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História The pact - Melhores amigas


Escrita por: frostallen

Capítulo 2 - Melhores amigas


O café queimava minha boca e descia rasgando pela minha garganta, mas estava bom assim, era bom sentir algo além de traição.

Quando eu comecei a faculdade eu tinha apenas uma amiga, Felicity. O problema foi quando ela ganhou uma bolsa melhor em uma faculdade em Star City, claro que fiquei feliz por ela. Mas fiquei triste por mim, ficaria isolada, sozinha. Até Iris West aparecer em minha vida, desde o início tivemos uma afinidade muito grande, nos tornamos melhores amigas, mais unidas que Sam e Dean Winchester. Passamos tantos dias da faculdade juntas, fizemos novas amigas, Cynthia e Kara, mas sempre, sempre, Iris e Feli eram minhas irmãs, as que eu mais protegeria, que eu morreria por elas.

Por isso, eu não podia falar para Felicity que minha alma gêmea era o namorado da minha outra melhor amiga.

Já houve um tempo que gostei de Barry, pouco depois de conhecer Iris, eu o conheci, lembro que até anotei em minhas cartas sobre ele.

Querida Nevasca,

Minha última semana foi horrível, não sei definir em palavras o quanto. O que fez melhorar foi Iris, assistimos supernatural juntas, foi demais. Sinto tanto amor por ela, Nev, ela é como minha irmã e somos parecidas em tantas coisas que me assusta. Conheci o amigo do Cisco, Barry. Irmã, ele é tão lindo e fofo, Deus... Ele me chamou pra jogar boliche, acho que irei... Talvez seja bom, não é? Ele parece bom, acho que gosto dele. É muito cedo para dizer isso? Acho que sim...

Te amo, Nevvie. Espero que o céu esteja tão brilhante quanto estou vendo daqui.

Com amor,

Sua irmã.”

Pensando agora, era um pouco assustador até, eu escrever cartas para minha irmã gêmea morta. Afinal, Nevelie não chegou nem a ter um ano, mas eu sempre senti um vazio sobre ela, uma falta. O que o terapeuta me receitou? Que fizesse um diário para minha irmãzinha, mas cartas me pareciam mais atrativas. Tem um certo tempo que não a escrevo, simplesmente havia deixado o vazio que senti tomar conta de mim, era mais fácil do que me contentar com aquilo.

— Caitlin, terminou de fazer o protótipo? – Escuta a voz de Cisco surgir em minha parte do laboratório. Trabalhamos juntos há anos, ele era um dos poucos que eu considerava um amigo. E cacete! Eu estava vacilando demais, não conseguia me concentrar no trabalho por Barry, Iris e Lilith.

Não era como se fosse pouca coisa, eu tinha vendido minha alma em troca de Barry. A pessoa que Iris amava mais que a própria vida, isso me fazia uma vadia ou coisa assim? Bom... Se for levar em consideração, eu não tinha culpa dele ser minha alma gêmea, mas tinha culpa caso ele viesse atrás de mim, seria por culpa do contrato e isso seria muito muito errado como amiga. Mas que merda, eu nunca quis nada disso, de trair minha melhor amiga.

— Caitlin, você me ouviu? – Aceno, e o entrego o que pediu. — Você está bem?

— Estou sim, precisa de mais alguma coisa? – Ele senta em uma cadeira próxima a minha, odiava ter uma cadeira a mais aqui, dava "permissão" para que qualquer um sentasse e me atrapalhasse. E sinceramente, eu já estava potencialmente atrapalhada demais.

— Não acho que esteja. – Reviro os olhos, entendo que estivesse preocupado, mas não poderia simplesmente me deixar quieta? — Conheço você, sei que não quer falar agora. Pode ir pra casa, eu te cubro. – Como dizem, há males que vêm para o bem. Me levanto, mas antes, Cisco segura meu braço. — Se precisar de qualquer coisa, me ligue. – Aceno e saio.

•••

Não sabia quanto tempo dormi desde que cheguei do laboratório, mas escuto minha campainha tocar incansavelmente, esfrego meus olhos e vou até lá.

— Você não desiste? – Digo observando novamente Barry em minha porta. Ele me analisa por completo, bato a porta, escuto um praguejo dele, mas não dou atenção. O problema é que ele continua a tocar a bendita campainha. Merda, Lilith para de me ajudar, está atrapalhando! Isso não faz o menor sentido, mas a ajuda ou seja lá o que esteja fazendo para manter Barry próximo a mim, me fazia questionar até quando eu ia aguentar, sem acabar atrapalhando involuntariamente a vida de Iris, coisa que eu não queria fazer.

— Caitlin! Abre essa porta. – E depois desse grito vem alguns outros, e cacete, os moradores dos outros apartamentos iam acabar reclamando de mim.

— Vai parar com isso caso eu deixe você entrar? – Pergunto em frente a porta, já com a mão na maçaneta, sabendo sua resposta.

— Vou. – Abro, acho que ele não esperava que eu o fizesse, já que ao abrir, seu corpo cai no chão, por antes estar encostado na porta. Ele não permanece muito tempo assim, logo, se levanta.

— Deveria estar com Iris.

— Deveria ser menos amarga. – Que ousadia desse... Idiota.

— O que quer? – Sei que estou com o rosto erguido, é comum quando discuto. Ele dizia que era meu rosto de guerra, pra conquistar e o inimigo desistir.

— Não pode me conquistar, Cait. – Reviro os olhos, ele tinha que lembrar também? Claro que não posso, você é de Iris, ou era. Já que agora fiz um contrato estúpido que pode acabar com seu relacionamento perfeito. — Eu vim ver como está.

— Já viu, agora pode ir. – Começo a empurrar seu corpo em direção a porta, mas ele me impede.

— Para com isso, eu te conheço, você está mal. – Ah ótimo, agora vai dar uma de bom samaritano. — É por causa da Nevelie? – Minha maior vontade é dar um soco em seu rosto perfeito, idiota. Que merda, ele tinha que me conhecer bem?

— Não lhe interessa, Barry.

— Sei que não sou mais como antes com você mas... – Ele não consegue terminar a frase, eu o interrompo.

— Você tem preocupações maiores, eu sei. Tudo bem, eu não me importo, Allen. Pode ir. – Abro a porta, mas ele a fecha. Olho em seus olhos, e parecem até os mesmos que eu queria que fossem meus. Mas não são, são de Iris.

— Não, você é a minha maior preocupação. – Lilith deveria estar fazendo um ótimo trabalho, para Barry se importar tanto assim. — Quer dizer... Você é importante pra mim, Cait. – O olho em puro tédio, não podia me deixar levar por aquilo, por ele, por essa manipulação ou o que quer que fosse que aquela demônio tivesse feito. Talvez eu pudesse apelar para o lado sensível...

— Bart... – Digo o apelido que antes soava como mel em minha boca. — Eu preciso ficar sozinha. – Tento falar o mais emotiva possível, para tentar fazê-lo acreditar em mim, mas por algum motivo, desconfio que ele não tenha acreditado.

— Certo, amanhã eu volto. – Ele se vai. E eu consigo escutar a merda do meu coração estúpido batendo forte demais. Cacete. Eu havia ferrado o resto da minha vida, meus parabéns Caitlin Snow.



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