.

- Graças à Deus! Eu não sei o que faria se você usasse calça Korova. - Brincou ele, fazendo os dois rirem.

- O que está achando? Norrisville é legal?

- É, um pouquinho… - Suspirou, dando de ombros. - Não é como Nova York, mas até que é pacífica.

- Que bom! - Ela sorriu, um pouco animada. - E Jake, tenho uma novidade! Eu…

- Ah, desculpa, Rosa. Vou ter que desligar. - Disse, revirando os olhos. - Meu avô está ligando.

- Ah, tudo bem. Até mais. - A loira sorriu fracamente antes de Jake desligar.

Ele atendeu logo em seguida, suspirando. - Oi vovô.

- Estou indo para Nova York.

- O quê?! - Exclamou surpreso, parando de andar.

- Não posso deixar minha loja, Jake.

- Eu sei! Mas pensei que fosse ficar um pouco mais…

- Desculpe, surgiu uma emergência. E saber que deixei o Kung Cão cuidando da minha loja esta me matando!

- M-mas…

- Tenho que desligar, o ônibus chegou. Até mais Jake. - Interrompeu, desligando.

- Até vovô. - Ele tirou o fone, o guardando no bolso e voltando a andar. - Ele está sempre ocupado. Que saco! - E então entrou no whatsapp. “Ele está voltando a Nova York.” escreveu para Rosa.

“Já? Pensei que ele fosse ficar até o final do mês.” Respondeu após algum tempo.

“Eu também. Mas fazer o quê?”. Mandou, logo acrescentando. “Nos falamos depois. Vou atrás da minha república.” Então guardou o celular no bolso, voltando a atenção as diversas casas ao longo do caminho.

Sorte que conseguiu guardar uma vaga pela internet em uma irmandade, não precisando passar por toda aquela disputa. Sendo agora outro desafio, achar sua república.

Jake foi caminhando por aí, vendo várias barracas de clubes, dos mais variados temas, e com diversas estratégias de propaganda. Até que alguém interrompe o seu caminho.

- Oi! - Sorriu o rapaz, fazendo com que o asiático recuasse um pouco. Ele tinha os cabelos castanhos e lisos, num corte repicado. E os olhos, também castanhos, combinavam perfeitamente com o grande sorriso. - Calouro, não é? - Ele permitiu uma breve risada quando viu Jake fazer que sim com a cabeça. - Você já fez sua matrícula? Ou já visitou a universidade?

- N-não. Eu acabei de…

- Então está certo. Venha comigo. - Interrompeu, fazendo um sinal com a mão para que o seguisse. - Meu nome é Trevor Lima. Sou um dos monitores do nosso reitor, o senhor Waldorf. Qual seu nome?

- Jake Long.

- Muito prazer, Jake. Qual curso vai fazer?

- Bom, estou me matriculando em Administração. - Deu um breve sorriso. Nunca deu muita importância para qual curso gostaria de fazer, estava sempre ocupado com os afazeres do Dragão Ocidental. Apesar disso, o curso o agradava. O permitia a possibilidade de poder trabalhar em qualquer tipo de empresa que desejasse e seus pais acharam uma ótima idéia. Mas e Trevor? Será que ainda é estudante? Jake olhou bem para o garoto, resolvendo arriscar. - E você, faz qual curso?

- Direito. - Sorriu, um tanto orgulhoso, arrumando a gola da camisa. - Se inscreveu em que república? Já têm uma, não é?

- Sim, sim. Me inscrevi na Arrow.

- Ah! Então vai vir na comemoração de hoje a tarde. - O jovem riu com um certo tom de malícia. - Torça para que você não seja o Catninja.

- “Cat…” o quê? - Perguntou Jake, um pouco confuso.

- Vai descobrir. - Finalizou com um risinho maldoso, fazendo o garoto sentir um friozinho de ansiedade.

Os dois se aproximaram de uma bancada, perto de uma das entradas laterais do prédio, onde uma senhora de certa idade e gordinha carimbava algumas fichas.

- Anne! - Chamou Trevor. - Esse aqui é o Jake, ele veio fazer a matrícula.

- Tudo bem. Espere ali, está certo querido? - Disse suavemente, indicando umas cadeiras ao lado, sobre a grama. - Já lhe chamo. - E deu um doce sorriso, fazendo suas enormes bochechas rosadas ficarem em evidência. Jake podia dizer que era a senhora mais adorável que já conhecera.

- E eu vou ver se há mais alunos perdidos por aqui. Até mais. - Trevor sorriu, saindo.

O garoto concordou com a cabeça e acenou para o amigo, se dirigindo até onde Anne havia indicado. Ele sentou, puxando a mala para junto de si, e alguns minutos depois alguém conhecido saí do prédio.

- Spud?

- Jake! E aí cara? - Spud sorriu, indo até o amigo, que havia se levantado.

- Oi! - Eles se cumprimentaram, soltando uma risada. - Pensei que não viria mais.

- Pois é. Estava sem crédito para avisar.

Eles riram, se sentando.

- Mas e a Trixie?

- O pai dela conseguiu uma faculdade boa perto da base em que ele está. - Disse cabisbaixo. - Preferi não insistir.

Jake concordou com a cabeça. Sabia o quanto aquilo devia estar sendo importante para ela. Mas então observou o amigo e sabia também o quanto aquilo estava sendo difícil.

- Mas e você e a Rosa? - Perguntou tentando mudar de assunto.

- Cara, eu nem sei… - Disse olhando a grama. - Estamos nos falando mais, ultimamente, principalmente agora que farão cinco meses em uma única cidade. Mas essa coisa de distância acaba com a gente.

- Está pensando em desistir mano?

- Não, claro que não! É só difícil… A saudade parece que tira nosso ar.

- Fica assim não. Vocês vão se dar bem. - Disse Spud a fim de consolar o amigo.

Mas este apenas sorriu fracamente, ainda olhando a grama.

- Jake, sua vez. - Chamou Anne, sorrindo para o jovem.


Notas Finais


Muito obrigada por lerem
Os primeiros capítulos são grandinhos como esse, mas só até eles se encontrarem, relaxem
Me digam o que acharam szszsz
Estou super ansiosa


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