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História The one night baby - Family


Escrita por: HellHeir

Notas do Autor


O que eu tenho pra dizer vem no final.
Já já vocês vão ver o porquê.

*Divirtam-se*

Capítulo 12 - Family


Uma semana depois de tirar licença maternidade, Annabeth e Percy combinaram de ir às compras finais para Charlie. Combinaram de se encontrar no shopping numa loja que as meninas haviam recomendado. 

Thalia havia levado a amiga para almoçar, indo com ela até a loja esperar por Percy. As duas estavam mais para o fundo, vendo algumas peças de roupa jeans adoráveis, sem acreditar que faziam roupas daquele tamanho.  

– Eu sei que ela só vai usar por um mês se eu comprar isso, mas eu preciso ver a minha pequenininha nessa roupa, Annie – Thalia disse enquanto erguia um pequeno cabide, com um macacão vermelho adorável. 

– Deuses, você e Grover são terríveis – Annabeth riu e viu a amiga olhar para algo atrás dela.  

– Chegou o seu príncipe encantado – a morena disse apontando com a cabeça. 

– Príncipe encantado eu acho que já é um pouquinho demais – Annabeth não precisava se virar para saber de quem ela estava falando. 

– É você quem sempre está dizendo o quanto ele é incrível em tudo que faz, só estou dando nome. E se fosse você, ia até ele antes do ataque. 

– Ataque? – então ela finalmente se virou, vendo Percy perto de uma das prateleiras, mandando mensagens no celular e depois olhando para os bichinhos ali expostos. Ao lado dele, uma mulher se aproximava sorrindo e começando a falar com ele. – Thalia, ela só trabalha aqui. 

– Vai por mim, atendentes de loja de bebê costumam ter uma quedinha por pais solteiros – Thalia continuou. – E você não está facilitando não tendo uma aliança com ele. 

– Nós não estamos casados. 

– Mas é quase isso. 

– Mas nenhum dos dois fez nenhum pedido.  

– Pois deveria. 

– Eu vou até lá só pra garantir que você está errada – Annabeth desistiu e deu as costas para a amiga, começando a ver melhor ele e a atendente. Não viu nada de esquisita na cena, mas ao sair de trás de uma prateleira e ver que a mulher ria e segurava o braço de Percy, ergueu as duas sobrancelhas e odiou ter que concordar com Thalia. Mas ela não sentiu nenhum resquício de ciúme, não sabendo o quanto Percy a amava e muito menos ao ver a expressão dele idêntica a sua com o gesto dela. Ele olhou para a mão da mulher e depois para seu rosto, pronto para dizer algo, mas virou-se quando ouviu Annabeth voltar a andar e abriu aquele sorriso lindo pelo qual ela era apaixonada. 

Ele se esqueceu do gesto estranho da mulher e se virou para segurar o rosto de Annabeth entre as mãos enquanto tinha um bichinho de pelúcia nos dedos, dando um beijo apaixonado nela.  

– Eu estava pensando – ele começou e Annabeth riu, esperando. – A próxima decoração do quarto de Charlie pode ser do fundo do mar? 

– Por que eu tenho toda a certeza do mundo que seu filme favorito é Procurando Nemo? – Annabeth disse e o viu dar de ombros. 

– Porque você me conhece muito bem – Percy também sorriu e, segurando a cintura de Annabeth, se virou de volta para a atendente, que tentava colocar uma expressão profissional no rosto. – Nós viemos ver móveis, por favor. 

– É claro, irei pegar os catálogos – ela respondeu e saiu. 

– Por que é que sempre gostam de causar uma cena em público? – os dois ouviram a voz de Thalia atrás de si e se viraram.  

– Eu só vim chama-lo pra ficar com a gente – Annabeth ergueu as mãos. 

– E eu só queria deixar claro que já tenho uma família incrível pra chamar de minha. 

Annabeth abriu a boca e olhou para o lado, encontrando o olhar de Percy quando ele se deu conta do que havia dito. 

– É a primeira vez que ele usa a palavra “família”, não é? – Thalia perguntou e os dois assentiram, sem olhar para ela. – Então essa é minha deixa pra sair. Eu amo vocês dois e você ainda mais, Charlie – ela fez um carinho na barriga da amiga. – Eu vou pagar essa gracinha aqui e deixar vocês dois fazerem compras. Façam boas escolhas. 

E então Annabeth voltou a olhar para Percy, que tinha uma expressão no rosto numa mistura entre fascinação e surpresa. Ele tentou dizer algo, mas ela apoiou as mãos em seu peito e o beijou com carinho, esquecendo-se de onde estavam. 

– Você tem razão. Nossa família é mesmo incrível – ela sussurrou. 

Percy voltou a sorrir e os dois foram finalmente atrás da atendente, rindo baixinho quando outra pessoa veio com os catálogos até eles.  

*** 

Percy parou no sexto andar quando chegou do serviço, batendo na porta e entrando quando Annabeth disse que estava aberta. Se aproximou do sofá, onde ela estava deitada, usando roupas confortáveis e com o cabelo molhado , vendo que tinha um livro em suas mãos e alguns na mesinha ao seu lado. 

– Ei, amor – Percy disse e a beijou na testa, observando melhor o livro em suas mãos. – Começou esse hoje? 

– Eu terminei aquele ali, li metade do outro e quase metade desse – Annabeth respondeu. – Eu não tenho mais nada pra fazer além disso, Percy. 

– Eu sinto muito – ele riu, a beijando de novo. 

– Não tem porque sentir, eu estava há tempos querendo ler os meus livros, devo ter conseguido ler uns oito nessas três semanas.  

– Você é incrível. Quer continuar aqui lendo? 

– Não, quero fazer outra coisa – Annabeth deixou o livro de lado depois de marca-lo. Estendeu as mãos para que Percy a ajudasse a ficar de pé e resmungou. – Deuses, eu estou enorme. Eu não sei se aguento mais uma semana disso. 

– É claro que aguenta, amor. O pior já foi. 

– Você que pensa – ela murmurou e calçou os chinelos. 

Os dois foram juntos para o elevador, rindo das perguntas da garotinha vizinha de Percy sobre a barriga enorme de Annabeth. Eles desceram, deram boa noite para ela e seu pai, e foram para a casa do homem. 

– Amor, eu vou tomar um banho e depois cozinhar algo rápido pra gente, tá bem? – Percy disse e olhou nos armários da cozinha. – Aqui tem aquelas bolachinhas que você ama, salgadinhos e chocolate. Só não estrague seu apetite. 

– Sabe que isso não acontece – ela disse, pegou um pacote de salgadinho e deu um beijinho rápido nele, indo se sentar no sofá. Deixou o celular de lado e ligou a TV, vendo Percy deixar seu próprio celular ali e então ir para o banheiro. 

Annabeth encontrou sua série favorita passando e deixou ali, começando a comer. Estava rindo da cena que já havia visto várias vezes quando ouviu um celular tocar, vendo que era o de Percy. Olhou o número e ficou um pouco preocupada quando leu “Coordenador Greg”, afinal ele já estava fora de seu expediente.  

Ainda ouvia a água do chuveiro correndo, então resolveu atender, com medo de ser uma emergência. 

– Boa noite, Percy. Desculpe incomodar fora do seu expediente. 

– Boa noite, senhor. Aqui é Annabeth – ela respondeu, lembrando-se de uma ou outra ocasião em que encontrou o homem em reuniões entre os professores. 

– Olá, Annabeth. Por favor, apenas Greg – o homem riu do outro lado da linha. – Como está? Como vai a bebê? 

– Estou bem, obrigada. Nós duas estamos. E você? 

– Muito bem, obrigado. Percy está por perto? 

– Ele está no banho, Greg. Quer deixar algum recado? Ou ligar mais tarde? 

– Eu só liguei para saber se ele mudou de ideia com a proposta que fizemos. 

– Proposta?  

– Sobre o novo emprego na Europa, para dar aulas em nossa unidade de lá. 

– Ah, certo – Annabeth foi completamente pega de surpresa, olhando para o lado e não sabendo ao certo como reagir àquilo. 

– Queríamos muito que Percy aproveitasse essa oportunidade – o homem continuou, não percebendo a reação dela. – Teria um salário muito melhor, menos horas de trabalho e receberia diversos auxílios ainda por cima. 

– Eu... bem, ele não me disse nada sobre ter pensado nisso, mas eu digo pra ele ligar assim que possível.  

O homem agradeceu e eles logo desligaram, mas Annabeth não voltou a prestar atenção ao filme, só conseguia pensar no que ele havia dito e no motivo de Percy não ter contado a ela. Não conseguia pensar no motivo, não era do feitio dele, pelo contrário: sempre fazia questão de discutir e contar tudo que planejava fazer. Até porque, nos últimos meses, ele sempre estava em seus planos. 

Em pouco tempo, ouviu a porta do banheiro se abrir e logo Percy vinha até ela, vestindo uma camisa azul e com os cabelos ainda molhados. O homem estava sorrindo, pronto para perguntar o que ela queria comer, mas viu sua expressão longe e desistiu. 

– Amor? – Percy a chamou e Annabeth ergueu o rosto. – O que foi? 

– Seu chefe ligou – ela respondeu, observando-o enquanto ele se sentava ao seu lado no sofá. – Desculpe ter atendido seu telefone, fiquei com medo de ser algo muito importante. 

– Sabe que não tem problema nenhum você atender meu celular, Annie – então Percy estendeu o braço e segurou a mão dela com delicadeza. – Por que essa ligação te deixou assim? 

– Ele falou sobre a proposta da Europa – Annabeth disse, vendo a expressão dele ficar um pouco séria e, pela primeira vez, se sentiu um pouco insegura. – Por que não me falou sobre isso?  

– Porque eu nem considerei ir, Annie. 

– O que? – ela não esperava aquela resposta, de jeito nenhum. 

Era uma oportunidade boa demais para ele descartar tão rápido. 

– Eu não aceitei o convite, Annie. E nem penso em mudar de ideia. 

– Sério? 

– A verdade é que uma oferta dessas era tudo o que sempre quis pra minha vida – ele respondeu sinceramente, não desviando os olhos dos dela. – Mas isso era até você e Charlie aparecerem. Vocês duas são o que eu sempre quis e nem fazia ideia disso. Não há dinheiro, emprego ou lugar que possa competir com vocês. 

– Nem mesmo a Europa? – Annabeth sorriu, sentindo os olhos marejarem.  

– Nem mesmo a Europa – Percy beijou a mão dela que segurava. – Vocês são os amores da minha vida, essa é a minha certeza absoluta. Eu admito, por alguns minutos eu pensei que talvez aceitar fosse melhor pra ela – ele disse e levou a mão a barriga de Annabeth. – Eu receberia mais, poderia dar coisas melhores para ela e para você, mas... eu não conseguiria não ser presente na vida da minha filha e eu acho que isso é o mais importante que posso dar a ela agora. 

Annabeth não conseguiu responder àquilo, apenas assentiu e voltou a abraça-lo, deixando as lágrimas correrem livremente pelo rosto. 

– Eu acho que nunca disse isso, – ela conseguiu dizer entre lágrimas, ainda abraçada a ele – mas obrigada por ter usado uma proteção que não funcionou naquela noite – e então Percy começou a rir, contagiando-a em seguida. – Brincadeiras à parte, eu realmente sou feliz demais pelas coisas terem saído do controle naquele dia, Percy. Eu nunca me senti tão pessoalmente satisfeita e realizada na vida quanto agora. Eu já tinha minhas amigas, minha família e meu emprego bem encaminhados, isso sempre foi importante, mas vocês dois estão transbordando uma vida que eu já achava ótima. Não tem nada no mundo que eu queira mais do que a vida que eu tenho agora. 

– Deuses, você é incrível, Annabeth Chase – ele disse e beijou as duas mãos dela, ficando de pé. – E o que vai acontecer agora é totalmente sua culpa. 

– Minha culpa? – Annabeth perguntou enquanto via Percy ficar de pé e ir até seu escritório, ficando de pé com certa dificuldade na intenção de segui-lo, mas ele foi rápido em voltar. – Percy, o que você está fazendo? 

– Vem cá – ele estendeu a mão e a puxou até a sacada com rapidez.  

– Eu sou curiosa demais pra você ficar de mistérios, Perseu Jackson. 

– Eu só preciso de alguns minutos, não se preocupe – então ele segurou os lados de seu rosto e a beijou com carinho, sentindo Annabeth sorrir e o abraçar pela cintura. – Annie, eu amo você. E você sabe disso, há muito tempo. Mas o que talvez não saiba é como eu tenho várias formas de amar você e isso pra mim é novo e incrível demais. 

– Várias formas? – ela perguntou sorrindo, entrelaçando os dedos aos de Percy quando ele moveu as mãos até as suas. 

– É. Eu amei você primeiro como mãe de nossa filha, isso desde quando apareceu aqui, dizendo que estava grávida e que iria cria-la, não importava o que acontecesse – Percy continuou e os olhos dele brilhavam. – Primeiro eu pensei que fosse algum tipo de admiração por quem você era, mas quando eu vi você tirando a primeira foto com ela dois meses depois e parecendo a mais orgulhosa das pessoas, foi que eu percebi que era mais que isso, que era realmente amor.   

Annabeth estava sem palavras. Já não sorria mais e a boca estava um pouco aberta, a única coisa que a lembrava de que seu corpo estava ali eram as mãos de Percy a segurando. 

– E então nós nos tornamos amigos e, mesmo que eu tivesse que esconder e muito a atração que sentia por você, ainda assim adorava quando fazíamos coisas juntos, fosse jantar, ver um filme ou qualquer outra coisa que amigos fazem. E então, quando você ficou completamente ciumenta sobre Rachel... 

– Ok, você está terminantemente proibido de mencionar o pequeno dia em que fiquei com um pouco de ciúme assim que Charlotte nascer – então ela voltou completamente a si, tentando colocar a melhor expressão de brava no rosto. – Eu juro que se contar essa história pra ela...  

– Eu soube que também sentia algo por mim e queria muito descobrir exatamente o que era – Percy continuou, sorrindo e adorando aquilo.  

– E então você me amou incondicionalmente depois que eu resolvi te dar uma chance? – Annabeth tentou dizer com orgulho enquanto cruzava os braços. 

– Exatamente isso – Percy respondeu e segurou seu rosto, não lhe dando nenhuma chance com aquilo, ouvindo Annabeth resmungar baixinho. 

– Eu já te disse o quanto você é incrível? 

– Já sim – ele sorriu junto com ela e colocou seus cabelos para trás quando a beijou de novo, fazendo carinhos em seu rosto ao se separarem. – E eu não sei se já disse o quão incrível você é. 

– Essa é apenas a terceira vez hoje – Annabeth respondeu, seu sorriso maior do que nunca.  

– Em minha defesa, eu fiquei o dia todo longe de você hoje. Mas, senhorita Chase, você é. E a melhor parte é que sabe disso. É incrível como mãe, como amiga, como arquiteta... e é mais incrível ainda lidando comigo. 

– Ah, é. Essa é a parte mais difícil do meu dia. 

– Eu sei disso. E é com uma esperança muito grande de que você goste dessa parte do seu trabalho que eu faço isso – então Percy deu um passo para trás e, num rápido movimento, estava de joelhos, uma das mãos ainda segurando a de Annabeth e a outra no bolso, logo trazendo uma caixinha vermelha para frente. – Eu não planejava fazer isso hoje, assim, aqui. Planejava algo mais romântico, com velas, flores e um lugar bonito, mas... deuses, eu só preciso pedir desesperadamente para que aceite se casar comigo.  

– Eu pensei que tivesse dito que ia me pedir em namoro – Annabeth sussurrou, impressionada demais com tudo que ele havia dito, com o gesto e com o pedido.  

– É, eu acabei esquecendo dele, me desculpe – Percy riu e apertou seus dedos um pouco mais, sentindo Annabeth retribuir. – Annie, você aceita casar comigo? 

– É claro que eu aceito me casar com você, Perseu Jackson – Annabeth disse, rindo e só percebendo que chorava quando sentiu seu rosto molhado. – Eu queria poder ficar de joelhos agora, mas você sabe que é impossível. Vem aqui – os dois riram enquanto Percy ficava de pé e colocava a aliança linda que havia comprado há três dias no dedo dela. 

Percy a puxou para um beijo e então um abraço apertado, ou o mais apertado possível com Charlotte entre eles. Os dois estavam sorrindo, mas pararam quando Annabeth gritou e cambaleou para trás, as mãos na barriga. 

– Annie, o que... 

– Charlie... – ela sussurrou com o rosto contorcido. 

– Sério? – Percy então sentiu por cinco segundos a maior sensação de pânico que já sentiu na vida quando viu o chão molhado e a expressão de dor de sua noiva. – As coisas estão prontas? 

– Sim, nossas bolsas estão no meu quarto – Annabeth disse e gritou a palavra “quarto”, o que fez Percy colocar a cabeça no lugar. 

Annabeth estava com dor e sua filha querendo vir ao mundo, ele precisava tomar conta delas. 

– Consegue andar? – ele perguntou e Annabeth assentiu. – Vamos pro elevador, eu pego as bolsas e nós vamos. 

A mulher assentiu de novo, gemeu de novo de dor e começou a dar passinhos pequenos em direção a porta. Percy pegou uma toalha no banheiro, sua bolsa de roupas (que Annabeth o fez arrumar alguns dias atrás) e chamou o elevador, deixando a loira passar primeiro. Ele segurou sua mão enquanto desciam, pegou as bolsas das meninas e correu em direção ao carro quando saíram no estacionamento, deixando o banco da frente com bastante espaço antes de voltar e pegar Annabeth no colo para ajeita-la ali. 

Entrou no carro e agradeceu muito quando ele se conectou diretamente ao celular, abrindo as últimas chamadas e escolhendo Grover por estar mais fácil de discar. Disse a ele que estavam indo ao hospital e pediu para ele avisar seus pais, os pais de Annie e Thalia, além dos amigos. Disse que daria notícias assim que possível e Grover prometeu estar indo pra lá depois de falar com todos. 

Os dois desligaram e Percy segurou a mão da amada – e noiva – quando ela reclamou de novo, dizendo que Charlie não podia nascer ali no carro, pra ele se apressar. Aquilo o fez acelerar um pouco mais e exatos nove minutos depois ele estava estacionando e indo pegar ela no colo. Annabeth negou com a cabeça, dizendo para ele pegar as bolsas e dizendo que conseguia andar, mas ela agradeceu muito quando foram com uma cadeira de rodas em sua direção.  

Ele não teve tempo de mandar mais notícias, apenas disse o nome dos dois na recepção e foi atrás dela, que ainda reclamava de dor e chamava por ele, pedindo para que ele não saísse de seu lado. Percy garantiu que não sairia dali, deixou as bolsas no chão ao lado da cama onde ela estava e segurou sua mão. Ele mal havia colocado o braço embaixo de sua cabeça e dito que ela conseguia fazer aquilo quando tudo acabou e os dois ouviram o maravilhoso som do choro de sua filha. 

– Ela estava mesmo com pressa – Percy sussurrou ainda com o braço ao redor dela e segurando sua mão. Ele estava em choque, vendo o médico entregar sua filha para a enfermeira embrulhar e logo trazer até eles. 

Annabeth soltou sua mão e segurou a filha com os dois braços, chorando e sorrindo para ela e seu chorinho, vendo que Percy fazia o mesmo.  

– É, estava mesmo – Annabeth disse no mesmo tom em resposta, fechando os olhos quando sentiu o noivo beijar sua cabeça.  

– Eu amo vocês duas – ele continuou e, por um segundo, Charlotte parou de chorar quando o pai falou, tirando mais sorrisos dos dois. 

Ela voltou a chorar e ambos falaram baixinho com ela para que ela parasse, o que a pequena fez, ainda de olhinhos fechados. Annabeth disse para Percy pega-la no colo e só voltou a chorar mais quando viu os dois juntinhos, uma das mãos fazendo carinhos no braço dele. A enfermeira voltou para o lado dos dois e perguntou se elas estavam prontas para tomarem um banho e depois voltarem a ficar juntas, o que os jovens pais não queriam muito aceitar, mas não foram contra. Percy entregou a bebê para a mulher, pegou as bolsas no chão e deu a com as coisinhas da filha para ela, dizendo que as roupinhas estavam todas separadas. Ele deu espaço para a outra enfermeira ajudar Annabeth, para que ela ficasse de pé e se sentasse em outra cadeira de rodas, e fosse ao banheiro. Perguntou a ela se queria companhia, mas Annie disse que estava tudo bem, mandando ele ir atrás de Charlie para garantir que ela voltasse logo pros dois. 

Percy riu e perguntou para onde levariam Annie e para onde Charlotte foi, agradecendo a enfermeira e indo para a sala onde davam banhos nos recém-nascidos e os trocavam. Ele não conseguiu parar de sorrir para a filha, voltando a pega-la no colo e pensando que nunca se sentiu tão bem na vida, mal se aguentando enquanto a balançava com delicadeza ao ir para o quarto onde Annabeth estaria. 

Ela já estava deitada na cama, conversando com a enfermeira e sorrindo ao ver os dois.  

– Acho que podemos tentar dar de mama para ela – a mulher disse e ajudou Annabeth a abrir a roupa do hospital, então Percy colocou a filha em seu colo. Em poucos segundos, Charlotte estava mamando e aquilo foi o máximo que Percy conseguia segurar, voltando a chorar ao se sentar numa cadeira do lado delas. – Vou deixar vocês sozinhos um pouco e depois, se quiserem, liberamos as visitas. 

Os dois assentiram e ficaram ali, apenas observando a cena por um bom tempo, mas quando trocaram olhares, deram as mãos e sorriram um pro outro.  

– Então nós estamos noivos – Annabeth disse e os dois riram.  

– É, eu acho que sim – Percy respondeu e beijou sua mão, a mesma onde a aliança estava. 

– Acho que você foi apressado demais – ela continuou. – Eu tinha planos pra gente essa semana, sabia? 

– Ah, é? 

– Eu ia te pedir em namoro esse final de semana mesmo – Annabeth riu, os olhos novamente cheios de lágrima, mas àquela altura, nenhum dos dois via aquilo como novidade; tudo que haviam feito desde que viram a filha pela primeira vez havia sido chorar de felicidade. – Então, já que me impediu de fazer isso... 

– Só porque você é incrível e acabou de ter nossa filha, eu vou deixar colocar qualquer culpa que quiser em mim. 

– E eu irei, você sabe disso. Mas também faço o convite pra você vir desde já morar com a gente – então Percy ficou sério, encantado com o pedido. – Você ia de qualquer forma praticamente viver lá em casa, mas quero que esteja o tempo todo possível com nós duas. Nós te amamos demais e eu sei que não quer ficar nem um segundo longe dessa coisinha linda aqui. 

– Você tem toda razão. E não só da coisinha linda que acabou de trazer pra gente – ele sorriu e se sentou na cama ao lado dela. – Eu amo vocês duas com toda minha vida. E é claro que eu vou aceitar esse pedido. Ele só vai me deixar mais perto dos dois amores da minha vida: a filha mais linda que eu podia imaginar nesse mundo – ele segurou a mãozinha da filha e se inclinou para dar um beijo delicado nela – e a mulher mais incrível do mundo, que trouxe essa criança pra cá – então ele beijou os lábios de Annabeth com carinho, amando que o sorriso que ela tinha no rosto não sumia por nada. – Nossa família está completa agora, nós merecemos viver todos no mesmo lugar pra que todo nosso amor fique junto. 

Annabeth assentiu, colocando a mão no rosto dele enquanto o beijava de novo. Foram interrompidos pela porta se abrindo e seus pais entrando no quarto, vendo o casal ali e vendo de longe como as coisas estavam bem. 


Notas Finais


Eu precisava de um final meloso, tá bem? Eu não tinha condição nenhuma de não dar isso pros meus bebês <3
Nossa neném de uma única noite chegou linda nesse mundo e eu só tenho a agradecer pelo apoio, carinho e incentivos de vocês nesse tempo todo, amores <3
Prometo que já já volto com novidades (preciso dar uma boa revisada no que escrevi e finalizar) e espero que gostem tanto quanto essa <3
Se ainda não me seguem, façam isso pra eu dar um aviso pra vocês quando postar algo novo viu, fica mais fácil pra mim.
Beijinhos.
- A


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