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História The Other Side - Capítulo 3: Save Me


Escrita por: SweetBeauty

Notas do Autor


Essa fanfic é mesmo pra chorar, quem chegou aqui com o intuito de rir clicou no lugar errado ;c
mas eu sinceramente espero de coração que aqueles que chegaram aqui tenham gostado do meu trabalho.
Existe uma mensagem nessa fanfic, e eu queria passar essa ideia que tive aqui no spirit.
Espero mesmo que aqueles que me deram a chance com essa história se satisfaçam com o desfecho...
Estarei na torcida, e mais uma vez mto obrigada a todos que vieram ler essa humilde JiKook... :3
Boa leitura e kissis :3

Capítulo 3 - Capítulo 3: Save Me


Fanfic / Fanfiction The Other Side - Capítulo 3: Save Me

Arrependimentos e erros são feitos de memórias, e o outro lado é feito de que?

 

Por dentro Jimin encontrava-se num frenesi inquietante que pouco o deixava respirar, por fora, o escritor transparecia equilíbrio. Ele tinha Jungkook ao seu lado, ou seria uma replica idêntica do homem de sorriso sereno que entrara na sua vida há poucos meses atrás.

Tudo acontecera tão rápido, e tão intensamente... O modo como se conheceram; como se gostaram, e como assumiram isso para si próprios. Jimin via e conversava com Jungkook todos os dias. O universitário com camiseta do bob esponja fazia Sashimis e chocolates quentes toda manhã, e toda tarde ele estava usando aquele mesmo sorriso expressivo, cuidando do Park como se ele fosse o seu dongsaeng.

Jimin idolatrava aquele carinho. Ele amava ser cuidado desse jeito por Jeon, e amava o fato de estar com o mais novo mesmo sem saber se aquilo tudo era real ou não. Mas do que Park Jimin precisava? Do que realmente Jimin sempre precisou? Ele sempre fora um alguém solitário. A entrada de Jungkook na sua vida mudara tudo radicalmente, e era exatamente disto que ele precisava... O moreno necessitava somente de Jeon.

A dor da culpa e do egoísmo de não ter aceitado que Jungkook fosse embora ainda se perenizava no Park. Se não fosse pelo seu individualismo aquele acidente poderia ter sido evitado, mas a marca já havia sido registrada, e nada poderia mudar o que passou. Por algum motivo, o universitário estava ali; ilusão ou não, ele estava...

Quanto mais o escritor tentava pensar mais se martirizava, então ao fim concluiu que deveria deixar esse paradoxo que estava vivendo acontecer. Não era como se quisesse evitar também, afinal de contas ele tinha tudo o que sempre desejou consigo. Jimin tinha Jungkook...

A pista do lado de fora corria bastante movimentada, e pela janela do quarto o romancista observava aquelas pessoas andarem rumo a algum caminho. Ele havia perdido a noção do tempo. Não sabia mais há quantos dias estava trancado naquele apartamento com Jungkook. Uma sensação de estranheza o acompanhava enquanto observava o lado de fora. Jimin sentia como se alguma coisa estivesse lhe faltando, como se não estivesse completo. O que era irônico, pois ele tinha Jungkook consigo afinal de contas; ou ao menos era o que ele achava.

O Park sentiu braços lhe envolverem as costas, sentindo ser abrigado pelo aperto gostoso de Jeon, aquele que o provocava sensações de conforto. No entanto, aquele abraço não fora o suficiente naquele momento para tira-lo dos devaneios. Jimin sentiu lábios encostarem a derme de seu pescoço, o fazendo instintivamente se virar de frente para o mais novo. Jungkook tinha os olhos carregados por uma expressão desconhecida cujo o romancista não soube decifrar.

- O que você tem? – Jeon rapidamente percebeu a desigualdade no estado de Jimin. – Parece distante...

O Park ficara mudo por alguns breves instantes, mentalizando as questões em jogo. Nem ele próprio sabia ao certo no que pensar. Estava confuso...

- Não consigo explicar. – respondeu seriamente. – Ás vezes me sinto estranho.

- Estranho?

- Sim, é... Como se não devesse estar aqui. – ao dizer aquilo, involuntariamente Jungkook amarrou a face. As palavras do Park pesaram ao redor.

- Não diga essas coisas. – ele replicou tentando realizar um sorriso compassivo. – Não fique pensando de mais...

Todos os dias pareciam os mesmos dias, e Jimin nunca se dava conta do tempo. Parecia que por estar com Jeon o mundo parava, e o resto não importava mais. Ele nunca sentia necessidade de sair daquele apartamento, mas quando essa ideia lhe corria, Jungkook parecia confrontá-la. Era como se ele não quisesse que o escritor saísse dali.

- O que tem lá fora... – iniciou dando uma pequena olhada de canto para a janela, e sucessivamente se voltando a Jeon.  – É real?

Sem respondê-lo, Jungkook começou a desamarrar o roupão que estava usando. Lentamente ele se despiu ficando ligeiramente nu aos olhos do Park. O mais novo se aproximou pegando na mão canhota de Jimin e a repousando em seu tórax desnudo.

- Isso é real pra você? – proferiu passando a mão do escritor pelo seu peitoral levemente definido.

Jimin ficara inerte perante aquela atitude. Ele podia sentir perfeitamente o tato de sua pele no corpo alheio. Podia sentir cada toque se elevar, lhe garantindo sensações que somente o garoto Jeon poderia lhe proporcionar. O maior já estava muito próximo do romancista, a pouquíssimos centímetros de distante cujo separavam suas bocas e tornavam suas testas grudadas.

Aquele fora um apelo muito sujo por parte de Jeon. Não havia como Jimin recusar a aquela deixa, e a única atitude que fizera foi ataca-lo com os lábios unificando suas a proximidades. Ele abocanhou o contorno pequenino e róseo da face de Jungkook, devorando a língua alheia com insensatez, chupando e lambendo todos os cantos num beijo voraz e vivido.

Jimin aproveitou-se da carne alheia que estava exposta apertando e enchendo aqueles glúteos em suas mãos, sentindo aquelas coxas se roçarem em seu quadril. Esse contato não poderia ser menos desejoso para ambas as partes...

O moreno agarrou nos cabelos castanhos do maior impondo sua vontade de usá-lo como nunca. Se aquilo não era real, Jimin não sabia o que era ser real. Por um curto tempo Jeon afastou-se da possessividade do escritor em seu corpo, ocasionando um conjunto de respirações desaceleradas e afobadas. Ele mirou bem fundo nos olhos achocolatados, procurando as mãos alheias e as tomando para si, guiando um Jimin hipnotizado para o banheiro daquele quarto.

Jungkook adentrou no aposento puxando o romancista para si, e sem tirar os olhos dele introduziu os pés para dentro da banheira. O Park só ficou para observá-lo enquanto ele abria as torneiras, começando a encher aquela banheira d’água aos poucos. Jeon se deu de costas para o escritor, apoiando os braços no azulejo azul do boxe, para em seguida dizer:

- Vem Jimin... – chamou com o pescoço virado. – A água está fria.

O que mais Park Jimin poderia fazer diante aquela cena, a não ser corresponder ao chamado de Jungkook? Ele assistia ao mais novo de pé naquela banheira, debruçado sobre a parede de inox, esperando pelo seu próximo passo. O escritor não pensou duas vezes em despir-se, ficando tão nu quanto o universitário.

A primeira coisa que fizera ao entrar naquela banheira cuja a água já batia acima do seu tornozelo, foi amassar o corpo de Jungkook contra o azulejo enquanto firmava suas mãos naquele quadril, o fazendo instintivamente se empinar.

Jimin apenas decidiu roçar suas intimidades arrancando alguns suspiros da boca alheia. Com uma mão livre começou a acariciar os cabelos castanhos de Jeon, beijando salientemente as costas daquele pescoço que já transpirava por causa dos seus toques. O roçar da glande do Park nos meios do mais novo se transcendia a cada instante, tornando aquele contato cada vez mais voluptuoso.

O volume do pênis do romancista se tornava cada vez mais vivaz, e com o membro de Jungkook não era diferente. Assim como das outras vezes, Jimin queria descobrir até que ponto da realidade aquilo poderia alcançar. Se estava sonhando acordado ou não, isso não importa; queria sentir Jungkook consigo novamente.

E ele foi situando beijos molhados pelas costas de Jeon, o deixando babado com sua saliva. O gosto da pele de seu namorado era o mesmo sabor agridoce que cheirava a desodorante. Jimin foi se aproveitando de todos os pontos que sabia serem sensíveis, dando prazer ao maior, lhe tirando gemidos sôfregos da boca. Para o escritor era tão gostoso tocar nele daquele jeito, beijá-lo e chupá-lo dos modos mais atrevidos e escutar seu áudio sofrido enquanto o sentia tão submisso e dependente de si. Jimin só queria poder fazer aquilo pra sempre...

Daquele ponto o romancista já alcançara os glúteos, maltratando-os e provando de sua carne, o desferindo mordidas e o deixando marcado. As coxas de Jungkook também eram fartas e Jimin não pôde deixar de ataca-las, deixando ali vários chupões vigorosos fazendo com que o maior abrisse um pouco mais as pernas num ato involuntário. Ele chupava sedento de um lado para o outro, atacando os pequenos pontos erógenos daquela região entre as coxas, fazendo com que as pernas alheias bambeassem sem forças.

A água da banheira já preenchia metade do espaço, contribuindo para que Jimin voltasse á superfície e novamente prendesse o corpo de Jeon contra o azulejo, dessa vez arrancando um gemido maior da boca dele. O pênis do Park estava tão duro que Jungkook pôde sentir o tamanho volume se enroscando na sua abertura, implorando para entrar.

O mais novo pendeu a cabeça para o lado dando toda a disponibilidade para Jimin abusar de seu pescoço, e o mesmo fizera deixando o garoto Jeon enfraquecido de tesão ao sentir a língua alheia trabalhando ali enquanto mexia na sua intimidade frontal, a masturbando. O escritor masturbava o pênis reteso de Jungkook com movimentos lerdos, fazendo o maior suar sofrido com aquele estimulo.

- Aaah- Hyung... – gemeu arriscando uma rebolada no pau duro de Jimin. – Ainda não está dentro.

Jungkook percebia o quão ereto o mais velho estava, e queria sentir logo toda aquela grossura lhe ingressar. Jimin também desejava fundir-se no corpo alheio, queria enterrar insanamente o seu pênis naquela passagem para escutar os guinchos exacerbados de Jungkook invadirem os seus ouvidos.

Jeon apoiou a mão vaga nas costas do pescoço do romancista enquanto a outra se apoiava na parede. O Park prosseguia a masturba-lo, massageando lentamente todo o corpo de seu membro. Aqueles movimentos lerdos estavam sendo uma tortura deliciosa para o universitário e então ele começou a manifestar reboladas no pênis intensamente duro do romancista, vez ou outra simulando uma penetração.

- Entra em mim Jimin... – gemia arrastando a própria entrada contra a genital alheia. – Preciso te sentir... – Jungkook falava de um jeito tão necessitado e manhoso que era impossível o Park resistir.

O moreno arfou com dificuldade perante aquele atentado ao seu membro, transpirando e mesclando o seu suor ao de Jungkook. Jimin usou mais força em seus braços para retornar a prensá-lo contra o azulejo, dessa vez segurando firme naqueles glúteos fartos e fofinhos. Um ruído de aprovação deleitosa ecoou pela boca de Jeon, extraindo todas as sensações de espasmo que o romancista lhe conduzia naquela parede gélida.

Jimin alçou a lí­ngua no ponto alvo das costas do maior, o estimulando e o dando prazer contínuo. Os gemidos de Jungkook eram sem dúvidas a melhor sinfonia para os ouvidos do escritor, o deixava duro em pouquíssimo tempo.

- Entra Jimin, entra em mim- aaaah! - gemeu acelerando as reboladas numa velocidade que com certeza fizera o pênis do moreno latejar forte. – Vamos; eu sei que você também quer...

- Não me provoque desse jeito. - a voz dele quase soou severa, se não fosse pela nítida fraqueza de tesão contido em suas palavras.

- Jimin... - gemia manhoso acariciando e puxando os cabelos do Park para sentir aquela boca mais próxima de sua derme. - Me fode gostoso, vem meu amor... - Jungkook não parava de manifestar reboladas no pênis alheio, simulando uma penetração rápida; e aquela provocação estava acabando com o mais velho.

Não teria porque continuar hesitando. Num só toque Jimin invadiu os meios do universitário fazendo com que aquele corpo se erigisse involuntariamente pra frente, o arrancando um grito seguido de dor e prazer. Como era gostoso estar dentro de Jungkook... O escritor sentia-se acolhido, e era quente...

Ele começou a enterra-lo devagar, a fim de acostumá-lo com a invasão. O frescor que a banheira cheia d'água deixava naquele aposento fazia com que os corpos em união se arrepiassem. Jimin conduzia suas mãos robustas ao azulejo em questão, deixando o corpo vulnerável de Jeon cada vez mais amassado.

Seu membro entrava e saia com lentidão daquele caminho, fazendo com que ambos arfassem tensionados de prazer. Enquanto o estocava, Jimin aderia beijos babados pela nuca de Jungkook, o escutando gemer sinfônico com aquele áudio tão próximo aos seus ouvidos. Seu membro era ágil e consistente nos movimentos, este realizava um conjunto de estocadas vistosas que tirava o fôlego do mais novo, literalmente.

- AAaah- mais! - gritou por instinto próprio ao sentir sua próstata ser acertada num movimento bruto.

O Park elevou os dois braços de Jeon a parede, os aprisionando e o fazendo refém de seus toques. Agora Jungkook se tornara completamente vulnerável, e Jimin poderia fazer dele o que bem entendesse. Sua força sobre o corpo alheio era imensa, e por nenhum momento o escritor falhou na aterrissagem. Suas estocadas iam alterando-se a cada instante, e a passividade já não existia mais.

O Park ia metendo fundo enquanto mantinha Jungkook preso naquela parede azulada com os braços abertos e totalmente submissos. Seu pênis brincava para dentro do mais novo realizando movimentos vastos e ligeiros. O choque que ambos os corpos provocavam fazia daquele ambiente o mais erótico, e Jimin daquele ponto só conseguia associar o prazer absurdo que era cravar o próprio pau naquele canal deleitoso.

De algum lugar Jeon retirou força para empinar-se a favor daquela aterrissagem violenta em seu ânus, apostando em algumas reboladas revoltadas de tesão, ajudando a Jimin com as estocadas e sucessivamente gemendo alto e incontido ao sentir seu ponto mágico ser acertado novamente. E foram dois benditos tiros certeiros que fizeram o universitário urrar de prazer, sentindo o seu membro esquecido e amassado – num misto de parede e Jimin – latejar por atenção.

- Aaarrh- Jung-kook- porque tão gosto-so... - as palavras do romancista saiam falhas misturadas aos gemidos sensíveis e sôfregos. - Sshh- aaah- tão gostoso!

- Mais forte Jimin! - berrava exacerbado sentindo seu tôrax esquentar por conta do calor e da troca de transpiração entre os corpos.

- Eu só preciso de vo-cê... - aquele diálogo estava longe de fazer sentido, pois ambos estavam absortos de prazer carnal necessitando loucamente em extrair todos os espasmos que os dominavam.

Jimin acelerou ainda mais a velocidade de seus movimentos pélvicos, surrando o interior alheio e cutucando indevidamente a próstata incontáveis vezes. Os berros de Jungkook escapavam roucos e entrecortados de tanto prazer; uma dor grande o perenizou com aquela surra de pênis, mas ele estava tão envolvido de libidinosidade que mal se importou com as dores proeminentes.

Jungkook precisava ser aliviado, o seu membro não aguentaria mais um segundo sem atenção, e deduzindo isso Jimin libertou um dos braços de Jeon para poder masturbá-lo com afinco, utilizando a mesma intensidade de suas estocadas. O mais novo apoiou a testa na parede, ainda sentindo a pressão que seu outro braço sofria pela força do Park.

Ele quis tentar acompanhar aquela masturbação louca enquanto sentia ser fodido com insensatez, mas não poderia porque as ações de Jimin eram demasiado violentas. Jungkook queria gozar feito louco na mão do Park, e queria senti-lo gozar tudinho dentro de si.

- Isso é bo-m! AAAah! - os gemidos incontidos e desvairados de Jeon estavam o deixando supostamente maluco de tanto desejo. Nunca havia almejado tanto um orgasmo, e o mesmo poderia ser afirmado para Jimin.

Os dois já estavam suficientemente molhados e a água da banheira já transbordava encharcando todo o aposento. Ambos estavam muito próximos do ápice, e o desejo de atingi-lo era absurdo.

- Goza em mim amo-r! Uuaah- gozaa! - gemia quase que ordenando, sentindo as últimas extrações do orgasmo lhe alcançar, ejaculando na palma da mão destra do escritor.

Em pouco tempo Jimin também alcançou o ápice, sentindo o máximo do prazer se culminar ao enxotar seu sêmen dentro do orifí­cio de Jungkook. Ao sentir ser preenchido pelo líquido quente e espesso do namorado, Jeon suspirou satisfeito...

 

*

 

Após aquela longa tarde de sexo o romancista aconchegou-se com Jungkook no extenso colchão de casal que cabia em sua cama. Era confortante sentir o aperto do mais novo lhe envolvendo o corpo. Jimin sentia-se protegido.

Jeon parecia tranquilo, e sereno em seu sono, e o Park apreciava admira-lo enquanto dormia. Por milhões de vezes questionou-se em como Jungkook podia ser tão perfeito. Um sorriso abobado persistia implantado na face do escritor por somente ficar admirando a beleza alheia. Era tão lindo...

Jimin aproveitou aquela união de corpos debaixo do edredom para espremer-se um pouco mais em Jeon, assim tocando nos lábios pequenos e adormecidos, sentindo a doçura daquele sabor único. E como Jimin desejou ficar daquele jeitinho pra sempre com Jungkook.

Contudo, em meio aquele clima uma forte ventania tropeçou janela á dentro tirando o escritor de seu estado contemplativo. Um sentimento de falta o correu internamente lhe causando uma estranheza pontiaguda. Aquilo seria um pressentimento? Que emoção mais desigual fora esta que lhe sucumbiu?

Jimin afastou-se cuidadosamente do corpo adormecido do namorado, ficando ligeiramente de pé. Sensações divergentes e indescritíveis se apossuíam do interior do romancista, trazendo arrepios incomuns da espinha as suas têmporas. Aquilo vinha da janela... Para ser mais exato, do lado de fora... E foi isso o que Park Jimin concluiu ao se deixar levar pelo calor daquele momento.

O escritor recolocou as vestis superiores e em seguida as inferiores cobrindo sua cueca boxe. Ele caminhou para fora do quarto com cuidado, deixando um Jungkook supostamente adormecido para trás. Jimin se guiava por aquela estranha sensação que o levava para fora do apartamento. Em poucos passos ele já estava do lado de fora descendo pela escadaria de emergência, pois as sensações o levavam para aquele caminho.

Logo, logo Jimin se viu nas calçadas das ruas por onde as pessoas caminhavam agitadas sem se dar conta de sua presença. Contudo ele continuou seguindo aquele pressentimento que o guiava para bem distante de sua moradia. Numa viagem longa que estranhamente parecera rápida para o Park, o escritor pouco a pouco foi sentindo aquele forte pressentimento se alastrar quando deu de cara com o hospital no qual Jungkook ficara internado.

O seu instinto lhe dizia que deveria entrar lá dentro, e assim Jimin o fez. Ao pisar naquele chão, qualquer pessoa que passasse pela sua vista o fizera despercebido. Jimin foi caminhando vagarosamente pelos corredores daquele hospital observando os médicos correrem com pacientes em macas. Eles passavam como um flash diante os seus olhos, e era como se o Park não estivesse ali.

O escritor apostou em uma pergunta qualquer a um enfermeiro que se encontrava em determinada distância de si, mas este não lhe dará ouvidos. Era como se o moreno não existisse, pois ninguém se dava conta de sua presença. Ele começava a se angustiar com aquilo e no seu momento de insatisfação, Jimin fora desfocado por prévios instantes a uma cena que se tornara bem visível diante os seus olhos. O quarto no qual Jungkook ficara hospitalizado se encontrava vazio.

O romancista franziu o cenho encabulado. Se Jungkook não estava mais ali, então aquilo que vivia no seu apartamento era mesmo a matéria viva de Jeon? Contudo, no meio dos seus questionamentos Jimin fora bruscamente acordado para uma realidade fatalista. Uma mulher gestante era carregada numa maca por vários médicos e enfermeiros, e esta fora jogada para dentro do quarto anteriormente vazio no qual Park Jimin se permitira a contemplar.

Ele conhecia aquele rosto. Tinha á visto uma única vez, mas conhecia. No dia que foi visitar Jungkook no hospital, a mãe de Jeon estava acompanhada por aquela mulher e mais um homem. Seria ela a cunhada grávida de Jungkook? O Park deduziu que sim, pois sua memória mesmo que vaga era consistente.

Jimin se viu perdido no meio de todas aquelas situações, mas ninguém lhe tirara mais do concentro do que uma senhora que vinha andando ao corredor vizinho. O coração do romancista saltou a mil com aquele testemunho... Era mesmo a sua tia Haneul bem ali? O Park piscou três vezes antes de gritar:

- Tia?... TIA? - seus berros pareciam não surtir efeito algum. Era como se estivesse gritando para o vacu, o som não se propagava.

Jimin acelerou os passos correndo ao encontro daquela mulher que parecia bastante infeliz. Ele continuou gritando, clamando por ela, mas nada acontecera.

- Tia eu estou bem aqui! Por que não me responde? – vociferou indignado. A idosa permanecia fixa ao caminho cujo lhe era acompanhado por um médico que logo se deu a vista.

- Por aqui. – ditou o doutor, apontando para uma porta logo á esquerda. Nenhum dos dois pareciam se dar conta da presença do Park. Prostrado Jimin se manteve em silêncio seguindo apenas aquele acontecimento.

Haneul adentrou no aposento sendo acompanhada pelo médico de vigia, e sequentemente o escritor os seguiu por trás, visualizando o espaço no qual habitava. Havia alguém hospitalizado bem ali, mas Jimin não conseguia ver o rosto. Curioso, ele se aproximou um pouco mais e quando se tornou próximo o suficiente, o seu queixo caiu. Por vagos instantes ele acreditou em estar delirando. Seria algum tipo de truque ou miragem?

- Como ele está? – a voz rouca e melancólica de Haneul se manifestou enquanto pregava os olhos no corpo inanimado naquele quarto.

- Cada vez mais distante. – respondeu o médico. – Seus sinais vitais estão caindo bem lentamente. Não sabemos quando ou se irá sair do coma.

- Mas... Há quanto tempo ele está assim? – ela persistiu a indagar num tom inconformado, sentando-se na cama ao lado do doente.

- Por volta de sessenta dias mais ou menos.

O Park se encontrou num estado catatônico de descrença. Como podia estar ali e ao mesmo tempo aqui? Ele tentou não acreditar, mas era impossível negar o que seus olhos viam. Não havia como negar. O corpo de Jimin jazia no quarto daquele hospital conectado por tubos, e segundo o médico já fazia dois meses que permanecia assim.

- Mas o que... Como? – a mulher engolia as próprias palavras tentando absorver aquelas informações.

- Ele teve uma overdose por ingestão excessiva de hipnóticos. Não sei se lhe passaram essa informação, mas por sorte o sindico do prédio de onde ele mora o encontrou a tempo. Estamos fazendo de tudo para tirá-lo do coma.

Jimin receptava tudo aquilo ainda de um modo muito descrente. Era difícil aceitar que esteve em coma durante todo esse tempo, algo que jamais cogitaria. Observar a si mesmo deitado numa cama de hospital era perturbador. De repente, um forte clarão iluminou as costas do Park e o restante do aposento tirando o romancista daquela hipnose aterrorizante.

- Jimin... – uma voz conhecida que brevemente se tornou aparente emanou pelo local, tirando o escritor da terrível realidade que o assombrava. Era a figura de Jeon Jungkook se manifestando, e ele lhe encarava sólido.

- Você está morto... – os olhos do Park estavam infestados por lágrimas que pestanejavam fortemente para descer, mas ele ás oprimiam.

- Sim. – Jungkook confirmou parado de frente a um Jimin devastado.

- Então o que é isso tudo?

- Você se aprisionou na própria culpa Jimin. O seu maior desejo era ter evitado aquele acidente que me tirou a vida. – a voz de Jeon era tranquila, mas ainda não tirava a angustia inquietante que literalmente sucumbia á alma do Park.

- Durante esse tempo todo... Tudo isso... Eu estava apenas fantasiando?

- A sua culpa era tão grande que confrontou a própria morte. Você não queria me perder, e daquele jeito seria o pior de todos. – as explicações de Jungkook tocavam na alma alheia do jeito mais singelo. – Por isso acreditou que estava vivo; você não queria aceitar.

- Mas como não percebi que estava morrendo? – ele ainda mantinha uma certa porcentagem de inconformidade.

- Você não poderia... Estava vivendo no mundo que sempre sonhou.

- E como vou saber se essa conversa também não é parte da minha fantasia? Como vou saber se você não é só mais uma fórmula do meu desejo? – Jungkook formou um pequeno sorriso de canto diante aquele dizeres, para depois declarar.

- Quando faleci fui guiado para um caminho. Eu deveria concluir todo o percurso, mas quando soube que você tinha se suicidado decidi pausar no meio do caminho para te esperar; e de lá não sai mais, até agora. – explicou passivamente. – Fiquei esperando por você descobrir a verdade e sair daquele amplo de ilusão. E agora finalmente você se encontrou. – ele terminou lançando uma olhada ao corpo inerte do romancista naquela cama.

Jimin também guiou uma pequena olhada ao próprio corpo, sentindo uma pontada de clareza se manifestar dentro de si. A falta que sentia antes já não existia mais. Era como se a peça que faltava do quebra-cabeça houvesse se encaixado, ele não se sentia mais estranho, pois assim como Jungkook havia dito ele encontrou a sua outra parte que estava faltando.

- Agora que descobriu a verdade podemos ir juntos. – Jeon adotou um sorriso tão atraente e bonito nos lábios. Ele parecia estar verdadeiramente contente. – Esqueça a sua culpa Jimin, e venha comigo. – disse estendendo a mão canhota ao mais velho. – Vamos ficar juntos pela eternidade.

O Park observou o gesto alheio, mas não dissera absolutamente nada. Ele parecia pensativo, e sua feição severa não deixava enganar. O escritor fitou a sua tia que ainda permanecia sentada ao lado do seu corpo imóvel. Ela acariciava a sua mão destra sussurrando coisas que ele não conseguia escutar, mas uma coisa ele escutou.

- Me perdoe filho por não ter sido tão presente nos últimos anos. – aquilo certamente abalou a alma de Jimin. Após alguns minutos reflexivos de silêncio, o moreno finalmente dissera:

- Não... – negou deixando duas ou três lágrimas escaparem. – Eu te amo muito... Mas não posso.

Jungkook não esperava por aquilo. Ele não entendeu aquela atitude, e consequentemente se vira num beco sem saída.

- Por quê? – replicou evidentemente chocado.

- Finalmente tenho uma oportunidade de fazer o que é certo, não posso ser egoísta de novo... Me desculpe...

A felicidade que antes Jungkook radiava se dissipara. Aquela atitude com certeza o pegara de surpresa. Antes de fazer qualquer coisa, Jimin pronunciou:

- Jungkook... – iniciou o lançando uma última olhada. – Te amarei pra sempre... – despediu-se fechando os olhos em seguida, sentindo tudo o que conhecia desaparecer.

 

*

 

Os sentidos do romancista foram voltando lentamente, e aos poucos ele foi sentindo suas energias vitais lhe preencher o corpo. Seus olhos fracos foram se abrindo com lentidão, e naquele mesmo tempo num outro quarto dentro daquele mesmo hospital a cunhada de Jungkook dará a luz.

- Tia... – murmurou com rouquidão e fraqueza, fazendo a mulher se exasperar de susto.

- Jimin! Vo-cê, você está vivo! – Haneul ficara emocionada com aquela ocasião tão repentina, e certamente sem palavras.

O Park sentia-se fraco, seu corpo estava mole e tentava se recuperar do coma qual havia acabado de despertar. Todos naquele aposento ficaram surpresos e contentes, especialmente o médico cujo quase o dará como morto. Jimin se encontrava com a mente em branco. Não conseguia se recordar de muitas coisas, sentia somente latejos incômodos na cabeça.

Após três dias se recuperando do coma o escritor pôde voltar pra casa. Ele rodopiou toda a moradia buscando quaisquer lembranças que o fizesse se recordar de algo importante, mas tudo o que ele conseguira lembrar foi de ter ingerido aqueles remédios para dormir antes de apagar completamente. No entanto, ainda assim sentia uma estranha sensação de deja vu ao caminhar por aqueles cômodos no apartamento.

Em meio á caminhada Jimin terminou por encontrar o seu bloco de anotações, aquele cujo escrevera cada momento vivido com Jungkook. Antes daquela fatalidade ele havia dito que iria apagar aquelas memorias, mas decididamente nunca teve coragem. A culpa lhe pesou tanto e... Ele não podia simplesmente deletar a única coisa de Jeon que sobrou naquele mundinho chamado Terra. Agradeceu a si mesmo por não ter se desfeito daquilo, e com isso, pegou seu notebook para começar a escrever seu romance.

Ao mesmo tempo que era bom relembrar de todos os momentos vividos com Jeon, era ruim também. Jimin sentia a ausência de Jungkook lhe corroer o peito, mas ao mesmo tempo se sentia aliviado por escrever sobre ele, mesmo que de forma fictícia.

 

Um rapaz modesto de sorriso arredondado cultivava um amor num cara que de longe se considerava bom o suficiente pra ele. Esse rapaz não sabia, mas ele humildemente conquistou e roubou o coração alheio sem ao menos saber. Fora preciso somente da visão para poder enxerga-lo, e seu exterior já era deslumbrante, mas o interior ainda conseguia o surpreender de alguma forma.

 

E Jimin ficou ali, sentado naquela cama com o notebook no colo transcrevendo e acrescentando tudo num livro que pretendia publicar futuramente.

 

 

20 anos depois...

 

 

A multidão aglomerava uma fila enorme do lado de fora, e Park Jimin se empenhava em creditar todos com seu autografo. Queria fazer todos felizes, e não pretendia deixar ninguém passar em branco. Ele terminava de autografar o seu livro mais vendido – Do Outro Lado – para uma menina que logo agradecera simpaticamente. Em sequência a fila andou, e Jimin não reparava nos rostos que compareciam; ele apenas atuava agilmente para atender todos no menor tempo possível.

Era muito bom que depois de tantos anos ele tivesse reconhecimento, e principalmente pela obra que mais amou escrever cujo fora sobre Jungkook. O romancista que aos 42 anos adotara um cabelo ruivo pegava o livro do próximo da fila, já começando a autografá-lo.

- Nome. – alertou de prontidão.

- Jeon Taehyung. – era verdade que existiam pessoas com sobrenomes iguais, mas ao escutar aquilo Jimin instintivamente pregou os olhos ao garoto a sua frente. Ele não se parecia nada com Jungkook, mas ainda sim por algum motivo o fazia se lembrar dele, e não somente pelo sobrenome coincidentemente igual.

- Tudo bem? – contestou o garoto que começava a afligir-se com o comportamento alheio.

- A-h sim, desculpe. – endireitou-se sucessivamente autografando o pedido e o entregando em mãos. Por segundos Jimin se encontrou hipnotizado pelo loiro chamado Taehyung. O que ele tinha afinal de contas que o lembrara tanto Jungkook?

Ao final da sessão de autógrafos, o Park se aprontava para sair da biblioteca e finalmente poder relaxar em casa. Ainda não se esquecera do garoto de sobrenome Jeon e sorriso quadrado. Quem seria ele? Será que algum parente de Jungkook? Ao sair da biblioteca, uma madeixa de cabelos loiros que se encontrava logo em frente lhe chamara atenção. Ao virar-se ele pudera ver o rosto, era o mesmo garoto de antes.

Jimin acocorou-se ao encontro dele por pura curiosidade. Jazia frio aqui fora e nem mesmo aqueles agasalhos pareciam o esquentar, pois o mesmo se encolhia de frio.

- Perdeu alguma coisa? – o Park perguntou educadamente tirando Taehyung de sua distração.

- Ah, achei que nunca fosse sair lá de dentro. – exultou em resposta formulando um sorriso de satisfação.

- Como? – Jimin não entendera muito bem.

- Você... Deve estar com o punho dolorido de tanto autografar. – Jimin riu daquele comentário ainda sem muito entender.

- O que faz aqui? Não deveria estar em outro lugar? – antecipou deduzindo questões que Taehyung fizera questão de responder.

- Eu deveria, mas... – começou virando os olhos ao fazer uma expressão engraçada. – Você é o meu escritor favorito desde sempre, então não podia perder essa oportunidade de te conhecer pessoalmente num é mesmo?

- Claro. – Jimin confirmou rindo. – Deveria estar na escola.

- Escola? – replicou num bufo. – Eu tenho 20 anos, já passei dessa fase.

- Olha, mas nem parece...

- É mesmo? Você também não parece ser tão velho.

- Eu não sou velho. – retrucou ofendido. O loiro exalou gargalhadas que fizeram o Park cruzar os braços de impaciência.

- As pessoas costumam me achar insano. – disse pausando os risos. – Mas não Jimin, eu sempre te achei incrível de verdade. Não acho você um velho. Amo os seus livros, principalmente Do Outro Lado.

- Obrigado... Eu acho. – ele ficara de fato lisonjeado, pois a sinceridade de Taehyung era evidente.

Jimin nunca se lembrou do que sua alma vagante passou enquanto esteve em coma; isso fora apagado junto com seu retorno á vida. Era como se fosse impossível ou proibido associar tudo, a natureza era um mistério, mas o seu subconsciente permanecera o mesmo.

O Park nunca esqueceu Jungkook, mesmo depois de vinte longos anos. E nunca ninguém o fizera sentir o mesmo que sentiu quando pôs os olhos em Jeon pela primeira vez. Em todos os relacionamentos que teve ninguém conseguira tal proeza, até esse momento...

 


Notas Finais


Então é isso galera, espero que não hajam haters de VMin por ai lendo esse desfecho kkk'
Nunca foi minha intenção chatear ninguém, sou MTO JiKooka sim XD'
Fica ae reflexão, espero que tenham gostado :3
até algum dia...


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