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História The Orphans - Rock Bottom.


Escrita por: priscilamenezes

Notas do Autor


primeiramente: eu sei que eu demorei muito, eu estou passando por muitos problemas psicológicos e tá sendo bem difícil, eu não estava conseguindo escrever, mas finalmente consegui. espero que gostem e comentem o que acharam; por favor, não deixem de ver o NOVO TRAILER, link nas notas finais!

Capítulo 32 - Rock Bottom.


Fanfic / Fanfiction The Orphans - Rock Bottom.

Foco, Hailee, você consegue.

Eu ia entrar no palco pra cantar Rock Bottom com ele, eu não o via desde a noite passada, eu só queria sair correndo enquanto uma mulher terminava de ajeitar o meu cabelo. Respirei fundo várias vezes e observei o ventilador parando de funcionar do nada, o que me fez estranhar.

— É assim mesmo? – perguntei pra mulher que estava comigo e ela assentiu com a cabeça.

— Os ventiladores daqui são antigos, vivem parando. – ela disse sorrindo.

— Não é melhor desligar? Pode esquentar... – falei preocupada.

— Que nada! – ela deu uma risada fraca e me entregou o microfone. – Eles param sozinhos. – ela riu sem jeito e eu pude escutar a voz do professor.

— E por último, com vocês, Hailee e Sammy, cantando a música de autoria deles, Rock Bottom! – escutei aplausos e respirei fundo, passando pelas cortinas e observando o Sammy andando em minha direção.

Olhei pra plateia e estava lotada, vi a Juliet na frente com um cartas “Eu iria até o fundo do poço (rock bottom) por você” e sorri automaticamente.

Olhei de lado e o Sammy parecia me olhar com cuidado, como se tivesse medo de olhar pra mim.

Coloquei o microfone no pedestal e ele também, foi quando começou a batida na música.

Aproximei minha boca do microfone e fechei os olhos.

— What are we fighting for? Seems like we do it just for fun, in this, this stupid war we play hard with our plastic guns... – abri os olhos e observei todas aquelas pessoas olhando pra mim, o que fez o meu coração acelerar mais ainda. – Breathe deep, bottle it up, so deep, until it's all we got, don't speak, just use your touch, don't speak, before we say too much... – dei um sorrisinho enquanto agarrava o microfone e olhei pro Sam por descuido, voltando a olhar pra frente. –  You hate me now... – foi quando eu me toquei  que aquela era a apresentação e eu tinha que dar tudo de mim, independentemente de problemas pessoais. Olhei de lado pro Sam e fui caminhando até ele enquanto arrastava o microfone, logo tirando o mesmo do pedestal, facilitando. – And I feel the same way, you love me now and I feel the same way, we scream and we shout, make up the same day, same day... – ele deu um sorriso e eu não resisti, sorri também e voltei a cantar. – Oh, we're on the right side of rock bottom, and I hope that we keep falling... – movimentei os dedos pra baixo simulando uma queda e ele sorriu mais ainda. – We're on the good side of bad karma, ‘cause we keep on coming back for more, we're on the right side of rock bottom, into you I just keep crawling... – me aproximei mais ainda dele e pude ouvir uns gritos da plateia. – You're the best kind of bad something'... – enconstei o dedo em seu peitoral e ele sorriu, olhando na direção da minha boca. – Cause we keep on coming back for more... – foi quando ele tirou o microfone do pedestal e aproximou da boca, começando a cantar a sua parte.

— You get under my skin, more than anyone's ever been, but when we lay in bed, you hold me hard till I forget... – foi a minha vez de aproximar o microfone da boca e cantar junto com ele. — That you hate me now and I feel the same way, you love me now and I feel the same way, we scream and we shout, make up the same day, same day... – sorri mais ainda olhando pra ele e voltei a cantar com a sua voz acompanhando a minha. – Oh, we're on the right side of rock bottom, and I hope that we keep falling, we're on the good side of bad karma, ‘cause we keep on coming back for more, we're on the right side of rock bottom, into you I just keep crawling, you're the best kind of bad some... – parei de cantar assim que escutei um grito e olhei pra trás, logo olhando pra plateia, todos estavam gritando e correndo.

Soltei o microfone quando vi que as cortinas do palco estavam em chamas e a rapidez que o fogo se espalhava.

— Sam. – olhei pro Sammy, que olhava pra mim assustado.

— Por aqui! – o professor gritou e eu peguei na mão do Sam, puxando-o pra parte de fora do palco, mas uma parte do teto estava cedendo bem na minha frente e eu não sabia pra onde ir.

— A gente vai morrer, a gente vai morrer. – comecei a ficar com falta de ar por inalar tanta fumaça, o que se misturou com um ataque de pânico e me fez ficar com mais medo ainda.

— Ei, ei! – Sam segurou meu rosto com suas duas mãos e me fez olhar pra ele. – Ninguém vai morrer, ok?

— Eu não posso... – ele me puxou pra um canto com menos fumaça enquanto tentava procurar uma saída. – Eu não posso morrer brigada com você. – disse já chorando e sentindo meu corpo tremer. – Por que a gente se afasta tanto se a gente se ama? – perguntei negando com a cabeça e ele sorriu. – Por que você tá rindo se a gente vai morrer? – perguntei olhando pros lados e ele sorriu mais ainda, mas sua expressão mudou no momento em que ele olhou pra cima e me puxou com força e rapidez, me jogando pro lado, e tudo o que eu pude ver foi o Sam no chão com um pedaço de madeira enorme cobrindo todo o seu corpo. – SAM! – eu gritei com todas as forças que restavam no meu corpo e senti meu pé preso debaixo do pedaço de madeira, eu tentei tirar, mas só doía mais ainda. – Não... – tentei me aproximar dele e segurei sua mão, ele estava desacordado e havia sangue na sua cabeça. – Não, não, não... – o choro se tornou mais forte e a falta de ar só aumentava. – Eu não quero viver sem você... – apertei sua mão com o restinho de força que me restava e fui ficando cada vez mais asfixiada pela fumaça, até fechar os olhos e sentir meu corpo pesar. – Eu não vou conseguir viver sem...

(...)

Juliet P.O.V.:

— Eu não vou sair sem a minha amiga! – falei tentando me soltar do segurança, enquanto ele me empurrava pra fora. O ruim de ser pequena, é que eu não tenho muita força, mas o bom de ser pequena, é que eu sou pequena. Passei por debaixo do braço do segurança e fui correndo até o palco que já estava tomado pelas chamas. Tirei o meu casaco fininho e coloquei no nariz, tentando não inalar tanta fumaça.

Avistei a Hailee em cima do palco com o Sam, os dois pareciam buscar uma saída, já que as duas saídas principais e a frente do palco estavam em chamas.

— Hailee! – eu gritei com todas as minhas forças, mas ela não escutaria no meio de tanta gritaria. Olhei pro lado e observei o Shawn tentando subir no palco, e quando eu fiz um esforço pra passar pro palco, alguém me agarrou pela cintura e eu só soube gritar quando vi o teto desabando.

(...)

— Você não deveria ter me puxado. – disse pra Nina enquanto andava de um lado pro outro no hospital.

— Você não ia conseguir pular, Juliet, você ia cair no fogo! – ela falou tentando se explicar, enquanto eu não conseguia parar quieta.

— Com licença, vocês já foram examinados? – uma mulher baixinho e ruiva perguntou se aproximando da gente.

— Já sim, obrigada. – a Nina disse.

— Eu quero saber como está a minha amiga, como está a Hailee? E o Shawn? E o Samuel?

— Hailee, Shawn e Samuel? – a mulher disse mexendo em um tablete e olhou pra mim de um jeito estranho.

— O que aconteceu?

— Nada, nada. – ela sorriu, parecia nervosa. – Eles estão em atendimento ainda. – ela falou sorrindo e se retirou. Eu passei pela Nina, que segurou o meu braço.

— O que você vai fazer? – ela perguntou, parecendo preocupada.

— Me deixa. – me soltei dela e andei pelos corredores, tentando não chamar atenção enquanto eu olhava pros quartos.

Dobrei o corredor e acabei esbarrando com alguém.

— Shawn! – falei aliviada. – Você está bem? – o abracei com força e ele soltou um gemido de dor, fazendo com que eu o soltasse rapidamente.

— Estou sim. – disse desanimado. – Só estou com algumas dores, mas vou ficar bem. Cadê a Hailee? – ele perguntou preocupado e eu dei de ombros.

— Eu estou procurando-a, mas não consigo achá-la. – disse preocupada.

— Vem, eu acho que eu sei onde ela pode estar, tinha muita gente na ala de feridos do incêndio.

Me virei com o Shawn e demos de cara com um homem bem mais baixo que o Shawn, parecia ser médico.

— Opa, vocês estão indo pra onde? – ele perguntou sorrindo.

— Estamos procurando o banheiro... – Shawn disse.

O homem nos olhou semicerrando os olhos e olhou diretamente pra mim.

— Por favor, eu só quero ver a minha amiga, e é irmã dele.

— Onde estão os responsáveis? – ele perguntou nos olhando.

— Meus pais vão chegar em algumas horas, eles estavam em outra cidade. – o médico nos olhou por um tempo e pegou o tablete em seu bolso.

— Ok, vejamos... – ele disse clicando na tela. – Qual o nome?

— Hailee Junk Mendes. – Shawn falou.

— E Samuel Wilkinson. – falei e Shawn olhou pra mim.

— Meu Deus, o Samuel! – ele levou a mão à sua boca.

— O que foi? – perguntei com certo medo.

— Antes do teto cair, ele jogou a Hailee pro lado e caiu em cima dele. – Shawn parecia preocupado e eu fiquei mais preocupada ainda.

— Ok, vamos com calma... – o médico disse. – Hailee Junk está entubada e...

— Entubada? – Shawn perguntou, aflito.

— Calma, calma, aqui diz que ela está bem, só precisou da intubação por conta da dificuldade respiratória, pois ela inalou muita fumaça, mas ainda está inconsciente. – olhei pro Shawn, que estava com os olhos marejados. Segurei em sua mão e respirei fundo.

— E o Samuel? – perguntei e ele olhou pra tela, arregalando os olhos.

— Meu Deus, o que foi? – perguntei preocupada e ele olhou com uma expressão de assustado pra mim.

— Desculpe, eu não deveria esboçar reações, é o meu primeiro ano, eu ainda estou aprendendo, mas é que...

— Fala! – praticamente gritei com ele.

— Eu não sei se devo, não tenho permissão.

— Você falou da Hailee, por que não pode falar dele? – escutei uma voz masculina e me virei, era o Nate. – Onde meu irmão está? – ele perguntou com o maxilar trincado e com os olhos marejados.

— Ele está em cirurgia, é tudo o que eu posso falar. – o médico disse se afastando.

— Eu quero vê-lo. – o Nate disse se aproximando e o médico se afastou.

— Sinto muito, isso não é possível, mas assim que eu tiver notícias, eu mando alguém falar com vocês. – o médico se virou e o Nate foi andar atrás dele, mas eu o puxei, abraçando-o.

— Vai ficar tudo bem. – falei com a respiração pesada e logo ele se soltou do abraço, limpando as lágrimas com raiva.

— Eu não fui pra apresentação. – ele disse olhando pra um ponto fixo. – Eu fui estúpido e eu não fui pra apresentação por puro ciúmes dele com a Hailee. – ele falou, chorando mais ainda e dando um soco na parede.

Shawn se aproximou dele e colocou a mão sobre o seu ombro.

— Vai ficar tudo bem, cara. – ele disse e o Nate se virou.

— É fácil pra você falar, sua irmã está bem. – ele disse enxugando as lágrimas e se afastando, se virando e andando pelo corredor.

Shawn suspirou e olhou pra mim.

— Eu vou perguntar sobre a Hailee. – ele falou me abraçando de lado e andando em direção à recepção.

(...)

Shawn P.O.V.:

— Não deixaram a Juliet entrar porque ela não é da família. – eu disse me sentando ao seu lado e segurando em sua mão.

Eu tentei ignorar que aquela imagem dela na cama e machucada me afetou, mas foi difícil.

Ela estava com o rosto cheio de curativos, sua respiração estava lenta, e o tubo só me assustou mais.

— Com licença. – escutei uma voz feminina e ela entrou com uma seringa.

— Pra que é isso? – perguntei.

— Para acordá-la. – ela falou colocando num tubo fino que estava no seu braço. – Ela pode sentir um desconforto, é bom você falar pra ela não tentar falar, ok? – ela perguntou e eu assenti com a cabeça. – Qualquer coisa, pode me chamar. – ela sorriu e saiu do quarto.

A Hailee piscou os olhos e os abriu, olhando pra cima e franzindo o cenho, parecia estar com dor.

— Ei, ei, tá tudo bem. – disse alisando seu cabelo, foi quando ela olhou pra mim. – Não tente falar, tá tudo bem, esse tubo é só pra te ajudar a respirar, ok? – ela assentiu com a cabeça, mas ainda parecia preocupada. Ela mexeu a mão e pegou a minha outra mão que estava em cima da cama. – Você quer dizer algo? – ela assentiu com a cabeça e eu peguei um lápis e um papel que estava em cima do móvel ao seu lado. Segurei numa altura que ela visse e ela escreveu “Sam” e me olhou com os olhos arregalados. – Ele ainda está em cirurgia, Hailee... – falei com certo receio e ela começou a chorar, um choro que com certeza seria barulhento se ela não estivesse entubada. – Me desculpa, eu não deveria ter falado, eu... – olhei pra tela que se encontrava ao seu lado e os seus batimentos cardíacos estavam acelerados demais, logo depois ficou uma linha reta, foi quando os médicos entraram no quarto e eu estava sem reação. – O que eu fiz? O que tá acontecendo? – perguntei enquanto era empurrado educadamente pra fora.

— Eu preciso que você saia, sinto muito. – uma médica disse enquanto fechava a porta e a última coisa que eu vi foi um médico pegando uns aparelhos em suas mãos.

— Shawn! – escutei a voz da Juliet e ela corria em minha direção. – Como ela tá? – ela perguntou sorrindo, mas seu sorriso se desfez assim que ela viu como eu estava.

Me encostei na parede e fui deslizando até o chão, as lágrimas começaram a sair sem freio e a Juliet se sentou ao meu lado.

— Eu não a salvei, eu não fui um bom irmão. – falei entre os soluços. – Agora ela pode morrer. – falei olhando pra cima e depois olhei pra Juliet. – E a culpa é minha.


Notas Finais


Rock Bottom: https://www.youtube.com/watch?v=liwCttfeJ7E
Novo trailer: https://youtu.be/jsdlxU_T9WY

O que vocês acharammmm??? vcs ainda estão aqui?? <333 amo vocês, espero que comentem<3


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