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História The Olimpians - Livro 3: The Other Side Of Time - Quando Dizem Que Você Está Ligado a Alguém Isso Pode Não ...


Escrita por: Eucaristia

Notas do Autor


Titulo completo do capítulo:
Quando Dizem Que Você Está Ligado a Alguém Isso Pode Não Ser Muito Divertido.


Caramba, esse capítulo foi ao mesmo tempo divertido e horrível de escrever.

Capítulo 43 - Quando Dizem Que Você Está Ligado a Alguém Isso Pode Não ...


Yue

 

05 de Dezembro

 

Já tem muito tempo que eu não curto festas de fim de ano ou o fim do ano humano.

Recentemente isso apenas parece ter ficado pior.

-Tudo bem Yue?

Levantei a cabeça do sofá para encarar tia Ártemis e as Caçadoras na sala do palácio.

-Dor de cabeça.

Minha tia levantou de onde estava e sentou na beira do sofá em que estava deitado.

-É raro você ou seus irmãos apresentarem algum tipo de dor ou sintoma adverso. –Ela pousou a mão na minha testa e pareceu confusa. –Que estranho, não consigo achar a dor de cabeça para curar.

-Estranho. Está latejando e parece aquela coisa que minha mãe ou a Annabeth reclamam às vezes chamando de enxaqueca.

Minha tia riu.

-Já ajudou as duas com isso algumas vezes não foi. –Concordei com um aceno. –Fique deitado e de olhos fechados, pode ser algo relacionado aos seus poderes. –A ouvi dizer calmamente a alguém. –Pegue uma toalha e água com gelo.

Uma garota levantou, pude perceber que ela parecia irritada.

-Por que temos que cuidar de um homem?

Percebi outra garota levantar, talvez Helen ou Felícia ou Eliene, provavelmente para dar algum aviso para a garota.

Mas não iria esperar para ver, então levantei.

-Deixa tia. Vou ao palácio da Hera ou da Afrodite ver se as duas tem algum remédio para isso e... –Estava quase na porta quando a dor ficou insuportável e cai de joelhos.

Acabei pressionando as mãos contra a cabeça com força.

-Yue! –Não precisava abrir os olhos para saber que minha tia estava correndo na minha direção. –Calma. Melindra!

Enquanto minha tia esperava as palavras saíram de modo confuso da minha boca.

-Deuses. Eu só levantei, por que a dor aumentou?

Senti Ártemis pousar a mão nas minhas costas e a outra na minha cabeça.

-Você levantou rápido e normalmente a dor fica pior quando isso acontece, mas ainda não consigo achar a fonte da dor.

-Como?

Mas não recebi resposta, só senti a mão de Melindra levantar meu rosto e jogar a água gelada na minha cara.

-Não é a sua dor. Então cala a boca e escuta. –Não precisei olhar para saber que metade das Caçadoras ficou tensa como o modo que ela falou, mas sabia que minha tia apenas rolou os olhos. –Não sei por que ou como, mas você se ligou a alguém e essa dor de cabeça pertence a essa pessoa. Você pode senti-la, mas ela não vai senti-lo e no momento não dá pra saber quem é a pessoa, só que a ligação é inquebrável e ela está com enxaqueca.

-Como sabe de tudo isso e não sabe quem é a pessoa a quem estou ligado?

Mas Melindra riu.

-Claro que eu sei, mas isso é problema seu e não meu. Além disso, cedo ou tarde você descobre sozinho. –Eu queria mandar Melindra ao Tártaro, mas aquilo não resolveria muito com ela. –E não reclame, ela está com essa dor há dias e a culpa é sua, seu paspalho.

-Espera. Minha culpa? Como assim?

Mas tudo que ela fez foi levantar e voltar para onde estava.

-Use o cérebro e pense um pouco, por que na verdade a resposta é bem simples.

Realmente fiquei com raiva dela, mas não pude fazer muita coisa por que a dor apenas aumentou sem parar por dois dias até quem quer que fosse tomar um maldito remédio que funcionasse.

E quando isso aconteceu Melindra já tinha ido embora.

Nem sei de quem fiquei com mais raiva naquele dia: dela ou da pessoa que demorou a tomar o remédio.

 

==========X==========

 

10 de Dezembro

 

Minhas mãos estavam estranhas.

Formigando como se tivesse cortado a circulação o braço.

Era desconfortável pra caramba.

Levantei da cama, estava confuso e fui até a cozinha do palácio de Hera, pra minha surpresa ela estava lá.

-Olá querido. Como está?

-Até agora bem. Valeu por me deixar ficar.

Ela apenas sorriu daquele jeito maternal.

-Eu me lembro como as coisas eram na época que seus pais estavam tentando te conceber meu amor. Acredite quando digo que faço isso pelo seu bem.

Acabei rindo da forma como ela explicava a própria preocupação.

Se bem que meus pais andam piores que o normal nos últimos dias e ter duas casas não parecer ser muito recentemente.

Fui pegar um copo, mas reparei que não estava sentindo a força ou o copo da minha mão, então acabei quebrando-o quando tentei segurar.

-Tudo bem?

A pergunta de Hera apenas me fez perceber o que realmente estava acontecendo.

-Não exatamente. Não sinto as minhas mãos. –Me virei para encara-la. –Lembra aquela ligação com alguém que comentei?

-Lembro.

-Voltou e está afetando minhas mãos. Perdi a sensibilidade para calcular a força.

Hera abanou as mãos e indicou a cadeira.

-Senta antes que isso aumente. Vou pegar um pouco de água para você. –Ela parecia achar um pouco de graça naquilo. –Mas a quem você está ligado para que a essa hora da madrugada esteja sentindo o mesmo que essa pessoa.

-Eu realmente não sei, mas...

Parei quando senti a primeira diferença nas mãos e o pior era que eu conhecia aquela sensação: espuma de sabonete.

Mas que droga.

Aquela criatura iria tomar banho.

Inferno.

-O que foi Yue?

-Quem quer que seja, vai tomar banho.

Não precisei olhar para Hera para saber que ou ela achava graça naquilo ou estava com pena de mim.

Mesmo assim ela não falou nada e eu fiquei ali sem ter como não sentir o que a outra pessoa sentia.

As mãos passaram pelos braços e o pescoço, mas pararam para massagear a curva do pescoço.

Havia fios de cabelo longos no caminho, mas eram poucos, como se o resto estivesse preso.

Eu não sabia se a minha suspeita inicial era boa ou não sobre a pessoa ser uma mulher, mas não melhorou em nada quando senti as mãos dela passarem nos seios.

-Qual é?

E para a minha tristeza ou não a ausência de Hera não facilitou ignorar o que ela fazia quando desceu as mãos pelo tronco até a virilha e ai a coisa desandou, por que eu realmente senti tudo que aquelas mãos faziam.

Isso por que aquele foi um banho simples, mas não parou no banho.

Aquela pessoa se secou, colocou uma roupa e até mesmo arrumou o cabelo longo.

Eu pude sentir tudo.

Mas quando terminou, além de estranhamente excitado, eu sentia meu corpo suar frio e minhas mãos tremiam, mas dessa vez de nervoso.

Peguei o copo de água e tomei quase engasgando.

Inferno.

Como eu me ligo a alguém e nem sei quem é a infeliz?

Acho que não estou com muita sorte nessa história.

E pelo visto ainda vai demorar pra isso se resolver.

 

==========X==========

 

15 de Dezembro

 

Acordei muito agitado.

Eu não precisava daquilo.

Não em plena madrugada.

-Por que você não toma banho mais cedo?

Mas a minha resposta foi a sensação de água quente na pele se espalhando.

Eu estava até com medo de como seria dessa vez, mas a resposta não veio rápido como queria.

As mãos dela passaram no rosto, mas só senti o toque na pele do meu rosto, não nas mãos, e ela parecia cansada. Massageou as têmporas como se estivesse com dor de cabeça, jogou água morna no rosto e esfregou os olhos parecendo cansada.

Quando ela esfregou os braços podia sentir no meu braço seus dedos e a palma da mão deslizar, mas quando massageou os ombros e o pescoço sentia em minhas mãos o toque na pele dela.

Me sentia confuso com a preocupação do que ela passava para estar tão tensa daquela forma, parecendo sofrer.

Aquela garota ou mulher mergulhou na água e quando voltou começou a lavar os cabelos, enquanto eu sentia meus dedos deslizarem pelos fios e meu nariz ser invadido por um cheiro de forte de eucaliptos.

Seu cabelo era longo e seus dedos às vezes ficavam presos nos fios, mas ela não perecia ter muita calma, apenas continuava ignorando o ponto que havia embaraçado. Era engraçado.

Quando ela enxaguou o cabelo senti a espuma deslizar pela pele dela na minha quando a garota simplesmente jogou água fria sobre a própria cabeça para terminar de tirar o shampoo.

Ela saiu da água e senti o ar frio tocou minha pele por um momento, mas logo ela prendeu o cabelo e começou a lavar o resto do corpo, dessa vez com muita calma.

Ou talvez fosse cansaço...

Mesmo assim os movimentos eram lentos ao ensaboar seus seios e esticar as mãos pra as costas que pareciam cansadas e doloridas, mais do que seus ombros.

Eu precisava que a ligação terminasse, por que aquilo me afetava fisicamente, mesmo não entendendo o motivo.

As mãos delas desceram pelo tronco e pude notar novamente que seu corpo era o de uma atleta: definido e forte.

O problema é quando ela desceu a mão pela virilha à sensação mudou para o meu corpo e eu já não estou muito bem há alguns minutos com tudo isso.

-Mas que droga.

Não sei se pra bem ou mal, mas ela realmente estava cansada e por várias vezes quando as mãos ficavam doloridas ou tensas a garota as afastava para abrir e fechar os dedos, girar os pulsos e esticar os dedos. Por isso a tortura do banho dava uma pausa para a minha preocupação com a saúde daquela garota.

Eu mal conseguia controlar a minha respiração.

Estava ofegante e meu peito doía em alguns momentos.

Não havia diferença entre esse banho e o de alguns dias atrás, mas eu não conseguia controlar como aquilo me afetava fisicamente.

Eu nem mesmo conseguia mais acompanhar a sequência que o banho daquela garota seguia quando ela terminou de ensaboar as pernas e os pés fora da banheira.

Achei que ela só iria entrar na água para tirar o sabão quando colocou as pernas na água, mas quando senti os cotovelos dela sobre os meus joelhos aquilo não fez bem à minha mente ou a imagem que surgiu no momento em que ouvi sua voz pela primeira vez.

-Mais um ano, menos um ano.

Acho que eu meio que rugi de raiva ao ouvir aquela voz.

Mesmo que distante e abafada eu sabia de quem era a voz daquela garota, principalmente por que nunca esqueci a voz dela depois daquele dia.

Era Reyna.

Era a voz dela.

O corpo dela.

Era a ela que eu estava ligado e era por isso que me afetava tanto fisicamente.

A raiva dela se manifestou em um soco contra a parede da banheira e pude sentir a dor da pancada.

-Que seja.

E ela mergulhou na água de uma vez.

A nossa conexão foi cortada e eu voltei a sentir apenas o meu corpo, algo não tão consolador depois de tudo eu passei e senti.

Mas na verdade eu queria era ter uma conversa muito séria com Melindra.

Só que no momento eu precisava era de um longo banho gelado para acalmar o meu corpo e a minha mente.

Só pra começar.

 

==========X==========

 

21 de Dezembro

 

Eu sabia que estava fazendo uma bela besteira.

Mas quando vi Melindra indo ao encontro da minha tia na porta do palácio depois que a reunião do Solstício foi encerrada agi por impulso.

Então eu a agarrei pelo colarinho da roupa a puxei do chão.

Duas coisas problemáticas se eu considerar só ela e meu irmão mais velho, ignorando o ancestral dela e minha tia ou as outras Caçadoras.

-Me explica agora como isso aconteceu?

-Descobriu foi? –Não precisei responder, por que ela riu antes de me fazer recuar com um choque. –Não é tão estranho, está esperando por ela a mais de cem anos.

Minha tia abriu a porta do palácio e entrou, seguida de Melindra, o que significa que tive que seguir as duas para um lugar cheio de novas Caçadoras que não parecem gostar de mim.

-Por que isso aconteceu?

Mas tudo que Melindra fez foi sentar e me indicar outro assento no sofá.

Precisei fazer o que ela queria, ou a conversa nunca realmente iria acontecer.

-Aconteceu por que vocês são dois idiotas cabeça duras. –Me senti ofendido com aquilo, mas notei que Melindra não parecia disposta a ser interrompida. –Você é um idiota perseguindo um fantasma esquecendo toda a conversa que teve com o Kaíros no primeiro segundo da coisa pra provar que ele estava errado. O que seria um milagre nesse sentido. E a Reyna é uma teimosa orgulhosa que não vai se rebaixar a um cara que a dispensou antes mesmo dela tentar por que não tá afim de uma terceira decepção completa.

Fiquei encarando ela na dúvida do que pensar, então falei a primeira coisa na minha mente:

-Eu tenho chance de reverter isso?

-Tenho cara de advinha por acaso?

-Acho que não.

-Você acha? –Eu nem mesmo ousei falar algo antes dela terminar. –Te garanto que se eu tivesse usaria com o imbecil-mor do seu irmão.

-Sinto muito por isso.

Mas Melindra levantou e me agarrou pelo colarinho.

-Sente nada, por que se sentisse não teria feito o que fez com a Reyna ou estaria ai enrolando feito um babaca para tentar arrumar isso. Começando pela sua mente retardada procurando um defunto que não existe mais. –Ela me empurrou para o sofá e se afastou indo para outra parte do palácio. –É por culpa de idiotas como você e seu irmão mais velho que não sei se valeu a pena esperar tanto para achar o que procurava.

Tentei não me sentir ofendido com o que ela havia falado, mas peguei minha tia me encarando.

-Eu não tenho moral para falar sobre o seu caso, ou teria que dar uma resposta sincera ao Kaíros nesse momento. –Ela se aproximou e segurou meu ombro com calma. –Mesmo assim tenho que dizer: não ir atrás da garota é o maior erro que vai cometer e talvez não tenha outra chance depois dessa vida.

Eu pensei em dizer que Ártemis não entendia o que estava acontecendo.

Que ela realente não tinha moral.

Mas de alguma forma, uma bem estranha para ela, Ártemis tinha razão.

Kaíros sempre soube com quem e onde estava se metendo.

Mas Melindra e Reyna não.

Melindra sabia que teria de esperar, mas não pra que ou para o que.

Já Reyna não sabia de nada mesmo, mesmo que de alguma forma ela tenha concordado antes de voltar, reencarnar não mantem as memórias.

No máximo instintos.

Características únicas.

Algumas que me chamaram atenção no dia em que nos conhecemos na festa.

Alguns que provavelmente vão continuar me acordando de madrugada quando nossa ligação estiver ativa.

Para a minha tortura.

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Continua...



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