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História The Olimpians - Livro 3: The Other Side Of Time - Todos Dizem "Foi Mais Forte Do Que EU".


Escrita por: Eucaristia

Capítulo 23 - Todos Dizem "Foi Mais Forte Do Que EU".


Perséfone

 

Aproximadamente 120 Anos Antes de Bloodlines Time.

Ano Aproximado: 1890.

 

Deuses são fãs da frase: “Foi mais forte que eu” ou “não tem como refrear algo assim” para justificar suas puladas de cerca.

Pergunto-me apenas por que apesar de todo o esforço que alguns fazem às vezes isso se torna realmente impossível de conter?

Terminei de arrumar o vestido e me olhei no espelho com essa dúvida em mente, mas francamente agora nem posso reclamar.

Deixei um bilhete escondido dentro do baú de Hades aonde minha aliança e a coroa de rainha estavam guardadas no período que ficava com minha mãe.

Se alguém notasse meu sumiço temporário e procurasse por Hades apenas ele saberia onde procurar a resposta, mas como eu iria fazer algo errado para com ele não tinha o menor interesse que outra pessoa encontrasse a resposta.

Respirei profundamente uma última vez.

Aquilo parecia à repetição de um erro.

Um filme que eu sabia que não deveria fazer parte da minha vida, mas nenhum deus ou deusa tinha escolhas nesse sentido.

Salvo aquelas quatro, mas elas... Bom, na verdade só uma tinha escolha ali. As outras simplesmente se negavam fazer parte daquilo.

Antes de voltar a pensar demais aparatei e um segundo depois já estava nos arredores do restaurante de luxo em Manhathan.

Deuses, eu estava louca de fazer isso novamente.

Caminhei tranquilamente até a entrada do restaurante e na entrada o rapaz perguntou minha reserva.

Eu tinha duas respostas, mas nenhuma precisou ser usada.

De trás dele um homem jovem de cabelos castanho claro e olhos negros apareceu com um sorriso que era muito familiar para que eu ignorasse o arrepio que correu meu corpo.

-Deixe a moça Lui. Ela é minha acompanhante.

O recepcionista encarou o homem e depois me encarou.

-Yes Sir. Algo em especial?

Os olhos negros me fitaram intensamente e meu coração disparou.

-Pegue aquele meu vinho especial na adega e avise Leonard que pode preparar o meu pedido especial, ele sabe o que é.

-Como quiser Sir Julius.

O recepcionista se virou para seu ajudante ficar em seu lugar e Julius andou em minha direção me oferecendo seu braço, o qual segurei, ainda me perguntando por que fazia isso mesmo.

Porém a dúvida sumiu da minha mente no instante em que a ponta de seus dedos tocou a minha mão em seu braço.

-Respire minha deusa. -Ele murmurou próximo de meu rosto com o sorriso maroto e meu corpo novamente se arrepiou.

Entramos em seu escritório em silêncio e ficamos assim por vários minutos até que Lui e Leonard apareceram com o que Julius havia solicitado.

-Não pedi nada requintado a Leonard, afinal estamos nesse jogo há quantos meses? -Julius parecia ainda mais intimidador hoje e isso de alguma forma me atraia.

Eu realmente tenho sérios problemas me interessando pelos homens dessa família.

-Dois meses, desde que voltei do Hades. -Respondi me aproximando da poltrona próxima da mesa com os aperitivos.

-E creio que quando voltar para lá verei seu rosto apenas mais umas vez. -Direto como uma flecha.

-Se meu marido ainda me perdoar e a você, sim. -Peguei a taça de vinho e tomei alguns goles devolvendo a taça à mesa.

Ele riu e depois tomou um pouco do vinho.

-Hades, sabe perfeitamente sobre esse jogo do destino. Quantas vezes isso já aconteceu afinal? Duas? Três vezes?

-Cinco, sem contar a de hoje. -Respirei fundo me aproximando da lareira.

-E quantas vezes ele te culpou? Ou ele mesmo conseguiu evitar essa armadilha? -Julius sabia quem ele era, quem eu era, quem era meu marido e que aquilo era um jogo perigoso, mas ele não parecia ligar.

-Nenhuma vez. Mas ainda me sinto mal.

Olhei nos olhos de Julius.

Maldição.

Ele tem os olhos de Hades e o mesmo sorriso que eu amo naquele infeliz.

Até o corpo me lembra de Hades.

Ele se aproximou lentamente até ficar alguns passos de onde eu estava.

-Se meu avô culpasse você, precisaria primeiro não ter feito meu pai nascer nesse mundo. Eu só sou capaz de te atrair por que essa é a qualidade que tenho como neto dele e, que eu saiba, sempre foi assim.

Fechei os olhos, inconformada.

Era verdade.

Senti mãos fortes e quentes envolverem minha cintura de forma possessiva. Um hálito quente acertou minha orelha e meu corpo se arrepiou.

-Você não fica bem de marrom. É presente da sua mãe?

Senti sua mão deslizar pelo vestido cor de terra que Deméter me deu há alguns dias.

-Sim, mas era o único que parecia caber para um restaurante como o seu.

Julius riu.

-Eu acho que mesmo um jornal seria a roupa mais linda do mundo desde que você o usasse. -Seus braços envolveram minha cintura em um abraço e pude sentir o calor emanado por ele. -Se importa de tira-lo? Se eu fizer isso vou rasga-lo inteiro.

Um arrepio profundo de puro prazer percorreu meu corpo.

Virei-me para encarar Julius. Seus olhos negros brilhavam intensamente e seus lábios retos sem expressão pareciam esperar a resposta.

Envolvi seu pescoço e o beijei com toda a vontade que tinha.

Quando o beijo foi interrompido sussurrei:

-Pode rasga-lo.

Julius sorriu e eu esqueci totalmente que aquilo ainda deveria ser errado.

 

==========X==========

 

Eu precisava falar com Hades, mas minha mãe nunca iria permitir isso em pleno verão.

Nunca que ela iria dar esse direito a ele ou a chance de falar com ele antes do outono.

Na verdade ultimamente era ela que não cumpria os prazos e me liberava com dias, quando não meses de atraso para o Hades.

Isso afetava os humores do meu marido e, às vezes, isso não era muito bom.

Depois de tudo eu precisava falar com ele de alguma forma.

A única que eu sabia ser realmente possível sem minha mãe saber envolvia algo não muito seguro: falar com Teresa.

O problema é que ela no Olimpo significa que está com Apolo...

Isso nunca terminava bem, mas lá estava eu correndo até o palácio de meu irmão e esmurrando a porta.

Assim que a ninfa mais antiga abriu a porta e me viu quase enfartou, coitada.

Eu nem falei nada.

Entrei quase correndo e atropelando a pobre, enquanto seguia para o quarto dele.

Teresa estava lá.

Eu sabia disso.

Afrodite tinha me avisado que ela viria para cá hoje.

-Lady Perséfone, espere! Lord Apolo está com Lady Teresa! É melhor a senhora esperar...

Abria a porta do quarto com força, mas não vi ninguém.

Estranho. Até a ninfa disse que estavam aqui.

Percebo a claridade vinda do banheiro e com alguns segundos ouço vozes.

Não espero e vou até lá.

A ninfa que tinha acabado de me alcançar fica na porta com cara de quem não quer nem imaginar o que estou indo fazer. Ou será o que vou ver?

Abro a porta do banheiro sem avisar e, francamente, me arrependo.

Teresa está sentada sobre Apolo que segurava seu quadril, ambos dentro a grande banheira dele.

Acho que me sinto como Atena há alguns anos atrás pegando os dois na biblioteca.

Aquilo era no mínimo constrangedor de se ver, embora admita que não seja ruim de fazer.

Calma.

Prioridades.

Os dois não me notaram ainda.

Mas eu juro que ouvi vozes.

-Está levando isso a sério Teresa?

Hein?

Olho em dúvida para outro arrependimento eterno quando vejo Apolo pressionar o corpo de Teresa contra o seu e ela arquear o corpo pra frente arfando.

-Se eu... Eu ainda... Pudesse... Mexer-me... Eu faria... Isso... Mas... Por hora... Se... Vira-se... Com... A força... Que... Tiver... Nesses braços... Que... Meu corpo... Não vai… conseguir...

Ele ri daquilo.

-Ainda bem que tenho braços fortes.

Teresa resmunga algo realmente confuso.

-Para alguma coisa... Eles teriam que servir... Nesse ponto...

Teresa consegue endireitar o corpo e então me vê, chamando a atenção de Apolo.

-Ora. Temos visita. -Meu irmão diz divertido e Teresa rola os olhos sobre aquele comentário. -Pode esperar na sala, por favor? Temos algo para terminar.

Encaro Teresa.

Ela não parece nem um pouco a fim de interromper o que está fazendo.

-Tudo bem. Vou esperar lá embaixo.

Saio do banheiro, e do quarto, acompanhada da ninfa.

-Eu juro que tentei avisar à senhora, mas não deu tempo.

Preciso rir daquilo.

-É sempre assim aqui? -A curiosidade me venceu.

-Não. É pior. Uma vez pegamos os dois no sofá da sala. Noutra foi no jardim dos fundos. Certa vez foi na mesa da sala de jantar.

Olhei para ela em dúvida.

-Está brincando?

Ela riu.

-Bem que eu queria, mas essas foram as melhores vezes.

Melhores?

-E qual a pior?

-Na cozinha. Aquele lugar parecia uma zona de guerra entre deuses e titãs de tanta coisa jogada no chão, gosma no forno e sobre os balcões. Parece que a ideia era fazerem o jantar juntos, mas não deu lá muito certo.

Resolvi me calar.

Sentei no sofá e fiquei esperando por Apolo e Teresa.

Esperei por quase uma hora até os dois aparecerem juntos. Ela não parecia nem um pouco a fim de estar ali.

Mas acho que entendo isso um pouco.

-Certo. Estamos aqui. Agora o que aconteceu para aparecer daquele jeito? -Teresa foi direta como sempre.

-Estou grávida.

Apolo olhou em dúvida na minha direção.

Depois encarou Teresa que ergueu as mãos e parecia contar se a quantidade de dedos daria dez em todas elas.

Então ela me encarou, levou a mão a cabeça como se isso a ajudasse a pensar e por fim baixou a mão me encarando seriamente.

-“Linhagem”? -Teresa parecia em dúvida.

-“Linhagem”. -Confirmei.

Ela suspirou.

-Certo. Eu aviso Hades que novamente o ciclo te atingiu. Não que ele não desconfie. -Teresa sussurrou a última parte, mas eu ouvi.

-Quando contar peça desculpa a ele em meu lugar. Queria fazer isso pessoalmente, mas acho que não terei tempo antes que isso seja de conhecimento de todo o Olimpo.

Teresa riu.

-Eu sei. Mas não acho que ele vá te culpar por isso, sabe... Hades acredita no seu amor e a linhagem seguinte aos filhos dele normalmente é tão parecida com ele que... -Ela deixou a frase no ar.

-Ele já sabe que isso vai chamar minha atenção. -Terminei a frase.

-Exatamente. Então não se culpe tanto nesse sentido. Se preocupe com Deméter e o escândalo dela. Isso sim é um problema.

Grunhi agoniada.

Aquela era uma verdade inevitável.

Minha mãe faria um escândalo pior que os de Hera quando Zeus a trai.

Eu tinha quase esquecido desse detalhe gigantesco.

Mas eu esperava que com sorte, muita sorte, Hades interferisse a meu favor como das outras vezes.

 

==========X==========

 

Gritos e mais gritos.

Aquilo era tão irritante quanto cansativo e, na verdade, isso é exaustivo.

-Como pôde?! Grávida da “Linhagem”! Isso é um absurdo! Uma verdadeira mancha no seu nome! -Eu sempre quis saber como minha mãe pode ser pior que Hera quando tem um ataque histérico. Sério, eu sempre achei que o título de dramática da família foi dado a deusa errada. -Já não bastava casar com esse traste do Hades, ainda tem que ficar procriando com os filhos dos bastardos dele com a “Linhagem”? Que nomes eles usam hoje em dia? Templay?

-Eucaristia. Eles usam o nome de Eucaristia, minha irmã. -Hades por outro lado estava calmo e nem ao menos havia piscado. -Além disso, não é como se os deuses fossem simplesmente imunes aos descendentes de Kaíros. Todos nós sabemos que Ártemis é apaixonada por Kaíros a éons e que se as outras deusas não tivessem votos de castidade, ou no caso de Hera de fidelidade eterna, nenhuma delas poderia evitar se deitar com essas duas famílias.

-Corno manso! Isso sim é o que você é Hades, um corno manso! -Minha mãe não conhecia limites.

Hades respirou fundo e levantou de seu trono na sala dos tronos do Olimpo enquanto a maior parte dos outros deuses ficava em profundo silêncio com toda aquela discussão desde que ficou de conhecimento de todos os deuses sobre meu atual estado.

-O que quer que eu faça Deméter? Quer que eu espanque a sua filha até ela abortar? Quer que eu mate toda a “Linhagem” apenas para evitar que os meus netos sejam atraentes para Perséfone? Quer que me divorcie por algo idiota como isso? Quer que mate meu descendente por que ele chama a atenção da sua filha? Diga-me irmã, o que quer que eu faça afinal de contas?

Minha mãe ficou em silêncio por alguns instantes antes de conseguir dizer em um sussurro:

-Não sei.

Hades bufou e voltou a sentar em seu trono.

-Agora que nós finalmente terminamos com essa discussão infeliz, vamos voltar ao que interessa: a reunião do solstício de inverno. -Zeus conseguiu dizer.

Aquela era a terceira reunião de Solstício desde que fiquei grávida e mesmo assim minha mãe continuava dando os seus ataques em todas as reuniões. Felizmente essa era a segunda desde o anúncio oficial.

Teresa permanecia sentada no trono de Hera mandando olhares significativamente maliciosos para Apolo, ela às vezes até mudava para o trono de Ártemis para fazer isso, o que deixava a deusa da Lua um tanto inquieta.

Porém assim que minha mãe se calou o longo suspiro de Teresa chamou a atenção de todos na sala.

-O que foi Teresa? -Zeus parecia preocupado com aquilo.

-Nada em particular. Só pensando que, se não fosse minha escolha de não me envolver com mortais, Julius Alek Eucaristia seria uma das pessoas no topo da minha lista de possíveis namorados. Tenho que admitir, ele é bonito.

E depois disso foi à vez de Hefésto começar um ataque histérico, mesmo que Apolo nem ao menos ligasse para a frase ou tenha piscado para aquilo.

Nessa brincadeira perdemos mais uma hora.

Aquele solstício em particular foi o verdadeiro Caos para dar andamento na reunião.

 

==========X==========

 

A criança em meus braços dormia profundamente.

Porém as lágrimas em meus olhos não pareciam querer parar de borrar a minha visão e o choro parecia fechar minha garganta a todo segundo.

-Minha rainha, está na hora. -A voz firme e grave, porém gentil de Hades soou as minhas costas.

-Eu sei.

Levantei ainda relutante e encarei o outro bebê nos braços de Hades.

Gêmeos.

Algo relativamente raro, mas às vezes acontecia.

-Escolheu seus nomes? -Hades parecia um tanto hesitante e eu sabia o motivo muito bem.

Apesar de não serem filhos dele, meu marido havia se afeiçoado as crianças. Ambos sabíamos que as veríamos novamente várias vezes, porém era diferente de cria-los e isso mexia com nós dois.

-Sim, escolhi. -Um sorriso suave surgiu em meus lábios quando olhei para o pequeno nos meus braços. -Ele vai ser Heitor. -Depois fui mais próxima de Hades e olhei para a pequena criatura em seus braços, quase escondidas nas dobras negras das vestes dele. -Ela será Alexandra.

Um sorriso orgulhoso surgiu nos lábios de Hades e as palavras saíram de sua boca com o tom mais orgulhoso que um pai pode usar:

-Nomes de reis e rainhas. Perfeitos para um príncipe e princesa. -Ele me encarou e eu assenti.

Então ambos aparatamos.

No segundo seguinte estávamos no meio de uma grande sala, aonde vários homens e mulheres esperavam por nós.

Meus olhos buscaram os de Julius e logo os encontraram.

Ele pareceu hesitar antes de finalmente vir ao meu encontro.

Quando parou, Julius encarou Hades e fez uma breve reverência, ao que meu marido respondeu com um aceno de cabeça.

Demorei alguns segundos a notar que um homem e uma mulher mais velhos estavam às costas de Julius, eram seu pai e sua mãe.

Meu enteado não parecia ter mudado muito e sua esposa continuava igualmente bela.

-Como combinado estamos aqui para entregar as crianças as seus cuidados. -A voz de Hades se mantinha firme, mesmo eu sabendo que ele não queria fazer aquilo.

-Agradeço por isso meu avô. Prometo que meus filhos terão o melhor cuidado e amor que minha família pode dar. -Julius era um homem metódico, porém aquelas palavras eram mais que verdadeiras.

Os Eucaristia sempre amavam os seus, por mais loucos que pudessem ser ao demonstrar esse amor ou sua preocupação.

Hades assentiu com aquelas palavras.

A mãe de Julius estendeu os braços na minha direção e as lágrimas voltaram a fluir livremente pelos meus olhos quando entreguei o menino para ela.

-Ele se chama Heitor. -Consegui dizer com a voz embargada.

-Certamente um jovem príncipe merece um nome de rei forte e imponente como esse, Heitor Kaleb. -Ela completou o segundo nome, tradição dos Eucaristia com convicção.

Apenas concordei.

Ao meu lado Hades suspirou ao entregar minha menininha para seu filho.

-É Alexandra. -Ele disse duro como ferro, provavelmente para conter quaisquer emoções.

-Alexandra Vivian, como uma rainha e uma garota doce. -Meu enteado parecia brincalhão.

Aquilo fez Hades dar uma meia risada.

Assim que as crianças se afastaram o bastante nós aparatamos.

Estávamos novamente no palácio de Hades, dessa vez sem meus filhos. Mais uma vez sem as crianças que havia gerado.

Desabei no chão em prantos, me sentindo vazia mais uma vez.

Não importava quantas vezes isso acontecesse, eu nunca me sentia preparada.

Era sempre como uma nova faca no meu peito e parecia que a cada vez sangrava mais.

Senti os braços de Hades me envolverem com força e carinho, ele me ergueu e me levou cuidadosamente até nosso quarto, me deitou em nossa cama e se colocou ao meu lado me mantendo abraçada até que eu parasse de chorar.

Permaneceu assim até que eu dormisse e depois até eu acordar.

Sem mover um único músculo para me abandonar, mas também por que ele precisava de alguém junto dele para aplacar a tristeza de ter deixado aquelas crianças, suas crianças, partirem novamente.

Era sempre assim, não apenas com meus filhos, mas com os próprios filhos dele. Hades nunca queria realmente dizer adeus. Nunca queria realmente se separar deles.

Meu marido não gostava de momentos tristes.

Ele não era exatamente o deus certo para comandar aquele reino e mesmo assim o fazia.

Esse era um dos motivos que me fazia continuar com ele depois de tantos séculos. Que me fazia ama-lo profundamente.

Ainda que eu nunca tenha dito isso para ninguém além de Teresa e Hera.

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Continua...



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