1. Spirit Fanfics >
  2. The past not forgotten >
  3. Esclarecimentos

História The past not forgotten - Esclarecimentos


Escrita por: Amylovatic

Notas do Autor


Gente preparem os forninhos, apenas isso que tenho pra dizer haha

Boa Leitura.

Capítulo 35 - Esclarecimentos


Pov Maria Eduarda

Acordei com uma puta dor de cabeça, abri os olhos lentamente mas logo os fechei quando a claridade do sol bateu em meu rosto. Gemi frustrada, passei a mão pelo meu rosto e tentei abrir os olhos novamente, pisquei repetidas vezes pra tentar acostumar com a claridade.

-Bom dia.

Me assustei com a voz ao meu lado e o monitor que mostrava meus batimentos cardíacos começou a apitar freneticamente, tanto pelo susto e por ela estar ali. Ela soltou um riso fraco e se levantou da poltrona onde estava e veio andando calmamente até mim, ela segurou minha mão que estava repousada ao lado do meu corpo e começou a fazer um carinho com o polegar. Nada melhor do que acordar e ver esse lindo rosto sorrindo pra mim.

-Desculpa, não quis te assustar. - Sorri.

-Onde eu estou? - Perguntei.

-No hospital.

Cenas da noite passada começaram a passar pela minha cabeça. Levei meu braço livre até meu rosto e apoiei meu antebraço em meus olhos, os tampando, e suspirei.

-Ei, o que foi? - Perguntou parecendo estar preocupada. Tirei meu braço do meu rosto e a olhei.

-Eu estava lembrando de ontem...antes de sabe... - Abri meus braços me referindo ao estado em que eu me encontrava. - isso acontecer.

-Então...sobre isso, a gente precisa conversar.

-Imaginei que você fosse dizer isso, mas será que pode ser mais tarde? Não estou com cabeça pra isso agora. - Ela suspirou e assentiu.

-Tudo bem, descansa um pouco. - Falou e ia se retirar mas a segurei pelo pulso.

-Acho que eu já descansei o suficiente. - Ri fraco. - Eu quero olhar mais pra você...eu...eu estava com saudades. - Pude ver ela corar e me repreendeu com o olhar.

Mas nosso momento foi interrompido quando o médico entrou no quarto, eu quis matar ele na hora.

-Vejo que finalmente acordou. A senhorita deu um baita susto nos seu pais e nas suas amigas.

-Falando neles, onde eles estão?

-Eles foram pra casa, mas eu disse que avisaria quando você acordasse. - Ouvi Emily dizer. - Eu vou mandar uma mensagem pra sua mãe. - Ela saiu de perto de mim e foi até sua bolsa que estava em um sofá no canto do quarto.

Voltei minha atenção para o médico que checava alguma coisa no monitor ao meu lado e olhava pra uma prancheta em mãos, eu não tinha a menor ideia do que ele estava fazendo então tentei ignorar e voltar a prestar atenção em Emily que agora estava guardando o celular e vinha em minha direção.

-Seus pais estão vindo pra cá. - Avisou.

[...]

Já estava a algumas horas conversando com meus pais, óbvio, levei um sermão que era pra mim parar de usar essas drogas e beber demais, que não era só porque acabei de completar 18 anos que eu podia sair por aí me embebedando e me drogando. Mas eu não tinha culpa. A culpada disso tudo é a Amanda.

Emily havia ido embora, disse que tinha que se encontrar com alguém. Se eu gostei disso? Nenhum pouco. E se ela me esqueceu e encontrou alguém melhor que eu? Não gosto nem de pensar nessa ideia que meu peito dói. Eu preciso reconquistá-la.

Pov Emily

Três horas e eu já estava aqui na lanchonete a espera do garoto estranho. Me sentei numa das mesas e logo uma garçonete veio me atender, pedi um suco de laranja e uma porção de batata frita. Enquanto esperava fiquei olhando pela janela o movimento das ruas, até que avistei o garoto andando apressadamente com o capuz da jaqueta na cabeça. Logo ouvi o sino da porta tocando indicando que alguém havia entrado no lugar, não demorou muito para que o garoto estivesse sentado na minha frente. Ele tirou o capuz e apoiou as mãos em cima da mesa.

-Que bom que você veio. - Falou. Apoiei meu antebraço na mesa e me aproximei mais do garoto.

-Olha, eu só escuto o que você tem a dizer se me disser quem é você. - Ele suspirou e abaixou a cabeça, ficou uns segundos assim como se estivesse pensando e logo a levantou de novo.

-Meu nome é Thomas e eu sou...eu sou o irmão da Amanda. - Só de ouvir o nome dessa piranha uma raiva se apossou do meu corpo. -  Por favor não fuja ou algo do tipo, eu realmente preciso falar com você, eu não aguentaria passar minha vida toda guardando esse segredo pra mim. - Eu estava pronta pra dar o fora dali mas ao falar que queria me contar um segredo possivelmente relacionado a sua irmã, eu desisti da ideia e continuei ali para ouvir.

-Segredo? Que segredo? - Me encostei na cadeira e franzi o cenho.

Ele abriu a boca pra dizer algo mas a garçonete voltou com meu suco e as batatas, minha garganta estava muito seca então rapidamente dei um gole no meu suco. A garçonete perguntou ao Thomas se ele queria algo mas ele negou.

-Vamos, desembucha.

-Antes eu preciso ter a certeza que você não vai surtar ou tentar me agredir quando eu contar. - Entrei em estado de alerta. Então a coisa era séria pra ele pensar que eu chegaria ao ponto de querer agredi-lo. - Promete?

-Depende. - Ele suspirou e se encostou na cadeira também.

-Provavelmente você já deve saber que minha irmã e a Duda já se conheciam a um tempo atrás. - Assenti. - Antes pensávamos que ela apenas se apegava facilmente nas pessoas, não é a primeira vez que isso acontece. Depois que as duas ficaram e Duda não quis mais saber dela, ela simplesmente enlouqueceu e tivemos que nos mudar pra tentar fazer ela esquecer a Duda e ter uma vida nova. Mas a situação financeira da minha família não estava boa lá onde morávamos por isso decidimos voltar pra cá e meus pais conseguiram arranjar um emprego bom que nos sustentava. No começo tínhamos medo de Amanda voltar a ser como era antes, ela finalmente tinha melhorado, mas então tivemos o azar de ter matriculado ela na mesma escola que Duda estuda. E foi aí que tudo começou de novo, daqui em diante você já deve saber o que aconteceu, creio que ela não deixou vocês em paz.

-Não mesmo, eu realmente quero matar sua irmã. - Ele riu fraco.

-Muitos querem...Mas então, quando ela soube que Duda estava namorando, ela vivia de mal humor, um dia ouvi ela conversando com alguém no telefone, ela perguntou pra pessoa se ele estava com a droga. Eu pensei, pronto minha irmã vai virar uma drogada, mas ai ela veio e me chantageou.

-Parece que ela adora chantagear as pessoas. - Ri irônica.

-É, eu soube que ela chantageou a Duda, por isso que ela me chantageou depois. Ela viu que a chantagem dela não estava fazendo efeito em vocês e partiu pro plano B.

-Plano B?

-Sim, separar vocês. - Meu sangue ferveu na hora. - Ela disse que se eu não ajudasse no plano dela, ela me deduraria pros meus pais que eu ando usando drogas. - Meu olhos se arregalaram. - Sim, eu uso drogas, mas eu estou tentando parar com isso, eu comecei porque meus pais não me davam atenção, era sempre Amanda pra cá, Amanda pra lá, eu me sentia sozinho até que um amigo meu me levou pra esse mundo das drogas, onde eu tento sair. Então Amanda contou seu plano pra mim, e o fizemos na noite da festa na casa da Ashley.

-Qual era o plano? - Perguntei querendo terminar logo esse assunto, eu sabia aonde isso iria dar.

-O plano era em, eu colocar uma substância na cerveja da Duda pra fazer ela ficar fraca e sonolenta pra Amanda a levar para o quarto e tirar as roupas dela sem Duda a impedir por conta da fraqueza. E então você aparece as pegando no flagra. - Uma lágrima rolou pela minha bochecha, Duda não havia me traído...Droga! Eu sou uma idiota eu deveria ter acreditado nela! - Mas... - Ele levantou o dedo indicador e tinha um pequeno sorriso no rosto. - elas não transaram, sei que isso está rondando a sua cabeça, mas para sua felicidade elas não fizeram nada além do que beijar, que foi o que você viu.

-O-o que? C-como? - Perguntei com o coração acelerado, e com uma animação, eu queria sair correndo dali e me jogar nos braços do meu amor.

-Duda acabou dormindo depois que você saiu, e Amanda não seria capaz de estuprar alguém dormindo, ela pode ser maluca mas não é pra tanto.

-Meu Deus, eu preciso ver a Duda.

-Espera! Ainda não acabei, Amanda continua sendo uma ameaça pra vocês. - Me desesperei e me sentei de novo da cadeira. - Durante essa semana, meus pais andaram conversando com especialistas e descobriram que Amanda tem Obsessão Amorosa, eu não lembro direito o nome, é mais ou menos isso, ou seja, ela não se apega fácil as pessoas como pensávamos, ela tem essa doença, transtorno, sei lá o que é, e então meus pais decidiram internar ela, eles deram a notícia pra ela ontem e ela enlouqueceu de novo, dizendo que ela não era louca e essas coisas. E então ela fugiu de casa. Ao que tudo indica, ela foi se encontrar com a Duda, mas dai eu não sei de nada, você terá que conversar com a Duda pra saber.

-Meu Deus, isso é muita informação pra mim, minha cabeça está girando. - Apoiei minha cabeça em minhas mãos e respirei fundo.

-Imagino, sinto muito que isso esteja acontecendo, estamos tentando o possível encontrar Amanda pra ela não incomodar mais ninguém. Mas não temos nenhuma notícia dela, ela não atende o celular e nem responde as mensagens.

-Primeiro eu preciso falar com a Duda e saber o que aconteceu ontem, e depois eu ajudo a procurar Amanda, acho que sei como podem encontrá-la.

[...]

Sai da lanchonete com a cabeça cheia, era muito coisa pra absorver. Ao chegar no hospital, falei com a recepcionista e fui direto pro quarto da Duda. Ao entrar no local apenas Carla estava ali, deduzi que o pai dela havia ido trabalhar. As duas conversavam animadamente e Carla arrancava várias gargalhadas da filha. Ao perceberem minha presença, as duas se calaram.

-Desculpa interromper, mas será que posso falar com a Duda?

-Claro, eu vou ali na lanchonete comprar algo pra comer. - A mãe dela se levantou e me deu um sorriso, esperei ela sair do quarto pra falar.

-O que você quer? - Ouvi sua voz fria, franzi o cenho.

-Por que está falando comigo assim? - Me aproximei da cama e fiquei ao seu lado.

-Estou falando normal. Agora me diga o que você quer? Se veio falar como foi seu encontro pode ir embora. - Então a ficha caiu. Ela estava com ciúmes. Foi automático sorrir. - Do que você está rindo? Virei palhaça agora?

-Você está com ciúmes. - Falei ainda com o sorriso no rosto.

-Ciúmes? Claro que não.

-Não adianta negar, mas para a sua felicidade, eu não estava em um encontro. - A carranca em seu rosto sumiu ao ouvir aquilo.

-Não? - Neguei com a cabeça, ela corou levemente.

-Eu fui resolver umas coisas. Mas antes a gente precisa conversar, eu preciso que você me conte o que aconteceu ontem. - Ela suspirou e se sentou na cama.

-Senta aqui. - Ela bateu no espaço vazio na cama e eu logo me sentei. - Ontem eu fui pro sítio do meu pai passar o dia lá, tentar me afastar do mundo e me embebedar até não aguentar mais. Sem drogas! - Ela se apressou em dizer. - Eu tomei todas, não aguentava mais nem ficar em pé, então eu fui pro quarto pra tentar dormir mas eu escutei um barulho no andar de baixo. Eu entrei em alerta, achei que algum ladrão tinha invadido a casa, foi então que Amanda apareceu no meu quarto. Como ela entrou na casa, eu não tenho a menor ideia, mas então ela veio com esse papo de que ela estava fugindo e queria que eu fosse junto com ela. E claro, eu neguei, ela ficou brava e começou a atacar as garrafas vazias que tinha no chão nas paredes, e eu comecei a ficar com muito medo e que ela me machucasse. Eu pedi pra ela ter calma pra nós conversarmos direito mas ela simplesmente saiu do quarto e minutos depois voltou com dois copos com alguma bebida que eu não consigo me lembrar qual era agora e me ofereceu. Ela disse que queria fazer as pazes comigo e a idiota aqui acreditou e então brindamos e eu bebi, mas aí que comecei a me sentir fraca e sonolenta, a mesma sensação que senti no dia que... - Ela parou de falar e me olhou. - enfim, então eu percebi que ela colocou algo na minha bebida. Então ela disse que ia me levar junto mesmo assim e então ela tentou me carregar, mas ouvimos barulho de carro e ela se assustou e foi olhar na janela, ela resmungou algo mas eu consegui ouvir e vi que eram vocês que haviam chegado, então ela sussurrou algo pra mim antes de eu apagar completamente...disse que ficaria na cidade apenas até hoje a noite e que estaria me esperando pra fugir junto com ela.

-O que?! Hoje a noite?! - Gritei desesperada, Amanda não podia fugir, ela tinha que ser internada. Levantei da cama e peguei meu celular, disquei o número de Thomas, ela havia me dado seu número para caso que precise falar com ele. No segundo toque ele atendeu. - Thomas, Amanda pretende sair da cidade hoje a noite. - Ouvi Duda murmurar um "quem é Thomas?", mas ignorei.

-O que?! Ela não pode sair da cidade!

-Tá na hora de colocar o meu plano em ação.


Notas Finais


Capítulo maior pra vocês pra compensar a demora ;)
Erros eu arrumo depois.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...